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Michele Alboreto (Milão, 23 de dezembro de 1956 - Oberspreewald-Lausitz, 25 de abril de 2001) foi um piloto italiano de Fórmula 1.
Michele Alboreto | |
---|---|
Informações pessoais | |
Nome completo | Michele Alboreto |
Nacionalidade | italiano |
Nascimento | 23 de dezembro de 1956 Milão, Itália |
Morte | 25 de abril de 2001 (44 anos) Oberspreewald-Lausitz, Alemanha |
Registros na Fórmula 1 | |
Temporadas | 1981–1994 |
Equipes | 6 (Tyrrell, Ferrari, Larrousse, Arrows, Scuderia Italia e Minardi) |
GPs disputados | 217 (194 largadas) |
Títulos | 0 (2º em 1985) |
Vitórias | 5 |
Pódios | 23 |
Pontos | 186.5 |
Pole positions | 2 |
Voltas mais rápidas | 5 |
Primeiro GP | GP de San Marino de 1981 |
Primeira vitória | GP de Las Vegas de 1982 |
Última vitória | GP da Alemanha de 1985 |
Último GP | GP da Austrália de 1994 |
Registros na IndyCar Series | |
Temporadas | 1996–1997 |
Equipes | 1 (Team Scandia) |
Corridas | 5 |
Títulos | 0 (11º em 1996) |
Vitórias | 0 |
Pódios | 1 |
Pontos | 251 |
Pole positions | 0 |
Voltas mais rápidas | 0 |
Primeira corrida | Indy 200 at Walt Disney World, 1996 |
Última corrida | GP de Las Vegas, 1996 |
Registros nas 24 Horas de Le Mans | |
Edições | 1981–1983, 1996–2000 |
Equipes | Martini Racing, Joest Racing, Porsche/Joest e Audi Sport Team Joest |
Melhor resultado | 1º em 1997 |
Vitórias em classe(s) | 1 |
Filho de uma família apaixonada por automobilismo, começou a frequentar Monza aos 12 anos. Além dos automóveis, sua outra paixão era jogar futebol. "Desisti, mas continuo correndo: faço jogging e corro com minha Ferrari", brincava. Reservado e introspectivo, iniciou no automobilismo em 1977 ao volante de um Fórmula Monza da "Scuderia Salvati", cujo protótipo era equipado com um motor Fiat 500 de dois cilindros. Alboreto aproveitou aquela oportunidade única e mostrou paixão ao conduzir aquele carro. No ano seguinte (1978), transferiu-se para a Fórmula Itália, categoria que contava com monopostos mais potentes.
Após conquistar os títulos da Fórmula 3 Italiana em 1979 e o Campeonato Europeu de F3 em 1980, Michele Alboreto demonstrou versatilidade ao disputar o Mundial de Protótipos com a Lancia. Junto de seu compatriota Riccardo Patrese, conquista sua primeira vitória nas 6 horas de Watkins Glen de 1981. Em seu último ano com carros de "Endurance", na temporada de 1982, vence às 6 horas de Silverstone (com Patrese), os 1 000 km de Nürburgring (com Teo Fabi e novamente Patrese) e os 1 000 km de Mugello (em dupla com Piercarlo Ghinzani).
Com o apoio da Ceramica Imola, Alboreto é convidado para um teste com a equipe Tyrrell, em 1981. Completou algumas voltas e logo foi contratado para substituir o argentino Ricardo Zunino no Grande Prêmio de San Marino. Foram dez corridas e um 9º lugar no Grande Prêmio da Holanda, em Zandvoort, como melhor resultado. Naquele mesmo ano, conquista a única vitória da história da Minardi em uma prova da Fórmula 2.
O estilo do italiano agradou Ken Tyrrell e Alboreto permanece no time em 1982. A primeira vitória foi conquistada nesta conturbada temporada, marcada pelos acidentes fatais de Gilles Villeneuve e Riccardo Paletti. Revelação daquele mundial, Michele, com 25 anos na ocasião, venceu o difícil Grande Prêmio de Las Vegas. A corrida foi muito disputada entre ele e o norte-irlandês John Watson da McLaren, que brigava pelo título na oportunidade com o finlandês Keke Rosberg da Williams. As cores azul e amarela de seu capacete, homenagem ao seu grande herói Ronnie Peterson, passaram a ser conhecidas por todos na F-1.
Alboreto passou a ser sondado pelas grandes equipes da Fórmula 1, mas não podia se desvencilhar do contrato com a Tyrrell. Enzo Ferrari, que procurava um substituto para Gilles Villeneuve, convidou o piloto, mas Ken Tyrrell exigiu um motor turbo da Ferrari em troca da liberação do piloto. "Os italianos me criticam por não assinar com Alboreto para o próximo ano, mas o que muitos não sabem é que o convidei no meio desta temporada. Alboreto não optou por rescindir seu contrato com a Tyrrell. Em resposta, mandou-me uma carta muito educada, que mostrou seu grande caráter. Quando Alboreto estiver livre de qualquer tipo de contrato, haverá uma Ferrari à sua disposição", declarou, à época, o velho comendador.
A sua segunda vitória na Fórmula 1 aconteceu em Detroit, em (1983). O brasileiro da Brabham, Nelson Piquet, liderava a corrida e conseguia abrir facilmente do Tyrrell de Alboreto. Faltando 9 voltas para o fim, Piquet teve um pneu furado e foi obrigado a fazer um pit-stop. O italiano assumiu a ponta e administrou sua vantagem para o finlandês Keke Rosberg, da Williams, estabelecendo a última vitória do clássico motor Cosworth DFV de oito cilindros na F-1. Foi uma corrida em que, do 1º ao 6º, apenas o 4º colocado era Turbo. Acabou sendo também a última vitória da equipe do "Tio Ken" na categoria.
Após 11 anos sem um piloto da "casa" (a última foi em 1973 com Arturo Merzario), Enzo Ferrari contrata Michele Alboreto para conduzir o carro vermelho número 27 para a temporada de 1984. Pilotar para o time de Maranello era seu grande sonho e a primeira vitória com a máquina acontece no Grande Prêmio da Bélgica, em Zolder. No ano de estreia, Alboreto termina a temporada em 4º lugar com 30,5 pontos; ainda marcou uma pole e uma volta mais rápida, passando a ser muito popular na Itália.
Em 1985, é o primeiro piloto e é um forte candidato ao título, graças ao modelo 156/85. Venceu no Canadá e na Alemanha e poderia ser três se não fosse um furo no pneu traseiro esquerdo em Mônaco; teve quatro 2º e dois 3º lugares, três voltas mais rápidas e por cinco provas seguidas (da canadense à alemã) liderou o Mundial, mas na Áustria perdeu-a para o francês Alain Prost da McLaren, o vencedor da prova, e com o italiano terminando-a em 3º lugar e marcou três pontos com o 4º na Holanda. Com 3 pontos de desvantagem, foi para o Grande Prêmio da Itália confiante que poderia recuperar o topo da tabela, tanto que os tifosi lotaram as arquibancadas do autódromo de Monza acreditando na vitória da máquina e do piloto que não acontecia desde 1966 com Ludovico Scarfiotti, porém o sonho dos fanáticos torcedores durou 45 voltas, porque o motor do carro do piloto milanês quebrou. No Grande Prêmio da Bélgica, em Spa-Francorchamps, abandonou prematuramente na 3ª volta por problemas de embreagem. Com duas provas sem pontuar, a diferença aumentava para 16 pontos. Na antepenúltima etapa, o Grande Prêmio da Europa, em Brands Hatch, na Inglaterra, sua atuação durou apenas 13 voltas quando começou a pegar fogo na parte traseira do aerofólio com a quebra do turbo. Desolado, foi para o fundo do boxe sentindo a perda de mais uma corrida no zero e assistindo de lá Prost terminando-a em 4º lugar e faturando a taça. Nas últimas duas provas do campeonato, Alboreto também nem terminou. Na classificação final foi vice-campeão com 53 pontos. Terminava a sua melhor chance de alcançar o tão sonhado título.
Em 1986, o carro não conseguiu acompanhar o ritmo da McLaren TAG-Porsche de Prost, da Lotus-Renault de Senna e dos Williams-Honda, que mostrou grande evolução na temporada anterior com Mansell e agora com Piquet. Alboreto obteve apenas um podium com o 2º lugar no GP da Áustria. O 9º lugar no campeonato com apenas 14 pontos foi tudo que conseguiu.
Para 1987, ganha um novo companheiro de equipe: o austríaco Gerhard Berger. Com ele, o piloto italiano é constantemente batido por seu novo colega tanto em treinos como em corridas. Alboreto também não vence nenhuma corrida assim como no ano anterior e o máximo que consegue é o 2º na Austrália e dois 3º lugares: San Marino e Mônaco. Novamente os carros do cavalinho rampante é batido pelos carros do senhor Frank Williams. Classifica-se em 7º no campeonato com 17 pontos.
No campeonato de 1988, um ano todo dominado pelos McLaren-Honda, Alboreto pouco pôde fazer. Obtém três pódiuns, sendo dois terceiro em: Mônaco e na França, mas quando aparece a melhor oportunidade para vencer, quem lá está era seu colega Berger, que ganha o GP de Itália emocional, quase um mês depois da morte do Comendatore. O 2º lugar (último podium no time) e a dobradinha na corrida foi o que sobrou para o milanês. Termina o campeonato com 24 pontos: três pódiuns e uma volta mais rápida, dando-lhe o 5º lugar na última temporada no time de Maranello.
Foi sondado pela Williams, mas as negociações não progrediram e o piloto italiano voltou para a Tyrrell em 1989. Apesar dos problemas, conseguiu o 5º lugar em Mônaco e o 3º no México (último podium na carreira). Fazia grande apresentação nos Estados Unidos e foi obrigado a abandonar a corrida com problemas na transmissão. Alboreto saiu no meio da temporada com problemas envolvendo a equipe e seu patrocinador. Antes do Grande Prêmio da França, Ken Tyrrell aceitou o patrocínio da Camel. "Não gosto de quebrar contratos e pedi para a Tyrrell conversar com a Marlboro. Mas Ken disse que o problema era meu." - revelou Alboreto, que aceita o convite da Larrousse-Lamborghini para disputar a pré-classificação no final do ano.
Em um esporte marcado pelas repentinas mudanças de rumo, o piloto esperava reviver a melhor fase de sua carreira, em 1990, na Footwork Arrows. A equipe desenvolve uma parceria com a Porsche para a temporada seguinte, mas o conjunto era desastroso. Depois de três temporadas de poucos resultados, o piloto acerta com a Scuderia Italia. O time italiano usava motores Ferrari e chassis Lola, mas depois de 1993, uniu forças com a Minardi. Assim, Alboreto disputou sua última temporada na Fórmula 1 pela equipe de Faenza e marcou o último ponto no Grande Prêmio de Mônaco de 1994, saindo aos 37 anos de idade.
No ano seguinte (1995), Michele disputou a DTM com um Alfa Romeo 155 V6, porém não obteve sucesso na categoria alemã. Naquele mesmo ano, correu na IRL e retomou sua carreira nas provas de Endurance. Depois de poucos resultados positivos, Alboreto vence a tradicional 24 horas de Le Mans de 1997 e revive seus dias de glória no automobilismo. O piloto italiano dividiu o TWR-Porsche da equipe Joest Racing, com o sueco Stefan Johansson (seu ex-companheiro de equipe na Ferrari), e o dinamarquês Tom Kristensen.
A vitória em Le Mans abre novos caminhos para Alboreto. A partir de 1998, ele disputa a "ALMS" (American Le Mans Series) pela TWR-Porsche. Em 1999, Alboreto se torna peça importante no desenvolvimento da Audi. O último triunfo do piloto acontece nas 12 Horas de Sebring de 2001 com o italiano Rinaldo Capello e o francês Laurent Aïello, com o Audi R8.
Quando tudo indicava mais uma vitória em Le Mans, Alboreto morre no dia 25 de abril de 2001, após sofrer um acidente testando o novo Audi R8, que seria usado na tradicional prova francesa. A batida aconteceu no momento em que o protótipo cruzava a reta do circuito de Lausitzring, na Alemanha, a 300 km/h. O carro levantou voo e capotou várias vezes até bater no rail. Segundo a investigação, o acidente aconteceu por um rasgo em um dos pneus, provocado por um objeto cortante.
Em 28 de agosto de 2021, foi anunciado que a Curva Parabolica no Autódromo Nacional de Monza, será oficialmente renomeada como Curva Alboreto durante o fim de semana do Grande Prêmio da Itália de 2021 para marcar o 20º ano de sua morte.[1]
(legenda) (Corridas em negrito indica pole position e corridas em itálico indica volta mais rápida)
↑1 Foi atribuído metade dos pontos, porque o número de voltas não alcançou 75% de sua distância percorrida.
Ano | Classe | Num. | Pneus | Carro | Equipe | Co-Pilotos | Voltas | Posição | Posição na classe |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1981 | Gr.5 | 65 | P | Lancia Beta Monte Carlo Lancia 1.4L Turbo I4 |
Martini Racing | Eddie Cheever Carlo Facetti |
322 | 8º | 2nd |
1982 | Gr.6 | 51 | P | Lancia LC1 Lancia 1.4L Turbo I4 |
Martini Racing | Teo Fabi Rolf Stommelen |
92 | DNF | DNF |
1983 | C | 5 | D | Lancia LC2 Ferrari 268C 2.6L Turbo V8 |
Martini Lancia | Piercarlo Ghinzani Hans Heyer |
121 | DNF | DNF |
1996 | LMP1 | 8 | G | TWR Porsche WSC-95 Porsche Type-935 3.0L Turbo Flat-6 |
Joest Racing | Pierluigi Martini Didier Theys |
300 | DNF | DNF |
1997 | LMP | 7 | G | TWR Porsche WSC-95 Porsche Type-935 3.0L Turbo Flat-6 |
Joest Racing | Stefan Johansson Tom Kristensen |
361 | 1st | 1st |
1998 | LMP1 | 7 | M | Porsche LMP1-98 Porsche Type-935 3.2L Turbo Flat-6 |
Porsche AG Joest Racing |
Stefan Johansson Yannick Dalmas |
107 | DNF | DNF |
1999 | LMP | 7 | M | Audi R8R Audi 3.6L Turbo V8 |
Audi Sport Team Joest | Rinaldo Capello Laurent Aïello |
346 | 4º | 3rd |
2000 | LMP900 | 7 | M | Audi R8 Audi 3.6L Turbo V8 |
Audi Sport Team Joest | Christian Abt Rinaldo Capello |
365 | 3rd | 3rd |
Ano | Equipe | 1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | Rank | Pontos |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1996 | Team Scandia | WDW 4 |
PHX 8 |
IND Ret |
11º | 189 | |||||||
1996-1997 | Team Scandia | NHM 3 |
LVS 5 |
WDW |
PHX |
IND |
TXS |
PPIR |
CHR |
NH2 |
LV2 |
32nd | 62 |
Anos | Equipes | Corridas | Poles | Vitórias | Pódios (Non-win) |
Top 10s (Non-podium) |
Votórias Indianapolis 500 |
Campeonatos |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|
2 | 1 | 5 | 0 | 0 | 1 | 3 | 0 | 0 |
Ferrari: 3
Tyrrell: 2
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