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A expressão quadrinhos para adultos (no Brasil) ou banda desenhada para adultos (em Portugal, Angola e Cabo Verde) faz referência a publicações de histórias em quadrinhos dirigidas apenas ou principalmente ao público adulto.
Vários podem ser os gêneros direcionados a adultos, sendo dois dos principais o gênero quadrinhos eróticos e jornalismo em quadrinhos. Quadrinhos eróticos é o gênero de quadrinhos para adultos caracterizado principalmente pela exploração de vários elementos relacionados à luxúria, como a nudez e atividade sexual -- muitas vezes incluindo homoerotismo e sexo explícito -- como elemento principal ou importante para a narrativa. Por sua vez, jornalismo em quadrinhos é uma modalidade de jornalismo realizada a partir da linguagem da arte sequencial, o termo foi cunhado pelo repórter e ilustrador maltês Joe Sacco, quem em 1994 publicou a novela em quadrinhos Palestina, considerado pioneiro no gênero.
Também são várias as formas editoriais pelas quais foram e são publicados quadrinhos para adultos, a citar as revistas pulp e as magazines. Hoje a principal e mais nobre forma editorial de publicação de quadrinhos para adultos é o romance gráfico (ou graphic novel em inglês). Romance gráfico é um tipo de quadrinho publicado no formato de livro, distinguindo-se essencialmente das "revistas em quadrinhos", as quais são publicadas como periódicos, portanto, o romance gráfico é geralmente atribuido a quadrinhos de longa duração, sendo assim o análogo na arte sequencial da prosa ou romance na literatura. Um exemplo de romance gráfico é a história em quadrinhos para adutos Um contrato com Deus, de Will Eisner.
A origem dos quadrinhos para adultos como os conhecemos hoje foram as chamadas tijuana bibles de 1930, as quais eram quadrinhos para adultos publicados clandestinamente e cuja impressão consistia em oito páginas retangulares baratas e em preto e branco. Estas foram seguidas das revistas pulp como Spicy Detective de Harry Donenfeld, as quais apresentavam histórias, nas quais heroínas tinham muita dificuldade em permanecerem vestidas, como a tira Sally the Sleuth (1934) de Adolphe Barreaux. Os quadrinhos para adultos transitaram então entre as chamadas magazines e revistas para adultos, como a Playboy, até chegarem no formado hoje mais consagrado, o romance gráfico.
Quadrinhos para adultos são aqueles quadrinhos direcionados a um público alvo específico, os adultos. Esta definição é ampla e nela estão incluídos muitos tipos diferentes de quadrinhos, não só porque existem muitos e diferentes gêneros temáticos direcionados a adultos, mas também porque existem muitas e diferentes formas editoriais direcionados a tal público. Desta maneira, é impossível abarcar a totalidade dos quadrinhos para adultos no presente texto, com o que apresentamos uma amostra.[1][2][3]
Como amostra, apresentaremos detalhadamente dois dos gêneros temáticos mais importantes para adultos, os quadrinhos eróticos e o jornalismo em quadrinhos, ademais, também apresentaremos detalhadamente a forma editorial atualmente mais importante de quadrinhos para adultos, o romance gráfico.[4][5] Em todo caso, na seção história, outros gêneros temáticos, como o quadrinhos de terror ou horror e a sátira serão abarcados, assim como outras formas editoriais, como as revistas pulp e as magazines.[6][7] É de se alertar ainda que uma importante forma de identificação dos quadrinhos para adultos é a presença nos quadrinhos dos selos próprios para adultos, como o selo Vertigo da DC Comics, o Opera Erótica, o MAX Comics e o Image Comics.[8][9][10][11]
Muitos são os termos utilizados para designar aquilo que aqui denominamos de quadrinhos, a saber: história em quadrinhos, HQ, gibi, revistinha, tirinha, historieta, histórias aos quadradinhos, banda desenhada, BD, arte sequencial, literatura desenhada, etc. aos quais a adição da preposição 'para' e do substantivo 'adulto' delimitam o objeto hora em tela, com o que, como já é evidente, usamos aqui o termo quadrinhos para adultos.[12] Alguns termos - na maior parte das vezes cunhados artificialmente -, visam especificamente destacar os quadrinhos para adultos do conceito mais abrangente de quadrinhos: este é o caso do termo graphic novel ou romance gráfico, popularizado por Will Eisner no final da década de 70 para definir suas obras com temas para adultos.[13]
Em algumas línguas, a terminologia é mais precisa, como é o caso do japonês: em 1957, o japonês Yoshihiro Tatsumi cunhou o termo gekigá (劇画? lit. figuras dramáticas) para definir mangás de temáticas adultas.[14] Atualmente, entretanto, os mangás destinados a adultos são geralmente divididos nas demografias seinen (青年 漫画 quadrinhos para os homens?)[15] e josei (女性 漫画 quadrinhos para as mulheres?).[16] Quadrinhos eróticos destinadas a homens são referidos como seijin-muke mangá (成人 向 け 漫画?) ou ero mangá (エロ漫画?)[nota 1] e os que visam as mulheres são chamadas de ladies comics (レーディーズ・コミック?).[18]
Quadrinhos eróticos é um gênero de quadrinhos para adultos caracterizado principalmente pela exploração de vários elementos relacionados à luxúria, como a nudez, muitas vezes incluindo homoerotismo, como elemento principal ou importante para a história.[19][20] Como outros gêneros de quadrinhos, eles podem consistir de uma única página, histórias curtas, tiras de jornal ou romances gráficos.[21]
Sobre o conceito de quadrinhos eróticos é preciso ainda diferenciar o quadrinho erótico do quadrinho pornográfico, limitando-se o primeiro a mostrar generosamente a epiderme e sugerir com mais ou menos malícia o ato sexual, enquanto o segundo possui o ato sexual explicitamente desenhado, sendo esta reprodução a sua finalidade última.[22] É neste sentido que os fãs de quadrinhos para adultos japoneses distinguem o ecchi (ッチ?), o qual não mostra o ato sexual, do hentai (変態?), o qual é totalmente pornográfico.[17][23] A sensualidade, entretanto, pode estar presente em outros tipos de quadrinhos, como os quadrinhos de super-heróis, os quais estão vestidos com trajes que sugerem sua anatomia, o que indica que a diferenciação entre não erótico, erótico e pornográfico é gradual.[24]
Originalmente confinado à ilegalidade ou a um erotismo altamente sugerido, os quadrinhos eróticos só se desenvolveram realmente a partir de meados da década de 1960 nos Estados Unidos (via underground comix)[25] e por volta da mesma época na França, Itália e Espanha.[26] A crescente afirmação da liberdade de expressão permitiu seu forte desenvolvimento nos anos seguintes, através de autores como Guido Crepax.[27]
Após o desenvolveimento da arte no anos 60, os escritores e desenhitas ocidentais mais famosos de quadrinhos eróticos são, além do já citado Guido Crepax: Milo Manara (italiano), Vittorio Giardino (italiano), Paolo Eleuteri Serpieri (italiano), Francisco Solano López (argentino), Ignacio Noé (argentino), Giovanna Casotto (italiana), Jordi Bernet (espanhol), Hunt Emerson (inglês), Lynn Paula Russel (inglês), Melinda Gebbie (norte-americana). No que se refere aos quadrinhos homoeróticos, os quais têm ascensão estética e comercial apenas nos anos de 1980, os principais autores ocidentais são: Howard Cruse (norte-americano), Touko Laaksonen, conhecido como Tom of Finland (finlandês), Ralf König (alemão), Patrick Filion (canadense), Eric Shanower (norte-americano), Roberta Gregory (norte-americana), Diane DiMassa (norte-americana) e Alison Bechdel (norte-americana).[28]
Jornalismo em quadrinhos (também conhecido pelas siglas JQ e JHQ, ou jornalismo em BD, em Portugal) é uma modalidade de jornalismo realizada a partir da linguagem da arte sequencial. O termo foi cunhado pelo repórter e ilustrador maltês Joe Sacco, que em 1994 publicou a novela em quadrinhos Palestina, considerado pioneiro no gênero.[29] Embora Joe Sacco costume ser referenciado como o primeiro autor de JHQ, em 1991 o sueco Art Spiegelman lançou o romance em quadrinhos Maus, onde retrata a realidade de seu pai em um campo de concentração, obra que veio a vencer o prêmio Pulitzer, maior premiação jornalística do mundo, e mesmo não sendo propriamente uma obra jornalística, mas sobretudo biográfica, em Maus o autor utiliza-se de recursos como a entrevista e a pesquisa por meio de fontes diretas.[30] Existem alguns veículos especializados em produção de JHQ, como o site ArchComix,[31] criado pelo HQ-repórter estadunidense Dan Archer, o portal colaborativo Cartoon Movement,[32] a revista francesa La Revue Dessinée, a estadunidense The Nib[29] e a brasileira Badaró.[33]
Em Portugal, temos a novela em quadrinhos Reportagem Especial (2016) escrita por de Bruno Pinto, Penim Loureiro e Quico Nogueira, apesar de ser narrada por uma personagem fictícia, é um trabalho jornalístico baseado em pesquisa, entrevista e apuração, a obra trata das mudanças climáticas e seus impactos.[34] A série Tudo Isto É Fado!, publicada entre 2014 e 2015 por Nuno Saraiva na revista Tabu do jornal Sol, é outro exemplo de jornalismo em quadrinhos feito em Portugal: em 2016, o trabalho foi distinguido como Melhor Álbum no Festival da Amadora, principal premiação de quadrinhos (banda desenhada) do país.[35]
No Brasil, o primeiro livro-reportagem em quadrinhos de que se tem registro é Notas de um tempo silenciado de 2015 escrito por Robson Vilalba,[36] quem também desenvolveu reportagens para veículos como Le Monde Diplomatique, Folha de S.Paulo, Plural e Gazeta do Povo. Outro dos pioneiros do gênero é Alexandre De Maio, autor do livro Raul (2018) e de diversas matérias em quadrinhos.[37][38] Em 2014, De Maio realizou junto à Agência Pública a reportagem Meninas em jogo, onde denuncia o turismo de exploração sexual durante a Copa do Mundo,[39] a obra é resultado da compilação de matérias da série Pátria Armada, Brasil, feita para a Gazeta do Povo e vencedora do Prêmio Vladimir Herzog. Na mesma premiação, em 2017, houve menção honrosa à reportagem A execução de Ricardo,[40] de Júlio Falas, Bruno Nobru e Ciro Barros para a Agência Pública, veículo que também publicou O Haiti é aqui (2016), de Adriano Kitani e Enio Lourenço.[41]
Outros exemplos de obras de jornalismo em quadrinhos produzidas no Brasil são: em 2014 Carol Ito produziu Estilhaço: Uma Jornada pelo Vale do Jequitinhonha;[42] em 2015 Talles Rodrigues produziu Cortabundas: O Maníaco do José Walter, resultado de seu trabalho de conclusão de curso;[43] em 2016 Helô D'Angelo e Joyce Gomes produziram Quatro Marias;[44] em 2017 Pablito Aguiar produziu Alvorada em Quadrinhos;[45] em 2018 Norberto Liberator produziu Diasporados;[46] também em 2018, Amanda Ribeiro e Luiz Fernando Menezes produziram Socorro! Polícia!;[47] em 2019 Cecilia Marins, Maria Allice Di Vicentis e Tainá Freitas produziram Parque das Luzes[48] e também em 2019 Gabriela Güllich produziu Filhas do Campo.[49]
Romance gráfico (ou graphic novel em inglês)[nota 2] é um tipo de quadrinho normalmente direcionado à adultos e publicado no formato de livro, como tal, ele se distingui essencialmente das "revista em quadrinhos" publicadas como periódicos.[50] O termo é geralmente usado para referir-se a qualquer forma de banda desenhada de longa duração, ou seja, é o análogo na arte sequencial a uma prosa ou romance (algo semelhante aos light novels). Embora a palavra "romance" normalmente se refira a longas obras ficcionais, o termo "romance gráfico" é aplicado de maneira ampla e inclui obras de ficção, não-ficção e antologizadas.[50]
A definição de romance gráfico foi popularizada por Will Eisner depois de aparecer na capa de sua obra A Contract with God (Um Contrato com Deus) publicada em 1978, um trabalho maduro e complexo, focado na vida de pessoas ordinárias no mundo real, tendo o selo de "graphic novel" sido colocado na intenção de distingui-lo do formato dos quadrinhos tradicionais.[13] Eisner citou como inspiração os livros de Lynd Ward, que produzia romances completos em xilogravura.[51][52]
Embora o sucesso comercial de Um Contrato com Deus tenha realmente ajudado a estabilizar o termo inglês para romance gráfico e muitas fontes creditam erroneamente Eisner a ser o primeiro a usá-lo, na realidade, foi Richard Kile quem originalmente usou o termo em um ensaio publicado no fanzine Capa-Alpha em 1964.[53][54] O significado original do termo era aplicado para histórias fechadas,[55][56] porém nos últimos anos o termo também tem sido usado como sinônimo de trade paperback, as edições encadernadas em formato de livros de história pré-publicadas em quadrinhos.[57][58][59] Junto ao termo inglês graphic-novel, surgiram nos EUA termos como comic novel, graphic album, novel-in-pictures e visual novel.[60]
Como a definição exata do romance gráfico é discutível, tal como acima já indicado, as origens desta forma de arte estão também abertas à interpretações: Les Amours de monsieur Vieux Bois é o mais conhecido exemplo desta querela, o qual foi publicado em 1828 pelo caricaturista suíço Rodolphe Töpffer.[61] Em 1894, Caran d'Ache abordou a ideia de um "romance elaborado" em uma carta ao jornal Le Figaro e começou a trabalhar em um livro sem palavras de 360 páginas, porém este nunca foi publicado.[62]
Foi na década de 1940 que ocorreram indiscutivelmente os primeiros lançamentos de romances gráficos, a começar pelo lançamento de Classics Illustrated, uma série de quadrinhos que adaptou romances de domínio público em edições independentes para jovens leitores.[63] Assim como Citizen 13660 publicado em 1946, um romance ilustrado e recontado do internamento de japoneses durante a Segunda Guerra Mundial.[64][65] Em 1947, a Fawcett Comics publicou Comics Novel #1: "Anarcho, Dictator of Death", uma história em quadrinhos de 52 páginas dedicada a uma única história,[66] já a Editore Ventura usou a expressão não oficial "Picture Novel" na capa da revista bilíngue italiano-inglesa de banda desenhada Per voi! For you!.[67] Em 1948, a editora espanhola Ediciones Reguera lançou uma coleção de adaptações de obras literárias chamada La novela gráfica.[68]
Em a 1950, a St. John Publications publicou em formato digest o romance gráfico para adultos "It Rhymes with Lust", com notável influência de filme noir e estrelado por uma mulher ruiva manipuladora chamada Rust, este quadrinho foi anunciado como "um romance de longa-metragem original" em sua capa, possuia 128 páginas, foi escrito por "Drake Waller", pseudônimo da dupla Arnold Drake e Leslie Waller, ilustrada por Matt Baker e foi arte-finalizada por Ray Osrin.[69] O romance gráfico fez sucesso suficiente para levar a uma segunda publicação, The Case of the Winking Buddha, desta vez escrito pelo romancista pulp Manning Lee Stokes e ilustrado por Charles Raab.[70]
Em 1970, a editora brasileira Taíka publica o romance gráfico "O Filho de Satã", escrita por Rubens Francisco Lucchetti e ilustrada por Nico Rosso.[3]
Os precursores dos quadrinhos para adultos são certamente aquelas tirinhas em jornais e revistas.[71] Por exemplo: em 1932 na Inglaterra Norman Pett desenhou para o jornal britânico Daily Mirror uma série de tira chamada Jane.[72] Nas histórias destas tiras, a heroína muitas vezes encontrava-se em situações embaraçosas que a levava a perder sua roupa.[73] A tirinha foi escrita, em certa medida, para elevar a moral das tropas militares longe de casa, chegando Winston Churchill a dizer que Jane era a "arma secreta" da Grã-Bretanha.[73]
Não obstante, foi com as chamadas tijuana bibles, estreadas por volta de 1930, que algo próximo daquilo que entendemos hoje como quadrinhos para adultos puderam ser encontradas nos EUA: as tijuana bibles eram quadrinhos para adultos publicados clandestinamente e cuja impressão consistia em oito páginas retangulares baratas em preto e branco.[72] Sua qualidade artística e roteiro eram toscos e as histórias consistiam em escapadas sexuais explícitas, normalmente com personagens bem conhecidos de desenhos animados, figuras políticas ou estrelas de cinema (sem a devida permissão), elas foram publicadas em 1930 e 1950 nos EUA.[74]
Outro modelo precursor dos quadrinhos para adultos foram as revistas pulp:[75][76] estas revistas apresentavam gravuras e histórias, nas quais heroínas muitas vezes apareciam seminuas e sensuais.[77] Muitos dos primeiros editores de quadrinhos iniciaram suas carreiras nestas revistas, como Harry Donenfeld, quem chegaria a fundar a DC Comics.[78] São exemplos de revista pulp a Spicy Detective, The Parisienne, Parisian Life e Saucy Stories.[79]
A Fiction House começou como uma editora de revistas pulp, lançando em 1938 a revista Sheena, Queen of the Jungle, a primeira de muitas tarzanide seminuas.[78] As revistas da Fiction House rotineiramente mostravam mulheres atraentes nas capas - tendência que mais tarde se tornaria conhecida como good girl art, sendo o exemplo mais famoso os quadrinhos intitulados Torchy de Bill Ward iniciada em 1944.[80][81][82][83][84]
Em 1941, a Quality Comics apresentou ao público histórias policiais com a Lady Fantasma, uma combatente do crime seminua que viria mais tarde a ser publicada pela Fox Feature Syndicate, quando ela passou a ser desenhada por Matt Baker,[85] um dos mais famosos artistas das good girl art. Matt Baker é apontado como o primeiro a ilustrar uma graphic novel, a It Rhymes with Lust (1950), escrita pela dupla Arnold Drake e Leslie Waller.[70][86] Em 1943, Milton Caniff começou a produzir Male Call, uma tira destinada aos soldados.[87] Ainda na década de 1950, diversos quadrinistas produziram girlies cartoons (cartuns eróticos) para a revista pulp Humorama de Martin Goodman, dentre os artistas estavam Jack Cole, Dan DeCarlo.[88]
As revistas pulp também eram conhecidas por sua violência e uso de armas: na época, personagens como The Shadow e Batman eram detetives que usavam mais da violência que do intelecto.[89] Historias dos gêneros policial e terror eram populares no final dos anos de 1940 e início dos anos de 1950, como os títulos de revistas pulp Crime Does Not Pay, Crime SuspenStories e The Vault of Horror.[90][91]
Exemplo significativo da importâncias das revistas pulps na história dos quadrinhos é Joe Shuster, co-criador do Superman, quem, em 1953, ilustrou quadrinhos eróticos para a revista pulp Nights of Horror.[92][93]
Um grande marco na história dos quadrinhos para adultos foi o estabelecimento, inicialmente nos EUA, do Comics Code Authority.[carece de fontes] O impulso inicial para a implementação deste código foi o livro Seduction of the Innocent publicado em 1954 pelo psicólogo Dr. Fredric Wertham, onde este alegou que a delinquência juvenil, a qual estava na época sendo amplamente noticiada, teria sido alimentada pelas histórias em quadrinhos. Por exemplo, ele alegou que Batman e Robin foram encorajadores da homossexualidade e lamentou o bondage visto na revista da Mulher-Maravilha. Na mesma obra, a EC Comics foi criticada pela violência gráfica vista em seus quadrinhos de crimes e terror ao ponto de seu editor William Gaines ter se prontificado a depor na comissão do Senado dos Estados Unidos da América, onde se colocou na defensiva afirmando que já estava censurando as passagens mais extremas de suas publicações.[94]
Em parte, a fim de evitar que o governo impusesse uma solução, as grandes editoras se uniram para formar a Comics Code Authority, a qual deveria censurar os quadrinhos antes destes irem para o prelo e só permitir que suas marcas aparecessem, se as histórias passassem por seus padrões de censura.[78] O padrão imposto foi alarmantemente rigoroso: ele proibiu editores de usarem as palavras "crime", "horror" ou "terror" em seus títulos; os agentes da polícia não podiam mais ser retratados em uma luz negativa e se um vilão cometesse assassinato, ele teria de ser pego e punido ao final da história; menções sobre vampiros, lobisomens ou zumbis foram proibidas[carece de fontes] e exigia-se que as mulheres fossem desenhadas de forma realista e sem exposição indevida.[carece de fontes]
Em geral, a DC e a Marvel Comics eram favoráveis ao padrão de censura, mas a EC Comics sofreu para se adaptar às novas regras, acabando por abandonar a maior parte de seus títulos e se concentrar na Mad Magazine, a qual, por ter mudado para o formato magazine, não precisava passar pela censura da Comics Code Authority.[95] Editoras como a Dell Comics, a Gilberton e a Gold Key Comics (selo da Western Publishing) não se submeteram ao código, se valendo da reputação de suas publicações: a Gilberton publicava quadrinizações de obras literárias na revista Classics Illustrated e as editoras Dell e Gold Key publicavam quadrinhos licenciados baseados em séries de televisão, filmes e outros: como não eram associadas ao Comics Magazine Association of America, essas editoras eventualmente publicavam quadrinhos para adultos com títulos de terror.[96]
Por efeito direto do Comics Code Authority, houve uma nítida divisão entre as publicações de quadrinhos em geral e de quadrinhos para adultos, sendo que os quadrinhos para adultos se diferenciavam das histórias em quadrinhos em geral, as revistinhas, porque estas apresentavam selo de adequação para crianças. Além disso, as revistas direcionadas para adultos possuiam um formato diferenciado, o formato das magazines,[97] as quais eram quase sempre maiores que as revistinhas norte-americanas (algo como 17 x 26cm). Assim, o formato grande das magazines e a ausência do selo de adequação para crianças eram indicativos óbvios de que elas eram destinadas a serem vendidas junto a outras revistas para adultos, ao invés de exibidas em estantes infantis,[98] o que fez com que magazines se tornassem um dos formatos mais comuns de quadrinhos para adultos.[carece de fontes]
Uma destas magazines que continham quadrinhos para adultos era a revista Playboy, publicada pela primeira vez em 1953. Ela continha tiras de artistas individuais como: Alberto Vargas, Dan DeCarlo, Jack Cole e, mais tarde, de Olivia De Berardinis e Dean Yeagle com sua Mandy. Em meados dos anos de 1960 a revista Playboy passou a incluir quadrinhos para adultos contendo várias páginas. Uma destas história presentes na Playboy era a Little Annie Fanny,[99] desenhada e escrita pelos membros da EC Comics Harvey Kurtzman e Will Elder, com auxilio ocasional do artista Frank Frazetta. Annie, a personagem principal dos quadrinhos da Playboy desta época, tinha sérios problemas para manter suas roupas no lugar.[100]
Esta tendência também era observada em quadrinhos como: Phoebe Zeit-Geist,[99] Sally Forth de Wally Wood e Oh, Wicked Wanda! publicado pela Penthouse e escrito e desenhado por Ron Embleton. A Penthouse lançou posteriormente títulos de revistas de história em quadrinhos para adultos como a Penthouse Comix com contribuições de Adam Hughes.[carece de fontes] A partir de 1965 foi a vez da Warren Publishing começar a publicar quadrinhos para adultos em duas revistas em preto e branco, Creepy e Eerie, apoiando o trabalho de artistas que tinham trabalhado na linha de horror da EC Comics. A Warren acrescentou Vampirella em 1969 ao seu catálogo e depois a revista de ficção científica intitulada 1984 - denominada mais tarde, a partir do ano 1978, de 1994 -.[carece de fontes] Em 1983, Warren foi à falência, mas, mais recentemente, a Dark Horse Comics passou a publicar edições encadernadas de algumas das antigas histórias da Warren, e reavivou as revistas Creepy e Eerie.[carece de fontes]
Na França, este tipo de revista foi patrocinada pelo editor Eric Losfeld, o qual começou, no início dos anos 60, a publicar quadrinhos em formato de luxo com protagonistas femininas como Barbarella (1962) de Jean-Claude Forest.[101] A antologia de quadrinhos franceses Pilote foi publicada entre 1959 e 1989 e contou com o trabalhos orientados para adultos de criadores como Jean Giraud (Moebius), Guido Crepax, Jean-Michel Charlier, Caza e o norte-americano Robert Crumb. Moebius publicou dois faroestes nas revistas Blueberry e Fort Navajo (roteirizado por Charlier).[102] Os editores da revista de humor americana National Lampoon descobriram a revista francesa adulta Métal Hurlant e em 1977 começaram a publicar a Heavy Metal, traduzindo as obras de Jean-Claude Forest, Jean Giraud, Guido Crepax, Milo Manara e Vittorio Giardino para o público norte-americano. Heavy Metal também forneceu um fórum para o trabalho de criadores americanos como Richard Corben e Howard Chaykin.[carece de fontes]
Na Itália, por sua vez, surge em 1965 a revista Diabolik, criado pelas irmãs Angela e Luciana Giussani.[103] A série, a qual conta a história de um ladrão astuto e calculista,[104] foi publicada em formato de bolso (12 x 17cm) e inaugurou o gênero fumetti neri, um formato portanto bem diferente das magazines, mas também direcionado para adultos.[105][106][27] Em 1965, Guido Crepax criou a personagem Valentina, como coadjuvante da série Neutron, publicada na revista italiana Linus.[107]
Embora os quadrinhos para adultos estivessem sendo publicados em formatos especiais, como aqueles das magazines e dos fumetti neri, os quadrinhos para adultos em seu formato original de revistinha continuaram a serem vendidos na década de 60 apoiados pelo movimento underground comix,o qual era encabeçado por artistas como Art Spiegelman, Robert Crumb, Harvey Pekar, Kim Deitch e Spain Rodriguez.[108][109][110]
Também haviam aqueles quadrinhos para adultos vendidos em lojas de produtos de contracultura, porém estes estabelecimentos entravam constantemente em conflito com a polícia, dificultando a distribuição dos mesmos.[111][112][113] Este era o caso do quadrinho para adulto Cherry de Larry Welz produzido na década de 80, uma paródia erótica dos quadrinhos para adolescentes publicados pela Archie Comics.
Outros dois movimentos que ajudaram a manter a produção de quadrinhos para adultos próximos aos seus formatos originais pré-censura foram as fanzines inspirados na revista Mad[114] e os editores independentes. Por editores independentes entende-se aqueles editores que são os próprios autores de suas obras ou aqueles editores que, apesar de publicarem obras de outros artistas, mantêm os direitos autorais nas mãos destes últimos (modelo designado como creator-owned em inglês).[115] São muitos os exemplos desta forma de editoração de quadrinhos para adultos nesta época, segue abaixo alguns deles.
Wally Wood teve, em 1966, a ideia de publicar sua própria revista em quadrinhos - a witzend - e vendê-la através de lojas especializadas, para o que recrutou, entre seus amigos, artistas famosos como Jack Kirby, Steve Ditko, Frank Frazetta, Gil Kane e Art Spiegelman, publicando os mais variados temas.[116] A Pacific Comics dos irmãos Bill e Steve Schanes abriu sua primeira loja em 1974, publicando a Rocketeer de Dave Stevens, pequena loja que se tornaria uma imensa distribuidora de quadrinhos da costa pacífica dos EUA e que passou a ser uma opção de publicação para artistas independentes.[117]
Na frança, em 1974, Jean Giraud e alguns de seus companheiros estavam insatisfeitos com a Pilote e fundaram a revista a Métal Hurlant, que publicou quadrinhos adultos de ficção científica e fantasia.
Na Inglaterra, por sua vez, surge em 1977 a antologia britânica 2000 AD,[118] a qual contou com o trabalho de muitos escritores e artistas que estavam a tornar-se influentes no mercado de quadrinhos para adultos dos Estados unidos, como Alan Moore[119] e Dave Gibbons[120], assim como Neil Gaiman. Outra popular revista britânica é a Viz, a qual parodia antologias de quadrinhos britânicos com uma injeção de sexo incongruente ou de violência.[carece de fontes] Enquanto 2000 AD é focada em aventura, a Viz é focados em humor.[carece de fontes]
Já em 1976 a Fantagraphics Books começou a publicar o The Comics Journal e mais tarde o Amazing Heroes com artigos sobre quadrinhos, sendo que só a partir de 1982 eles passaram a publicar as próprias histórias em quadrinhos com a publicação de Love and Rockets de Gilbert Hernandez e Jaime Hernandez.[carece de fontes] Foi, entretanto, em 1990 que a Fantagraphics Books chegou a estabelecer seu selo Eros Comix, a qual era constituída de reimpressão de títulos criados por Wally Wood e Frank Thorne, bem como a Birdland de Gilbert Hernandez.[121]
O canadense Dave Sim começou a publicar a Cerebus em 1977.[122] No mesmo ano, Wendy e Richard Pini passaram a escrever a Elfquest, publicada através de editora própria, a WaRP Graphics. Por sua vez, a Antarctic Press foi fundada em 1984 e publicou mangás americanos, assim como material de artistas independentes. Em 1986 seria a vez da Dark Horse Comics ser fundada, a qual viria a publicar Sin City de Frank Miller.[123] Em 1996 a Avatar Press forneceria espaço para as obras de Alan Moore e Al Rio e finamente em 1997 a Top Shelf Productions foi fundada e viria a publicar títulos adultos como o quadrinho erótico Lost Girls de Alan Moore e Melinda Gebbie.[124][125]
O Italiano Paolo Eleuteri Serpieri - ou apenas Serpieri - publica de 1985 até 2003 sua personagem erótica Druuna, a qual foi desenhada em um realismo artístico incrível[107] e habita um mundo de ficção científica em um cenário apocalíptico. Entre várias outras versões, Druuna foi lançada na revista Heavy Metal em inglês, pela editora Alessandro em italiano e pela Bagheera em francês. As últimas edições em francês foram publicadas pela editora Glénat.[carece de fontes]
Martin Goodman, editor da Marvel Comics na década de 60, foi também editor de algumas revistas do gênero Men's adventure, as quais publicavam tiras de quadrinhos para adultos:[126][127] esta conexão com a Marvel Comics o possibilitou trazer alguns dos artistas de quadrinhos para desenharem e escreverem tiras para adultos em suas revistas, tiras que depois eram recolhidas e lançadas separadamente como revista one-shot sob o título de The Adventures of Pussycat pela Magazine Management Company, um braço da Marvel Comics. A The Adventures of Pussycat era escrita e desenhada por Wally Wood, Bill Ward e Jim Mooney e apesar de haver no seu interior referência à Marvel, não havia qualquer logotipo seu na capa e nem qualquer selo da Comics Code. A falta deste último selo era um sutil sinal de que se encontraria conteúdo adulto nestes quadrinhos.[128][129]
Alguns anos depois, a Marvel Comics lançaria diversos títulos no ramo, como: Savage Tales (1971-75), The Tomb of Dracula (1972-79)[130] e Savage Sword of Conan (1974-95)[131]. Paralelamente a isso, o sucesso da Heavy Metal - com sua ficção científica e fantasia - não passou despercebida e em 1982 a Marvel lançou o selo Epic Comics, sob o qual passou a publicar diversos quadrinhos para adultos. Em 1986, porém, o selo foi cancelado e apenas a publicação da Savage Sword of Conan foi, até o ano de 1995, mantida.[carece de fontes]
Não obstante, na década de 80 houve uma tendência crescente para o anti-heroísmo sombrio, assim como o aumento da violência nos quadrinhos: o Punisher da Marvel Comics recebeu seu próprio título em 1985,[carece de fontes] em 1986 Alan Moore publicaria, pela DC Comics, a minissérie Watchmen e Frank Miller o título The Dark Knight Returns.[carece de fontes] Estava-se, portanto, em plena operação uma revitalização dos quadrinhos para adultos dentro das grandes editoras. [carece de fontes]
Ambas, a Marvel e a DC Comics, começaram, na década de 80, a publicar quadrinhos com avisos especiais em suas capas, tais como: "para leitores maduros" ou "sugeridos para leitores maduros". Entre os títulos portadores destes selos estavam: The Shadow (1986), The Question (a partir do nº 8 de 1987), Slash Maraud (1987), Monstro do Pântano (a partir do nº 57 de 1987), Vigilante (a partir do nº 44 de 1987), Wasteland (1987), Batman: A Piada Mortal (1988), Green Arrow (do nº 1 ao nº 62 – de 1988 a 1992), Haywire (1988), Hellblazer (1988), Tailgunner Jo (1988), V de Vingança (1988), Blackhawk (1989), Gilgamesh II (1989), Sandman (1989), Shade the Changing Man (1990), Twilight (1990), World Without End (1990), Mister E (1991) e Homem Animal (1992).[132]
Em 1993, a DC Comics inicia publicações sob seu hoje famoso selo de quadrinhos para adultos, o selo Vertigo, o qual permitia conteúdo adulto explícito nos títulos selecionados.[carece de fontes] Títulos notáveis da Vertigo, incluem os vencedores Eisner Award: Fables, 100 Balas, Preacher e Sandman,[carece de fontes] assim como várias revistas em quadrinhos que foram adaptados para o cinema, como: Hellblazer, Stardust e V de Vingança.[133] Em 2001 a Marvel Comics decidiu retirar-se do Comics Code Authority e criar seu próprio sistema de classificação de conteúdos, além de um selo orientado para adultos, o selo MAX Comics.[134][63] Em janeiro de 2011 a DC anunciou que também estavam se retirando do Comics Code e o único membro remanescente, a Archie Comics, retirou-se um dia depois, levando o Comics Code Authority ao seu fim.[135]
Na década de 1950 Carlos Zéfiro desenhava os chamados catecismos,[72][nota 3] quadrinhos eróticos vendidos clandestinamente. Zéfiro se inspirava em quadrinhos românticos mexicanos[136] publicados pela editora Editormex (cujas histórias possuíam apenas dois quadros por página)[74] e em fotonovelas pornográficas de origem sueca.[136]
Com a implementação do Comics Code nos EUA e uma vez que a sua versão brasileira lançada pelas principais editoras do país (EBAL, Abril, O Cruzeiro e Rio Gráfica Editora) não teve tanto impacto como o código original,[137] a demanda por quadrinhos adultos brasileiros aumentou, especialmente aqueles de terror. Assim, a editora La Selva, a qual em 1951 publicava a revista O Terror Negro com o super-herói de mesmo nome e chegou a transformar a revista em um título de terror com histórias da revista americana The Beyond,[138] se virou para os autores locais quando o material norte-americano acabou.[139]
Por sua vez, a revista pulp X-9 da Rio Gráfica Editora publicou a série Assombrações, baseada em lendas urbanas e ilustradas por Flavio Colin, Walmir Amaral, Gutemberg Monteiro e Manoel Victor Filho.[140] Já nas décadas de 1960 e 70 destacaram-se os quadrinhos publicados pelas editoras Outubro[1][141] por autores como Júlio Shimamoto,[142] Ivan Saidenberg[143] Jayme Cortez, Flavio Colin,[144] entre outros e a Jotaesse, onde Eugênio Colonnese criou a sensual vampira Mirza.[145]
Na EDREL de Minami Keizi, Claudio Seto se inspirou nos quadrinhos japoneses (mangás), trazendo influências do movimento gekigá na revista O Samurai[146] e nos ecchis com a personagem Maria Erótica.[147] Por conta do conteúdo das revistas, a editora foi alvo de censura pela Ditadura Militar[148] e fechada em 1972.[149] Apesar do título O Samurai, a Edrel não foi a primeira editora a publicar histórias sobre samurais no país, a EBAL publicou duas histórias de origem italiana na revista Epopéia: Os 47 Samurais (janeiro de 1957) e O Bravo Samurai (dezembro de 1958), em 1959, Júlio Shimamoto publicou pela Outubro, a história de terror Os Fantasmas do Rincão Maldito.[142]
Em 1976 a Rio Gráfica Editora lançou a revista Kripta, com histórias de terror das revistas Creepy e Eerie da editora Warren Publishing.[150] Em 1977, a editora Vecchi lançou a revista Spektro, a princípio publicando histórias americanas das editoras Gold Key, Fawcett e Charlton,[151] logo em seguida, o editor Ota republicou histórias de Júlio Shimamoto, Flávio Colin e Jayme Cortez para a Outubro[144] e logo em seguida, novas histórias de autores locais como Watson Portela, Elmano Silva, Ofeliano de Almeida, entre outros.[151][144]
Em 1978 Claudio Seto resgata a personagem Maria Erótica na editora Grafipar de Curitiba,[152][153] além de criar a Katy Apache, uma cowgirl, a ideia inicial era publicar o faroeste italiano Swea Otanka,[154] sobre uma índia loira descendente de vikings.[155] Katy se parecia coma personagem Hannie Caulder do filme de mesmo nome, estrelado pela atriz Raquel Welch. Tal como Caulder, Katy veste apenas um poncho.[156] Dois anos antes, Claudio Seto montou um núcleo de quadrinhos na editora, que teve nomes como Mozart Couto, Watson Portela, Rodval Matias, Ataíde Braz, Sebastião Seabra, Franco de Rosa, Flávio Colin, Júlio Shimamoto, Gedeone Malagola, entre outros.[157][158]
Em 1981 o estúdio D-Arte de Eugênio Colonnese e Rodolfo Zalla se torna uma editora, entre os títulos da editora estavam as revistas de terror Calafrio e Mestres do Terror.[1]
Embora a maioria dos escritores e artistas de quadrinhos para adultos tenham sido homens, também houve mulheres neste universo artístico. Olivia De Berardinis contribui com ilustrações para a revista Playboy. Elaine Lee, uma escritora que trabalhou tanto para DC quanto para a Marvel, colaborou com o artista Michael Kaluta para produzir Skin Tight Orbit, uma coleção de contos adultos publicados pela NBM para a seu selo Amerotica. Wendy Pini também trabalhou para a Marvel, mas é mais conhecida por sua série Elfquest, a qual produziu com seu marido Richard. Amanda Conner trabalhou na Codename:Knockout da Vertigo e finalmente Melinda Gebbie trabalou com Alan Moore na Lost Girls.
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