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A Entertaining Comics, mais conhecida como EC Comics, era uma editora americana de histórias em quadrinhos mais identificada com os gêneros de histórias de crime, terror, sátira, guerra e ficção científica. A EC Comics seguiu nessa linha de 1940 até 1950, até que a censura do Comics Code Authority a fizesse abandonar a maior parte dos títulos polêmicos e se concentrasse no revista semanal de humor e sátira chamada Mad.[1] Inicialmente, EC era de propriedade de Maxwell Gaines e especializada em histórias educacionais voltadas para crianças. Mais tarde, durante o período de notoriedade, pertenceu ao seu filho William Gaines. Este vende a empresa em 1960, que foi absorvida pela Kinney National Company, a mesma empresa que adquiriu depois a DC Comics e a Warner Bros.
EC Comics | |
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Editora | |
Fundação | 1944 |
Fundador(es) | Max Gaines |
Pessoas-chave | Max Gaines William Gaines |
Produtos | Histórias em quadrinhos |
Website oficial | eccomics |
Em fevereiro de 2024, a editora Oni Press anunciou que vai revier a marca,[2] começando com um título de terror: Epitaphs from the Abyss e um de ficção científica: Cruel Universe.[3]Os títulos foram licenciados pelos herdeiros de William Gaines.[4]
A empresa, inicialmente conhecida como Educational Comics, foi fundada por Max Gaines, ex-editor da All-American Publications. Quando essa empresa se fundiu com a DC Comics em 1944, Gaines possuía os direitos da revista em quadrinhos Picture Stories from the Bible, e começou sua nova empresa com um plano para produzir quadrinhos ciências, e história bíblicas para escolas e igrejas. Uma década antes, Max Gaines havia sido um dos pioneiros da do formato comic book (meio-tabloide), na Eastern Color Printing lançou o "proto-comic book" Funnies on Parade, e com a Dell Publishing, Famous Funnies: A Carnival of Comics, apontado por historiadores como o primeiro comic book.[5]
Quando Max Gaines morreu em 1947 em um acidente de barco, seu filho William herdou a empresa.[5] Depois de quatro anos (1942-1946) na Força Aérea, William voltou para casa para terminar seus estudos na Universidade de Nova York, com a intenção de trabalhar como professor de química. Mas nunca chegou a trabalhar como tal, desde que assumiu os negócios da família, cuja situação não era muito bom após a morte de seu pai.[6]
Entre 1949 e 1950, Gaines começou uma linha de novos títulos que caracterizam terror, suspense, ficção científica, ficção militar e policial. Seus editores, Al Feldstein e Harvey Kurtzman, que também desenhou capas e histórias, convidaram quadrinistas freelancers altamente talentosos como Johnny Craig, Reed Crandall, Jack Davis, Will Elder, George Evans, Frank Frazetta, Graham Ingels, Jack Kamen,Bernard Krigstein, Joe Orlando, John Severin, Al Williamson, Basil Wolverton, e Wally Wood. Com a entrada de Gaines, as histórias foram roteirizado por Kurtzman, Feldstein e Craig. Outros escritores, como Carl Wessler, Jack Oleck e Otto Binder colaboraram posteriormente.[6]
A EC teve sucesso com sua nova abordagem e foi pioneira na formação de relacionamentos com seus leitores através de suas cartas ao editor e seu fã-clube, o National EC Fan-Addict Club. A EC Comics promoveu a estabilidade de ilustradores, permitindo que cada para assinar sua arte e incentivando-os a desenvolver os próprios estilos; adicionalmente, a empresa publicou biografias de uma página sobre eles nas revistas em quadrinhos.
Como Entertaining Comics, publicou linhas editorias distintas:
A partir do final dos anos 1940, a indústria de quadrinhos se tornou alvo de críticas da opinião pública pelo conteúdo de histórias em quadrinhos e os efeitos potencialmente nocivos que poderiam ter sobre as crianças. O problema é particularmente agravada pela publicação em 1948 de dois artigos pelo Dr. Fredric Wertham: Horror in the Nursery" (na revista Collier) e "The Psychopathology of Comic Books" (no American Journal of Psychotherapy). Em resposta a fúria popular, que foi criado em 1948, a "Association of Comics Magazine Publishers" como uma forma de auto-regulação para evitar críticas. Embora a EC tenha feito parte da associação,se retirou em 1951. Em 1952, Harvey Kurtzman e Bill Gaines lançam a satírica Mad.
Em 1954, Wertham publicou seu livro Seduction of the Innocent, que foi um grande sucesso e e uma altamente divulgada audiência no Congresso Americano sobre a delinquência juvenil ameaçava ainda mais as histórias em quadrinhos. Ao mesmo tempo, uma investigação federal levou a uma mudança repentina nas empresas de distribuição de revistas em quadrinhos e revistas pulp. As vendas despencaram, e várias empresas saíram do negócio.[6]
Gaines convocou uma reunião com seus colegas editores e sugeriu que a indústria de quadrinhos se reúnem para lutar contra a censura fora e ajudar a reparar o dano e a reputação da indústria. Eles formaram a Comics Magazine Association of America e seu código de autocensura, o Comics Code Authority. Com a adoção do código, a EC precisou cancelar seus títulos e lançar outros submetidos ao código: Aces High (histórias sobre aventuras aéreas), Impact (suspense), Piracy (piratas), Valor (aventuras de bravura e coragem), Extra! (HQs baseadas em furos jornalísticos), Psycoanalysis (pessoas contando problemas pessoais a um psiquiatra) e MD (médicos tentando salvar vidas),[7] até a Mad se ajustou aos novos tempos e também foi submetida ao código a reputação da EC continuava ruim e em 1955, todos os novos títulos foram cancelados, sobrando apenas Mad, Kurtzman resolveu aumentar o formato da Mad de comic book para magazine (usado em revistas adutas como a Time) e publica-la em preto e branco, com isso, a Mad deixou de ser considerada uma revistas em quadrinhos e deixou de ser submetida ao Comics Code, ganhando mais liberdade artística.[1]
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