Nos estudos sobre quadrinhos, arte sequencial é um termo proposto pelo quadrinista Will Eisner[1] para descrever formas de arte que usam imagens empregadas em uma ordem específica para fins de narrativa gráfica, ou seja, narração de histórias gráficas[2] ou transmitir informações.[3] O exemplo mais conhecido de arte sequencial são as histórias em quadrinhos,[4] mas o termo também é aplicado a outros meios de comunicação, como filmes, animações ou storyboards.[5]
O termo "arte sequencial" foi cunhado em 1985 pelo quadrinista Will Eisner em seu livro Comics and Sequential Art. Eisner analisou essa forma em quatro elementos: design, desenho, caricatura e escrita.[1]
Scott McCloud, outro quadrinista, elaborou mais a explicação, em seus livros Understanding Comics (1993) e Reinventing Comics (2000). Em Understanding Comics, ele observa que o rolo de filme, antes que ele esteja sendo projetado, poderia ser visto como uma história em quadrinhos muito lenta.[6]
Termos relacionados incluem: narrativa visual,[7] narrativa gráfica,[8] narrativa pictórica,[9] narrativa sequencial,[10] narrativa pictórica sequencial,[11] narrativa sequencial,[12][13] literatura gráfica,[14][12][15][16] literatura sequencial[17] e ilustração narrativa.[18] O termo relacionado escultura sequencial também foi usado.[19]
Will Eisner, Comics and Sequential Art, Poorhouse Press, 1990 (1st ed.: 1985), p. 5.
O termo "histórias gráficas" é usado como sinônimo de obras de literatura gráfica(cf. Robert C. Harvey, The Art of the Comic Book: An Aesthetic History, University Press of Mississippi, 1996, p. 109; Robert G. Weiner (ed.), Graphic Novels and Comics in Libraries and Archives: Essays on Readers, Research, History and Cataloging, McFarland, 2010, p. 177) or graphic novels (cf. Robert S. Petersen, Comics, Manga, and Graphic Novels: A History of Graphic Narratives, ABC-CLIO, 2011, p. 222); here the former meaning is intended.
Will Eisner, Graphic Storytelling and Visual Narrative, W. W. Norton, 2008 (1st. ed.: Poorhouse Press, 1996), "Introduction: Comics as a Medium."
EISNER, Will, Graphic Storytelling & Visual Narrative, Poorhouse Press, 2001 (1st. Ed., 1996), p. 6
"You might say that before it’s projected, film is just a very very very very slow comic!"—Scott McCloud citado por Michael Cadden em Telling Children's Stories: Narrative Theory and Children's Literature, University of Nebraska Press, 2010, p. 149
Will Eisner, Comics and Sequential Art, Poorhouse Press, 1990, p. 26.
Lan Dong (ed.), Teaching Comics and Graphic Narratives: Essays on Theory, Strategy and Practice, McFarland, 2012, p. v.
Neil Cohn (ed.), The Visual Narrative Reader, Bloomsbury, 2016, p. 26.
Hannah Miodrag, Comics and Language: Reimagining Critical Discourse on the Form, University Press of Mississippi, 2013, p. 143.
Aaron Meskin and Roy T. Cook (eds.), The Art of Comics: A Philosophical Approach, Wiley-Blackwell, 2012, p. xxx.
Durwin S. Talon, Panel Discussions: Design in Sequential Art Storytelling, TwoMorrows Publishing, 2007, p. 102.
Um termo cunhado primeiro pelo quadrinista italiano Hugo Pratt como letteratura disegnata (veja Gianni Brunoro, Corto come un romanzo nuovo. Illazioni su Corto Maltese ultimo eroe romantico, 2nd ed., Milan: Lizard, 2008, p. 225).
Keith Dallas, American Comic Book Chronicles: The 1980s, TwoMorrows Publishing, 2013, p. 117.
Shane McCausland and Yin Hwang (eds.), On Telling Images of China: Essays in Narrative Painting and Visual Culture, Hong Kong University Press, 2013, p. 23 n. 12.
Cf. Elaine H. Kim and Chungmoo Choi (eds.), Dangerous Women: Gender and Korean Nationalism, Routledge, 2012, p. 6: "[Yong Soon] O ensaio visual de Min, "Mother Load", apresenta o pano de embrulho bojagi ... As duas primeiras partes dessa escultura seqüencial se referem ao passado e ao presente da ... Coreia."