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A Equipe Ligier é uma equipe de automobilismo, mais conhecida por sua equipe de Fórmula 1 que atuou de 1976 a 1996. A equipe foi fundada em 1968 pelo ex-piloto de corridas e jogador de râguebi francês Guy Ligier como fabricante de carros esportivos.[1][2]
Com resultados medianos na Fórmula 1, a Ligier teve como seu melhor resultado um vice-campeonato de construtores em 1980. Uma conhecida característica da escuderia era sua tradicional pintura azul em seus carros (cor usada pelo automobilismo francês) qualquer fosse a sua situação financeira, o que gerou uma grande simpatia pelos torcedores e imprensa franceses. A outra foi o patrocínio dos cigarros Gitanes.
Em meados de 1994 e 1995, a equipe passou pelo controle de vários acionistas, e finalmente em janeiro de 1997 foi vendida para o ex-piloto e tetracampeão mundial da Fórmula 1, Alain Prost, que rebatizou a escuderia com o nome de Prost Grand Prix, encerrando, assim, a história e a passagem da Ligier pela Fórmula 1.
Em 1976, o ex-piloto e ex-jogador de rugby Guy Ligier retorna à Fórmula 1 como dono de sua própria equipe, logo após comprar o espólio da Matra Sports. O primeiro carro, batizado JS5, teve apenas Jacques Laffite como piloto, que lá iniciaria uma longa relação pela equipe. No final, a Ligier conquista o quinto lugar, com 20 pontos, tendo como melhor resultado um segundo lugar no Grande Prêmio da Áustria.
Depois do bom início das atividades, a Ligier segue com Laffite, e contrata outro francês, Jean-Pierre Jarier, já no fim da temporada. Ao final, o time azul conquista o oitavo lugar, com 18 pontos. Em 1978, a Ligier dispensa Jarier e continua com Laffite, que marca 19 pontos e garante a equipe em sexto lugar na classificação.
Em 1979, tudo conspiraria a favor da Ligier. Equipada com os bons motores Ford, a equipe mantém Laffite pelo terceiro ano seguido, e contrata mais um francês, Patrick Depailler, mas este se acidenta e dá lugar ao belga Jacky Ickx, primeiro não-francês a guiar um carro da equipe, que já encontrava-se em final de carreira. Laffite continuaria sendo a principal liderança da Ligier, conquistando duas vitórias, somando seis pódios, contra dois de Depailler e nenhum de Ickx, que se aposentou no fim do ano. Ao fim, a Ligier conquistou o terceiro lugar, com 61 pontos.
1980 foi o melhor ano da história da Ligier. Mais uma vez, Laffite continua como principal piloto da equipe, tendo a seu lado mais um francês, Didier Pironi. Ambos conquistam dez pódios (cinco para Pironi e outros cinco para Laffite), e o vice-campeonato de construtores, com 66 pontos.
Em 1981, Laffite permanece pelo sexto ano seguido na Ligier, tendo três companheiros de time: Jarier (repatriado), Jean-Pierre Jabouille e Patrick Tambay, todos franceses. Jacques conquista a última vitória de sua carreira no Grande Prêmio do Canadá, mas a Ligier, equipada com motores Matra[3] não repete o mesmo desempenho de 1980, e fica em quarto lugar. Pior foi em 1982: Laffite, aos 37 anos, passa a ter ao seu lado o ítalo-americano Eddie Cheever, mas a dupla não faz boa temporada e a Ligier fica em oitavo lugar, com apenas 20 pontos.
Em 1983, Laffite, principal piloto da equipe, é contratado pela Williams, e Jarier, aos 36 anos de idade, retorna ao time, tendo ao seu lado o jovem brasileiro Raul Boesel. Prejudicados por abandonos ou não-classificações, não impedem que a Ligier termine o campeonato zerada pela primeira vez em sua história. Em 1984, mais um francês, François Hesnault, vêm acompanhado do italiano Andrea De Cesaris, que impede a segunda temporada seguida no zero: foram três pontos, conquistados por De Cesaris, que permaneceria no ano seguinte.
Em 1985, a Ligier recontrata Laffite, vindo de uma malsucedida temporada na Williams. A experiência de Jacques dá resultados, fazendo com que a equipe volta a marcar mais pontos. O ponto negativo da equipe foi o Grande Prêmio da Áustria, onde De Cesaris protagoniza um acidente incrível, onde ele, ao tentar ultrapassar Derek Warwick, roda e capota o carro três vezes, saindo ileso. Esta foi a gota d'água para Guy Ligier, que o demite pouco depois. Para o lugar do italiano, Guy contrata Philippe Streiff, que conquista seu único pódio no Grande Prêmio da Áustralia, mesmo tendo batido contra Laffite na tentativa de ultrapassá-lo.
Para 1986, a equipe renova o contrato de Laffite, que teria como companheiro outro experiente piloto, René Arnoux. Jacques conquistou seu último pódio no Grande Prêmio do Brasil, aos 41 anos de idade, e vinha fazendo uma temporada mediana até sofrer grave acidente no Grande Prêmio de Brands Hatch, e se vê obrigado a encerrar sua longa carreira de 176 provas, empatando a marca do inglês Graham Hill. Para o lugar do veterano, Guy Ligier contratou mais um francês, Philippe Alliot. Ao final da temporada, a Ligier conquista o quinto lugar, com 29 pontos somados.
Na primeira temporada sem Laffite, Arnoux passaria a ser o primeiro piloto da equipe azul, tendo como companheiro o italiano Piercarlo Ghinzani. Em uma fraca temporada, René marca apenas um ponto, que classifica a equipe em décimo primeiro lugar. Em 1988, Ghinzani é demitido e o sueco Stefan Johansson, vindo da McLaren, é contratado para formar dupla com Arnoux. Nem a experiência de ambos deu resultado: a Ligier, com um carro instável, não consegue pontuar em nenhuma prova, tendo como melhor resultado dois nono lugares de Johansson.
Para a temporada de 1989, Arnoux, que aos 40 anos disputaria sua última temporada, teve como seu companheiro de escuderia Olivier Grouillard, substituindo Johansson que havia sido contratado pela novata Onyx. Com um quinto lugar de Arnoux no Grande Prêmio do Canadá, somado ao sexto lugar de Grouillard no Grande Prêmio da França, o time de Guy Ligier terminaria a temporada em 13º lugar.
Sem Grouillard e Arnoux, a Ligier voltaria a entrar em uma crise existencial. A equipe repatria Alliot e contrata o italiano Nicola Larini, mas eles não conseguem bons resultados e perdem o emprego no final de 1990. No ano seguinte, Guy contrata o experiente belga Thierry Boutsen e mais um francês, Érik Comas (campeão da Fórmula 3000 em 1990). Pela segunda temporada seguida, a Ligier amargaria um campeonato zerada, mas a dupla seguiu para a temporada de 1992. Nelson Piquet e Alain Prost chegaram a ser cogitados para guiar os carros da equipe, porém o brasileiro reiterou sua aposentadoria da Fórmula 1 e o francês, que chegou a testar pela Ligier, não aprovou o desempenho do carro, optando em fazer uma temporada sabática, fazendo com que Comas permaneça no time, marcando seus primeiros pontos na categoria ao obter dois sextos lugares e um quinto, nos Grandes Prêmios do Canadá, França e Alemanha. Boutsen pontua pela última vez na categoria ao chegar em quinto lugar no Grande Prêmio da Austrália, e a equipe fica em sétimo.
Desapontado com o fraco desempenho nos anos anteriores, Guy Ligier colocou sua equipe à venda, concretizada para Cyril de Rouvre, cuja administração marcou o renascimento da Ligier, que pela primeira vez, não forma uma dupla com pelo menos um francês. Dois ingleses, Martin Brundle (ex-Benetton) e Mark Blundell (ex-Brabham), foram os pilotos da equipe em 1993. Com 23 pontos marcados e três pódios (dois de Brundle e um de Blundell), a Ligier alcança o quinto lugar.
Para 1994, a Ligier dispensa Brundle e Blundell, e aposta no campeão da F-3000 de 1993, Olivier Panis. Além dele, foi contratado mais um francês: Éric Bernard, que conquistaria um pódio junto com Panis no confuso Grande Prêmio da Alemanha. Envolvido numa troca com o inglês Johnny Herbert, Bernard ocupa a vaga deste último na Lotus. Outro francês, Franck Lagorce, participa dos Grandes Prêmios do Japão e da Austrália, e não pontua em ambos. A Ligier encerra o ano em sexto lugar, com 13 pontos.
Após passagem razoável na McLaren em 1994, Brundle acertou sua volta à Ligier, que oficializara anteriormente a permanência de Panis. Aguri Suzuki, amigo pessoal do inglês, também foi contratado após a escuderia acertar o fornecimento de motores por parte da Mugen-Honda. Ambos disputam algumas corridas num "sistema de revezamento", mas o japonês sofre grave acidente nos treinos do Grande Prêmio do Japão, e resolve encerrar sua carreira. Panis conquista o segundo pódio da Ligier no ano na prova da Austrália (o primeiro foi de Brundle, em Spa-Francorchamps), mesmo completando a prova a duas voltas do vencedor, Damon Hill.
A Ligier já estava pronta para ser vendida para alguém em 1996, mas a equipe seguiu em atividade. Mantém Panis e contrata o brasileiro Pedro Paulo Diniz, egresso da Forti. O começo foi tímido, mas o jejum de vitórias que durava desde 1981 se encerraria no GP de Mônaco, onde apenas quatro carros terminaram a corrida. Panis, que largou em décimo quarto, resiste à pressão de David Coulthard, mas para sua sorte, o limite de duas horas havia se esgotado.
No final do ano, Alain Prost compra a equipe e a converte na Prost Grand Prix. Em sua derradeira temporada, a equipe conquista o sexto lugar na classificação geral, com 15 pontos ganhos.
Em 2004, a Ligier voltou ao automobilismo após adquirir a Automobiles Martini. Tico Martini tinha projetado um chassi de Fórmula 3 que foi apresentado no Paris Motor Show de 2004[4] como o Ligier JS47, mas com o mercado de Fórmula 3 dominado pela Dallara, o carro só correu napequena Recaro F3 Cup.
Em 2005, a Ligier apresentou um carro esportivo "cavalheiro", o JS49, um protótipo esportivo[5][6] feito para a classe 2000 cc CN, que podia ser usado no V de V Challenge.
Jacques Laffite: 6
Didier Pironi: 1
Patrick Depailler: 1
Olivier Panis: 1
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