Eleições legislativas portuguesas de 2019
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As eleições legislativas portuguesas de 2019, também designadas eleições para a Assembleia da República, decorreram no dia 6 de outubro de 2019,[1] e constituíram a XIV Legislatura da Terceira República Portuguesa. A campanha eleitoral decorreu entre os dias 22 de setembro e 4 de outubro.
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Eleições legislativas portuguesas de 2019 230 deputados da Assembleia da República | |||||||||||
6 de outubro de 2019 | |||||||||||
Demografia eleitoral | |||||||||||
Hab. inscritos: | 10 777 258 | ||||||||||
Votantes : | 5 237 484 | ||||||||||
48.60% 13% | |||||||||||
António Costa - PS | |||||||||||
Votos: | 1 903 687 | ||||||||||
Assentos obtidos: | 108 25.6% | ||||||||||
36.35% | |||||||||||
Rui Rio - PSD | |||||||||||
Votos: | 1 454 283 | ||||||||||
Assentos obtidos: | 79 11.2% | ||||||||||
27.77% | |||||||||||
Catarina Martins - BE | |||||||||||
Votos: | 498 549 | ||||||||||
Assentos obtidos: | 19 0% | ||||||||||
9.52% | |||||||||||
Jerónimo de Sousa - CDU | |||||||||||
Votos: | 332 018 | ||||||||||
Assentos obtidos: | 12 29.4% | ||||||||||
6.34% | |||||||||||
Assunção Cristas - CDS–PP | |||||||||||
Votos: | 221 094 | ||||||||||
Assentos obtidos: | 5 72.2% | ||||||||||
4.22% | |||||||||||
André Silva - PAN | |||||||||||
Votos: | 173 931 | ||||||||||
Assentos obtidos: | 4 300% | ||||||||||
3.32% | |||||||||||
André Ventura - CH | |||||||||||
Votos: | 67 502 | ||||||||||
Assentos obtidos: | 1 | ||||||||||
1.29% | |||||||||||
Carlos Guimarães Pinto - IL | |||||||||||
Votos: | 67 443 | ||||||||||
Assentos obtidos: | 1 | ||||||||||
1.29% | |||||||||||
Joacine Katar Moreira - L | |||||||||||
Votos: | 56 940 | ||||||||||
Assentos obtidos: | 1 | ||||||||||
1.09% | |||||||||||
Outros | |||||||||||
Votos: | 207 162 | ||||||||||
Assentos obtidos: | 0 | ||||||||||
3.96% | |||||||||||
Mapa de Resultados | |||||||||||
Primeiro-Ministro de Portugal | |||||||||||
O PS conseguiu uma maioria clara de 36,34%, enquanto o seu maior oponente, o PSD, perdeu 10 deputados relativamente a 2015 e atingiu um dos seus mínimos históricos desde 1975.
O Bloco de Esquerda desceu relativamente a 2015, mas conseguiu manter o número de deputados, ao contrário da CDU, que viria a perder 5 deputados, ou do CDS-PP, que ao perder 13 deputados, alcançou o pior resultado da sua história em legislativas até então.
O Pessoas-Animais-Natureza (PAN), que tinha entrado na Assembleia da República pela primeira vez em 2015, conseguiu crescer, tal como nas europeias, formando um grupo parlamentar com 4 deputados, apenas menos um que o CDS-PP. Em junho de 2020, a deputada Cristina Rodrigues desvinculou-se do PAN e passou a deputada não-inscrita.[2] Como resultado, o PAN passou a ser representado na Assembleia da República por três deputados.
Esta eleição foi também marcada pela forte presença dos pequenos partidos, já que 3 dos mesmos (dois deles, o CHEGA e a Iniciativa Liberal, concorriam pela primeira vez à Assembleia da República) conseguiram entrar, pela primeira vez, na Assembleia da República. O CHEGA, partido com ideias nacionalistas e conservadoras, conseguiu eleger André Ventura, pelo distrito de Lisboa. A Iniciativa Liberal não conseguiu eleger o seu líder, Carlos Guimarães Pinto, que concorreu às eleições pelo círculo do Porto, mas conseguiu eleger João Cotrim de Figueiredo, pelo de Lisboa. Por sua vez, o LIVRE, partido formado em 2014, com raízes europeístas e ecossocialistas, conseguiu eleger Joacine Katar Moreira, também pelo distrito de Lisboa. Em fevereiro de 2020, Katar Moreira viria a passar a deputada não-inscrita graças à sua rutura com a direção do LIVRE.
Na sequência destas eleições, um número recorde de partidos não previamente coligados passou a ter representação na Assembleia da República, mais concretamente oito (a que se acrescentou a única coligação concorrente a estas legislativas, a CDU).[3] Este recorde manteve-se mesmo depois de o LIVRE deixar de ter representação no parlamento nacional português, com a passagem de Joacine Katar Moreira ao estatuto de deputada não-inscrita.