Coruche
município e vila de Portugal Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Coruche é uma vila portuguesa pertencente ao distrito de Santarém, com cerca de 9 000 habitantes.[1]
Coruche | |
Coruche vista do Castelo | |
Gentílico | Coruchense |
Área | 1 115,72 km² |
População | 17 356 hab. (2021) |
Densidade populacional | 15,6 hab./km² |
N.º de freguesias | 6 |
Presidente da câmara municipal |
Francisco Oliveira (PS, 2021-2025) |
Fundação do município (ou foral) |
1182 |
Região (NUTS II) | Oeste e Vale do Tejo |
Sub-região (NUTS III) | Lezíria do Tejo |
Distrito | Santarém |
Província | Ribatejo |
Orago | Nossa Senhora do Castelo |
Feriado municipal | 17 de Agosto |
Código postal | 2100 |
Sítio oficial | cm-coruche.pt |
Município de Portugal |
É sede do município de Coruche,[2] um dos maiores de Portugal, com 1 115,72 km² de área[3] mas apenas 17 356 habitantes (2021),[4][5] subdividido em 6 freguesias.[2] O município é limitado a norte pelos municípios de Almeirim e Chamusca, a nordeste por Ponte de Sor, a leste por Mora, a sueste por Arraiolos, a sul por Montemor-o-Novo e pela fracção secundária do Montijo, a oeste por Benavente e a noroeste por Salvaterra de Magos.
Desde 2023 que Coruche integra a região estatística (NUTS II) do Oeste e Vale do Tejo e na sub-região estatística (NUTS III) da Lezíria do Tejo, continua, no entanto, a fazer parte da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, que manteve a designação da antiga CCDR com o mesmo nome. Pertence ainda à província do Ribatejo, hoje porém sem significado político-administrativo, mas constante nos discursos de auto e hetero-identificação cultural.
A presença humana ao longo de todo o vale do rio Sorraia está testemunhada pelos inúmeros vestígios arqueológicos que, dados os recursos naturais disponíveis, confirmam a fixação humana de forma continuada desde o Paleolítico.
Datável entre o 5.º e o 3,º milénios a.C., o conjunto megalítico de Coruche, localizado no extremo sudeste do concelho, é composto por cerca de três dezenas de monumentos, intervencionados na década de 30 do século XX pelo Professor Manuel Heleno, à data director do Museu Nacional de Arqueologia. Associado às antas ou dólmenes, antelas e cistas foram encontrados inúmeros objectos, directamente relacionados com o culto funerário do período Calcolítico.
Igualmente os romanos deixaram marcas no vale do Sorraia, sugerindo um povoamento concentrado junto ao rio e uma ocupação rural intensa entre os séculos I e V. Uma vez mais o rio Sorraia assume uma importância primaz como via de comunicação por excelência, permitindo o escoamento e recepção de mercadorias de vários pontos do Império.
No período de domínio islâmico, Coruche, dada a sua posição geográfica, assume uma importância estratégica entre as cidades de Xantarîn (Santarém) e Yâbura (Évora), daí a construção de uma fortificação que, posteriormente, durante o processo da Reconquista teve um papel de grande relevo.
D. Afonso Henriques chega a Coruche em 1166, sendo que entrega a manutenção deste espaço, em 1176, à Ordem militar dos freires de Évora ou Ordem militar de S. Bento. O primeiro foral da vila de Coruche foi outorgado por D. Afonso Henriques em 26 de Maio de 1182, segundo o modelo do foral de Évora, confirmado por D. Sancho I, em 1189, e por D. Afonso II, em 1218, mantendo-se até D. Manuel, quando este, no século XVI, procede à reforma dos forais.
O município de Coruche está dividido em 6 freguesias:[2]
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