Viana do Castelo
município e cidade de Portugal Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Viana do Castelo é uma cidade portuguesa, capital do distrito com o mesmo nome, na região do Norte, e integrada na sub-região NUT III do Alto Minho, com cerca de 26 000 habitantes (2021).[1]
Viana do Castelo | |||||||
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Mapa de Viana do Castelo | |||||||
Gentílico | Vianense, Vianês | ||||||
Área | 319,02 km² | ||||||
População | 85 784 hab. (2021) | ||||||
Densidade populacional | |||||||
N.º de freguesias | 27 | ||||||
Presidente da câmara municipal |
Luís Nobre (PS, 2021–2025) | ||||||
Fundação do município (ou foral) |
1258 | ||||||
Região (NUTS II) | Norte | ||||||
Sub-região (NUTS III) | Alto Minho | ||||||
Distrito | Viana do Castelo | ||||||
Província | Minho | ||||||
Orago | Nossa Senhora da Agonia | ||||||
Feriado municipal | 20 de agosto (Nossa Senhora da Agonia) | ||||||
Código postal | 4900 Viana do Castelo | ||||||
Sítio oficial | www.cm-viana-castelo.pt | ||||||
Município de Portugal |
É sede do município de Viana do Castelo que tem 319,02 km² de área[2] e 85 784 habitantes (2021[3]) estando subdividido em 27 freguesias.[4] O município é limitado a norte pelo município de Caminha, a leste por Ponte de Lima, a sul por Barcelos e Esposende, e a oeste pelo Oceano Atlântico.
O ponto mais alto do município encontra-se na Serra de Arga, mais precisamente no Alto do Espinheiro, a 825 m de altitude.
Pertence à rede das Cidades Cittaslow.
Até à sua elevação a cidade em 20 de janeiro de 1848, a atual Viana do Castelo chamava-se simplesmente "Viana" (também referida como "Viana da Foz do Lima" e "Viana do Minho", para diferenciá-la de Viana do Alentejo). Em 1977, fora elevada a sede de diocese católica.
Pertence à Rede Portuguesa de Cidades Saudáveis.
A ocupação humana da região de Viana remonta ao Mesolítico, conforme o testemunham inúmeros achados arqueológicos (anteriores à cidadela pré-romana) no Monte de Santa Luzia.
A povoação de Viana recebera Carta de Foral de Afonso III de Portugal em 18 de julho de 1258, tendo passado a chamar-se Viana da Foz do Lima. Devido à prosperidade desde então adquirida, Viana tornou-se num importante entreposto comercial, vindo a ser edificada uma torre defensiva (a Torre da Roqueta) com a função de repelir piratas oriundos da Galiza e do Norte de África, os quais procuravam por este porto.[5]
O próspero comércio marítimo com o norte da Europa envolvia a exportação de vinhos, fruta e sal, e a importação de talheres, tecidos, tapeçarias e vidro. O espírito comercial de Viana alcançou tais proporções que a rainha Maria II de Portugal concedera alvará à extinta Associação Comercial de Viana do Castelo em 1852. A mesma soberana — para recompensar a lealdade da população de Viana, que não se rendera às forças do conde das Antas (1847) — decidira elevar a vila à categoria de cidade com o nome de Viana do Castelo (20 de janeiro de 1848). No século XX, tornou-se num dos principais portos portugueses da pesca do bacalhau.[6]
Na cidade — que cresceu ao longo do rio Lima — podem ser observados os estilos renascentista, manuelino, barroco e Art Déco. Na malha urbana destaca-se o centro histórico, que forma um círculo delimitado pelos vestígios das antigas muralhas. Aqui cruzam-se becos com artérias maiores viradas para o rio Lima, e destacam-se a antiga Igreja Matriz (catedral desde 1977), que remonta ao século XV, a Capela da Misericórdia (século XVI), a Capela das Almas, e o edifício da antiga Câmara Municipal, na Praça da República (antiga Praça da Rainha), com uma fonte em granito — com uma bacia de casal e tanque — construída por Inês Lopes, a Velha e terminada pelo seu filho João Lopes, Filho em 1559.
Fora do centro da cidade — em posição dominante no alto do Monte de Santa Luzia — destaca-se o imponente Santuário Diocesano do Sagrado Coração de Jesus, cuja construção fora iniciada em 1903 e inspirada na Basílica de Sacré Cœur em Paris, de onde se descortina uma ampla vista sobre a cidade, o estuário do rio Lima e o mar.
Eis alguns dos elementos patrimoniais de maior destaque de Viana do Castelo:
Conta uma das muitas lendas locais que o nome da cidade deve-se a uma "estória" sobre uma linda rapariga chamada Ana que vivia no território que atualmente integra a cidade, mais precisamente num castelo feito de pedra. Este era um castelo grande, famoso e admirado por muita gente, que por este costumava passar para poder observá-lo. Quando por este passavam, algumas pessoas começaram a reparar que uma princesa por vezes aparecia numa das janelas do castelo; uma linda rapariga de longos cabelos louros, com duas tranças, faces rosadas e olhos claros — a princesa Ana. Contudo, esta princesa também era extremamente tímida, razão pela qual ela escondia-se do olhar das pessoas que passavam para contemplar o castelo. Um dia esta princesa apaixonou-se por um rapaz que vivia no outro lado do rio, o qual também gostava muito dela. Ele ficava tão contente por vê-la que — sempre que voltava à outra margem — dizia contente: “VI A ANA! VI A ANA DO CASTELO!”. Ele repetiu-o tantas vezes que passaram a chamar “Viana do Castelo” à cidade onde a princesa morava.[carece de fontes]
O ciclo de festas no município começa no mês de março, com as Festas de Nossa Senhora das Boas Novas, em Mazarefes. Entretanto, o seu ponto alto é a tradicional "Romaria em Honra de Nossa Senhora da Agonia", que decorre em pleno Verão, em torno do dia 20 de agosto, feriado no município.
A Romaria d’Agonia junta-se à história da Capela de Nossa Senhora da Agonia. Data de 1674 a história da capela em honra da padroeira dos pescadores. Na altura, foi edificada uma capela em invocação primitiva ao Bom Jesus do Santo Sepulcro do Calvário e, um pouco acima, uma capelinha devota a Nossa Senhora da Conceição.
Hoje, o nome da santa está associado à rainha das romarias e às múltiplas tradições da maior festa popular de Portugal: a romaria em honra de Nossa Senhora da Agonia, nascida em 1772 da devoção dos homens do mar vindos da Galiza e de todo o litoral português para as celebrações religiosas e pagãs, que ainda hoje são repetidas anualmente na semana do dia 20 de agosto, feriado municipal. A Romaria d’Agonia recebeu em 2013 a Declaração de Interesse para o Turismo.
A Romaria em Honra de Nossa Senhora da Agonia é o expoente máximo das festas vianenses. A rainha das romarias é grandiosa em programação, no número de visitantes, na força do traje à vianesa, no peso do ouro que as mordomas exibem ao peito. A procissão ao mar e as ruas da Ribeira — enfeitadas com os tapetes floridos — são testemunhos da profunda devoção religiosa que deu origem à Romaria d’Agonia. A etnografia tem o seu espaço no Desfile da Mordomia, com centenas de mulheres a desfilarem os seus trajes com ‘chieira’ (orgulho, vaidade), e também no Cortejo Histórico e Etnográfico e na inigualável Festa do Traje. A festa continua... Tocam as concertinas e os bombos, dançam as lavradeiras... A grandiosa serenata de fogo de artifício ilumina toda a cidade, começando pela ponte de Gustave Eiffel, passando pelo Castelo de Santiago da Barra, até ao Templo — Monumento de Santa Luzia... É um abraço dos vianenses a todos que nos visitam no mês de agosto.
A VIANAfestas — associação promotora das festas da cidade — integra a Câmara Municipal, a Comissão Regional de Turismo, a Associação Empresarial e a Associação de Grupos Folclóricos, organizando a Romaria da Senhora d'Agonia, o Festival de Folclore Internacional do Alto Minho, a Feira Medieval e outros eventos integrados no programa de animação cultural e turística da cidade.[7]
Os principais clubes desportivos de Viana do Castelo são: o Sport Clube Vianense mais vocacionado para o futebol, a Associação Juventude de Viana dedicada ao Hóquei em patins e a Escola Desportiva de Viana que promove a natação, a canoagem, o hóquei em patins e outros desportos.
Para além destas, Viana do Castelo tem equipas e associações de outras modalidades como basquetebol, andebol, atletismo, judo, kick boxing, karate kyokushinkai, kung fu, capoeira, entre outros.
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