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automobilista alemão, campeão mundial de Fórmula 1 em 2016 Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Nico Erik Rosberg (Wiesbaden, 27 de junho de 1985) é um ex-automobilista alemão que atuou na Fórmula 1 entre 2006 e 2016 pelas equipes Williams e Mercedes. Foi campeão mundial de Fórmula 1 em 2016, superando seu companheiro de equipe Lewis Hamilton. Ainda foi vice-campeão por duas vezes, em 2014 e 2015. Anteriormente, ele foi campeão da GP2 Series em 2005, e da Fórmula BMW ADAC em 2002. É filho do campeão de F1 Keke Rosberg.[3]
Nico Rosberg | |
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Nico Rosberg no GP da Malásia de 2016 | |
Informações pessoais | |
Nome completo | Nico Erik Rosberg |
Nacionalidade | alemão |
Nascimento | 27 de junho de 1985 (39 anos) Wiesbaden, Alemanha Ocidental |
Altura | 1,78[1] m |
Progenitores | Mãe: Sina Rosberg Pai: Keke Rosberg |
Cônjuge | Vivian Sibold (c. 2014) |
Filhos | 2 |
Registros na Fórmula 1 | |
Temporadas | 2006–2016 |
Equipes | 2 (Williams e Mercedes) |
Número do carro | 6 |
GPs disputados | 206 |
Títulos | 1 (2016) |
Vitórias | 23 |
Pódios | 57 |
Pontos | 1 594,5[2] |
Pole positions | 30 |
Primeiro GP | GP do Barém de 2006 |
Primeira vitória | GP da China de 2012 |
Última vitória | GP do Japão de 2016 |
Último GP | GP de Abu Dhabi de 2016 |
Títulos | |
Assinatura | |
Nico Erik Rosberg nasceu em Wiesbaden, cidade que à época, fazia parte da Alemanha Ocidental. Ele é filho de Keijo "Keke" Rosberg, campeão da Fórmula 1 em 1982, com Gesine "Sina" Rosberg (nascida Gleitsmann-Dengel). Nico tem dupla nacionalidade, sendo alemão e finlandês. Ele chegou a correr com a licença finlandesa no início de sua carreira, mas depois, passou a correr sob bandeira alemã, por conta da facilidade em obter patrocínios. Sua família se mudou para Mônaco quando Nico tinha apenas um mês de vida, e passou a infância dividido entre o principado e a ilha espanhola de Ibiza. Ele foi colega de Nelsinho Piquet durante o jardim de infância, e os dois eram amigos nessa época, com Lewis Hamilton também sendo amigo de Nico durante a época em que eles corriam de kart.[4]
Rosberg cresceu falando fluentemente alemão, inglês, francês, espanhol e italiano, mas não fala finlandês, nem sueco, uma decisão de seu próprio pai, que considerava que o filho deveria dominar os idiomas mais correntes no mundo da F1. Nico chegou a cogitar ser engenheiro aerodinâmico, mas o amor pela velocidade falou mais alto, especialmente após seus testes com o carro da Williams em 2002.[5]
Nico casou-se em julho de 2014 com Vivian Sibold, com quem namorava desde 2003.[6] Em agosto de 2015 nasceu a primeira filha de ambos, Alaïa.[7] Em 2017, o casal teve uma segunda filha chamada Naila.[8] Desde 2018, Nico e Vivian administram uma sorveteria em Ibiza.[9]
Nico Rosberg começou sua carreira profissional no kart em 1996, aos 10 anos de idade. Anos depois, em 1998, atuou ao lado daquele que depois se tornou o seu maior rival na Fórmula 1: Lewis Hamilton. Ajudado pelos contatos do pai, o campeão de 1982 Keke Rosberg, passou sem dificuldades pelas principais categorias de base.[10]
Já nos monopostos, foi campeão da F-BMW Alemã em 2002 de forma dominante, com 9 vitórias e 13 pódios em 20 provas. Como prêmio, ele pôde testar o FW24 no Circuito de Barcelona-Catalunha em 3 de dezembro desse mesmo ano.[11][12] Nico correu ao lado de seu pai Keke,[13] e ele tinha apenas dezessete anos, cinco meses e seis dias na época, se tornando o piloto mais jovem da história a andar num carro de Fórmula 1.[14] Esse recorde foi superado por Max Verstappen em 2014, que participou de uma sessão de treinos com dezessete anos e três dias.[15]
Rosberg correu na Fórmula 3 Euro Series entre 2003 e 2004 pela Team Rosberg, equipe de propriedade de seu pai Keke, e teve como companheiro Andreas Zuber. Em seu primeiro ano, Nico venceu uma vez no Circuito Bugatti e conquistou cinco pódios, ficando em oitavo lugar no Campeonato de Pilotos, com 45 pontos. No campeonato de estreantes, Rosberg venceu três vezes, sendo superado por Christian Klien.[16] Em 2004, Nico teve três vitórias e mais dois pódios, sendo quarto colocado com apenas dois pontos à frente de Lewis Hamilton.[17]
Nico participou da temporada inaugural da GP2 Series em 2005, correndo pela ART Grand Prix ao lado de Alexandre Prémat. Ele brigou pelo título com o finlandês Heikki Kovalainen, com os dois se igualando no número de vitórias, mas Rosberg fez 120 pontos, 15 a mais que Kovalainen, e após vencer as duas corridas da rodada no Barém, Nico se consagrou como o primeiro campeão da história da GP2.[18][19]
Após guiar um carro da Williams em 2002, Nico Rosberg participou de baterias de testes com Nelsinho Piquet a partir de 2003, para definir qual deles seria o piloto de testes e eventual titular da equipe britânica. Rosberg fez tempos melhores quando treinou separado de Piquet Jr.,[20] mas quando os dois treinaram juntos, o brasileiro foi cerca de 1 segundo e meio mais rápido.[21][22] Nico foi anunciado para ser piloto de testes da equipe de Frank Williams em abril de 2005,[23] chegando a ser cotado para substituir Nick Heidfeld, no entanto, a equipe colocou Antônio Pizzonia para disputar as etapas finais daquela temporada. Mas foi Rosberg que levou a melhor na disputa pela vaga de titular para 2006.[24]
Assim, Nico Rosberg fez sua estreia na Fórmula 1 pela Williams, sendo novo companheiro de Mark Webber. Logo na primeira corrida, no Barém, Rosberg terminou em sétimo e ainda marcou a volta mais rápida. Ele repetiu a colocação no GP da Europa. A Williams, entretanto, não tinha mais a performance de antes, e Rosberg, sofreu bastante no seu ano de estreia. Marcou somente quatro pontos, envolveu-se em vários acidentes, se classificou em décimo sétimo lugar, ficando atrás de Webber, e perdeu boa parte de sua reputação.[25]
Em 2007, Rosberg viu Mark Webber se transferir para a Red Bull Racing, a Williams trocar a BMW pela Toyota e Alexander Wurz chegar para ser seu novo companheiro.[26] Rosberg iniciou a temporada com mais um sétimo lugar na Austrália, e depois alcançou um sexto lugar na Espanha, chegando a ficar em baixa após engatar uma sequência de seis corridas fora dos pontos, mas se recuperou com louvor, pontuando em quatro provas consecutivas e fechando o ano com um quarto lugar no Brasil e como um dos principais destaques. Segundo o chefe Frank Williams, Rosberg teve a "maior curva de evolução" de todos os pilotos da Fórmula 1. O alemão terminou a temporada em nono, com 20 pontos, marcando sete a mais que Wurz, que se aposentou da F1 após o GP da China e foi substituído por Kazuki Nakajima. E graças à desclassificação da McLaren, a Williams conseguiu ficar em quarto lugar no mundial de construtores.[27]
Em 2008, Nakajima passou a ser seu companheiro em tempo integral.[28] Antes mesmo da temporada começar, Rosberg disse ter escrito um e-mail para a equipe exigindo melhorias no carro.[29] No Grande Prêmio da Austrália de 2008, conseguiu seu primeiro pódio na categoria, com um terceiro lugar. O segundo pódio veio no Grande Prêmio de Singapura de 2008, primeira corrida realizada à noite, ficando em segundo lugar, atrás do piloto espanhol Fernando Alonso. Esses resultados ajudaram a ofuscar um ano irregular de Rosberg, que só pontuou em cinco das dezoito etapas, voltou a lidar com quebras e abandonos, e somou dezessete pontos, quase o dobro da pontuação de Nakajima.[30]
Na temporada 2009, Rosberg se mostrou mais regular, tendo uma sequência de oito etapas dentro da zona de pontuação, e dois quartos lugares nas provas da Alemanha e da Hungria como melhores resultados. Com 34,5 pontos, Rosberg se classificou em sétimo lugar e foi disparadamente o melhor piloto da Williams no ano, já que Nakajima não marcou nenhum ponto, só ficou à frente de Rosberg em duas das dezessete etapas do ano (Itália e Singapura) e se classificou em vigésimo.[31]
Anos depois, Rosberg revelou ter sido tratado de forma que o piloto considerou "cruel" por alguns chefes da Williams, como Sam Michael e Patrick Head. O primeiro o chamou de "inútil" após Nico bater nas primeiras voltas do GP da Alemanha de 2006, e o segundo deu tapas em seu capacete e gritado com ele durante a classificação para o GP da Austrália de 2008.[32]
Em 23 de novembro de 2009 a equipe Mercedes, estreante na categoria, anunciou a contratação de Rosberg para a temporada de 2010, com ele sendo companheiro do heptacampeão Michael Schumacher.[33] Com um desempenho regular, conseguiu pontuar em 15 das 19 corridas disputadas, conquistando três pódios e terminando a temporada em sétimo lugar no campeonato de pilotos, com 142 pontos, dois a menos do que Felipe Massa e somando quase o dobro dos marcados por Schumacher.[34]
Em 2011, Rosberg não fez nenhum pódio, mas foi mais constante nos pontos do que Schumacher. O filho de Keke fechou a temporada em sétimo, com 89 pontos, superando Schumacher por 13 pontos.[35]
No dia 14 de abril de 2012, durante os treinos classificatórios para o Grande Prêmio da China, Rosberg conquistou a primeira pole position da carreira.[36] Com uma boa largada e um rendimento constante, Rosberg conseguiu se manter em primeiro durante quase toda a prova, alcançando sua primeira vitória na categoria.[37]
Na etapa seguinte, durante treinos livres do Grande Prêmio do Barém, Rosberg chegou a marcar o melhor tempo durante a terceira sessão.[38] O mesmo desempenho, no entanto, não foi alcançado no treino classificatório e o piloto ficou com o quinto lugar no grid de largada.[39] O piloto perdeu muitas posições durante a largada, mas conseguiu se recuperar durante a corrida, alcançando a linha de chegada na mesma posição em que largou.
Ele voltou a aparecer no pódio com o segundo lugar em Mônaco, e fechou o ano em nono, com 93 pontos, mais uma vez superando Schumacher, que anunciou sua aposentadoria definitiva da F1 ao final daquela temporada.[40]
Rosberg viu Lewis Hamilton substituir Schumacher em 2013. O alemão não começou bem a temporada, abandonando o Grande Prêmio da Austrália, primeira prova do campeonato, por causa de problemas elétricos no carro. No treino classificatório para o Grande Prêmio do Barém conseguiu a pole position,[41] mas durante a prova, não conseguir manter o rendimento do carro, terminando a corrida apenas em nono. No Grande Prêmio de Mônaco, após ter largado em primeiro e liderado toda a prova, Rosberg conquistou sua segunda vitória na categoria.[42] Em Silverstone largou em segundo, mas contou com a sorte de o carro de Hamilton ter o seu pneu furado e o carro de Vettel com problemas aerodinâmicos. Assim lhe foi possível faturar a vitória que lhe caiu "dos céus". Rosberg fez mais dois pódios na Índia e em Abu Dhabi, fechando o ano em sexto, com 171 pontos, mas foi superado por Hamilton, quarto colocado, com 18 pontos de vantagem sobre ele.[43]
Com o domínio do Mercedes F1 W05, Nico e seu companheiro de equipe, Lewis Hamilton, foram os postulantes ao título mundial. Iniciou a primeira metade do campeonato em vantagem em relação a ele. Entretanto, a partir da prova de Singapura, perdeu a liderança do campeonato. Em 16 de julho a equipe anunciou a extensão de seu contrato.[44]
Na última etapa, com pontuação dobrada em Abu Dhabi, estava a 17 pontos atrás de Lewis. Apesar de partir na pole position, Rosberg enfrentou uma falha no ERS - sistema de recuperação de energia, que o fez perder posições e terminar em 14º lugar.[45]
A equipe Mercedes seguiu dominante, mas foi sobrepujado desde o início da temporada por Hamilton, que se tornou campeão com três provas de antecedência. Chegou a perder a segunda posição no campeonato para Sebastian Vettel após o abandono no Grande Prêmio da Rússia, porém encerrou a temporada como vice-campeão obtendo consecutivamente seis poles e três vitórias.[46]
Rosberg venceu as quatro primeiras corridas da temporada 2016 - Austrália, Barém, China e Rússia. Somando-se as três últimas provas de 2015, alcançou sete vitórias consecutivas, assim igualando as marcas de Michael Schumacher e Alberto Ascari.[47] Ele teve mais cinco vitórias na temporada, e totalizou pódios, incluindo uma sequência de quatro segundos lugares nas últimas corridas da temporada, que também foram dobradinhas com seu companheiro de equipe Hamilton
Mais uma vez disputando o título com o colega britânico, desta vez Rosberg sagrou-se campeão mundial ao chegar em segundo lugar na última corrida em Abu Dhabi, superando Hamilton (que venceu a prova, mas segurou o pelotão para ajudar adversários a ultrapassarem Rosberg) por cinco pontos.[48]
Com seu título, Nico Rosberg se tornou o segundo filho de piloto campeão mundial a repetir o feito do pai, igualando o que Damon Hill, filho de Graham Hill, alcançou em 1996. Mas ao contrário de Graham, morto em 1975, Keke pôde testemunhar a conquista de seu filho Nico, embora o campeão de 1982 tenha preferido não aparecer em Yas Marina antes do final da corrida para não deixar o filho nervoso.[49]
Pouco após ser campeão mundial, Nico Rosberg anunciou sua aposentadoria da F1 em 2 de dezembro de 2016, através de seu site. "Para mim, é um dia muito especial. Receber o troféu esta noite vai ser incrível, mas por outra razão: quero aproveitar a oportunidade para anunciar que vou encerrar minha carreira na F1". "Desde que comecei aos seis anos de idade eu tive um sonho claro. Queria me tornar campeão mundial de F1 e isso estava muito claro em minha mente. Aconteça o que acontecer agora, eu consegui. Eu coloquei tudo isso em cima disso. Com a ajuda dos fãs, consegui alcançar o que queria. Eu vou lembrar para sempre disso".[50][51]
Em 2012, Rosberg fez parceria com a organização de ajuda infantil Ein Herz für Kinder (em alemão: Um Coração para Crianças) e levantou capital para a caridade por meio de vários eventos.[52] Rosberg trabalhou para a instituição de caridade Viva con Água de Sankt Pauli,[53] que fornece água e saneamento básico para indivíduos em países em desenvolvimento.[54] Em resposta ao assassinato de George Floyd, em junho de 2020, Rosberg doou € 10.000 ao Fundo Educacional e de Defesa Legal da NAACP para ajudar em seus esforços de educar o público sobre o racismo e acabar com a segregação.[55][56] Ele investiu dinheiro em projetos envolvendo reflorestamento na Alemanha e a promoção da agrofloresta sustentável na América do Sul.
Legenda: (Corridas em negrito indicam pole position); (Corridas em itálico indicam volta mais rápida)
Temporada | Equipe | 1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 17 | 18 | 19 | 20 | 21 | 22 | 23 | Classificação | Pontos |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
2005 | ART Grand Prix | SMR FEA 8 |
SMR SPR Ret |
ESP FEA 9 |
ESP SPR 4 |
MON FEA 3 |
EUR FEA 3 |
EUR SPR 4 |
FRA FEA 7 |
FRA SPR 1 |
GBR FEA 1 |
GBR SPR 4 |
ALE FEA 1 |
ALE SPR 4 |
HUN FEA 5 |
HUN SPR 2 |
TUR FEA 17 |
TUR SPR 3 |
ITA FEA 2 |
ITA SPR 2 |
BEL FEA 3 |
BEL SPR 5 |
BAR FEA 1 |
BAR SPR 1 |
1º | 120 |
Legenda: (Corridas em negrito indicam pole position); (Corridas em itálico indicam volta mais rápida)
‡ Em corridas que não completaram 75% das voltas a pontuação é reduzida pela metade.
** Não terminou o Grande Prêmio, mas foi classificado porque completou 90% da corrida.
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