A Lola Yamaha ABT Formula E Team é uma equipe alemã de automobilismo que atualmente disputa a Fórmula E, campeonato este que é organizado pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA).[5][6]
Lola Yamaha ABT | |
---|---|
Informações gerais | |
Nome completo | Lola Yamaha ABT Formula E Team |
Base | Kempten, Alemanha |
Fundador(es) | Hans-Jürgen Abt |
Chefe de equipe | Hans-Jürgen Abt Thomas Biermaier[1] |
Categoria(s) | Fórmula E |
Site | www.abt-sportsline.com/motorsport/formula-e |
Pilotos | 11. Lucas Di Grassi[2] 22. Zane Maloney[3] |
Motor | Lola-Yamaha T001[4] |
Chassis | Spark Gen3 |
Pneu | Hankook |
Fórmula E | |
Estreia | ePrix de Pequim de 2014 |
Corridas concluídas | 116 |
Campeã de equipes | 1 (2017–18) |
Campeã de pilotos | 1 (2016–17) |
Vitórias | 14 |
Pódios | 47 |
Pontos | 1 456 |
Pole Positions | 5 |
Volta mais rápida | 18 |
Última corrida | ePrix de Londres de 2023 |
Posição no último campeonato (2023–24) | 9° lugar (56 pontos) |
História
A equipe foi fundada em 2014 pela companhia de tuning Abt Sportsline — que pertence a Hans-Jürgen Abt e estava ativa no Deutsche Tourenwagen Masters (DTM) — sob a bandeira Audi Sport e, denominada Audi Sport ABT, mas com a equipe sendo totalmente integrada na Team Abt Sportsline, para participar da temporada inaugural da Fórmula E.[7] Para a disputa da primeira temporada, a equipe sediada em Kempten, na Alemanha, contratou o piloto brasileiro Lucas Di Grassi, que havia disputado a temporada de 2010 da Fórmula 1, e o filho do proprietário da Abt, vindo da GP2 Series, Daniel Abt.[8] A equipe alcançou com Di Grassi, a primeira vitória da história da categoria no ePrix de Pequim de 2014. Di Grassi conquistou seis pódios, incluindo duas vitórias e permaneceu na briga até o ePrix de Berlim, quando foi desclassificado da corrida (que havia vencido) por conta de uma irregularidade técnica. No final do campeonato, a equipe ficou em terceiro lugar atrás da Team e.dams Renault e da Dragon Racing.
Para a temporada de 2015–16, a equipe manteve os pilotos da temporada anterior.[9][10] A partir desta temporada as equipes receberam a permissão para desenvolver seus próprios trens de força, com isso, a Abt estabeleceu uma parceria com a Schaeffler para projetar e fabricar seus trens de força, com a equipe passando a se denominar ABT Schaeffler Audi Sport e levando para a pista o ABT Schaeffler FE01 de três marchas.[11][12] O monoposto provou ser a segunda força na pista, ficando atrás apenas da Renault e.dams. Com Di Grassi vencendo três corridas, além de conquistar quatro pódios e terminar em segundo no Campeonato de Pilotos, perdendo o título para o suíço Sebastien Buemi por apenas dois pontos. Daniel Abt terminou em sétimo com um total de três pódios.
Em outubro de 2016, todas as atividades de Fórmula E da Abt Sportsline que estava integrada na Team Abt Sportsline foram transferidas para uma empresa recém-fundada chamada "Abt Formel E GmbH", que era uma subsidiária integral da Abt Sportsline, e liderada por Hans-Jürgen Abt.[13]
Para a temporada de 2016–17, a ABT Schaeffler Audi Sport manteve novamente os pilotos da temporada anterior.[14] Mesmo com uma vitória a menos que na temporada anterior, a equipe voltou a terminar em segundo lugar na classificação do Campeonato de Equipes, com Di Grassi conquistando o título de pilotos contra Buemi,[15] com ele alcançando duas vitórias e sete pódios,[16] enquanto Abt terminou em oitavo sem conquistar nenhum pódio.
A equipe já era patrocinada pela Audi desde sua criação e, posteriormente, a montadora alemã intensificou a parceria com aporte financeiro e técnico, culminando com o anúncio feito pela Audi, em 7 de julho de 2017, que ela havia adquirido a Abt Formel E GmbH e, assim, assumindo o controle total da ABT Schaeffler Audi Sport a partir da temporada de 2017–18 — que começou em 2 de dezembro em Hong Kong — e, a renomeação da equipe para Audi Sport ABT Schaeffler.[17][18][19] Com Allan McNish assumindo o cargo de chefe da equipe.[20][21] Porém, a parceria entre as duas empresas continuou para além da temporada de 2017–18, com a equipe sendo coordenado in loco nos ePrixs pelo pessoal da Abt, mas com a montadora comandando as ações do time por completo.[22][23]
Na temporada de 2017–18, a Audi faz sua entrada oficial como equipe de fábrica na categoria, com o trem de força passando a ser produzido oficialmente pela própria Audi. Após um início de temporada difícil, com Di Grassi ficando sem somar pontos nas quatro primeiras corridas, com o piloto conseguindo se recuperando nas etapas seguintes e, com sete pódios consecutivos no final da temporada (sendo duas vitórias), ele conseguiu alcançar o segundo lugar na classificação final, ficando somente atrás do campeão Jean-Éric Vergne.[24] Por outro lado, Daniel Abt alcançou as suas únicas duas vitórias na Fórmula E nesta temporada. Assim, a Audi Sport ABT Schaeffler conquistou quatro vitórias, com a equipe conquistando o seu primeiro título do Campeonato de Equipes, com uma pequena margem de dois pontos sobre a Techeetah.[25]
Em 21 de setembro de 2018, foi anunciado que a Audi passaria a fornecer trens de força para a equipe Envision Virgin Racing a partir da temporada de 2018–19.[26]
Para a temporada de 2019–20, a Audi confirmou mais uma vez sua dupla de pilotos que defendia a equipe desde a temporada inaugural da Fórmula E,[27] mas posteriormente Daniel Abt foi substituído por René Rast nas seis corridas do ePrix de Berlim de 2020 devido a um episódio polêmico envolvendo o piloto titular da equipe.[28] A Audi Sport ABT Schaeffler terminou a temporada na sexta posição na classificação do Campeonato de Equipes e com três pódios gerais, dos quais dois foram alcançados por Lucas Di Grassi, um na segunda corrida do ePrix de Daria e o outro na segunda corrida do ePrix de Berlim, e um de Rast, que, também em Berlim, terminou em terceiro na quinta corrida.
Em 30 de novembro de 2020, a Audi anunciou que iria deixar a Fórmula E após o término da temporada de 2020–21.[29] Entretanto, a montadora confirmou que honraria seu compromisso e permaneceria fornecendo trens de força para sua equipe cliente, a Envision Racing, na temporada de 2021–22.[30]
Após passar uma temporada longe da categoria, devida a retirada da Audi, em 4 de maio de 2022, a Abt Sportsline anunciou seu retorno ao grid da Fórmula E sem o apoio da montadora alemã na temporada de 2022–23.[31][32][33] No dia 9 de dezembro do mesmo ano, a ABT anunciou a colaboração com a marca espanhola Cupra (que pertence a SEAT), com a equipe passando a ser denominada ABT CUPRA Formula E Team,[34][35] a Abt Sportsline já havia feito uma parceria com a Cupra para entrar na categoria de corridas fora de estrada elétrica, a Extreme E, em 2021 com a equipe Abt Cupra XE.[36][37] Em julho de 2022, a equipe assinou um contrato de múltiplos anos para utilizar trens de força da Mahindra a partir da temporada de 2022–23.[38]
Em agosto de 2022, a ABT CUPRA anunciou que havia assinado com os pilotos Robin Frijns e Nico Müller como pilotos para a disputa da temporada de 2022–23.[39] Porém, após Frijns sofrer uma lesão na mão no ePrix da Cidade do México, Kelvin van der Linde foi chamado para substituí-lo a partir da etapa de Daria.[40] Com Frijns retornando no ePrix de São Paulo.
Para a disputa da temporada de 2023–24, a equipe manteve Müller e trouxe Lucas Di Grassi de volta, com o piloto brasileiro substituindo Frijns que havia retornado para a equipe Envision Racing.[41]
Em janeiro de 2024, a ABT e a Mahindra confirmaram a rescisão do contrato de fornecimento para a temporada de 2024–25 da Fórmula E.[42][43] E, em abril, foi anunciado que a equipe iria utilizar trens de força fabricados pela Lola Cars e Yamaha,[44][4] que formaram uma parceria técnica para ingressar na Fórmula E como fabricante na temporada de 2024–25.[45][46] Com a equipe sendo renomeada para Lola Yamaha ABT Formula E Team[5][3] A equipe manteve Di Grassi e substituiu Müller por Zane Maloney para a disputa da temporada de 2024-25.[3]
Em novembro do mesmo ano, foi divulgado que a Lola Cars havia adquirido a propriedade da licença de entrada da Fórmula E da equipe Lola Yamaha Abt Formula E Team, que era de propriedade da Abt Sportsline, mas com a Abt permanecendo como o elemento operacional da equipe.[6]
Resultados
(legenda) (resultados em negrito indicam pole position; resultados em itálico indicam volta mais rápida)
Ano | Nome | Chassi | Trem de força | Pneu | N.° | Piloto | 1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 17 | Pontos da Equipe | Pos. da Equipe |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
2014–15 | Audi Sport ABT | Spark SRT01-e | SRT01-e[nota 1] | M | PEQ | PUT | PDE | BNA | MIA | LBH | MON | BER | MSC | LON | 165 | 3º | |||||||||
11 | Lucas Di Grassi | 1 | 2 | 3 | Ret | 9 | 3 | 2 | DSQ | 2 | 4 | 6 | |||||||||||||
66 | Daniel Abt | 10 | 10 | 15 | 13† | 3 | 15 | Ret | 14 | 5 | Ret | 11 | |||||||||||||
2015–16 | ABT Schaeffler Audi Sport | Spark SRT01-e | ABT Schaeffler FE01 | M | PEQ | PUT | PDE | BNA | MEX | LBH | PAR | BER | LON | 221 | 2º | ||||||||||
11 | Lucas Di Grassi | 2 | 1 | 2 | 3 | DSQ | 1 | 1 | 3 | 4 | Ret | ||||||||||||||
66 | Daniel Abt | 11 | 7 | 8 | 13 | 7 | 3 | 10 | 2 | Ret | 2 | ||||||||||||||
2016–17 | ABT Schaeffler Audi Sport | Spark SRT01-e | ABT Schaeffler FE02 | M | HKG | MAR | BNA | MEX | MON | PAR | BER | NIQ | MTR | 248 | 2º | ||||||||||
11 | Lucas Di Grassi | 2 | 5 | 3 | 1 | 2 | Ret | 2 | 3 | 4 | 5 | 1 | 7 | ||||||||||||
66 | Daniel Abt | Ret | 6 | 7 | 7 | 7 | 13 | 6 | 4 | 14 | Ret | 4 | 6 | ||||||||||||
2017–18 | Audi Sport ABT Schaeffler | Spark SRT01-e | Audi e-tron FE04 | M | HKG | MAR | SAN | MEX | PDE | ROM | PAR | BER | ZUR | NIQ | 264 | 1° | |||||||||
1 | Lucas Di Grassi | 17 | 14 | Ret | Ret | 9 | 2 | 2 | 2 | 2 | 1 | 1 | 2 | ||||||||||||
66 | Daniel Abt | 5 | DSQ | 5 | Ret | 1 | 14 | 4 | 7 | 1 | 13 | 2 | 3 | ||||||||||||
2018–19 | Audi Sport ABT Schaeffler Formula E Team | Spark SRT05e | Audi e-tron FE05 | M | DAR | MAR | SAN | MEX | HKG | SNY | ROM | PAR | MON | BER | SUI | NIQ | 203 | 2° | |||||||
11 | Lucas Di Grassi | 9 | 7 | 12 | 1 | 2 | 15† | 7 | 4 | Ret | 1 | 9 | 5 | 18† | |||||||||||
66 | Daniel Abt | 8 | 10 | 3 | 10 | 4 | 5 | 18† | 3 | 15 | 6 | 6 | 6 | 5 | |||||||||||
2019–20 | Audi Sport ABT Schaeffler Formula E Team | Spark SRT05e | Audi e-tron FE06 | M | DAR | SAN | MEX | MAR | BER | BER | BER | 114 | 6° | ||||||||||||
11 | Lucas Di Grassi | 13 | 2 | 7 | 6 | 7 | 8 | 3 | 8 | 6 | 21 | 6 | |||||||||||||
66 | Daniel Abt | Ret | 6 | 14 | Ret | 14 | |||||||||||||||||||
René Rast | 10 | 13 | Ret | 16 | 3G | 4 | |||||||||||||||||||
2020–21 | Audi Sport ABT Schaeffler | Spark SRT05e | Audi e-tron FE07 | M | DAR | ROM | VAL | MON | PUE | NIO | LON | BER | 165 | 4° | |||||||||||
11 | Lucas Di Grassi | 9 | 8 | Ret | Ret | 7 | 10 | 10 | 1 | 18 | 3 | 14 | 6 | DSQ | 1 | 20 | |||||||||
33 | René Rast | 4 | 17 | 6 | Ret | 5 | 6 | Ret | 2 | 10 | 10 | 20 | 5 | Ret | 9 | 9 | |||||||||
2022–23 | ABT CUPRA Formula E Team | Spark Gen3 | Mahindra M9Electro | H | MEX | DAR | HAI | CCB | SPL | BER | MON | JAC | PRT | ROM | LON | 21 | 11º | ||||||||
4 | Robin Frijns | Ret | 14 | 14 | 17 | 13 | 9 | 13 | 10 | Ret | Ret | Ret | 17 | ||||||||||||
Kelvin van der Linde | 16 | 18 | Ret | WD | |||||||||||||||||||||
51 | Nico Müller | 14 | Ret | Ret | 11 | WD | Ret | 15 | 9 | Ret | 11 | 12 | Ret | 6 | 10 | Ret | 8 | ||||||||
2023–24 | ABT CUPRA Formula E Team | Spark Gen3 | Mahindra M9Electro | H | MEX | DAR | SPL | TOQ | MIS | MON | BER | XAN | PRT | LON | 56 | 9º | |||||||||
11 | Lucas Di Grassi | Ret | 19 | 17 | 13 | Ret | 10 | 12 | 11 | Ret | 11 | 10 | 19 | 11 | 17 | 11 | 9 | ||||||||
51 | Nico Müller | 17 | 18 | 13 | Ret | 7 | 11 | 4 | Ret | 11 | 15 | 15 | 15 | 5 | 6 | 6 | 6 | ||||||||
2024–25 | Lola Yamaha ABT Formula E Team | Spark Gen3 | Lola-Yamaha T001 | H | SPL | MEX | GID | MIA | MON | TOQ | XAN | JAC | BER | LON | 0* | º* | |||||||||
11 | Lucas Di Grassi | ||||||||||||||||||||||||
22 | Zane Maloney |
- Notas
* Temporada ainda em andamento.
† – Não completaram a prova, mas foram classificados, pois concluíram 90% da prova.
G – Volta mais rápida na fase de grupos da classificação.
Notas
Ligações externas
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