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partido político brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
O Republicanos é um partido político brasileiro. Ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, seu presidente, Marcos Pereira, é um bispo da igreja.[19] Com 568.451 filiados em novembro de 2024, é o 11.º maior do país. No Congresso Nacional, possui quarenta e um deputados federais, e quatro senadores da República. O partido é considerado socialmente conservador, e ligado à direita política.
Republicanos | |
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Sigla | Republicanos |
Número eleitoral | 10 |
Presidente | Marcos Pereira[1] |
Vice-presidente | 1.° Hugo Motta[1] 2.° Mecias de Jesus[1] 3.ª Rosangela Gomes[1] |
Secretário-geral | Evandro Garla[1] |
Presidente de honra | José Alencar (até 2011)[2] |
Tesoureiro-geral | Mauro Silva[1] |
Registro | 25 de agosto de 2005 (19 anos)[3] |
Sede | Brasília, DF |
Ideologia | Conservadorismo[4] Democracia Cristã[5] |
Espectro político | Centro-direita[6] |
Religião | Igreja Católica (majoritário)[7][8] Igreja Universal do Reino de Deus (suporte)[9] |
Think tank | Fundação Republicana Brasileira[10] |
Ala de juventude | Jovens Republicanos[11] |
Ala feminina | Mulheres Republicanas[12] |
Ala idosa | Idosos Republicanos[13] |
Ala trabalhadores | Trabalhadores Republicanos[14] |
Membros (2024) | 568.451 filiados[15] |
Governadores (2024) | 2 / 27 |
Prefeitos (2024)[16] | 440 / 5 569 |
Senadores (2024) | 4 / 81 |
Deputados federais (2024) | 44 / 513 |
Deputados estaduais (2022) | 76 / 1 024 |
Vereadores (2024)[17] | 4 618 / 58 026 |
Parlamento do Mercosul (2024)[18] | 4 / 138 |
Cores | Verde Amarelo Azul Branco |
Slogan | "O verdadeiro partido conservador do Brasil." |
Símbolo eleitoral | |
Página oficial | |
republicanos10 | |
Política do Brasil |
Fundado em 2005, obteve o registro definitivo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o nome de Partido Municipalista Renovador (PMR) em 25 de agosto de 2005. No ano seguinte, mudou de nome para Partido Republicano Brasileiro (PRB), atendendo a uma sugestão do então vice-presidente da República José Alencar.[20] Em 2019, o partido muda novamente de nome, passando a se chamar Republicanos, sem o uso de sigla.[21][22]
O partido foi da base aliada dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva[23] e Dilma Rousseff, rompendo com a última em 2016 e apoiando seu impeachment.[24][25] Fez parte também do governo de Michel Temer[26] e da base do governo de Jair Bolsonaro.[27]
Em 16 de dezembro de 2003, com o apoio de mais de 457.702 eleitores, foi aprovada em convenção nacional a criação do Partido Municipalista Renovador (PMR), cuja ata foi registrada no Cartório Marcelo Ribas, em 2 de janeiro de 2004, e obteve seu registro sob o número 00055915.[carece de fontes]
O partido foi fundado em agosto de 2005 como Partido Municipalista Renovador por pastores da Igreja Universal do Reino de Deus.[28] Em março de 2006, o partido passou a se chamar Partido Republicano Brasileiro.
Em 2006, na primeira eleição disputada para os cargos de deputados, governadores e presidente da República, José Alencar Gomes da Silva foi reeleito vice-presidente do Brasil, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao todo, foram 60 candidatos a deputado estadual, 21 para deputado federal e um candidato ao Senado da República. Recebendo 737 423 votos no país, a sigla elegeu três deputados estaduais e apenas um único deputado federal.
Nas disputas municipais de 2008, foram eleitos 54 prefeitos e 780 vereadores. Ao todo, o partido recebeu 3 667 400 votos, sendo 1 519 540 na disputa de prefeito e outros 2 147 857 nas eleições para as câmaras municipais.
Em 2010, na segunda eleição nacional do partido, foram eleitos 18 deputados estaduais, 8 deputados estaduais e apenas um único senador, o bispo Marcelo Crivella, que antes era filiado ao PL, foi reeleito ao Senado Federal pelo Republicanos.
No dia 9 de maio de 2011, em convenção nacional, o advogado Marcos Pereira foi eleito como o novo presidente nacional do partido.
Em 2012, saiu das eleições municipais com 78 prefeitos e 1 204 vereadores eleitos. Os números representam um aumento de 54,4% de vereadores (um dos maiores crescimentos proporcionais entre todas as legendas) e 42% de prefeitos.
Nas eleições de 2014, o partido ampliou seu número de eleitos, com 21 deputados federais e 32 deputados estaduais. Seu destaque foi o deputado federal Celso Russomanno, de São Paulo, que obteve 1,5 milhão de votos e foi o mais votado do país no pleito, em números absolutos.[29]
Nas eleições municipais de 2016, elegeu 106 prefeitos e 1624 vereadores, com uma votação de 4.492.893, incluindo a vitória do senador Marcelo Crivella na disputa a prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, derrotando o candidato Marcelo Freixo, do PSOL. Foi a primeira vez em que o partido obteve a prefeitura da capital carioca e de outros municípios que tiveram 2.º turno, como Caxias do Sul, em que Daniel Guerra fio eleito prefeito, derrotando o candidato Edson Nespolo, do PDT.
Em 2016, com a crise política no Brasil, o PRB deixou a base aliada do governo Dilma. No processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, os 21 deputados federais votaram pelo afastamento da presidente.[carece de fontes]
Nas eleições municipais de 2020, o partido elegeu 211 prefeitos e 2601 vereadores, incluindo a disputa para a prefeitura de Vitória, capital do Espírito Santo, onde foi eleito Lorenzo Pazolini como prefeito,[30] tornando esta a segunda eleição em que o partido elegeu uma prefeitura em uma capital, apesar da derrota no Rio de Janeiro, onde Marcelo Crivella não conquistou a reeleição, sendo derrotado no pleito por Eduardo Paes.[31] Em São Paulo, o partido lançou para a disputa da prefeitura a candidatura de Celso Russomanno, que ficou em quarto lugar, com 560 mil votos (10,5%).[32]
O Republicanos fez parte da base política do governo Bolsonaro.[27] Na eleição presidencial de 2022, integrou a coligação que apoiou a campanha à reeleição de Jair Bolsonaro à presidência da República,[33] que foi derrotada pela campanha de Luiz Inácio Lula da Silva.[34]
Após a vitória de Lula, o Partido Liberal (PL) publicou um relatório que pedia uma "verificação extraordinária" do resultado das eleições, questionando e atacando as urnas eletrônicas brasileiras sem apresentar provas das alegações de fraude. O pedido foi negado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que determinou uma multa de 22,9 milhões de reais por litigância de má-fé à coligação da campanha de Bolsonaro, e suspendeu o acesso das três legendas que a integraram às verbas do fundo partidário.[35][36] Os outros partidos integrantes da coligação, Republicanos e Progressistas, declararam não concordar com as acusações, afirmando não contestarem a eleição de Lula, e foram excluídos por Moraes do pagamento da multa, que recaiu inteiramente sobre o PL, também tendo o acesso ao fundo partidário liberado.[37][38][39][40]
Nas eleições de 2022 conquistou seu maior feito eleitoral com a vitória de Tarcísio de Freitas como novo governador de São Paulo derrotando na disputa o Fernando Haddad do PT.[41]
José Alencar é considerado o "Presidente de Honra" do partido.[42] Essa lista mostrará os presidentes titulares eleitos para o cargo, e não os interinos.[43]
Foto | Nome | Mandato | Observações | |
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Início | Fim | |||
Vitor dos Santos | 16 de dezembro de 2003 | 5 de maio de 2011 |
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Marcos Pereira | 9 de maio de 2011 | Em vigor |
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O Republicanos mantém alas de jovens, mulheres e idosos. Estas alas são chamadas de "movimentos" e são coordenadas por seus respectivos secretários (nacional, estadual e municipal).[45][46]
Movimento | Secretário(a) nacional |
---|---|
Mulheres Republicanas | Damares Alves |
Jovens Republicanos | Wallacy Rocha |
Idosos Republicanos | Ossesio Silva |
Senadores atuais (4) | ||
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UF | Senador(a) e Legislaturas |
Imagem |
RR | Mecias de Jesus 56ª e 57ª |
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MG | Cleitinho Azevedo 57ª |
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DF | Damares Alves 57ª |
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RS | Hamilton Mourão 57ª |
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Observações: Os nomes marcados com o símbolo * foram (re)eleitos em 2018 ou em 2022 por outros partidos. Nomes marcados com o símbolo + são suplentes em exercício ou efetivados. |
Os números das bancadas representam o início de cada legislatura, desconsiderando, por exemplo, parlamentares que tenham mudado de partido posteriormente.
Participação e desempenho do Republicanos nas eleições estaduais de 2022[48] | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Candidatos majoritários eleitos.
Em negrito estão os candidatos filiados ao Republicanos durante a eleição.
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Participação e desempenho do PRB nas eleições estaduais de 2018[48] | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Candidatos majoritários eleitos (10 governadores e 15 senadores).
Em negrito estão os candidatos filiados ao PRB durante a eleição.
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Ano | Imagem | Candidato(a) a Presidente | Candidato(a) a Vice-Presidente | Coligação | Votos | Posição |
---|---|---|---|---|---|---|
2006 | Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) |
José Alencar
(PRB) |
A Força do Povo | 58.295.042 (60,83%) |
1ª | |
2010 | Dilma Rousseff
(PT) |
Michel Temer
(PMDB) |
Para o Brasil Seguir Mudando | 55.752.529 (56.05%) |
1ª | |
2014 | Dilma Rousseff
(PT) |
Michel Temer
(PMDB) |
Com a Força do Povo | 54.501.118 (51,64%) |
1ª | |
2018 | Geraldo Alckmin
(PSDB) |
Ana Amélia
(PP) |
Para Unir o Brasil | 5.096.349 (4,76%) |
4ª | |
2022 | Jair Bolsonaro
(PL) |
Braga Netto
(PL) |
Pelo bem do Brasil | 58.206.354 (49,1%) |
2ª |
Oficialmente, a Igreja Universal do Reino de Deus nega misturar política e religião, mas ao reportar sobre o aumento de políticos eleitos em 2020 ligados a mesma, o Congresso em Foco entrevistou especialistas que apontaram a influência política que a igreja tem no Brasil ao se associar com o Republicanos. Lívia Reis, pesquisadora do Instituto de Estudos da Religião (Iser) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) disse que "a Universal inaugurou este tipo de política, lá na década de 1980, já na redemocratização… Eles [os candidatos] utilizam tanto a estrutura institucional quanto a estrutura partidária do Republicanos… Esta estratégia de candidaturas da Universal passa necessariamente pelo Republicanos." A cientista política Flávia Babireski, pesquisadora do Laboratório de Partidos e Sistemas Partidários da Universidade Federal do Paraná (LAPeS/UFPR) disse que "A Universal é muito centralizada, uma instituição só no Brasil inteiro – então tem uma estrutura hierárquica muito coordenada, muito bem pensada… Então fazer essa coordenação política paralela é muito fácil. Saber quem é o candidato oficial da Igreja, a Universal sabe."[50]
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