Senado Federal do Brasil
uma das duas instâncias federais do poder Legislativo brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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O Senado Federal é a câmara alta do Congresso Nacional do Brasil e, ao lado da Câmara dos Deputados, faz parte do Poder Legislativo da União. A atual legislatura é a 57.ª.[3]
Senado Federal do Brasil | |
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57.ª legislatura (lista de membros) | |
Tipo | |
Tipo | |
História | |
Fundação | 25 de março de 1824 |
Início de nova sessão |
5 de fevereiro de 2024 |
Liderança | |
Líder do Governo |
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Líder da Maioria |
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Líder da Oposição |
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Líder da Minoria |
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Líder da Bancada Feminina |
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Estrutura | |
Assentos | 81 senadores |
Grupos políticos |
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Eleições | |
Última eleição |
2 de outubro de 2022 |
Próxima eleição |
4 de outubro de 2026 |
Local de reunião | |
Plenário do Senado Federal Palácio do Congresso Nacional Brasília, DF, Brasil | |
Website | |
www12 | |
Constituição | |
Constituição brasileira de 1988 | |
Notas de rodapé | |
Política do Brasil Congresso Nacional do Brasil |
A primeira sede do Senado foi o Palácio do Conde dos Arcos, no Rio de Janeiro. A câmara alta lá funcionou desde os primórdios do Império do Brasil até 1925. A partir desse ano, o Senado foi transferido para o Palácio Monroe, permanecendo até 1960, quando foi inaugurada Brasília.[4] Desde então, a sede principal do Senado é o Palácio do Congresso Nacional, juntamente com a Câmara dos Deputados.[5]
A Biblioteca do Senado, denominada Biblioteca Acadêmico Luiz Viana Filho, foi fundada em 18 de maio de 1826 e é uma das mais antigas do Brasil. A biblioteca tem um acervo com mais de três milhões de peças, entre livros e recortes de jornais.[6]
Foi criado em 25 de março de 1824[7] pela Constituição Imperial brasileira de 1824[8] e sendo instalado nos primeiros anos do Império do Brasil, sendo que passou a funcionar no dia 6 de maio de 1826 quando da realização da sessão de abertura da primeira legislatura da Assembleia Geral Legislativa, em reunião conjunta do Senado e da Câmara dos Deputados.[9][10]
Durante o Império, o Senado brasileiro atendia pelo nome de Senado do Império do Brasil. Tendo a primeira legislatura se reunido em 6 de maio de 1826.[11] O Senado brasileiro foi inspirado na Câmara dos Lordes do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, mas com a Proclamação da República do Brasil foi adotado um modelo semelhante ao do Senado dos Estados Unidos.[12]
Na primeira sessão ordinária foi eleita a primeira Mesa Diretora da Casa, cinquenta senadores representavam as províncias em quantidade proporcional à população.[13] Na época, o cargo de senador, vitalício e privativo de brasileiros natos ou naturalizados, exigia idade mínima de 40 anos e rendimento anual mínimo de oitocentos mil réis.[13]
Em 1824 D. Pedro I comprou um imóvel no Rio de Janeiro para a instalação do Senado. Imóvel pertencente ao Conde dos Arcos, 15º e último vice-reino Brasil, por isso ficou conhecido como Palácio Conde dos Arcos. O Senado Federal permaneceu ali até 31 de dezembro de 1924.[5]
O engenheiro Francisco de Souza Aguiar, recebeu a medalha de ouro em uma exposição internacional, onde competia com projetos de engenharia e arquitetura de outros 50 países. Ele projetou um edifício que se tornou a sede do Senado Federal durante a República e que foi inaugurado em 23 de julho em 1906 durante uma conferência Pan-Americana e recebeu o nome de Palácio Monroe, dado por Barão de Rio Branco, em homenagem ao ex-presidente americano James Monroe. Entretanto, só abrigou o Senado Federal a partir de 3 de maio de 1925, onde continuou como sede oficial até as vésperas da inauguração de Brasília em 1960.[5]
Com a mudança para Brasília a nova sede do senado também comportaria a Câmara dos deputados, realizada por Oscar Niemeyer.[5]
Atualmente, o Senado Federal possui 81 senadores, que através do voto majoritário, são eleitos e exercem seus cargos para mandatos de oito anos, sendo que são renovados em uma eleição um terço das cadeiras e na eleição subsequente dois terços delas. As eleições para senador são feitas junto com as eleições para Presidente da República, Governador estadual, Deputado Federal, Estadual e/ou Distrital, dois anos após as eleições municipais. Todas as 27 unidades da Federação (26 estados e o Distrito Federal) possuem a mesma representatividade, com três senadores cada. Os senadores representam os estados e não a população, daí portanto a não proporcionalidade em relação ao número de habitantes de cada estado.[14]
O atual presidente do Senado Federal do Brasil é o senador Rodrigo Pacheco, filiado ao PSD, do estado do Minas Gerais, que comanda a Casa no biênio 2023-2025. Até 1° de fevereiro de 2021, o presidente foi o senador Davi Alcolumbre, filiado também ao Democratas, do estado do Amapá. Seu antecessor, Eunício Oliveira, foi eleito para a Presidência do Senado em fevereiro de 2017. O presidente anterior a Eunício havia sido o senador alagoano Renan Calheiros (afastado em 5 de dezembro por uma liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello,[15]), filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB) de Alagoas. O Presidente em exercício passou a ser Jorge Viana, filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT) do Acre, que não chegou a assumir por decisão da mesa do Senado.[16] Em 7 de dezembro de 2016, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por 6 votos a 3 manter Renan Calheiros na presidência do Senado.[17] Além das lideranças do governo e de cada partido, o Senado possui também lideranças do bloco parlamentar da maioria, da minoria e de apoio ao governo.[18] Possui, ao todo 2 819 funcionários terceirizados pertencentes a 34 empresas cujos contratos custam anualmente R$ 155 milhões de reais,[19][20] além de aproximadamente 2 500 servidores de carreira, a um custo anual de 1,4 bilhão de reais.[21]
Em termos de transparência de sua atuação e gastos, o Senado publica dados sobre os projetos de lei e outras matérias e o uso de verbas indenizatórias. Entre as críticas registradas sobre a transparência da Câmara alta, estão a publicação precária dos dados sobre a assiduidade dos senadores no plenário e nas comissões, além da não publicação dos dados referentes às viagens parlamentares.[22] As principais estruturas internas do Senado Federal são a Secretaria-Geral da Mesa, responsável pela coordenação de todo o processo legislativo nas comissões e no Plenário, e a Diretoria-Geral, responsável pela gestão administrativa da Casa, em particular contratações, manutenção, gestão de recursos humanos e orçamentários.[23]
Para ampliar a participação popular no processo legislativo, o Senado criou o Portal e-Cidadania. Por meio deste portal, qualquer pessoa pode enviar ideias para a criação de novas lei, participar dos debates nas audiências públicas e opinar sobre todos projetos de lei que tramitam na Casa.[24]
No dia 20 de março de 2020, o Senado iniciou a primeira sessão virtual desde sua criação, para votar decreto de calamidade pública em meio a Pandemia de COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus.[25]
No dia 5 de fevereiro de 2021, após a eleição de Rodrigo Pacheco, Diego Amorim chamou a atenção n'O Antagonista para o fato do Senado ter reativado a ferramenta que permite a população acompanhar as propostas em avaliação. Ela tinha sido desativada em 10 de setembro de 2020, após a PEC que previa a reeleição de Davi Alcolumbre ter repercussão negativa na mesma plataforma.[26]
Segundo o cientista político e professor da PUC, Ricardo Ismael, em países que adotam o federalismo, ou seja, que são politicamente divididos em Estados, como é o caso do Brasil, o Senado existe para igualar a representatividade de todos os Estados da Federação, já que no Senado Federal todos os Estados tem três representares e na Câmara dos Deputados, o número de parlamentares é proporcional à população de cada unidade federativa, o que poderia fazer com que os interesses dos Estados com mais habitantes prevalecessem nas decisões do país.
Segundo o artigo 52 da Constituição Federal brasileira de 1988, cabe exclusivamente ao Senado Federal do Brasil:[27]
Cada Senador possui um Gabinete, composto por servidores comissionados e efetivos, cujo número máximo de integrantes pode chegar a até 50 pessoas, para assessorar diretamente o Senador nas suas atividades. Por padrão, cada Senador é assistido por 5 Assessores Parlamentares, 6 Secretários Parlamentares e 1 Motorista. O número, contudo, não é fixo, pois alguns cargos em comissão podem ser desdobrados em cargos de menor remuneração, o que permite a nomeação de um número maior de servidores comissionados, a critério de cada Senador.[29]
A Secretaria de Polícia Legislativa (SEPOL) é a instituição policial brasileira subordinada ao Senado Federal, que, de acordo com a Constituição de 1988 e demais normativos, exerce as funções de polícia judiciária e de polícia ostensiva da Câmara alta do Poder Legislativo da União a fim de promover a manutenção da ordem pública, a incolumidade das pessoas e a proteção dos bens, serviços e interesses do Senado.[30]
A definição da atual composição da Comissão, com exceção do cargo de presidente do Senado Federal foi definida, em 2 de fevereiro de 2023.[31] O atual presidente do Senado foi eleito, em 1 de fevereiro de 2023.
Cargo | Fotografia | Nome | Partido | Estado |
---|---|---|---|---|
Presidente | Rodrigo Pacheco | PSD | Minas Gerais | |
1.º Vice-presidente | Veneziano Vital do Rêgo | MDB | Paraíba | |
2.º Vice-presidente | Rodrigo Cunha | PODE | Alagoas | |
1.º Secretário | Rogério Carvalho | PT | Sergipe | |
2.º Secretário | Weverton Rocha | PDT | Maranhão | |
3.º Secretário | Chico Rodrigues | PSB | Roraima | |
4.º Secretário | Styvenson Valentim | PODE | Rio Grande do Norte | |
1.ª Suplente | Mara Gabrilli | PSD | São Paulo | |
2.ª Suplente | Ivete da Silveira | MDB | Santa Catarina | |
3.º Suplente | Hiran Gonçalves | PP | Roraima | |
4.º Suplente | Mecias de Jesus | Republicanos | Roraima |
A atual composição da Casa (57.ª Legislatura, março de 2023) é a seguinte:[32]
Partido | Senadores | Líder / representante | Bloco | Posição |
---|---|---|---|---|
PSD | 15 | Otto Alencar | Resistência Democrática | Governo |
PL | 11 | Flávio Bolsonaro | Vanguarda | Oposição |
MDB | 10 | Eduardo Braga | Democracia | Governo |
UNIÃO | 8 | Efraim Morais Filho | Democracia | Independente |
PT | 8 | Beto Faro | Resistência Democrática | Governo |
PP | 6 | Tereza Cristina | Aliança | Oposição |
PODE | 6 | Oriovisto Guimarães | Democracia | Oposição |
PSB | 4 | Jorge Kajuru | Resistência Democrática | Governo |
Republicanos | 4 | Mecias de Jesus | Aliança | Oposição |
PSDB | 3 | Izalci Lucas | Democracia | Independente |
PDT | 3 | Cid Gomes | Democracia | Governo |
NOVO | 1 | Eduardo Girão | Vanguarda | Oposição |
A atual composição dos Blocos partidários, Governo, Oposição, Maioria e Minoria são as seguintes:[32]
Bloco | Senadores | Líder |
---|---|---|
Bloco Parlamentar Democracia (MDB, União Brasil, Podemos, PDT, PSDB) | 30 | Efraim Morais Filho |
Bloco Parlamentar da Resistência Democrática (PSD, PT e PSB) | 29 | Eliziane Gama |
Bloco Parlamentar Vanguarda (PL e NOVO) | 12 | Wellington Fagundes |
Bloco Parlamentar Aliança (PP e Republicanos) | 10 | Ciro Nogueira |
Liderança da Maioria | Renan Calheiros | |
Liderança da Minoria | Ciro Nogueira | |
Liderança do Governo | Jaques Wagner | |
Liderança da Oposição | Rogério Marinho | |
Liderança da Bancada Feminina | Daniella Ribeiro |
Comissão | Presidente | UF | Site |
---|---|---|---|
Comissão de Agricultura e Reforma Agrária | Soraya Thronicke (PODE) | Mato Grosso do Sul | Link |
Comissão de Assuntos Econômicos | Vanderlan Cardoso (PSD) | Goiás | Link |
Comissão de Assuntos Sociais | Humberto Costa (PT) | Pernambuco | Link |
Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática | Carlos Viana (PODE) | Minas Gerais | Link |
Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania | Davi Alcolumbre (UNIÃO) | Amapá | Link |
Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo | Marcelo Castro (MDB) | Piauí | Link |
Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa | Paulo Paim (PT) | Rio Grande do Sul | Link |
Comissão de Educação, Cultura e Esporte | Flávio Arns (PSB) | Paraná | Link |
Comissão de Meio Ambiente | Leila Barros (PDT) | Distrito Federal | Link |
Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional | Renan Calheiros (MDB) | Alagoas | Link |
Comissão de Segurança Pública | Sérgio Petecão (PSD) | Acre | Link |
Comissão de Serviços de Infraestrutura | Confúcio Moura (MDB) | Rondônia | Link |
Comissão de Transparência e Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor | Omar Aziz (PSD) | Amazonas | Link |
Comissão Senado do Futuro | Link |
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