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Grande Prêmio da Bélgica de 1989
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Resultados do Grande Prêmio da Bélgica de Fórmula 1 realizado em Spa-Francorchamps em 27 de agosto de 1989. Décima primeira etapa do campeonato, foi vencido pelo brasileiro Ayrton Senna, que subiu ao pódio junto a Alain Prost numa dobradinha da McLaren-Honda, com Nigel Mansell em terceiro pela Ferrari.[2]
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Resumo
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Perspectiva
Quando equipes fervilham
Enquanto os motores não rocavam, o barulho no circuito belga girava em torno da prisão de Joachim Luhti, acionista majoritário da Brabham preso na Suíça acusado de fraude e desvios no valor estimado de US$ 100 milhões.[3] Comprometedora para o futuro da equipe, tal notícia não impediu as presenças de Martin Brundle e Stefano Modena no Circuito de Spa-Francorchamps, embora os sócios do time, em algum momento, tenham que posicionar-se a respeito. Com a palavra, Bernie Ecclestone e Walter Brun (proprietário da EuroBrun). Outra mudança diz respeito ao time das cores unidas, pois o comando da Benetton passou de Peter Collins para Flavio Briatore.[4]
Quanto aos pilotos, a troca mais evidente ocorreu na Tyrrell, onde o francês Jean Alesi precisou concentrar-se na luta pelo título da Fórmula 3000 e foi substituído pelo britânico Johnny Herbert, fora das pistas desde sua não-classificação para o Grande Prêmio do Canadá, o que turbinou a rixa entre Collins e Briatore.[4][5] Na Coloni contrataram Enrico Bertaggia como substituto de Pierre-Henri Raphanel, este acomodado na Rial no lugar de Volker Weidler.[3] Submetidas ao crivo da pré-classificação, equipes tão pequenas quanto as citadas (a Tyrrell, por seu passado glorioso, é uma exceção) lutaram por quatro vagas no grid de largada, duas obtidas pela Onyx, com Stefan Johansson e Bertrand Gachot, e duas pela Larrousse (que corre sob o chassis Lola), com Michele Alboreto e Philippe Alliot.
Em meio a tanta ebulição, o público belga assistirá à centésima prova de Thierry Boutsen. Hoje na Williams, o anfitrião da vez estreou ao volante da Arrows no Grande Prêmio da Bélgica de 1983, no lugar do brasileiro Chico Serra.[6] Nenhuma efeméride, contudo, supera as de Gerhard Berger e Derek Warwick, que fazem aniversário no dia da corrida.
O calvário da Lotus
Animado com melhorias aerodinâmicas que melhoraram a estabilidade de seu carro, Ayrton Senna terminou o treino de sexta-feira em segundo lugar por conta de uma exímia condução de Gerhard Berger sob chuva, pois o brasileiro cometeu um erro uns duzentos metros antes dos boxes ao resvalar o carro numa zebra da recém-criada chicane Bus Stop, daí ter ficado em segundo no treino. No fim do dia, as melhores posições ficaram nas mãos de Berger, Senna, Mansell, Patrese e Prost, com Derek Warwick detendo a insígnia de "o melhor do resto" ao posicionar sua Arrows em sexto lugar.[7] Visto sob a perspectiva de Senna, o fato de a Ferrari estar adiante da McLaren não é surpresa, pois o time carmesim é mais rápido nas curvas, enquanto a McLaren é a mais veloz nas retas.
Como o sábado estava ensolarado, os pilotos trataram de ir à pista o mais rápido possível, cabendo a Senna e Prost os melhores tempos até que o brasileiro capturou mais uma pole position instituindo o novo recorde da pista belga, meio segundo à frente de Prost. Sensação do dia anterior, Berger ficou em terceiro, colocando sua Ferrari adiante das Williams de Boutsen e Patrese, enquanto Mansell vinha a seguir com o outro carro vermelho, deixando na fila seguinte os italianos Alessandro Nanini, da Benetton, e Stefano Modena, da Brabham.[8] Em meio ao alívio de quem garantiu vaga para a corrida, uma má notícia: pela primeira vez na história, a Lotus não se classificou para um Grande Prêmio, pois Satoru Nakajima falhou mais uma vez no ano e Nelson Piquet foi atrapalhado por Olivier Grouillard à altura da curva Le Pouhon e amargou sua primeira não classificação desde o Grande Prêmio de Detroit de 1982.[3][9]
Nelson Piquet explicou que estava em seu segundo jogo de pneus quando ficou atrás de Andrea de Cesaris, livrando-se da Dallara após duas curvas, mas ao acelerar em direção à Le Pouhon, encontrou a Ligier de Olivier Grouillard no traçado normal da curva, mas em baixa velocidade. Para evitar uma batida, o tricampeão desviou rumo à parte suja da pista, escorregou, bateu o fundo do carro numa zebra e ficou preso na área de escape. Pouco depois, o brasileiro voltou à carga com o carro reserva, mas uma falha no motor impediu-lhe de continuar.[10] Dona de seis títulos de pilotos e sete de construtores, a Lotus atinge o ponto mais baixo após 406 corridas disputadas desde o Grande Prêmio de Mônaco de 1958.[11][12][13]
Vitória de Senna na Bélgica
O domingo começou sob chuva, a qual converteu-se num forte temporal emulando as condições climáticas do Grande Prêmio da Grã-Bretanha de 1988, mas tal cenário não impediu que Senna mantivesse o primeiro lugar na hora da largada, adiante de Prost e Berger, enquanto Mansell abdicou da cautela ao pôr duas rodas na grama e deixar as duas Williams atrás de si e a ordem dos primeiros colocados quedou inalterada por nove voltas, até que o austríaco da Ferrari rodopiou na Les Combes e abandonou a porfia ao bater, sendo ele a quarta vítima da chuva, como foram Herbert, Arnoux e Modena antes dele. Findo o primeiro quarto de prova, a vantagem de Senna sobre Prost era de seis segundos e o francês estava oito segundos na frente de Mansell.[14]
Quando os líderes da prova encontraram o retardatário Eddie Cheever, os mesmos demoraram mais que o usual para ultrapassá-lo, embora esse "jogo de ultrapassagem" não tenha mudado a posição dos líderes, com Senna quinze segundos na frente do vice-líder. Próximo à metade da corrida, uma manobra da Lola do retardatário Michele Alboreto entre as Williams de Boutsen e Patrese resultou no choque entre os pilotos italianos, que abandonaram a corrida nas cercanias da Le Pouhon, atravessando a área de escape e batendo nas muretas de proteção. A seguir a Onyx de Bertrand Gachot rodou e saiu da prova e Eddie Cheever foi advertido com uma bandeira preta e branca por Roland Bruynseraede, diretor da prova.[14]
Punir o norte-americano da Arrows foi uma consequência de sua conduta antidesportiva à frente do trio de líderes enquanto retardatário e por falar nisso, a Minardi de Pierluigi Martini segurou a McLaren de Senna a ponto de deixar o brasileiro apenas cinco segundos na frente de Prost enquanto Mansell acelerava na perseguição aos carros de Woking, Resoluto, o "leão" saiu da pista na Les Combes, mas volta a pista ao não diminuir a aceleração, enquanto Senna abriu oito segundos sobre seu companheiro de equipe ao livrar-se de Martini, diferença que aumenta com o fim da chuva, mas conforme a pista seca, os pneus de chuva começam a desgastar-se, embora tal circunstância não tenha arrefecido o ataque de Mansell sobre Prost.[14]
Com a calculadora nas mãos
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Classificação
Pré-qualificação
Treinos classificatórios
Corrida
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Tabela do campeonato após a corrida
Notas
- Voltas na liderança: Ayrton Senna liderou as 44 voltas da prova.
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