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empresário, dirigente esportivo e ex-piloto britânico Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Bernard Charles "Bernie" Ecclestone (Suffolk, 28 de outubro de 1930) é um empresário, dirigente esportivo e ex-piloto britânico. Foi presidente e CEO da Formula One Management (FOM) e da Formula One Administration (FOA).[2]
As referências deste artigo necessitam de formatação. (Janeiro de 2013) |
Bernie Ecclestone | |
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Bernie Ecclestone no Grande Prémio do Bahrain de 2012 | |
Nome completo | Bernard Charles Ecclestone |
Conhecido(a) por | Bernie Ecclestone |
Nascimento | 28 de outubro de 1930 (94 anos) Suffolk, Reino Unido |
Nacionalidade | britânico |
Fortuna | US$4.8 bilhões (2013)[1] |
Cônjuge | Slavica Ecclestone (1985-2009) Fabiana Ecclestone (2012- presente) |
Ocupação | empresário |
Religião | Anglicanismo |
É acionista da Alpha Prema, um dos empreendimentos que gerenciam a Fórmula 1. Seu controle sobre o esporte, resultado de seu pioneirismo na venda dos direitos televisivos nos anos 1970 é sobretudo financeiro, mas os termos contratuais entre a FIA, as equipes e a Formula One Administration, garantiram-lhe, durante sua administração, estrutura e logística de cada Grande Prêmio de Fórmula 1.
Nos anos 1970 e 1980, foi proprietário da Brabham Racing Organization e assim fundou a Formula One Constructor´s Association (FOCA) aumentando sua influência política na categoria. O bom desempenho da Brabham nas pistas, sobretudo com o brasileiro Nelson Piquet (campeão em 1981 e 1983), ajudou a consolidar seu prestígio como gestor do esporte. Bernie Ecclestone venderia a sua parte na equipe em 1987.
Bernie Ecclestone também participou como piloto dos Grandes Prêmios de Mônaco e da Grã-Bretanha em 1958.
Ecclestone nasceu em St Peter South Elmham, uma pequena aldeia três milhas ao sul de Bungay, Suffolk.[3] Filho de um pescador, ele frequentou a escola primária em Wissett antes que a família mudasse para Bexleyheath, Kent, em 1938.[3] Ecclestone deixou a escola aos 16 anos de idade para trabalhar nas fábricas de gás locais, e dedicar-se ao seu hobby, as motocicletas.
Segundo o ranking de bilionários da Forbes para 2011, Bernie Ecclestone é a quarta pessoa mais rica do Reino Unido com uma fortuna estimada em US$ 4,2 bilhões,[4] um aumento de US$ 200 milhões em relação ao ano anterior.[5]
No ano de 2004, ele vendeu uma de suas residências no Kensington Palace Gardens em Londres, apesar de nunca ter vivido nela, para o magnata do aço Lakshmi Mittal por £57.1 milhão, o que a tornou a casa mais cara já vendida.[6]
Ecclestone tem uma filha, Deborah, com Ivy, sua primeira esposa. Deborah e seu marido lhe deram seu primeiro neto e este casou-se e tornou Bernie um bisavô. Ele então casou com Slavica Radić Ecclestone por 25 anos e com ela teve duas filhas: Tamara Ecclestone (nascida em 1984) e Petra Ecclestone (nascida em 1988). O divórcio foi concedido a pedido da esposa em 11 de março de 2009[7] e reportado no valor de um bilhão de euros.[8]
Durante o Grande Prêmio do Brasil de 2009 conheceu a brasileira Fabiana Flosi (45 anos mais jovem) que trabalhava na organização da prova. Em abril de 2012 eles anunciaram o noivado[9] e se casaram em 27 de agosto do mesmo ano.
Imediatamente após o fim da Segunda Guerra Mundial, Ecclestone ingressou no ramo automotivo e formou a concessionária de motocicletas Compton & Ecclestone com Fred Compton. Sua primeira experiência automobilística aconteceu em 1949 na Fórmula 3 500cc Series vindo a adquirir um Cooper Mk V em 1951. Como competidor participou de um número reduzido de provas, especialmente em Brands Hatch, conseguindo uma série de boas colocações e até mesmo uma vitória ocasional.[10] Suas aspirações ruíram quando ele colidiu com Bill Whitehouse e caiu no parque de estacionamento do lado de fora da pista. Eventualmente, as pressões comerciais e os riscos convenceram-no a retirar-se do cockpit.[carece de fontes]
(legenda)
* carro pilotado por Jack Fairman
Após o acidente, Ecclestone deixou temporariamente as corridas para fazer uma série de investimentos lucrativos no mercado imobiliário e no setor de financiamento de empréstimos, passando a gerir sua concessionária aos fins de semana. Seu retorno às pistas aconteceu em 1957 como empresário de Stuart Lewis-Evans, comprando dois chassis da extinta Connaught,[11] cujos pilotos ao longo dos anos haviam sido Lewis-Evans, Roy Salvadori, Archie Scott Brown, e Ivor Bueb. Ecclestone ainda tentou, sem sucesso, classificar-se com seu próprio carro no Grande Prêmio de Mônaco de 1958 (embora isso tenha sido descrito como "uma tentativa nada séria"). Ele também participaria da corrida na Grã-Bretanha, mas seu carro foi entregue a Jack Fairman.[12] Ecclestone permaneceu como empresário de Lewis-Evans quando o piloto se mudou para a equipe Vanwall; Salvadori mudou-se para a equipe Cooper. Lewis-Evans sofreu queimaduras graves quando seu motor explodiu no Grande Prêmio de Marrocos de 1958 falecendo seis dias depois. Abalado, Bernie Ecclestone afastou-se das corridas pela segunda vez.
A amizade com Salvadori fez de Ecclestone o empresário de Jochen Rindt[10] e co-proprietário[13] da equipe dois da Lotus (cujo outro piloto era Graham Hill). Rindt morreu num acidente em Monza, embora sua pontuação tenha lhe garantido o título póstumo de campeão mundial. No início de 1972, Ecclestone comprou a equipe Brabham de Ron Tauranac e começou seu mandarinato como "chefão" da Fórmula 1 ao fundar a Associação dos Construtores da Fórmula 1[10] ao lado de Frank Williams, Colin Chapman, Teddy Mayer, Ken Tyrrell e Max Mosley. Uma das primeiras medidas desse colegiado foi organizar a questão dos direitos de transmissão televisiva das provas da categoria.
Durante a temporada de 1971, Ecclestone foi abordado por Ron Tauranac, dono da Brabham, que buscava um sócio à sua altura e nesse ínterim o inglês adquiriu o time ao custo de £ 100.000 cabendo a Tauranac o posto de designer da equipe e diretor da fábrica,[10] tendo, contra sua vontade, Colin Seeley como auxiliar em suas atribuições, mas somente aos primeiros cabia o papel de "homens fortes" da Brabham.[14]
Em 1972 a equipe conseguiu resultados modestos visto que a prioridade de Ecclestone era alterar o perfil da Brabham e fazer dela um time de ponta e a marca dessa viragem foi a promoção, no ano seguinte, do jovem sul-africano Gordon Murray ao cargo de projetista-chefe e sob sua orientação foi produzido o modelo BT42 dotado de uma transversal triangular, o primeiro de uma série de carros impulsionados pelo motor Ford e que levariam Carlos Reutemann e José Carlos Pace à vitória com a Brabham entre 1974 e 1975. O sucesso da "simbiose" entre os carros de Murray e os motores Ford, porém, não impediu Ecclestone de assinar com a Alfa Romeo para usar seus potentes motores flat-12 a partir de 1976, opção que, embora financeiramente vantajosa, fez a equipe cair de produção dado o peso e o elevado consumo de combustível dos motores e a baixa confiabilidade dos modelos BT45s. Somente com a contratação do bicampeão Niki Lauda para o ano de 1978 e o uso do revolucionário carro-ventilador, o time recuperou competitividade. A parceria com a Alfa Romeo terminou em 1979 quando Nelson Piquet foi efetivado primeiro piloto do time devido à aposentadoria de Lauda. Nas temporadas seguintes a Brabham correu sob o impulso dos motores Ford Cosworth DFV.
Nelson Piquet sagrou-se vice-campeão mundial em 1980 ao ser derrotado por Alan Jones e conquistou o título em 1981, láurea que não o impediu de viver um ano conturbado em 1982 quando correu para dar confiabilidade aos motores turbo M10 quatro cilindros da BMW, embora tenha usado o Ford durante parte do ano. A recompensa veio em 1983 quando o brasileiro conquistou o bicampeonato mundial de Fórmula 1, sendo o primeiro a usar um motor turboalimentado, o que faria da Brabham um time competitivo pelos dois anos seguintes.
No final de 1985 Nelson Piquet encerrou sete anos de contrato e trocou a Brabham pela Williams tanto por questões financeiras quanto por razões desportivas, afinal seria correndo pela equipe de Grove que o brasileiro chegaria ao tricampeonato. Em 1986 Murray, cujos carros haviam vencido 22 provas na Fórmula 1, assinou contrato com a McLaren e ao fim de 1987 Ecclestone, cada vez mais afeito ao seu papel como dirigente da Associação dos Construtores da Fórmula 1 vendeu a Brabham ao empresário suíço Joachim Luhti por US$ 5 milhões após tê-la arrematado pelo equivalente a US$ 120 mil.
Ecclestone se tornou executivo-chefe da Associação dos Construtores da Fórmula 1 (FOCA) em 1978 tendo Max Mosley como seu assessor jurídico. Em conjunto, eles negociaram uma série de questões legais com a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e Jean-Marie Balestre, presidente da entidade e tais ajustes culminaram num golpe de mestre de Ecclestone, o direito de a FOCA negociar os direitos de transmissão dos grandes prêmios de Fórmula 1 sendo que para tal fim foi instituída a Fórmula 1 Participações e Administração (FOPA) que dividiu as receitas da seguinte forma: 47% para as equipes, 30% para a FIA e 23% para o próprio Ecclestone através da FOPA que em contrapartida se responsabilizaria pelas premiações. O emaranhado sobre os direitos de TV causou atritos entre Ecclestone e a Fórmula 1 ao longo dos anos 1990, contudo o empresário estabeleceu o Pacto de Concórdia em 1997 e manteve tal atribuição sob seu controle em troca de repasses anuais à categoria, sendo que o tratado mais recente expirará no último dia de 2012.
Mesmo após uma tripla intervenção coronariana em 1999, Ecclestone manteve o vigor na defesa de seus interesses comerciais, tanto que mesmo reduzindo sua participação na SLEC Holdings (conglomerado responsável pela gestão da Fórmula 1) para apenas 25% manteve o controle integral das empresas e da categoria. Também em 1999 Terry Lovell publicou uma biografia intitulada Bernie's Game: Inside the Formula One World of Bernie Ecclestone (ISBN 1-84358-086-1). Em abril de 2000 Ecclestone vendeu a David Richards a Internacional Sportsworld Communicators (ISC), detentora dos direitos comerciais do Campeonato Mundial de Rali.
Ecclestone esteve sob fogo cruzado em outubro de 2004 quando ele e Jackie Stewart, presidente do British Racing Drivers Club, foram incapazes de selar um acordo quanto ao futuro do Grande Prêmio da Grã-Bretanha fazendo com que a prova fosse excluída do calendário provisório de 2005, todavia um assentimento dos chefes de equipes quanto a uma série de cortes de custos fizeram com que a prova fosse mantida no calendário por um período de cinco anos. No mês seguinte os três bancos que detêm 75% na SLEC e, portanto, controlam a Fórmula 1 – BayernLB, JPMorgan Chase e Lehman Brothers – investiram judicialmente contra Ecclestone, o que gerou especulações sobre a perda do controle exercido pelo magnata britânico sobre a categoria e tal processo resultou num veredicto do juiz Andrew Park em 6 de dezembro no qual o magistrado deu razão aos bancos.[15] Ecclestone, por sua vez, insistia em dizer que a decisão não tinha valor algum[16] e recorreu. No dia seguinte, em reunião com os chefes de equipe no aeroporto de Heathrow, em Londres, o britânico ofereceu £ 260 milhões ao longo de três anos em troca de renovação unânime do Pacto de Concórdia expirado em 2008.[17] Duas semanas mais tarde, Gerhard Gibkowsky, membro do conselho do BayernLB e presidente da SLEC, afirmou que os bancos não tinham a intenção de remover Ecclestone de sua posição de controle.[18]
Em março de 2005 duas rodas de seu carro, um Mercedes-Benz CLS55 AMG, (tido como o primeiro de sua marca no Reino Unido) foram roubadas enquanto o veículo estava estacionado à frente da residência de Ecclestone em Londres. Numa sexta-feira, 17 de junho de 2005, Ecclestone estampou as manchetes americanas ao comentar o quarto lugar de Danica Patrick nas 500 Milhas de Indianápolis daquele ano numa entrevista à estação de televisão WRTV: "Ela fez um bom trabalho, não é? Super. Achava que ela não seria capaz de fazê-lo assim. Você sabe, eu tenho uma dessas ideias maravilhosas que as mulheres devem ser todas vestidas de branco, como todos os outros aparelhos domésticos." (Após a vitória de Danica Patrick 2008 no Twin Ring Motegi, Ecclestone enviou-lhe uma carta de congratulações)[19] Dois dias depois, Ecclestone viu 14 dos 20 carros se recusarem a correr o Grande Prêmio dos Estados Unidos no Indianapolis Motor Speedway sob a alegação de que as equipes temimam pela segurança em razão da fragilidade do tipo de composto fornecido pela Michelin em seu pneus e após uma série de reuniões entre Bernie Ecclestone, Max Mosley e os diretores da equipe, nenhum acordo foi obtido quanto a uma flexibilização das regras ou uma mudança nas configurações de pista e assim Ecclestone se tornou um alvo para a frustração público, pois embora ele não tenha causado o problema, sua posição de comando o tornava o mais credenciado para resolver o impasse. Ao final fãs e jornalistas foram testemunhas de uma corrida de apenas seis carros sendo que dois lugares na zona de pontuação ficaram vazios.
Após a perda de Silverstone como sede do Grande Prêmio da Inglaterra em 2008, Ecclestone voltou à baila sob a acusação de manipular as receitas da Fórmula 1 ao seu bel prazer. Damon Hill apontou a Formula One Management (FOM) como uma peça-chave para a perda do evento. Citando Bernie, ele disse uma vez:" Você pode ter tudo como quiser, desde que você pague muito por isso, mas não podemos pagar muito por algo ... O problema é que o dinheiro vai para fora e para longe. Há uma questão de saber se esse dinheiro ainda retorna à Fórmula 1".[20] Flavio Briatore também endossou as críticas: "Hoje em dia Ecclestone leva 50% de todas as receitas, mas nós devemos ser capazes de reduzir nossos custos em 50%".[21]
Em 7 de janeiro de 2010, foi anunciado que Ecclestone, juntamente com a Genii Capital, fez uma proposta de compra da montadora sueca Saab Automobile.[22]
No dia 23 de janeiro de 2017, a Liberty Media, atual controladora dos diretor comerciais da Fórmula 1, anunciou a demissão de Bernie. Em seu lugar, foram anunciados Ross Brawn como o chefão esportivo e Sean Bratches, como o responsável pela área comercial, assim dividindo em duas responsabilidades o que Bernie Ecclestone comandava exclusivamente.[23]
Em 3 de setembro de 2007 Ecclestone e Flavio Briatore compraram o Queens Park Rangers (QPR) Football Club da Premier League[24] e em dezembro eles se uniram como co-proprietários ao empresário Lakshmi Mittal, a quinta pessoa mais rica no mundo, que comprou 20% do clube.[25] Um ano depois, foi anunciado que Ecclestone comprou a maioria das ações de Flavio Briatore se tornou detentor de 69% do time.[26] Em 18 de agosto de 2011 Ecclestone e Briatore venderam suas ações a Tony Fernandes, proprietário da equipe Caterham de Fórmula 1.[27]
Em 1997 Ecclestone envolveu-se em uma controvérsia sobre a política do Partido Trabalhista Britânico a respeito da publicidade de cigarros. Antes de sua vitória nas eleições gerais daquele ano os trabalhistas divulgaram um manifesto em apoio a uma diretiva da União Europeia contrária ao patrocínio esportivo feito pela indústria tabagista.[28] Naquele momento os times mais importantes e poderosos da Fórmula 1 ostentavam patrocínios como os da Rothmans, Marlboro, Mild Seven, West e Benson & Hedges. Após a vitória trabalhista a postura antitabagista do novo governo foi reforçada por declarações do Secretário de Saúde, Frank Dobson e da Ministra da Saúde Pública, Tessa Jowell,[29] o que levou Ecclestone a encontrar-se com o primeiro-ministro Tony Blair em 16 de outubro.
Em 4 de novembro a “feroz antitabagista Jowell” arguiu em Bruxelas pela isenção de sanções à Fórmula 1, porém a mídia explorou o fato de que a ministra abdicou de seus princípios em favor de um "esporte de glamour" e ventilou ligações de seu marido com a Benetton.[29] Quase de imediato surgiu a informação de que em janeiro de 1997 Ecclestone doou £ 1.000.000 ao partido e em 17 de novembro um compungido Tony Blair pediu desculpas pela condução incorreta do caso e anunciou que a devolução do valor doado fora feita há seis dias.[30] Além disso o chefe de governo assegurou que “a decisão de isentar a Fórmula 1 se deu duas semanas após a reunião” motivada pelo temor de que a Grã-Bretanha sofresse concorrência de países asiáticos favoráveis à continuidade do patrocínio tabagista.[31] Em 2008, um ano após Blair deixou o cargo de primeiro-ministro, memorandos internos da Downing Street revelaram que, na verdade, a decisão saiu no dia da reunião, e não duas semanas mais tarde, como Blair declarou ao Parlamento.[32]
Em 2005, ao falar sobre o desempenho da piloto Danica Patrick, ele observou: "Você sabe que eu tenho uma dessas ideias maravilhosas ... as mulheres devem se vestir de branco, como todos os outros eletrodomésticos."[33] Ecclestone mais pediu desculpas a Patrick, mas repetiu seus comentários[34] antes de desculpar-se pela segunda vez.[35] Anteriormente, em fevereiro de 2000, ele disse que as mulheres nunca atingiriam a excelência na Fórmula 1.
Em uma entrevista publicada pelo Times em 4 de julho de 2009, Ecclestone disse: "Apesar de parecer terrível dizer isto, com exceção do fato de Hitler ter se deixado levar em um determinado momento e de fazer coisas que não sei se realmente queria fazer ou não, o certo é que ele estava em uma posição de mandar em muitos e conseguir com que fizessem as coisas. No final ele acabou se perdendo, e portanto não foi um bom ditador, porque ou sabia o que estava acontecendo (ao seu redor) e insistiu nisso ou simplesmente foi condescendente... de qualquer maneira, não agiu como um ditador".[36] De acordo com Ecclestone a democracia também proporcionou situações não meritórias: "Se você olhar para uma democracia verá que ela não fez muita coisa boa para muitos países - incluindo este". Ele também disse que seu amigo de 40 anos Max Mosley, filho do líder fascista britânico Oswald Mosley, "seria um bom primeiro-ministro" para o Reino Unido e acrescentou: "No fundo eu não acho que seria um problema".[37]
Ao ver a má repercussão de sua entrevista ao diário britânico Ecclestone admitiu que foi idiota e lamentou que suas declarações tenham sido distorcidas para em seguida apresentar suas "mais sinceras desculpas" a respeito do caso.[38]
Em depoimento prestado na Alemanha em 2012 o ex-diretor de risco do BayernLB, Gerhard Gribkowsky, admitiu o recebimento de € 45 milhões em suborno a fim de convencer a instituição onde trabalhava a vender para Ecclestone sua participação na empresa que geria os direitos comerciais da Fórmula 1.[39] Ao tratar do caso o Ministério Público descartou o argumento de que o chefão da Fórmula 1 “pagou sob chantagem” apontando-o como coautor do crime de suborno. Temendo ver sua liderança questionada, o magnata britânico ofereceu-se para depor e, segundo ele, provar a falsidade das acusações.[39]
Em 25 de maio de 2022, Ecclestone foi detido pela Polícia Federal do Brasil no Aeroporto de Viracopos, em Campinas por porte ilegal de arma de fogo.[40] A pistola LW Seecamp .32 estava em sua bagagem e foi detectada pelo raio-x quando o mesmo saia do Brasil com destino a Suíça. Logo após o pagamento de uma fiança de R$ 6.060 (US$ 1257), ele foi liberado para realizar a viagem em um voo particular.[41] Classificando o episódio como um "incidente pequeno e bobo",[42] o empresário negou que tenha sido preso e foi irônico ao comentar o caso. "Não tenho tido nenhuma publicidade ultimamente e achei que deveria fazer alguma coisa para conseguir alguma".[42]
Bernie Ecclestone criticou as implicações do Grande Prêmio de Singapura de 2008.[43] Para o ex-dirigente, esta corrida deveria ter sido anulada por conta do disposto no regulamento ante o acúmulo de evidências e provas de manipulação de resultados. "Decidimos não fazer nada, queríamos proteger o esporte e salvá-lo de um escândalo. Havia uma regra que dizia que a posição de um campeão mundial era intocável após a cerimônia de premiação da FIA (Federação Internacional do Automobilismo). Assim, Hamilton recebeu a taça e tudo ficou bem. Mas tínhamos informações suficientes naquele momento para investigar o assunto. Segundo o regulamento, devíamos ter anulado a corrida em Singapura por essas condições".[44]
Naquela ocasião, o brasileiro Nelson Piquet Jr. bateu propositadamente no muro do circuito provocando a intervenção do safety car numa sucessão de eventos que culminaram na vitória de Fernando Alonso, companheiro de Piquet na equipe Renault. Após investigar o caso, a FIA baniu Flavio Briatore da Fórmula 1 e afastou Pat Symonds por cinco anos, sendo que os pilotos tiveram destinos diferentes: Fernando Alonso permaneceu incólume enquanto Nelson Piquet Jr. deixou a categoria.[43] Como não anularam a prova em Marina Bay, Lewis Hamilton finalizou em terceiro pela McLaren e ampliou para sete pontos sua vantagem sobre Felipe Massa na liderança do campeonato, conquistando o título por um ponto de vantagem sobre o brasileiro da Ferrari no Grande Prêmio do Brasil de 2008.[45]
"Ainda hoje sinto pena de Massa. Ele venceu a última corrida do ano em seu GP em casa, em São Paulo, e fez tudo certo. Ele foi roubado nesse título que merecia, enquanto Hamilton teve toda a sorte do mundo e conquistou seu primeiro campeonato. Hoje eu teria resolvido de forma diferente. Por isso, para mim, Michael Schumacher ainda é o único heptacampeão, mesmo que as estatísticas digam o contrário".[46]
6. Formula One's planned invasion of the U.S. market will have to wait a few years...
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