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Evento Político Da Wikipédia, a enciclopédia livre
As eleições estaduais em São Paulo em 2010 ocorreram em 3 de outubro como parte das eleições gerais no Distrito Federal e em 26 estados. Foram eleitos o governador, o vice-governador, dois senadores, setenta deputados federais e 94 estaduais. O pleito ao governo estadual terminou em primeiro turno e, conforme a Constituição, a posse do governador e do vice-governador se daria em 1º de janeiro de 2011 para quatro anos de mandato.[1][2][3][nota 1]
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Eleições estaduais em São Paulo em 2010 | ||||||
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3 de outubro de 2010 (Decisão em primeiro turno) | ||||||
Candidato | Geraldo Alckmin | Aloizio Mercadante | Celso Russomanno | |||
Partido | PSDB | PT | PP | |||
Natural de | Pindamonhangaba, SP | Santos, SP | São Paulo - SP | |||
Vice | Guilherme Afif | Coca Ferraz | Marcus Vinícius de Freitas | |||
Votos | 11.519.314 | 8.016.866 | 1.233.897 | |||
Porcentagem | 50,63% | 35,23% | 5,42% | |||
Candidato mais votado por município no 1º turno (645):
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Titular Eleito | ||||||
Eleição parlamentar em São Paulo em 2010 (Senado) | ||||
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3 de outubro de 2010 Turno único | ||||
Líder | Aloysio Nunes | Marta Suplicy | Netinho de Paula | |
Partido | PSDB | PT | PCdoB | |
Natural de | São José do Rio Preto, SP | São Paulo, SP | São Paulo, SP | |
Votos | 11.189.168 | 8.314.027 | 7.773.327 | |
Porcentagem | 30,42% | 22,61% | 21,13% | |
Candidato mais votado por município:
Aloysio Nunes | ||||
Titular(es) Eleito(s) | ||||
O ex-governador Geraldo Alckmin, filiado ao PSDB, elegeu-se governador após receber mais da metade dos votos válidos, derrotando o senador petista Aloizio Mercadante. O empresário Afif Domingos (DEM) foi eleito vice-governador. Aloysio Nunes (PSDB) foi eleito para o Senado Federal com um recorde de votos, enquanto a segunda vaga foi preenchida por Marta Suplicy (PT), a primeira mulher eleita pelo voto popular para representar São Paulo na Câmara Alta do Parlamento.
Para a Câmara dos Deputados, o PT elegeu quinze deputados, o PSDB elegeu treze, o PSB elegeu sete, o PV elegeu cinco, PP e PR elegeram quatro cada, e os outros partidos ficaram com as demais vagas. Na Assembleia Legislativa, o PT também elegeu o maior número de deputados (24), seguindo por PSDB (22), PV (nove), DEM (oito), PMDB (cinco), PTB (quatro), PDT (quatro), PSC (quatro), PPS (quatro), PSB (três), PRB (dois) e PCdoB (dois).
Sob o comando de Iris Rezende, o PMDB goiano esteve à frente do Executivo por quatro mandatos consecutivos, marca idêntica à do PFL baiano nos tempos de Antônio Carlos Magalhães. Entretanto a vitória de Geraldo Alckmin para o governo paulista em 2010 assegurou ao PSDB o comando do estado mais rico do país pela quinta vez consecutiva. Político com origem no MDB, foi eleito vereador em Pindamonhangaba em 1972 e prefeito em 1976. Nascido na cidade em questão, formou-se médico na Universidade de Taubaté, chefiou o Departamento de Anestesiologia da Santa Casa de Misericórdia em Pindamonhangaba e em Lorena foi professor tanto no Centro Universitário Salesiano de São Paulo quanto no Instituto Santa Teresa. Após o fim do bipartidarismo ingressou no PMDB elegendo-se deputado estadual em 1982 e deputado federal em 1986.[4] Membro do grupo responsável pela fundação do PSDB, assinou a Constituição de 1988, foi reeleito em 1990 e votou a favor do impeachment de Fernando Collor em 1992.[5][6] Eleito e reeleito vice-governador na chapa de Mário Covas em 1994 e 1998, perdeu a eleição à prefeitura de São Paulo no ano 2000, mas assumiu o executivo estadual em 2001 após a morte do titular. Reeleito governador em 2002, renunciou ao cargo em 2006 quando foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno da eleição presidencial. Novamente malsucedido ao disputar a prefeitura paulistana em 2008, foi nomeado secretário de Desenvolvimento pelo governador José Serra no início do ano seguinte e em 2010 venceu a eleição e voltou a governar São Paulo.[7][8]
Natural de São Paulo, o empresário e administrador de empresas Afif Domingos formou-se pela Faculdade de Economia do Colégio São Luís e sua família detinha o controle da Indiana Seguros. No governo Paulo Maluf presidiu o Banco de Desenvolvimento de São Paulo e foi secretário de Agricultura. Duas vezes presidente da Associação Comercial de São Paulo e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo por cinco anos a partir de 1982, mesmo ano em que foi candidato a vice-governador pelo PDS na chapa de Reinaldo de Barros, num pleito vencido pelos candidatos do PMDB. Filiado ao PL, elegeu-se deputado federal em 1986.[9] Candidato a presidente da República em 1989 e a senador em 1990, não teve sucesso em nenhuma empreitada. Após algum tempo dedicado à iniciativa privada ingressou no PFL e foi secretário municipal de Planejamento na administração Celso Pitta. Em seu novo partido perdeu a eleição para senador em 2006, mas foi eleito vice-governador em 2010 quando já pertencia ao DEM.[10] A partir de 2013, também acumulou a função de ministro-chefe da secretaria de Micro e Pequena Empresa do Brasil no governo de Dilma Rousseff.[11]
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral houve 22.753.542 votos nominais.[1][nota 2]
Candidatos a governador do estado | Candidatos a vice-governador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
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Geraldo Alckmin PSDB | Guilherme Afif DEM | (PSDB, DEM, PMDB, PPS, PSC, PHS, PMN) | |||
Aloizio Mercadante PT | Coca Ferraz PDT | (PT, PDT, PR, PCdoB, PRB, PSDC, PRP, PRTB, PTN, PTdoB) | |||
Celso Russomanno PP | Marcus Vinícius de Freitas PP | (PP, PTC) | |||
Paulo Skaf PSB | Marianne Pinotti PSB | (PSB, PSL) | |||
Fábio Feldmann PV | Rogério Menezes PV | ||||
Anaí Caproni PCO | José André Dorta PCO | ||||
Igor Grabois PCB | Wagner Farias PCB | ||||
Luiz Carlos Prates[nota 3] PSTU |
Eliana Lúcia Ferreira PSTU |
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Paulo Bufalo PSOL | Aldo Santos PSOL | ||||
Advogado natural de São José do Rio Preto e formado na Universidade de São Paulo, Aloysio Nunes fez política desde os tempos do movimento estudantil. Filiado ao PCB, pregou a luta armada contra a Ditadura Militar de 1964. Exilado em Paris, formou-se em Economia Política na Universidade de Paris e obteve o mestrado Ciência Política na primeira metade dos anos 1970.[12] Por conta da Lei da Anistia voltou ao Brasil em 1979 e reingressou no MDB.[13] Procurador da Secretaria de Justiça do estado de São Paulo e professor da USP, foi eleito deputado estadual pelo PMDB em 1982 e 1986, além de vice-governador na chapa de Luiz Antônio Fleury Filho em 1990. Secretário de Transportes no novo governo, deixou a pasta em 1992 quando concorreu, sem sucesso, à prefeitura de São Paulo. Eleito deputado federal em 1994, migrou para o PSDB e foi reeleito em 1998. No início do Século XXI foi secretário-geral da Presidência e ministro da Justiça no governo Fernando Henrique Cardoso. Após renovar o mandato parlamentar em 2002, foi secretário municipal de Governo da prefeitura de São Paulo nas administrações José Serra e Gilberto Kassab e chefe da Casa Civil quando Serra foi governador. Em 2010, elegeu-se senador por São Paulo com a maior votação nominal obtida até então por um candidato ao Senado em todo o país.[14][15][16]
Nascida em São Paulo, a psicóloga Marta Suplicy graduou-se em 1975 pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo com pós-graduação em Stanford e Mestrado na Universidade de Michigan. Afeita à sua profissão tornou-se conhecida como terapeuta sexual ao participar do TV Mulher, programa exibido pela Rede Globo no curso dos anos 1980. Casada com Eduardo Suplicy por 37 anos a partir de 1964, ingressou no PT em 1981, porém sua estreia política aconteceu ao eleger-se deputada federal em 1994.[17] Derrotada em primeiro turno ao disputar o governo paulista em 1998, elegeu-se prefeita de São Paulo no ano 2000. Derrotada ao buscar a reeleição em 2004, foi ministra do Turismo no governo Lula.[18] Em 2008 perdeu nova eleição à prefeitura paulistana. Sua eleição em 2010 tornou-a a primeira mulher eleita pelo voto popular senadora por São Paulo. Licenciou-se do mandato para assumir o ministério da Cultura no governo Dilma Rousseff e posteriormente ingressou no PMDB.[19][20]
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral houve 36.778.771 votos nominais.[1][nota 2][nota 4]
Candidatos a senador da República | Candidatos a suplente de senador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
---|---|---|---|---|---|
Aloysio Nunes PSDB | Airton Sandoval PMDB Marta Costa DEM | (PSDB, DEM, PMDB, PPS, PSC, PHS, PMN) | |||
Marta Suplicy PT | Antonio Carlos Rodrigues PR Paulo Frateschi PT | (PT, PDT, PR, PCdoB, PRB, PSDC, PRP, PRTB, PTN, PTdoB) | |||
Netinho de Paula PCdoB | Ricardo Zarattini PT Matilde Ribeiro PT | (PT, PDT, PR, PCdoB, PRB, PSDC, PRP, PRTB, PTN, PTdoB) | |||
Ricardo Young PV | Marco Mroz PV Mara Prado PV | ||||
Romeu Tuma PTB | Antonio Carbonari PTB Murilo Campos PTB | ||||
Moacyr Franco PSL | Marco Aurélio de Souza[nota 5] PSL Reinaldo Milan PSL | (PSB, PSL) | |||
Ciro Moura PTC | Eduardo Souza Costa PTC Luiz Antonio Pizzolato PTC | (PP, PTC) | |||
Marcelo Henrique PSOL | Celso Lavorato PSOL Devanir Morari PSOL | ||||
Sérgio Redó PP | Luis Carlos Reis PP Luiz Carlos Grecco PP | (PP, PTC) | |||
Alexandre Serpa PSB | Edilberto de Paula PSB Wagner Bellucci PSB | (PSB, PSL) | |||
Ana Luiza de Figueiredo PSTU | Joel Paradela PSTU Paula Pascarelli PSTU | ||||
Afonso Teixeira Filho PCO | Osmar Brito PCO Nilson Ferreira PCO | ||||
Antônio Carlos Mazzeo PCB |
Clóvis Berti PCB Manoel Messias PCB |
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Dirceu Travesso PSTU | Joel Paradela PSTU Paula Pascarelli PSTU | ||||
Ernesto Freire PCB | Renato Nucci PCB Luiz Manoel da Silva PCB | ||||
São relacionados os candidatos eleitos com informações complementares da Câmara dos Deputados.[21][nota 6][22][23]
Foram escolhidos 94 deputados estaduais para a Assembleia Legislativa de São Paulo.[1][3][nota 6]
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