Águas da Prata
município brasileiro do estado de São Paulo Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Águas da Prata é um município brasileiro do estado de São Paulo, localizado a 238 km da capital, é atendida pela SP-342 que liga São Paulo a Minas Gerais, na encosta do planalto do vulcão de Poços de Caldas. Suas atrações naturais atraem turistas de todo país. O município é formado pela sede (que inclui o povoado de Cascata) e pelo distrito de São Roque da Fartura[4][5].
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Município do Brasil | |||
Vista da cidade | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Lema | Fons aquae vitae "Fonte de Água da Vida" | ||
Gentílico | pratense | ||
Localização | |||
Localização Águas da Prata em São Paulo | |||
Localização Águas da Prata no Brasil | |||
Mapa Águas da Prata | |||
Coordenadas | 21° 56′ 13″ S, 46° 43′ 01″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | São Paulo | ||
Municípios limítrofes | São João da Boa Vista, Vargem Grande do Sul, São Sebastião da Grama, Poços de Caldas, Andradas | ||
Distância até a capital | 225 km | ||
História | |||
Fundação | 23 de dezembro de 1925 (98 anos) | ||
Emancipação | 3 de julho de 1935 (89 anos) | ||
Administração | |||
Distritos | Lista
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Prefeito(a) | Regina Helena Janizelo Moraes (PSC, 2021–2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [2] | 142,588 km² | ||
População total (Censo IBGE/2019[3]) | 8 180 hab. | ||
Densidade | 57,4 hab./km² | ||
Clima | Tropical de Altitude (Cwa) | ||
Altitude | 840 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010) | 0,781 — alto | ||
PIB (IBGE/2016) | R$ 142 654,32 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2016) | R$ 17 688,07 |
"Águas" é porque a cidade possui muitas águas termais. A origem do nome "Prata" vem de uma corruptela do tupi-guarani “Pay tâ”, que ao ser pronunciada pelos portugueses tornou-se “Prata”. Em tupi-guarani, “Pay tâ” significa “água dependurada” em virtude da alta mineralização das águas que ao escorrerem próximas as minas, formando estalactites.[6]
A descoberta da primeira fonte de “Águas da Prata” é atribuída ao acaso. Em 1876, o dentista Rufino Luiz de Castro Gavião observou que, na fazenda do coronel Gabriel Ferreira, situada no município de São João da Boa Vista, havia um veio d'água, às beiras do Ribeirão da Prata, que era muito procurado pelos animais, que ali iam saciar sua sede, em vez de fazê-lo nas águas do Ribeirão. Intrigado com o fato, Rufino provou as águas do pequeno veio. Viu, desde logo, que se tratava de água mineral, provavelmente bicarbonatada.[6][7]
Em 1886, a inauguração do ramal da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, ligando Cascavel (hoje Aguaí) a Poços de Caldas, despertou o interesse dos cafeicultores da região para a estação de embarque da ferrovia no vale banhado pelo Ribeirão da Prata e o Córrego da Platina, que passaram a construir suas residências junto à estação, nascendo então o povoado de Prata.
A vocação para Estância Hidromineral consolidou-se quando químicos do Departamento Geográfico e Geológico do Estado, pesquisando a região, fizeram prospecção das fontes, comprovando a viabilidade da exploração econômica de sua mineração. Criou-se em 1913, uma empresa para o fim em questão, fazendo com que surgissem hotéis e toda infra-estrutura necessária.
Em 1916, fez-se o primeiro hotel e, por iniciativa particular de seus moradores, foi efetuada a análise química da água das fontes, constatando-se suas propriedades alcalinas, semelhantes às das fontes de Vichy, na França e o local acabou ganhando o apelido de “A Vichy Brasileira”.
O distrito da Estância Hidromineral de Águas da Prata foi criado pela lei estadual nº 2093, de 23 de dezembro de 1925, e era subordinado ao município de São João da Boa Vista.
Em 3 de julho de 1935, o distrito da Estância Hidromineral de Águas da Prata foi elevado à condição de município, por meio do decreto-lei estadual nº. 7277, com o nome de Águas da Prata, desmembrando-se de São João da Boa Vista.
Pela estadual no 233, de 24 de dezembro de 1948, é criado o distrito de São Roque da Fartura, subordinado ao município de Águas da Prata.
Águas da Prata é um dos 11 municípios paulistas considerados estâncias hidrominerais pelo Estado de São Paulo, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por Lei Estadual. Tal status garante a esses municípios uma verba maior por parte do Estado para a promoção do turismo regional. Também, o município adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de Estância Hidromineral, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais.
Águas da Prata é o primeiro município do Caminho da Fé, uma popular rota de peregrinação católica com destino à Basílica de Aparecida.[8] O Caminho da Fé é também uma das mais populares rotas do cicloturismo nacional, mesmo entre não-católicos.
O município pertence à Diocese de São João da Boa Vista.
O clima do município é do tipo Cwb na classificação climática de Köppen .[9] Apresenta verões quentes e chuvosos e invernos secos e frios. A temperatura média anual é de 19,3 °C, sendo 23,8 °C a média das temperaturas máximas e 14,7 °C a das mínimas. Janeiro, fevereiro, março e dezembro são os meses mais chuvosos, e maio, junho, julho e agosto os mais secos. Outono e primavera são estações de transição.[10]
Em sua topografia conta com dois picos:
A sede do município está situada no sopé da Serra da Mantiqueira, a uma altitude de 840 m.
População total: 7.584
Densidade demográfica: 50,01 hab./km²
Mortalidade infantil até um ano: 12,52 por mil
Expectativa de vida: 73,11 anos
Taxa de fecundidade: 2,11 filhos por mulher
Taxa de alfabetização: 91,41%
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,810
(Fonte: IPEADATA)
O Rio Quartel e o Rio da Prata são enriquecidos por nascente de água mineral, destacando-se as radioativas, bicarbonatadas e magnesianas.
Entre as radioativas destaca-se a Vilela, que pode ser utilizada nas dependências do Bosque, constatando em análise a existência de 186 machês de radioatividade na fonte.[11]
Conta com um balneário de propriedade da Secretaria de Esportes e Turismo construído na década de 70, sendo o autor do projeto Walter Toscano.
A cidade foi servida por ferrovia a partir de 1886 quando foi aberto o Ramal de Caldas da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro que tinha Caldas, atual Poços de Caldas, como estação final da linha. A cidade teve a sua origem a partir da estação ferroviária, que também era conhecida como Raiz da Serra, por ser a última antes de uma subida de serra.[12]
Os trens de passageiros regulares circularam até 1976. Pelo ramal, também circularam os trens turísticos interestaduais da antiga Fepasa até 1998 e em 2016 ainda passavam pelo local trens cargueiros com minério de bauxita destinados para a fábrica da Companhia Brasileira de Alumínio.[12]
O Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT) tombou o prédio da estação em 20 de março de 2018.[12]
A cidade foi atendida pela Companhia Telefônica Brasileira (CTB) até 1973[13], quando passou a ser atendida pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP), que construiu a central telefônica utilizada até os dias atuais. Em 1998, esta empresa foi privatizada e vendida para a Telefônica[14], sendo que, em 2012, a empresa adotou a marca Vivo[15] para suas operações de telefonia fixa.
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