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bairro do município do Rio de Janeiro no Brasil Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Tijuca é um bairro da Zona Norte do município do Rio de Janeiro. Está entre os bairros mais antigos, tradicionais e populosos da capital fluminense.[2]
As referências deste artigo necessitam de formatação. (Abril de 2019) |
Tijuca | |
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Bairro do Rio de Janeiro | |
Estação Saens Peña do MetrôRio | |
Área | 1 006,56 ha[1] |
Fundação | 1759 (265 anos)[2] |
Imigração predominante | Portugal,[3] Síria, Líbano,[4] Judeus |
IDH | 0,926 (2000)[5] |
Habitantes | 163 805 (2010)[1] |
Domicílios | 67 183 (2010)[1] |
Limites | Alto da Boa Vista, Andaraí, Grajaú, Vila Isabel, Maracanã, Praça da Bandeira, Estácio e Rio Comprido[6] |
Distrito | Tijuca |
Subprefeitura | Grande Tijuca |
Região Administrativa | VIII RA Tijuca |
ver |
Seu índice de qualidade de vida, no ano 2000, era de 0,887, o 18º melhor do município, dentre 126 bairros avaliados, considerado alto.[7] Segundo dados de 2010, possui 163.805 habitantes,[8] sendo o maior da Zona Norte.[1] No ranking de bairros mais valorizados do município, a Tijuca ocupa a 22ª posição, em dados de outubro de 2022.[9]
No ranking IPS da Prefeitura do Rio de Janeiro, a região administrativa da Tijuca onde se localiza o bairro da Tijuca conta com índices de 79.5 para IPS;[10] 85.8 para necessidades humanas básicas; 70.6 para fundamentos do bem-estar; e 82.1 para oportunidades, todos acima da média do município.[11]
"Tijuca" é um nome com origem na língua tupi e significa "água podre", de ty ("água") e îuk ("podre").[12] O nome se refere à região da Lagoa da Tijuca, que possui manguezal e água parada, e que está separada do bairro da Tijuca pelo Maciço da Tijuca.[13]
Logo após a vitória dos portugueses sobre os franceses no episódio da França Antártica, em 1565, a região do atual bairro da Tijuca foi ocupada pelos padres jesuítas, que, nela, instalaram imensas fazendas dedicadas ao cultivo da cana-de-açúcar. Nessa época, foi construída uma capela dedicada a São Francisco Xavier que deu o nome à fazenda dos jesuítas mais próxima do Centro da cidade: a Fazenda de São Francisco Xavier. Em 1759, com a expulsão dos jesuítas do Brasil pelo Marquês de Pombal, as suas fazendas foram vendidas a centenas de novos sitiantes.[13][14]
A região passou a caracterizar-se pelas suas chácaras e, a partir do Século XX, passou a ser um bairro tipicamente urbano. Ainda assim, possui a terceira maior floresta urbana do mundo, a Floresta da Tijuca, plantada por determinação de dom Pedro II na segunda metade do século XIX pelo major Archer em terras de café desapropriadas, para combater a falta de água que se instalara na então capital do império. Trata-se de uma floresta secundária, uma vez que é fruto de replantio, compreendendo espécies que não são nativas da mata atlântica, a cobertura vegetal original.
Data de 1859 até 1866 o funcionamento pioneiro da primeira linha de transporte em veículos sobre trilhos[15] no Rio de Janeiro, com tração animal, anterior ao bonde elétrico, ligando o Largo do Rocio (a atual Praça Tiradentes) a um local perto da Usina (hoje conhecido como Muda), cobrindo um trajeto de 7 km.[16]
Nos Estados Unidos e na Europa, onde o processo de urbanização das cidades foi pioneiro, o subúrbio, em geral, foi e continua sendo o espaço destinado às elites e classes médias – uma espécie de refúgio contra os aglomerados urbanos insalubres e perigosos da época das indústrias. São lugares bucólicos, ajardinados e de casas confortáveis. Até o início do século XX, essa acepção de subúrbio também se aplicava ao Rio de Janeiro; onde o subúrbio era o local de nobreza – não tão refinada como Botafogo ou o Engenho Velho, que eram bairros da aristocracia –, mas com serviços voltados a essa classe, que também se dirigiam para lá com fins de descanso.
Foi a partir da reforma urbana do prefeito Pereira Passos, em 1903, que o conceito de subúrbio ganhou contornos mais ideológicos e pejorativos no contexto do Rio de Janeiro. Com a implantação de uma nova ordem urbana no Centro da futura metrópole, associada também à expansão do mercado imobiliário para as classes altas à beira-mar, o proletariado do Centro foi “expulso” para os subúrbios, que passaram a ser vistos como locais estratégicos de escoamento dessa população marginalizada para bem longe do Centro “civilizado”. Como não houve uma política de moralização da classe trabalhadora nesse processo, o que favoreceu a emergência do caráter pejorativo que o termo “subúrbio” emana no cenário carioca.[17]
Com base no conceito pejorativo de subúrbio, como remetente à ideia de locais habitados por classes socioeconômicas menos privilegiadas, pode-se inferir que a Tijuca e sua região, em termos históricos, geográficos e especialmente ideológicos, não pode ser considerada um subúrbio da cidade, mesmo fazendo parte da Zona Norte, onde se localiza grande parte dos originais subúrbios. Originalmente aristocrática, a Tijuca sempre foi um bairro valorizado do Rio de Janeiro, berço de famílias tradicionais e de uma classe média com bom poder aquisitivo, mesmo com o êxodo dos anos 80 e 90.[18] O bairro passou 20 anos “adormecido”, devido ao processo de favelização, que acabou sendo maior que no restante da cidade por questões geográficas; no início da última década o bairro apresentou forte valorização imobiliária devido a melhorias estruturais oriundas do poder público.[19]
Em 23 de agosto de 1985, o decreto 5.280 definiu os atuais limites do bairro.[20]
A Tijuca tem suas origens ligada à água. A Cascatinha Taunay, na Floresta da Tijuca, é cartão postal da Cidade do Rio de Janeiro.
Vários rios correm pelo território do bairro. O Rio Maracanã com extensão de 10.1 Km, tem como vertente o Alto da Boa Vista e sua foz no Canal do Mangue. O Rio Trapicheiro tem extensão de 5.2 Km e tem como vertente a Serra da Carioca e como foz o Rio Maracanã. O Rio São João, com 1.6 Km, nasce no Mirante do Excelsior e deságua no Rio Maracanã.[21]
Para prevenir enchentes em ocasiões de grandes chuvas foram construídos 3 piscinões: o da Praça Niterói com capacidade de acumular até 58 milhões de litros; o da Praça Varnhagen para até 43 milhões de litros; e o da Praça da Bandeira com limite de 18 milhões de armazenamento.[22]
A Tijuca compreende a Área de Planejamento 2.2,[23][24] tem 1.006,56 hectares de extensão territorial, 56.980 domicílios (censo de 2000) e integra a Região Administrativa da Tijuca (VIII RA), junto com os bairros da Praça da Bandeira e Alto da Boa Vista.[25] É sede da Superintendência/Subprefeitura da Grande Tijuca.
O bairro abriga educandários tradicionais da cidade, como o Colégio Pedro II, que teve instalada a sua primeira unidade de externato na Tijuca em 1858; o Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro (ISERJ), fundado em 1880 como a então Escola Normal do Município da Corte, formando educadoras - as "normalistas"; o Colégio Militar do Rio de Janeiro - a Casa de Tomás Coelho, formando gerações de cidadãos e líderes desde 1889; o Colégio Marista São José, fundado em 1902 pelos irmãos Maristas; o Colégio Batista Shepard, fruto do idealismo de duas pessoas: Salomão Ginsburg e John Watson Shepard, em 5 de março de 1908;[26] o Colégio Maria Raythe, de 1914;[27] entre outros colégios.
A Tijuca sediou o America Football Club, principal clube de futebol do bairro fundado em 18 de setembro de 1904 e que conquistou sete Campeonatos Estaduais (em 1913, 1916, 1922, 1928, 1931, 1935 e 1960) além de uma Taça Guanabara em 1974, a primeira edição da Taça Rio em 1982 e a mais importante conquista de sua história, a Taça dos Campeões, também em 1982. O bairro possui ainda o Tijuca Tênis Clube fundado em 11 de junho de 1915,[28] o Club Municipal, desde 1932, o Montanha Clube fundado em 1949, a Associação Atlética Tijuca de 1943, o Clube Monte Sinai desde 1959, o Country Clube da Tijuca desde 1963,[29] e oito clubes portugueses: Orfeão Português, Orfeão Portugal do Rio de Janeiro, Casa da Vila da Feira e Terras de Santa Maria, Casa de Trás os Montes e Alto Douro, Casa dos Açores, Casa do Porto, Casa dos Poveiros do Rio de Janeiro e Casa das Beiras.[30]
Há importantes construções históricas como a igreja de São Francisco Xavier - a primeira erguida na Tijuca, frequentada pelo Duque de Caxias[31] e visitada pelo Papa Francisco em 2013;[32] a Basílica de Santa Teresinha do Menino Jesus dos Carmelitas (1925), na Mariz e Barros, a primeira do mundo consagrada à Santa das Rosas;[33] o Santuário Basílica de São Sebastião igreja de São Sebastião dos Capuchinhos erguido em 1931; as igrejas de Santo Afonso, e a dos Sagrados Corações. O palácio dos Bianca, uma vivenda majestosa construída na década de 1920 pela família espanhola Bianca, foi tombado pelo patrimônio histórico e convertida no Centro de Referência da Música Carioca da Prefeitura do Rio Arthur da Távola.[34] A Casa Granado, com a filial da Tijuca inaugurada em 1917[35] é um tradicional estabelecimento de comércio farmacêutico fundado em 1870, e funciona até hoje na Praça Saenz Peña, entre outros.
O bairro tem excelentes meios de mobilidade urbana e integração entre modais, atendido pela Linha 1 do Metrô Rio através de quatro estações: Afonso Pena, São Francisco Xavier, Saens Peña e Uruguai,esta última inaugurada em março de 2014, no dia de sua inauguração sendo atualmente o terminal-norte da Linha 1 do Metrô do Rio de Janeiro.
Desde 2010 o bairro dispõe de diversas ciclofaixas e inúmeras estações do projeto BikeRio.[36]
Várias linhas de ônibus com ponto final da Praça Sáenz Peña fazem a ligação da Tijuca com outros bairros como as linhas 621 e 622 a Penha; 625 a Olaria; 629 a Irajá; 630 ao Conjunto Habitacional IAPI da Penha; 636 a Praça Seca; 638 a Marechal Hermes; e 639 ao Jardim América.[37]
Os trens da SuperVia servem ao bairro pela Estação Maracanã com interligação com a Linha 2 do MetrôRio.[38]
Mais de 15 pontos de taxi suprem os tijucanos desse meio de transporte.
Nas comunidades, os mototáxistas atendem à população que adere a essa via rápida e alternativa de transporte.
Devido às suas variadas opções de transporte tem se tornado uma opção de estadia para turistas nacionais e estrangeiros.
São muitas as opções para estacionamento de veículos de passageiros. A Garagem Rabicho da Tijuca, operada pela Estapar no subterrâneo do Metrô tem entradas pela rua Abelardo Chacrinha Barbosa e Rua Pinto de Figueiredo,[39] possibilita a integração dos ocupantes dos veículos diretamente com a Estação Uruguai e oferece vagas cobertas.
No Shopping Tijuca existem 6 níveis com vagas cobertas e a céu aberto;[40] é operado pela BRMalls e tem serviço de Vallet no piso G1, com entrada em rampa pela Rua Eng. Enaldo Cravo Peixoto.
Os mercados Extra, Guanabara, Mundial, Prix e Hortifruti oferecem estacionamentos para seus clientes durante o período de compras. Outros locais oferecem estacionamentos privados. No entorno da Praça Castilho de França há vagas de estacionamento público, assim como em várias ruas do bairro.
Os serviços de eletricidade são providos pela Light.[41] O fornecimento de gás natural é mantido pela Naturgy.[42] O abastecimento de água e esgotamento sanitário é provido pela Águas do Rio.[43] A limpeza urbana é feita pela Comlurb, que mantém sede no bairro desde 1904.[44]
O Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (HUGG-Unirio) – credenciado como "Centro Nacional de Referência em AIDS" em 1987[45] –, atende a cerca de 50 especialidades[46] na Rua Mariz e Barros, 775.[47]
A Policlínica Naval Nossa Senhora da Glória (PNNSG), da Marinha do Brasil, atende desde 15 de agosto de 1951 na Rua Conde de Bonfim, 54, tem como missão prover a assistência médico-hospitalar em nível primário e secundário aos usuários do sistema de saúde da Marinha (SSM).[48][49]
A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) é localizada Rua Conde de Bonfim em frente ao nº 289, esquina com a Rua Pareto, Praça Saens Peña.[50]
O Centro Municipal de Saúde Heitor Beltrão que funciona na Rua Desembargador Isidro, 144, foi inaugurado em 13 de julho de 1964.
Hospitais e clínicas privadas complementam os serviços de saúde na Tijuca. Dentre estes destacam-se: Hospital São Vicente de Paula, Hospital São Francisco da Penitência (antigo Hospital Venerável Ordem Terceira), Hospital Badin, Hospital Evangélico, Prontocor, Casa de Saúde Santa Therezinha, Pronto Baby e uma série de outros centros médicos.
A Tijuca é atendida pela 18ª (parcialmente) e pela 19ª Delegacia de Policia Civil, localizadas na Rua Barão de Iguatemi, 331 e Rua General Espírito Santo Cardoso, 208, respectivamente.[51]
O 6º Batalhão da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) tem seu quartel central na Rua Barão de Mesquita, 625 e sua área de atuação se estende para os bairros do Andaraí, Grajaú, Vila Isabel e parte do Alto da Boa Vista.[52]
Em 2010, foi inaugurada a primeira Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do bairro, no Morro do Borel.[53] Em seguida vieram as UPPs do Morro da Formiga[54] e do Morro do Salgueiro.[55]
A Operação Segurança Presente teve a sua unidade Operação Tijuca Presente inaugurada em 3 de janeiro de 2019, com a sua base operacional na Praça Sáenz Peña.[56] A partir de maio de 2021, a área da atuação dessa operação foi ampliada até o Largo da Segunda-Feira.[57]
A Guarda Municipal do Rio de Janeiro (GM-Rio) atua na Tijuca através da 8ª Inspetoria e tem área de atuação abrangendo, além da Tijuca, os bairros de São Cristóvão, Benfica, Triagem, Mangueira, Vasco da Gama, Praça da Bandeira, Alto da Boa Vista, Vila Isabel, Andaraí, Grajaú e Maracanã,[58] abrangendo a Praça Saenz Peña, a Praça Varnhagen, a Av. Maracanã, as ruas Barão de Mesquita, Conde de Bonfim, Maxwell e vias próximas.
O 11º Grupamento do Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro (CBMERJ) mantém seu quartel na Rua 8 de Dezembro, 456, em Vila Isabel e atua, além de Vila Isabel e Tijuca, nos bairros de Benfica, Grajaú e São Cristóvão.[59]
O Conselho Comunitário de Segurança (CCS)[60] da Grande Tijuca (6ª AISP)[61][62] iniciou suas atividades em julho de 2006 e desde então vem mantendo suas atividades com reuniões mensais regulares.
A Tijuca conta com três polos gastronômicos estabelecidos tradicionalmente:[63] praça Varnhagen, rua Uruguai e rua Mariz e Barros, tendo ainda a praça Saens Peña com muitos bares, confeitarias e restaurantes.
No passado, funcionaram o Bar Divino, na Rua do Matoso, aonde a Turma da Bossa Nova fez ponto,[64] a Churrascaria Rincão Gaúcho, na rua Marques de Valença nº 83, onde caravanas de turistas chegavam em seus ônibus para assistirem a shows,[65] e a tradicional Churrascaria Estrela do Sul, na Avenida Maracanã nº 649, local em que a Familia Caumo serviu saboroso churrasco a rodizio por 45 anos, fechando as portas em 30 de junho de 2019.[66]
Outros restaurantes tradicionais se fazem presentes no Shopping Tijuca como: Abbraccio; Delirio Tropical; Galli; Gula Gula; Gurumê; Lentrecote de Paris; Mamma Jamma; Outback Steakhouse, dentre outras marcas.[67]
Redes de fast-food mantém suas lojas nos shoppings ou em ruas tradicionais, como é o caso da rede McDonald´s com 3 lojas no bairro: na Avenida Maracanã - Shopping Tijuca, Rua Barão de Mesquita, e na Rua Mariz e Barros.[68]
Tati Doces nasceu na Tijuca em 1977,[69] assim como a Lecadô,[70] tradicionais pelas suas tortas e bolos.
Muitas padarias e confeitarias tradicionais estão instaladas na Tijuca como: Confeitaria Rita de Cássia; Imperial (antiga Trigus); Pão e Companhia 1941; Casa do Pão; Santa Marta; e Arte & Pão.[71]
Uma curiosidade do bairro foram as duas lojas da Drogaria Venâncio que mantiveram, na Praça Sáenz Peña e na Rua General Roca, os tradicionais pontos do Café Palheta.[72]. A loja da Praça Saenz Peña mantém essa unidade em funcionamento; a da rua Gerenal Roca sofreu remodelação e encerrou o atendimento do Café Palheta.
Na praça Saens Peña e proximidades concentram-se variadas atividades de comércio e serviços.
Da rua Conde de Bonfim e à rua Haddock Lobo encontram-se lojas comerciais que vão desde a rua Uruguai até o largo da Segunda-Feira, com diversos setores presentes em todo o bairro e algumas galerias de comércio.
O Shopping Tijuca, inaugurado em 1996,[73] localizado na Avenida Maracanã, 987, ocupa o quarteirão delimitado pela Rua Eng. Enaldo Cravo Peixoto e pela Praça Luís La Saigne e Praça Celso da Rocha Miranda, consolida sua presença no bairro atraindo consumidores de outras regiões, especialmente pelas facilidades de acesso graças a proximidade da estação Saens Peña do MetrôRio.
Tijucano é a denominação dada ao morador da Tijuca. É o bairro do Rio de Janeiro mais identificado pelo seu gentílico. Considera-se a principal característica do tijucano o fato dele ser muito apegado ao bairro e, de certa forma, tradicionalista e conservador. Isto se explica pela razão de que, no imaginário carioca, o tijucano, enquanto elite do Rio de Janeiro no início do século XX, contrapunha a identidade cosmopolita e praiana propagada pela elite que passou a ocupar a Zona Sul nesta mesma época.[74]
Atualmente, tal designação continua em vigor nos diálogos e sociabilidades cariocas, sendo o tijucano representante e/ou parte de uma comunidade - no caso, o bairro da Tijuca - com cultura, valores e orgulho próprio.
Na Tijuca, se localizam as escolas de samba Unidos da Tijuca, esta fundada em 31 de dezembro de 1931, com quatro campeonatos e tres vice-campeonatos em sua trajetória, baseada no morro do Borel.
A Império da Tijuca, fundada em 1940, baseada no morro da Formiga. A Império da Tijuca ainda possui seu grêmio recreativo no bairro; a Unidos da Tijuca devido a má localização da quadra do Borel está sediada no bairro Santo Cristo porém a escola segue representando a Tijuca.
O Grêmio Recreativo Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro surgiu em 5 de março de 1953 da união de duas escolas de samba do morro do Salgueiro: a Azul e Branco do Salgueiro e Depois Eu Digo, que mais tarde se juntaram à Unidos do Salgueiro.<refhttps://www1.folha.uol.com.br/folha/especial/2003/carnaval/rio_de_janeiro-saiba_mais.shtml#:~:text=Gr%C3%AAmio%20Recreativo%20Escola%20de%20Samba%20Acad%C3%AAmicos%20do%20Salgueiro,Salgueiro%20e%20Depois%20Eu%20Digo.</ref>
A Tijuca é o único bairro da Zona Norte a possuir mais de dois teatros, obtendo nível de acesso cultural aproximado ao que oferece a Zona Sul da cidade. Há sete teatros no bairro: Teatro Angel Vianna do Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro, [81][carece de fontes] Teatro Henriqueta Brieba do Tijuca Tênis Clube,[82] Teatro SESC Tijuca,[83] Teatro Municipal Ziembinski,[84] e o Teatro do Centro Municipal de Referência da Música Carioca Artur da Távola.[85]
No passado a Tijuca chegou a ser conhecida como a Cinelândia da Zona Norte, dada a quantidade de salas de projeção no bairro. Em 1918 foi inagurado o Cinema América que funcionou ate 1977; hoje as instalações são ocupadas por uma Farmácia. Em março de 1941 era inaugurado o Cinema Carioca, que encerrou suas atividades em 1990 com o prédio tombado e hoje acolhe a Igreja Universal. No mesmo ano de 1941 foi inaugurado o Cine Metro Tijuca que funcionou até 1977. Hoje funciona uma loja de departamentos. O Cine Teatro Olinda com capacidade para 3,5 mil lugares, foi demolido em 1972 para dar lugar a um centro comercial, o Shopping 45. O Cine Eskye, instalado na Galeria do mesmo nome, encerrou suas atividades em 1990.[86]
Atualmente existem salas de exibição da rede Kinoplex no Shopping Tijuca[87] e no Boulevard Rio Shopping.[88]
A Tijuca possui diversos centros religiosos ligados a nove diferentes crenças, como para o catolicismo, protestantismo, budismo, candomblé, espiritismo, islamismo, judaísmo e mormonismo. No bairro mais precisamente na Rua Conde de Bonfim também se localiza a única Mesquita do Estado do Rio de Janeiro, devido à grande presença de árabes no local.
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