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faculdade pública estadual em Rio de Janeiro, Rio de Janeiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
O Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro (ISERJ), antigo Instituto de Educação do Rio de Janeiro (IERJ), é uma tradicional instituição de ensino superior pública estadual, mantida pela FAETEC, voltada à formação de profissionais da educação, e também através de seu Colégio de Aplicação (CAp-ISERJ) ofertando cursos de educação básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental, Médio e Técnico-Subsequente).
Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro | |
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ISERJ | |
Lema | Há mais de um século a serviço da educação |
Fundação | 1880 (Escola Normal da Corte) 1930 (Instituto de Educação do Rio de Janeiro) 1998 (Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro) |
Tipo de instituição | Pública Estadual |
Mantenedora | Fundação de Apoio à Escola Técnica |
Localização | Praça da Bandeira, Rio de Janeiro, RJ |
Diretor(a) | Giovane Saionara Ramos |
Vice-diretor(a) | Gustavo Lopes |
Total de estudantes | 3200 |
Ensino médio | 757 |
Graduação | 1100 |
Campi | Tijuca (Sede) Quintino (Campus Avançado) |
Cores | Azul
Branco |
Página oficial | https://www.iserj.edu.br/ |
É sediado em um imponente prédio em estilo neocolonial na Rua Mariz e Barros no bairro da Praça da Bandeira na cidade do Rio de Janeiro. É uma das três unidades mantidas pela FAETEC localizadas na região do Maracanã, sendo as outras a Escola Técnica Estadual Ferreira Viana e a Escola Técnica Estadual Adolpho Bloch. Em 2019 contava com cerca de 3200 alunos.
Remonta à criação da Escola Normal da Corte pelo decreto imperial nº 7684 de 6 de março de 1880. No dia da inauguração, a 5 de abril daquele ano, estavam presentes o imperador D. Pedro II do Brasil, a imperatriz Teresa Cristina e toda a comitiva ministerial. Para primeiro diretor da escola foi nomeado Benjamin Constant Botelho de Magalhães, que depois viria a ser uma figura de grande destaque na criação da República do Brasil.
Não tinha sede própria. Começou funcionando no Colégio Pedro II, na Rua Larga. Depois, foi transferida para a Escola Politécnica no Largo de São Francisco. Mais tarde, mudou-se para a Escola Rivadávia Corrêa — todos os três endereços no Centro. Finalmente foi levada a Escola Normal para a Escola José Pedro Varella, no Largo do Estácio.
Tornava-se imperioso um prédio próprio, e o projeto de criação foi idealizado por três grandes educadores: Fernando de Azevedo, Lourenço Filho, Anísio Teixeira. Com sede na capital e formando professores que se espalhavam por todo o país, era inadmissível que a Escola Normal funcionasse em prédio alheio — esse foi o argumento que os três usaram para convencer o prefeito Antônio Prado Júnior a determinar uma sede própria para o estabelecimento. Foi escolhido um terreno utilizado como depósito das carroças que faziam a entrega de carne verde para a população.
Em 1927, o Prefeito adquiriu o terreno da Rua Mariz e Barros e instituiu um concurso para arquitetos para escolha do projeto da Escola Normal. São escolhidos os arquitetos Ângelo Bruhns e José Cortez, e a construção, em estilo neocolonial, termina em 1930.
Os convites para a inauguração, que seria no dia 12 de outubro de 1930, foram distribuídos. Acontece que, em outubro, explodiu a revolução vitoriosa de Getúlio Vargas. Começaram a correr boatos de que tropas gaúchas iriam aquartelar-se no Rio de Janeiro, mais precisamente no prédio recém-construído da Escola Normal. Os alunos e professores, temendo a invasão do prédio, carregaram todos os móveis e livros das antigas instalações para as novas. Estava inaugurada a sede da Escola Normal.
Em 1932, sendo diretor de Instrução Pública o professor Anísio Teixeira, ele e os outros dois educadores que haviam conseguido um prédio próprio para a Escola Normal, conseguiram a mudança do nome para Instituto de Educação, por meio do Decreto nº 3810 de 19 de março de 1932.
O primeiro diretor do Instituto de Educação foi o professor Fernando de Azevedo, que implementou novas diretrizes, adaptando a escola aos também novos tempos que começavam.
Em 1932, Anísio Teixeira encabeçou as reformas educacionais no Rio de Janeiro, o Distrito Federal na época, inspiradas em um movimento renovador que visava a criação de escolas que permitissem basear a formação dos novos professores na experimentação pedagógica concebida em bases científicas. Criou então as chamadas escolas-laboratórios. Com a aprovação do decreto-lei 8.530, de 2 de janeiro de 1946, conhecido como Lei Orgânica do Ensino Normal, este modelo prevaleceu em âmbito nacional.[1]
As escolas-laboratórios, refletiriam na prática um programa ideal para a formação de novos professores de concepção Anísio Teixeira. O programa a ser implantado nas escolas normais, compreenderia três modalidades de cursos: Cursos de fundamentos profissionais, Cursos específicos de conteúdo profissional e Cursos de integração profissional.
A constituição da Escola de Professores do Instituto de Educação, a chamada Escola Normal, era exemplo prático de observância do modelo ideal formulado por Anísio.[2]
O programa de formação de professores era iniciado no primeiro ano com estudo de Biologia educacional, Psicologia Educacional, Sociologia Educacional, História da Educação, Introdução ao Ensino — Princípios e Técnicas, Matérias de Ensino (Cálculo, Leitura e Linguagem, Literatura Infantil, Estudos Sociais, Ciências Naturais) e Prática de Ensino.
A Escola de Professores do Instituto de Educação tinha portanto uma estrutura de apoio que incluía Jardim de infância, Escola Primária, Escola Secundária, funcionando como campo de experimentação, demonstração e prática de ensino para os cursos da Escola de Professores.
O Instituto de Educação contava também com um Instituto de Pesquisas Educacionais, uma Biblioteca Central de Educação, Bibliotecas escolares, Filmoteca, Museus Escolares e Radiodifusão; Salas de Aprendizado Música, Auditórios e Laboratórios especializados.
O programa de formação de professores, com a duração de três anos, correspondia ao ciclo colegial do curso secundário e destinava-se a formar os professores do ensino primário e funcionaria em Escolas Normais e nos Institutos de Educação que abrangiam Jardim de Infância e Escola Primária anexos e ministravam também cursos de especialização de professores primários para as áreas de educação especial, ensino supletivo, desenho e artes aplicadas, música e canto e cursos de administradores escolares para formar diretores, orientadores e inspetores escolares.
Esse modelo de Escola Normal prevaleceu até a aprovação da Lei n. 5.692, de 11 de agosto de 1971.[1]
Dentro deste contexto, as Escolas Normais passaram a gozar de alto prestigio pelo alto nível educacional e de recursos, tendo este prestigio se consolidado ao longo dos anos com os resultados positivos alcançados.
Foi neste período que o Instituto de Educação atingiu o status de Escola Modelo, com vagas altamente disputadas em rigorosa seleção de candidatos.
A ditadura militar de 1964 estabeleceu modificações no sistema educacional através de ajustes na legislação do ensino. Foi aprovada em 28 de novembro de 1968 a Lei n. 5.540/68 (BRASIL, 1968), que reformulou o ensino superior e, em 11 de agosto de 1971, a Lei n. 5.692/71 (BRASIL, 1971), que modificou os ensinos primário e médio, alterando sua denominação respectivamente para primeiro grau e segundo grau.
Como resultado desta legislação, uma nova estrutura de ensino foi estabelecida: [1] Ao invés do curso primário com a duração de quatro anos, seguido de um ensino médio subdividido em um curso ginasial de quatro anos e um curso colegial de três, passou a ter um ensino de primeiro grau com a duração de oito anos e um ensino de segundo grau de três a quatro anos.
Instituiu-se ainda um curso de segundo grau unificado, de caráter profissionalizante, que abrangia várias habilitações profissionais.
Em decorrência dessa nova estrutura desapareceram as Escolas Normais. Em seu lugar foi instituída a Habilitação Específica de 2º grau para o exercício do magistério de 1º grau (HEM).
Os anos subsequentes as mudanças de legislação de 1971 constituirão o fim do modelo educacional que havia sido responsável pelo sucesso e prestigio dos anos anteriores.
A partir dai, com a descaracterização do modelo de Escola Normal, a instituição formativa modelar — o Instituto de Educação do Rio de Janeiro, a Escola das normalistas,[3] deixa de existir como tal e os anos de sucesso da Escola passaram a fazer parte do imaginário social da cidade uma vez que a Escola já não apresentava mais as características anteriores que a colocavam no topo da hierarquia das escolas de ensino do pais.
A instituição foi utilizada durante as gravações da minissérie Anos Dourados, da Rede Globo de Televisão, no ano de 1986. A trama se passava na Tijuca da década de 1950, e o núcleo feminino juvenil estudava no Instituto de Educação.
Na atualidade, a instituição foi cenário de gravações dos filmes Podecrer!, Minha mãe é uma peça, Duetto e Mussum, o Filmis, do seriado Filhos da Pátria e da novela Bom Sucesso.
Em 1998 o instituto saiu da estrutura da Secretaria de Estado de Educação (SEEDUC) e passou a ser mantido pela FAETEC, órgão vinculado a Secretaria de Estado de ciência e tecnologia do Rio de janeiro (SECTI-RJ).[4] e com a chegada da fundação são implantados os cursos técnicos de Informática e Administração e curso Normal superior, o primeiro a ser ofertado por uma instituição pública no Brasil. Sendo assim a instituição passou a ofertar Educação básica, Educação superior e técnico-profissionalizante.
Neste mesmo ano é instituído o Colégio de Aplicação do Instituto superior de educação do Rio de janeiro (CAp-ISERJ) a partir daí o instituto passa formar profissionais da educação em nível superior juntamente com os alunos da educação básica.[5]
Em 2007 o curso normal superior é transformado em Licenciatura plena em pedagogia.
Em 2012 é absorvido pelo CAp-ISERJ uma escola de educação especial localizada em uma vila ao lado do campus criando a Escola Estadual de Educação Especial ISERJ, com essa absorção e uma série de políticas institucionais o CAp-ISERJ passa a configurar-se como uma instituição referencia em educação especial.[6]
O campus ISERJ atualmente contempla um complexo de dez prédios ocupando uma área de 38000 m², atualmente tombados pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural.[7]
Em 1945 foi criado o Hino dos Alunos do Instituto de Educação com letra de França de Campos e música de José Vieira Brandão, o hino reflete sobre patriotismo, as tradições da instituição e a profissão professor, na época da composição o instituto formava apenas professores.
Instituto fanal cuja história...
Tradições e lauréis vem lembrar!
Óh, luzeiro sem par, tua glória
Vimos todos de pé celebrar!
Teu clarão nossas almas inflama
Faz bem presto convictos sentir
Que o destino da pátria reclama
Nossa oferta no altar do porvir!
Salve! Glória te rendemos,
Com orgulho juvenil
Passo firme caminhemos
À vanguarda do Brasil!
Afirmamos no ardor do civismo
Nossas vidas ao bem consagrar
Santa Cruz jamais viu patriotismo
Tão grandioso o seu nome exaltar!
Prometemos formar paladinos
Conduzí-los em luz e labor
Corações que proclamem os hinos
Da justiça, da paz e do amor!!
Salve! Glória te rendemos
Com orgulho juvenil
Passo firme caminhemos
À vanguarda do Brasil!
Salve! Glória te rendemos
Com orgulho juvenil
Passo firme caminhemos...
À vanguarda do Brasil!
De estilo neocolonial, todas as paredes das salas de aula são duplas, com mais de cinquenta centímetros de espessura, o que as torna à prova de som. Os corredores, bem espaçosos, foram projetados para que os alunos tivessem a sensação de liberdade total de movimento. Um detalhe interessante é que na varanda do terceiro andar, as telhas das extremidades têm porcelana na parte de baixo. Na porcelana foram pintadas corujas, o símbolo da pedagogia. Outro detalhe que reflete a história política da construção é o acabamento de parte do subsolo do seu teatro, onde as pastilhas formam o símbolo da suástica.[8] Também chama a atenção um chafariz que fica localizado no pátio central.
Esta é uma lista de todos os diretores-gerais que comandaram a instituição desde sua fundação. No salão nobre do instituto há quadros com os retratos de todos eles.[20]
Atualmente sobre gestão da FAETEC o ISERJ oferece os seguintes cursos;
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