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Lista de monarcas de Portugal
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Esta é uma lista de monarcas de Portugal desde o nascimento do conceito de Terra Portucalense como entidade semi-independente, passando pela independência de Portugal, que outorga definitivamente a Dom Afonso Henriques, então conde de Portucale, o título de primeiro rei de Portugal como Dom Afonso I. A lista segue até à Implantação da República Portuguesa, a 5 de outubro de 1910, que depôs o último rei português, Dom Manuel II.
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Presúrias Portucalenses
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Condes presores do Porto
A reocupação e possível reconstrução ou fortificação de Portucale verificou-se após a presúria de Vímara Peres, em 868, vivendo, a partir de então, um próspero período da sua história: daí partiu toda a acção de reorganização, bem-sucedida, em alguns casos de repovoamento, para além dos limites da antiga diocese nela sediada, quer ao norte do rio Ave, quer ao sul do rio Douro. Por esta altura, o território designava-se de Terra Portugalense ou Portugalia. Desta forma, o antigo burgo de Portucale deu o nome a um novo estado ibérico.[1] Na Galiza, as terras portugalenses encontravam-se definidas como as situadas a sul do rio Lima, segundo documentação galega.
Casa de Vímara Peres
Os condes da casa de Vímara Peres nem sempre se sucederam em linha reta, recorrendo por vezes à sucessão cognática. Eram uma família com bastante influência, tendo o seu apogeu no século X.
Condes presores de Coimbra
Apenas dez anos decorridos sobre a reconquista definitiva de Portucale tivesse sido tomada a cidade de Coimbra e erigida em condado independente às mãos de Hermenegildo Guterres em 878; a sua posição de charneira entre os mundos cristão e muçulmano permitiu uma vivência de maior paz no Entre-Douro-e-Minho, se bem que a região era alvo de incursões normandas regulares. As campanhas do Almançor, em finais do século X, porém, fizeram recuar a linha de fronteira de novo até ao Douro e o condado de Coimbra é suprimido em 987.
Casa de Hermenegildo Guterres
Na segunda metade do século XI, reconstituiu-se ao sul o condado de Coimbra, que incluía ainda as terras de Lamego, Viseu e Feira, sendo entregue ao conde ou alvazil Sesnando Davides, que conquistara definitivamente a cidade, a 27 de dezembro de 1064. Este condado viria mais tarde a ser incorporado no Condado Portucalense.
Condes presores de Chaves
Além destas duas principais presúrias, há notícias de uma terceira, sediada em Chaves, criada em 872 e governada por um misterioso conde Odoário,[29] que seria um capitão ou mesmo um irmão rebelde de Afonso III de Leão.[30] Esta presúria seria o ponto central de uma expansão para sul que alcançaria Lamego.[31]
- Odoário [Ordonhes] (872).
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Condado Portucalense
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A ambição de Afonso VI de Leão reconstituiu a unidade dos Estados que vigorava no tempo do seu pai, Fernando I de Leão. Quando Garcia, o irmão de Afonso que fora deposto em 1071, faleceu na prisão em 1090, os territórios que haviam sido seus haviam já revertido para o genro de Afonso VI, Raimundo de Borgonha, que desde 1087 os governava como dote da esposa, Urraca de Leão e Castela.[32] A esta altura, o vigor das investidas Almorávidas recomendava a distribuição dos poderes militares, para melhor reforçar o território: um comando na zona central, entregue ao próprio rei Afonso VI, outro, não oficial, exercido por El Cid em Valência, e o terceiro a ocidente, entregue a Raimundo; este último não conseguiu defender eficazmente a linha do Tejo — tendo já perdido Lisboa, que fora cedida aos Leoneses pelo rei taifa de Badajoz, juntamente com Santarém, que estava também prestes a cair nas mãos dos Almorávidas — e essa será uma das razões que atribuem alguns historiadores modernos à decisão tomada por Afonso VI[33] de reforçar ainda mais a defesa militar ocidental, dividindo em duas a zona atribuída inicialmente a Raimundo, entregando a mais exposta a Henrique de Borgonha.
Dinastia de Borgonha

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Reino de Portugal
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Dinastia de Borgonha (ou Afonsina)
Interregno (1383–1385)
Durante o reinado de Beatriz, que a historiografia portuguesa não reconhece como seguro e efetivo, deu-se a designada crise sucessória, um período em que o trono teria permanecido vago até à ascensão ao trono do meio-irmão bastardo de Fernando I de Portugal, o Mestre de Avis João de Portugal. O período compreende as Regências (governo) de Leonor Teles e do próprio Mestre de Avis.
Dinastia de Avis
Dinastia de Habsburgo (ou Filipina)

Os soberanos desta dinastia foram também reis de Espanha, Países Baixos, Nápoles, Sicília,Valência, Granada , duques da Borgonha, etc., títulos genericamente reunidos sob a designação de Reis de Espanha.
Durante este período de sessenta anos, os reis fizeram-se representar em Portugal por um vice-rei ou um corpo de governadores — veja a lista de vice-reis de Portugal.
À revolta de 1 de Dezembro de 1640 seguiu-se a Guerra da Aclamação, depois chamada, pela historiografia romântica do século XIX, como Guerra da Restauração.
Dinastia de Bragança

D. Luís Filipe de Bragança, legítimo sucessor de Dom Carlos I, aquando do regicídio sobreviveu a seu pai por vinte minutos, o que pela lei da ascensão automática ao trono prevista na Constituição, Luís Filipe teria sido um dos monarcas com um dos reinados mais curtos da história, que durou apenas vinte minutos.
- (*) Todos estes reis foram também soberanos do reino do Algarve, a partir de D. Afonso III; antes dele, D. Sancho I usou esse título (ou o alternativo rei de Silves) entre 1189 e 1191.
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Titulatura régia
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Ao longo da história, o título oficial dos Reis de Portugal foi sendo alterado. Os Reis de Portugal tiveram os seguintes títulos:
Quanto ao estilo usado, nas formas de adereço ao monarca, também este evoluiu, da seguinte maneira:
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Ver também
- Condado de Coimbra
- Lista de condes de Portucale
- Aclamação do Rei de Portugal
- Linha de sucessão ao trono português
- Lista de regentes de Portugal
- Lista de consortes reais de Portugal
- Lista de vice-reis de Portugal
- Lista de reis do Algarve
- Lista de reis suevos
- Lista de reis visigodos
- Lista de califas
- Árvore genealógica dos reis de Portugal
- Lista de títulos e honrarias da Coroa Portuguesa
- Tabela cronológica dos reinos da Península Ibérica
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Referências
- Ribeiro, Ângelo; Hermano, José (2004). História de Portugal I — A Formação do Território - O Condado de Portugal. [S.l.]: QuidNovi. p. 43. ISBN 989-554-106-6
- Mattoso 1970b, p. 11.
- Mattoso 1981, p. 20.
- Mattoso 1983, p. 20.
- García Álvarez 1960, p. 218.
- Mattoso 1981, p. 145.
- Mattoso 1983, p. 21.
- Mattoso 1981, p. 146.
- Mattoso 1983, pp. 20–21.
- Mattoso 1970b, p. 16.
- Mattoso 1970a, p. 42.
- Segundo José Mattoso, …as duas linhas que podiam reivindicar a sucessão no condado unem-se, em virtude do casamento do conde Nuno Alvites (1017–1025) [descendente de Vimara Peres] com a condessa Ilduara Mendes, filha de Mendo II Gonçalves… Os destinos das duas famílias, uma procedente de Vímara Peres, o presor do Porto, e outra de Afonso Betote, o presor de Tuy, estão, portanto, intimamente vinculados pela sua participação no governo do condado portucalense.
- Mattoso 1981, p. 113.
- Sánchez Candeira 1999, pp. 128–129.
- Mattoso 1981, p. 114, 266.
- Mattoso 1981, p. 114.
- Correia 2008, p. 282.
- Costa 1956, p. 19.
- Mattoso 1970, p. 37.
- Ubieto Arteta 1980, p. 255.
- Isaac 2014, p. 76-77.
- Fernandes 2016, p. 209.
- Fernandes 2016, p. 288.
- Fernandes 2016, p. 217.
- Serrano 1907, p. XLIV.
- Muito se especula acerca das razões que levaram Afonso VI de Leão a incluir Henrique de Borgonha nos seus planos: quiçá por ser sobrinho da falecida rainha D. Constança (mais poderoso, portanto, que Raimundo por pertencer à linhagem dos duques e não dos condes de Borgonha); por seu intermédio, era também sobrinho-neto de São Hugo de Cluny, o que introduz a hipótese de Henrique se tornar um caudilho militar para os interesses da Ordem de Cluny no território.
- Reilly 1988, p. 231-259.
- PINHO, António Brandão de (2017). A Cruz da Ordem de Malta nos Brasões Autárquicos Portugueses. Lisboa: Chiado Editora. 426 páginas. Consultado em 28 de agosto de 2017
- «PT-TT-OCCT-A-5-1-1_m0001.TIF - Carta de doação de D. Teresa, rainha de Portugal, do Castelo de Soure concedida ao Templo de Salomão - Arquivo Nacional da Torre do Tombo - DigitArq». digitarq.dgarq.gov.pt. Consultado em 7 de dezembro de 2015. Arquivado do original em 24 de novembro de 2015
- Também chamado Afonso Henriques (Afonso, filho de D. Henrique; aqui radica a designação que os muçulmanos lhe atribuíram, ibne Arrique — «filho de Henrique»).
- Ainda hoje se mantém o debate, pois as três cidades têm argumentos válidos para reivindicarem para si o "berço" do primeiro rei de Portugal. Em Guimarães aponta-se o Castelo de Guimarães como lugar possível, o Paço Real da Alcáçova em Coimbra.
- Mattoso 2014, p. 220.
- «D. Afonso Henriques». Porto Editora. Infopédia. Consultado em 24 de outubro de 2012
- Mário Jorge, Barroca (agosto de 2017). «No tempo de D. Afonso Henriques» (PDF). Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Consultado em 11 de setembro de 2020
- Álvarez Palenzuela 2013, p. 66.
- Caetano de Sousa 1735, p. 159.
- Cronicom Conimbricense, em Crónicas de López de Ayala, Livro II, p. 592.
- Oliveira Serrano 2005, p. 392.
- Earenfight, T. (2010). Women and Wealth in Late Medieval Europe. [S.l.: s.n.] p. 221. ISBN 978-0230106017
- Bennett, Judith M.; Karras, Ruth Mazo (22 de agosto de 2013). The Oxford Handbook of Women and Gender in Medieval Europe. [S.l.: s.n.] ISBN 978-0191667305
- Bartlett, Robert (9 de julho de 2020). Blood Royal: Dynastic Politics in Medieval Europe. [S.l.: s.n.] p. 612. ISBN 978-1108490672
- Dresvina, Juliana; Sparks, Nicholas (18 de dezembro de 2012). Authority and Gender in Medieval and Renaissance Chronicles. [S.l.: s.n.] p. 376. ISBN 978-1443844284
- Bolton, Brenda; Meek, Christine (2007). Aspects of Power and Authority in the Middle Ages. [S.l.: s.n.] p. 132. ISBN 978-2503527352
- N. A. N. A (30 de abril de 2016). Medieval Queenship. [S.l.: s.n.] p. 170. ISBN 978-1137088598
- Por morte de D. João II sem filhos legítimos (o príncipe D. Afonso falecera em condições trágicas nunca completamente esclarecidas em 1491), nem irmãos sobrevivos (a infanta Santa Joana, sua irmã, falecera em 1490), não obstante haver tentado legitimar um seu filho natural, o infante D. Jorge de Lancastre, futuro Duque de Coimbra, a Coroa Portuguesa acabou por passar para o seu primo e cunhado D. Manuel, Duque de Beja, o qual era filho de D. Fernando, Duque de Viseu (irmão do rei D. Afonso V), e de D. Beatriz (filha do infante D. João, o penúltimo dos membros da Ínclita Geração). Assim, embora pelo lado do pai fosse neto do rei D. Duarte, e pelo lado da mãe, bisneto de D. João I, o facto de não ser herdeiro directo, mas sim colateral, leva a que surjam, por vezes, referências a uma pretensa quebra na casa reinante da dinastia de Avis, o que não faz qualquer sentido.
- Nesse dia 17 de Julho de 1580, em Castro Marim, três dos cinco governadores assinam o reconhecimento de Filipe II como rei de Portugal. Fonte: História de Portugal, sob a direcção de José Mattoso, Editorial Estampa, Terceiro Volume, páginas 561 e 562, ISBN 972-33-1084-8
- Segundo alguns historiadores portugueses, como Joaquim Veríssimo Serrão, D. António terá sido mesmo rei de Portugal, ao menos desde 19 de junho de 1580, data da sua formal aclamação ao trono pelos seus partidários, em Santarém, até à derrota na batalha de Alcântara, a 25 de agosto seguinte. Quem nunca o deixou de reconhecer como seu rei, até 1583, foram as populações da Terceira e das demais ilhas de Baixo açorianas, que prosseguiram a guerra e resistiram ao invasor. A maioria dos historiadores não o considera, todavia, um rei português, devido à existência na época de três centros de poder: o de D. António, em Lisboa, o de Filipe II, em Badajoz, e o dos governadores, em Setúbal, assim como pelo facto de quase todos os bispos, grandes e senhores se haverem então passado para Filipe II. Diversamente, o povo aclamou-o em não poucas cidades e vilas do reino, no entanto a resistência popular depressa se esvaeceria. Fontes: História de Portugal, sob a direcção de José Mattoso, Editorial Estampa, Terceiro Volume, páginas 561 a 563, ISBN 972-33-1084-8; Dicionário de História de Portugal, coordenado por Joel Serrão, Iniciativas Editoriais, Volume I, páginas 157 a 159.
- Esta alegada mudança de nome na Dinastia de Bragança, reinante em Portugal, por morte de D. Maria II, para Bragança-Saxe-Coburgo e Gota (ou, mais correctamente, Bragança-Wettin), não é de todo reconhecida pela historiografia portuguesa, sendo antes uma criação das historiografias estrangeiras (sobretudo a francesa, que não reconhece a sucessão por via feminina, fazendo assim aplicar à dinastia reinante em Portugal o nome dinástico do rei consorte). Assim, embora a linha de sucessão prossiga em linha recta, pelo casamento da Rainha D. Maria II com um príncipe estrangeiro (D. Fernando II de Saxe-Coburgo-Gota), teria cessado na Casa Real portuguesa a varonia de D. Afonso Henriques, mantida ao longo de sete séculos (note-se que a outra rainha portuguesa, D. Maria I, casara com o tio D. Pedro III, pelo que se manteve o sangue do primeiro rei de Portugal), tendo então passado a correr o sangue da casa de Wettin nas veias dos Bragança. Contudo, em Portugal sempre as mulheres puderam transmitir o nome, bem como o património, na falta de herdeiro varão na família. Isto leva a encontrar-se por vezes escrito, entre historiadores estrangeiros, a existência de uma quinta dinastia em Portugal — uma divisão aparentemente artificial dentro da última dinastia real portuguesa, governada pela suposta casa de Bragança-Wettin, a qual compreenderia os reis entre D. Pedro V e D. Manuel II. Para todos os efeitos, considera-se mais válida a divisão tradicional em quatro dinastias, face à legalidade da designação de dinastia de Bragança, única utilizada, e determinada pela Casa Real e pela generalidade das pessoas, até 1910 e depois dessa data.
- O herdeiro do trono, D. Luís Filipe, Príncipe Real de Portugal, ainda que tenha sobrevivido escassos minutos ao seu pai, não foi nunca considerado como rei de Portugal (embora tenha sido chamado, por alguns estrangeiros, de D. Luís II); nem o poderia ser, pois em Portugal só eram considerados reis "de jure" os príncipes depois de jurarem os foros, liberdades e garantias no acto da sua aclamação ao trono (até 1834), ou de jurarem a Constituição (depois daquela data), em sessão solene e plenária das Cortes. Desta forma, o trono recaiu de imediato no seu irmão mais novo, D. Manuel II, depois de juramentado.
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Bibliografia
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