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João I de Castela
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João I de Castela (Épila ou Tamarite de Litera, 24 de agosto de 1358 — Alcalá de Henares, 9 de outubro de 1390) foi rei de Castela entre 1379 e 1390, sendo o segundo rei da dinastia de Trastâmara. Filho de Henrique II e de Joana Manuel de Castela, nasceu durante o desterro do pai, que ainda não era rei.
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Biografia
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João I era neto materno de João Manuel. Terá nascido em Épila, mas alguns autores apontam para o nascimento ter ocorrido em Tamarite de Litera, embora pela data do seu nascimento, seu pai teria enviado a esposa para a vila de Épila, relativamente próxima da fronteira muçulmana, para dar exemplo da política de "nem um passo atrás". Contudo, também por essa altura, Pedro I de Castela, que já tinha matado dois irmãos de João, fez uma incursão que chegou a pôr em perigo a cidade de Saragoça, e o pai de João, supostamente, decidiu em 1357 deslocar a esposa para Tamarite, uma vila que lhe tinha sido cedida nesse mesmo ano por Pedro, o Cerimonioso. Vicente Ferrer, ao testemunhar a favor da candidatura de Fernando de Antequera à coroa aragonesa, menciona Tamarite como lugar de nascimento do pai deste príncipe.[1][A 1][A 2]
João nasceu na Coroa de Aragão durante o desterro de seu pai, que ainda não era rei. Foi o último rei castelhano coroado solenemente.[4] Depois dele, os monarcas assumiam a dignidade real por proclamação e aclamação. O título completo que utilizava após assumir a realeza era: «Rei de Castela, de Leão, de Portugal (desde 1383), de Toledo, da Galiza, de Sevilha, de Córdoba, de Múrcia, de Jaén, do Algarve e de Algeciras» e senhor de Lara (até 1387), da Biscaia e de Molina (até 1387).
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Reinado
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Ao longo do seu reinado participou ao lado dos franceses em batalhas da Guerra dos cem anos, e contra Portugal, a cujo trono aspirava. Todavia foi derrotado pelos portugueses e pelo rei que eles haviam eleito, João I de Portugal, em 14 de agosto de 1385, na Batalha de Aljubarrota, sendo obrigado a descartar-se das ambições a este trono.
Levou a cabo operações guerreiras contra Portugal tanto na época de D. Fernando como na de D. João I. Durante a Guerra contra Castela, Portugal ajudou as forças do Duque de Lencastre, que reivindicava através da esposa, Constança, o direito ao trono castelhano (filha de D. Pedro I, assassinado em Montiel por Henrique II de Castela). As pretensões do duque não chegaram a concretizar-se, mas, mediante uma hábil política, colocou as filhas D. Filipa de Lencastre e D. Catarina de Lencastre, como rainhas consortes, a primeira no trono de Portugal e a segunda no trono de Castela. Juntaram-se assim, quanto à coroa castelhana, a linha espúria e a legítima.
Guerra dos Cem Anos
No contexto da Guerra dos Cem anos, Henrique II havia recebido a ajuda de cavaleiros franceses dirigidos pelo próprio Bertrand du Guesclin durante o seu confronto com Pedro I de Castela (Pedro, o Cruel ou o Justiceiro). A vitória final de Henrique na Guerra Civil Castelhana propiciou a França um poderoso aliado no plano naval. Tanto Henrique como seu filho João enviaram a Armada castelhana às costas da Mancha, de que resultou a destruição da esquadra inglesa em La Rochelle (1372) e o saque ou incêndio de numerosos portos ingleses (Rye, Rottingdean, Lewes, Folkestone, Plymouth, Portsmouth, Wight, Hastings) em 1374 e (após a Trégua de Bruges) entre 1377 e 1380, ano em que a frota combinada do almirante castelhano Fernando Sánchez de Tovar e do francês Jean de Vienne chegou mesmo a ameaçar Londres. Richard Knolles em 1360 e o duque de Lancaster, João de Gante, em 1363, formaram corpos expedicionários que atacaram o continente, mas foram detidos.
Manteve a amizade com Carlos III de Navarra, casado com sua irmã Leonor, ponde assim fim aos conflitos entre ambos reinos.[5]
Crise dinástica de 1383-1385 em Portugal
Para assegurar a sucessão no trono de Portugal de Beatriz de Portugal, filha de D. Fernando I de Portugal, a Corte portuguesa aprovou um pacto de matrimónio entre Beatriz e João I. As capitulações matrimoniais realizaram-se a 2 de abril de 1383 em Salvaterra de Magos e entre as cláusulas acordadas estipulava-se que se ocorresse a morte de D. Fernando I sem filho varão, a coroa portuguesa passaria para Beatriz, e o seu marido intitular-se-ia rei de Portugal.[6][7][8][9] Contudo, apesar de João I se poder intitular como rei de Portugal, as partes castelhana e portuguesa acordaram não fundir os reinos de Castela e Portugal, devendo nesse caso D. Leonor, a viúva do rei D. Fernando, permanecer como regente assegurando o governo de Portugal até que Beatriz tivesse um filho que alcançasse 14 anos de idade, o qual assumiria o governo e título de rei de Portugal, e os seus pais deixariam de o ser.[10][6][11] Neste complexo acordo, se Beatriz morresse sem filhos, a coroa passaria a outras hipotéticas irmãs mais novas, e em caso negativo, a coroa portuguesa passaria a João I, e através dele a seu filho Henrique, deixando de fora os filhos de Inês de Castro.
Pedro de Luna, legado pontifício para os reinos de Castela, Aragão, Portugal e Navarra, iniciou os esponsais por palavras em Elvas a 14 de maio daquele ano de 1383, e a cerimónia teve lugar a 17 de maio na catedral de Badajoz. Para assegurar o cumprimento do tratado, a 21 de maio um grupo de cavaleiros e prelados castelhanos juraram desnaturalizar-se do reino e lutar contra o seu rei se o rei castelhano quebrasse os compromissos acordados no tratado matrimonial. Igual cerimónia fizeram um grupo de cavaleiros e prelados portugueses, desnaturalizando-se se o rei de Portugal quebrasse o tratado com Castela, estando entre eles o mestre de Avis.
A morte do rei D. Fernando I de Portugal ocorreu a 22 de outubro de 1383; Leonor Teles de Meneses, a rainha viúva, conforme previsto no tratado de Salvaterra de Magos e no testamento do defunto rei, encarregou-se da regência e do governo em nome de sua filha.[10][12][13][14]
A notícia da morte do rei português chegou a João I e Beatriz em Torrijos, pouco depois de encerradas as Cortes celebradas em Segóvia. O mestre de Avis escreveu ao rei castelhano instando a que tomasse a coroa portuguesa que lhe pertencia através de sua esposa, devendo o próprio mestre assumir a regência.[9][15][16][17]
Nestas circunstâncias, para evitar problemas dinásticos com o primogénito de Inês de Castro, João de Portugal, Duque de Valência de Campos, mandou encerrá-lo no Alcázar de Toledo. O rei castelhano reuniu o seu Conselho em Montalbán[desambiguação necessária] e enviou Alfonso López de Tejeda com instruções para que a regente portuguesa procedesse à proclamação da realeza de Beatriz e dele mesmo, declarando-se rei de Portugal.[18][19][20][21][22][23]
A proclamação foi realizada, mas em Lisboa e em outros lugares, como Elvas e Santarém, manifestou-se uma forte rejeição popular, com o povo a declarar-se a favor do duque João de Portugal, o primogénito de Inês de Castro.[13][16][17][18][24][25][26][27]
Apesar da oposição popular, João I adoptou o título e armas de rei de Portugal, sendo como tal reconhecido pelo antipapa Clemente VII de Avinhão.[12] Ordenou o avanço das suas tropas sobre as fronteiras portuguesas, já que o chanceler de D. Beatriz, que era o bispo da Guarda, Afonso Correia, lhe prometeu a entrega daquela praça. Pouco depois, João I entrou em Portugal com sua esposa para assegurar a obediência em Portugal e os direitos de sua esposa.[9][11][28]
Para João I o matrimónio com D. Beatriz permitiria manter um protectorado sobre o reino português e a possibilidade de impedir os ingleses estabelecer-se na Península,[29] o que era de grande importância no contexto da Guerra dos Cem Anos. Contudo, a expectativa de um monopólio comercial castelhano que impedisse o comércio com os ingleses, o temor do domínio político castelhano e a perda de independência portuguesa,[10][30][31] a que se juntava a oposição à regente e à sua camarilha,[32] aflorou em finais de novembro e princípios de dezembro, levando a que ocorresse em Lisboa um levantamento contra o monarca castelhano. No decurso desse levantamento, o mestre de Avis matou o favorito da regente, João Fernandes Andeiro, conde de Ourém, seguindo-se um levantamento do povo contra o governo a instigação de Álvaro Pais,[20] do qual resultou a morte de Martinho Anes, bispo de Lisboa.
O levantamento estendeu-se pelas províncias, custando a vida, entre outros, à abadessa das monjas beneditinas em Évora, ao prior da Colegiada de Guimarães e a Lançarote Pessanha, almirante de Portugal, em Beja. O levantamento teve o apoio da burguesia, mas não da aristocracia, que se manteve apoiando D. Leonor.[30][33][34]
A rainha D. Leonor fugiu de Lisboa com a Corte[35] e procurou refúgio em Alenquer. Em Lisboa, Álvaro Pais propôs o matrimónio do Mestre de Avis com Leonor para se encarregarem da regência de forma conjunta, mas D. Leonor rejeitou a proposta. Perante as notícias do avanço dos castelhanos sobre Lisboa, o mestre de Avis foi eleito defensor e regente do reino a 16 de dezembro de 1383,[36] como defensor dos direitos do infante João de Portugal, primogénito de Inês de Castro. Aceitando a eleição, designou João das Regras como chanceler e Nuno Álvares Pereira como condestável, e pediu ajuda a Inglaterra.
No entretanto as forças lideradas por D. Nuno Álvares Pereira trataram de assediar Alenquer, mas D. Leonor fugiu para Santarém,[37] obrigando os sitiantes a regressar a Lisboa para preparar a defesa daquela cidade perante a iminência de um cerco castelhano. Em Santarém, D. Leonor iniciou o recrutamento de um exército e solicitou a ajuda de seu genro, o rei de Castela.[38]
Perante o alastrar da revolta e o risco de intervenção inglesa, João I tomou a decisão de ir pessoalmente controlar a situação em Portugal, e partiu para ali deixando no reino de Castela um Conselho de Regência formado por Alfonso de Aragón el Viejo, o marquês de Vilhena, Pedro Tenorio, o arcebispo de Toledo, e Pedro González de Mendoza, o mordomo do Rei.[39][40] Nomeada a regência, em janeiro de 1384 João I, com sua esposa D. Beatriz, dirigiram-se a Santarém, respondendo à chamada da rainha regente.[39] A 13 de janeiro, João I obteve da rinha Leonor a renúncia à regência e ao governo, que assumiu directamente, levando a que muitos cavaleiros e governadores de castelos se apresentassem a jurar obediência tanto a ele como a sua esposa D. Beatriz.[28][41][42] Entre as cidades, vilas e castelos que juraram obediência ao monarca estavam Santarém, Ourém, Leiria, Montemor o Velho, Feira, Penela, Óbidos, Torres Vedras, Torres Novas, Alenquer, Sintra, Arronches, Alegrete, Amieira, Campo Maior, Olivença, Portel, Moura, Mértola, Braga, Lanhoso, Valença do Minho, Melgaço, Vila Nova de Cerveira, Viana do Castelo e Ponte de Lima, Guimarães, Caminha, Bragança, Vinhais, Chaves, Monforte, Miranda do Douro, Montalegre, Mirandela, Castelo Rodrigo, Almeida, Penamacor, Guarda, Covilhã e Celorico da Beira.[43][44][45]
Tendo-se suspeitado que D. Leonor tentava conspirar contra o genro, foi enviada para o Mosteiro Real de Santa Clara de Tordesillas, onde ficou detida. O internamento de D. Leonor encorajou a causa do Mestre de Avis, pois fornecia uma justificação para a revolta face à violação pelo lado castelhano do tratado pré-nupcial assinado em Salvaterra de Magos aquando do casamento de João I com a infanta D. Beatriz.[46]
Apesar de contar com a maioria da aristocracia portuguesa, que permanecia fiel à sua causa,[47][34][48][49][50] o João I não conseguiu repetir os êxitos castelhanos das Guerras Fernandinas e fracassou ante Coimbra e Lisboa, não conseguindo conquistar estas cidades chave. A 3 de setembro de 1384, João I de Castela, após deixar guarnições nas fortalezas dos seus partidários, regressou a Castela e solicitou a ajuda do rei de França perante a eminência de uma intervenção inglesa em Portugal, o que poderia ter graves consequências no contexto mais vasto da Guerra dos Cem Anos.
No entretanto, o Mestre de Avis tentou apoderar-se de praças fiéis aos seus adversários, conseguindo tomar Almada e Alenquer, mas fracassando em Sintra, Torres-Novas e Torres Velhas.[51] Após esta campanha, dirigiu-se a Coimbra, para onde havia convocado Cortes para março de 1385. Nessas Cortes foi a infanta D. Beatriz declarada ilegítima, tendo-se de seguida eleito e proclamado o Mestre de Avis como rei D. João I de Portugal em cerimónia realizada a 6 de abril.
Terminadas as Cortes, o novo soberano empreendeu uma campanha para obter o controlo do norte do reino, de que resultou a adesão de praças como Viana do Castelo, Braga e Guimarães.[52]
Nesse ano João I de Castela entrou de novo em Portugal pela rota de Ciudad Rodrigo e Celorico da Beira, mas as derrotas que o seu exército sofreu em Trancoso e, particularmente, na Batalha de Aljubarrota em maio e em agosto de 1385 ditaram o fim da possibilidade de se impor como rei de Portugal.
Em Aljubarrota o desastre castelhano foi absoluto, sendo o forçado a fugir para Santarém descendo dali pelo Tejo até se encontrar com a sua frota que estava frente a Lisboa.[53] Em setembro a armada castelhana regressou a Castela.
No entretanto, o novo rei D. João I de Portugal obteve o controlo das praças que ainda lhe eram adversas, consolidando-se no trono português. Desde a comarca de Santarém, empreendeu o controlo da região ao norte do Douro, último reduto onde subsistiam cavaleiros portugueses que mantinham fidelidade a D. Beatriz e a João I de Castela:[45] Vila Real de Pavões, Chaves e Bragança capitularam em finais de março de 1386,[54] e Almeida em princípios de junho de 1386.[55]
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Constança de Castela e João de Gante, reis de Castela
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Com a derrota de Aljubarrota regressaram do letargo em que tinha caído as aspirações legitimistas dos descendentes de Pedro I, o Cruel corporizados por sua filha Constança de Castela e seu marido João de Gante, que se intitulavam como reis de Castela desde 1372.[56]
A 9 de maio de 1386, Portugal e Inglaterra estabeleceram uma aliança pelo Tratado de Windsor e em julho desembarcaram na Galiza. acompanhados de um exército, João de Gante, a sua esposa Constança de Castela, duquesa de Lencastre, e a filha de ambos, Catarina de Lencastre, estabelecendo a sua Corte em Orense.
João I de Castela reagiu convocando Cortes em Segóvia para assegurar a defesa do reino castelhano. Ante os escassos resultados da campanha anglo-portuguesa [57] e a perda de apoios na Galiza, João de Gante e João I de Castela negociaram um acordo nas costa do rei português, o Tratado de Baiona, assinado em Bayonne, França, a 8 de julho de 1388, pelo qual João de Gante e sua esposa renunciavam aos direitos sucessórios castelhanos a favor do matrimónio de sua filha Catarina com o primogénito de João I de Castela, o futuro Henrique III de Castela, a quem se lhe outorgou o título de Príncipes das Astúrias.
Com este acordo ficaram unidos os dois ramos sucessórios de Afonso XI de Castela e instaurado o título de Príncipe de Astúrias, que posteriormente foi sempre ostentado pelo herdeiro da Coroa de Castela e depois de Espanha. Henrique, filho de João I, foi o primeiro príncipe a possuir este título, junto com as rendas correspondentes, pois o território asturiano lhes pertencia como património.
A interrupção da guerra dos Cem Anos que resultou da Trégua de Leulinghem motivou a assinatura do Tratado de Monção, de 23 de novembro de 1389, pelo qual Castela e Portugal devolviam mutuamente as praças e territórios ocupados, ficando consolidada a independência portuguesa.
Morte e sepultura
João I de Castela faleceu a 9 de outubro de 1390 junto à porta de Burgos, situada a extramuros do Palácio Arquiepiscopal de Alcalá de Henares, como consequência de ter caído de um cavalo que lhe tinha sido oferecido. A sua morte foi mantida em segredo pelo cardeal Pedro Tenorio durante vários dias, alegando que estava ferido, até ficarem resolvidas todas as questões relacionadas com a regência de Henrique III, menor de idade ao tempo.
Após as cerimónias fúnebres, o cadáver de João I de Castela foi trasladado para a cidade de Toledo, onde recebeu sepultura na Capela dos Reis Novos de Toledo (Capilla de los Reyes Nuevos de la Catedral de Toledo),[58] onde os seus restos mortais repousam na actualidade.
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Genealogia
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Ascendência
Foi filho de Henrique II de Castela e de Juana Manuel de Villena. Pela parte paterna foram seus avós o rei Afonso XI de Castela e Leonor de Guzmán. Por parte materna foram seus avós D. João Manuel e Branca Nunes de Lara. Foi irmão de Leonor de Trastâmara, rainha consorte de Navarra pelo seu matrimónio com Carlos III o Nobre. Dessas relações familiares resulta que foram ascendentes de João I:
16. Sancho IV de Castela | ||||||||||||||||
8. Fernando IV de Castela | ||||||||||||||||
17. Maria de Molina | ||||||||||||||||
4. Afonso XI de Castela | ||||||||||||||||
18. Dinis I de Portugal | ||||||||||||||||
9. Constança de Portugal | ||||||||||||||||
19. Isabel de Aragão | ||||||||||||||||
2. Henrique II de Castela | ||||||||||||||||
20. Álvaro Peres de Guzmán | ||||||||||||||||
10. Pedro Nunes de Guzmán | ||||||||||||||||
21. María Girón | ||||||||||||||||
5. Leonor de Guzmán | ||||||||||||||||
22. Fernando Peres Ponce de León | ||||||||||||||||
11. Juana Ponce de León | ||||||||||||||||
23. Urraca Gutiérrez de Meneses | ||||||||||||||||
1. João I de Casela | ||||||||||||||||
24. Fernando III de Castela | ||||||||||||||||
12. Manuel de Castela | ||||||||||||||||
25. Beatriz da Suábia | ||||||||||||||||
6. João Manuel | ||||||||||||||||
26. Tomás I de Saboia | ||||||||||||||||
13. Beatriz de Saboia | ||||||||||||||||
27. Margarida de Genebra | ||||||||||||||||
3. Juana Manuel de Villena | ||||||||||||||||
28. Fernando de la Cerda | ||||||||||||||||
14. Fernando II de la Cerda | ||||||||||||||||
29. Branca de França | ||||||||||||||||
7. Branca Nunes de Lara | ||||||||||||||||
30. João Nunes I de Lara | ||||||||||||||||
15. Juana Nunes de Lara | ||||||||||||||||
31. Teresa de Haro | ||||||||||||||||
Casamentos e descendência
Contraiu matrimónio no convento de San Francisco de Sória a 18 de junho de 1375, com a Infanta dona Leonor de Aragão (nascida em Santa Maria del Puig em 20 de fevereiro de 1358 e falecida a 13 de agosto ou de setembro de 1382 em Cuellar), irmã de D. João I de Aragão (1350–1395) e Martim I de Aragão (1351–1395), filhos de D. Pedro IV de Aragão (1319-1387) o do Punhal, o Cruel ou o Cerimonioso Rei de Aragão e de sua terceira esposa, Leonor da Sicília, filha de Pedro II da Sicília. Fruto desse seu primeiro casamento nasceram:
- 1 - Henrique III, rei de Castela (Burgos, 4 de outubro de 1379 - Toledo, 25 de dezembro de 1406) chamado el doliente ou o enfermiço.
- 2 - Fernando I, rei de Aragão (Medina del Campo, 27 de novembro de 1380 - 2 de abril de 1416 em Igualada, arredores de Barcelona) chamado el de Antequera, o Honesto, o Justo.
- 3 - Leonor (Cuellar, 1382), falecida logo após o parto.
Viúvo, casou novamente em Badajoz, a 14 de maio de 1383, com D. Brites ou D. Beatriz de Portugal (1373 - após 1412), filha de Fernando I de Portugal (1367-1383) o Formoso e de Leonor Teles (morta c. 1405), e antiga noiva de Eduardo, filho de Edmundo Langley e sobrinho de João de Gaunt. Tendo enviuvado jovem, Beatriz recusou em 1409, segundo alguns cronistas, uma proposta de casamento do Duque de Áustria, tal como já o teria feito a outras propostas anteriores. Deste casamento não terá havido descendência:
- Segundo os cronistas medievais, entre os quais se destacam Pero López de Ayala e Fernão Lopes, não houve qualquer filho deste casamento. Muito tempo depois, alguns historiógrafos como o português Salvador Dias Arnaut,[59] talvez baseados numa passagem de António Caetano de Sousa, na sua «História Genealógica da Casa Real Portugueza», vieram afirmar que D. Beatriz e João I de Castela haviam tido um filho, Miguel, falecido em 1385. López de Ayala, que conviveu com João I de Castela e Beatriz, é quanto a isto taxativo: além de Henrique III e do «Infante Dom Fernando…el Rei Dom João não houve outros filhos legítimos nem em outra maneira em nenhum tempo, salvo uma Infanta de que morreu a Rainha Dona Leonor sua mulher, depois de parida, segundo antes contámos».[60]
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Notas
- Jerónimo Zurita dá Épila como lugar de nascimento, ainda que indicando que Pedro López de Ayala dava Tamarite.[3]
Ver também
Referências
- Carpi Cases 2008, p. 348.
- Zurita 2003, Libro IX. Capítulo XIX. Nacimiento de don Juan, hijo de don Enrique conde de Trastámara.
- BBC Mundo (18 de junho de 2014). «Por qué el rey Felipe VI de España no será coronado». La Nación (Argentina). Consultado em 19 de junho de 2014
- Usunáriz Garayoa 2006, p. 81.
- O'Callaghan 1983, p. 531.
- Ortiz y Sanz 1798, p. 36.
- Díez Canseco 1844, p. 266.
- Gebhardt 1864, p. 140.
- Stephens 1891, p. 107.
- Lindo 1848, p. 164.
- VV.AA. 1943, p. 121.
- Schäffer 1840, p. 309.
- Ortiz y Sanz 1798, p. 37.
- Lavallée 1845, p. 67.
- Suárez Fernández 1977, p. 169.
- González García 1982, p. 27.
- Livermore 1947, p. 174.
- Schäffer 1840, p. 310.
- López de Ayala 1780, p. 182.
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- Ayguals de Izco 1853, p. 248.
- Anquetil 1848, p. 1131.
- Campuzano 1845, p. 56.
- de Mariana 1819, p. 38.
- Bailey Wallys 1960, p. 73.
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- Rogers 2010, p. 35.
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- Livermore 1947, p. 176.
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- Gebhardt 1864, p. 143.
- Livermore 1947, p. 179.
- Suárez Fernández 1977, p. 240.
- Mínguez Fernández 2000, p. 15.
- Suárez Fernández 1976, pp. 431-433.
- Elorza et al. 1990, p. 64.
- Dicionário de História de Portugal, Iniciativas Editoriais, Volume I, p. 319
- Crónica do Rei Dom Henrique III, ano terceiro do seu reinado, capítulo XXV
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Bibliografia
Ligações externas
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