Itápolis
município do estado de São Paulo, no Brasil Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Itápolis é um município do estado de São Paulo, no Brasil. Em 2011 era o maior produtor de laranja do país. Conforme dados do IBGE de 2021, sua população foi estimada em 43 536 habitantes.[1] O município é formado pela sede e pelos distritos de Nova América e Tapinas.[4][5]
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Município do Brasil | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | itapolitano | ||
Localização | |||
Localização de Itápolis em São Paulo | |||
Localização de Itápolis no Brasil | |||
Mapa de Itápolis | |||
Coordenadas | 21° 35′ 45″ S, 48° 48′ 46″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | São Paulo | ||
Municípios limítrofes | Santa Adélia, Fernando Prestes, Matão, Tabatinga, Ibitinga, Taquaritinga, Itajobi, Borborema | ||
Distância até a capital | 360 km | ||
História | |||
Fundação | 1862 (162 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Vladimir do Carmo Reggiani (Progressistas, 2021–2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [1] | 996,747 km² | ||
População total (estimativa IBGE/2021[1]) | 43 536 hab. | ||
Densidade | 43,7 hab./km² | ||
Clima | tropical (Aw) | ||
Altitude | 481 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
CEP | 14900-000 | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2000[2]) | 0,785 — alto | ||
PIB (IBGE/2008[3]) | R$ 599 203,91 | ||
PIB per capita (IBGE/2008[3]) | R$ 14 907,05 | ||
Sítio | www.itapolis.sp.gov.br (Prefeitura) |
A formação do município remete à ocupação dos "Sertões de Araraquara", onde se insere, região pouco conhecida durante os séculos 17 e 18. Nesse período o território chamado de Campos ou Sertões de Araraquara era uma vasta região da Província de São Paulo, esparsamente povoada, que principiava próximo à cidade de Piracicaba e se estendia como uma grande faixa entre os rios Tietê e Mogi-Guaçu até atingir o Rio Grande no sentido norte (divisa com o atual Estado de Minas Gerais) e o Rio Paraná no sentido noroeste (divisa com o atual Estado de Mato Grosso do Sul). Durante estes séculos, muitas entradas, bandeiras, monções e incursões militares, navegando pelo Rio Tietê e rios afluentes, ou por terra percorrendo caminhos, esquadrinharam esta região, buscando lavras ou quilombos. Durante o século 18, a região também foi ponto de passagem e parada para os bandeirantes que rumavam em direção às regiões auríferas da Província do Mato Grosso.
No fim do século 18 são doadas as primeiras sesmarias nos Sertões de Araraquara.[6]. Também no fim deste século e no começo do século 19, no governo do capitão-general António Manuel de Melo e Castro de Mendonça (1797–1802), são fundados os primeiros povoados[7]. Nesse contexto, buscando acelerar a ocupação da região, em 1799 o governo da Província de São Paulo abre o chamado “Picadão de Cuiabá” ou "Caminho de Cuiabá", caminho que, partindo de Piracicaba, seguia inicialmente na direção norte, até atingir o que seria hoje a cidade de Araraquara, dali tomando rumo em direção noroeste, encontrando o Rio Tietê mais a frente, margeando-o pela direita até os limites da Província de São Paulo com a Província do Mato Grosso (hoje Mato Grosso do Sul)[8] A abertura do caminho foi fundamental para a ocupação desses Sertões. A partir dele, ampliou-se a circulação de expedições por terra; ao seu redor, surgiram inúmeros vilarejos, povoados (Rio Claro, São Carlos, Araraquara, Itápolis etc.), fazendas (em 1821, no território entre Piracicaba de Araraquara, já existiam 61 sesmarias doadas[6]), vendas e pousios.
O Picadão de Cuiabá permitiu, ademais, acesso às terras onde se encontra hoje o município de Itápolis. Estas começam a ser ocupadas na primeira metade do século 19. Os registros mais antigos dão conta do apossamento de sesmarias nas terras onde viria a se formar Itápolis e demais cidades da região entre 1825 e 1830 pela família Castilho, José Antônio de Castilho e sua mãe, Maria Francisca de Jesus (a famosa Capa Preta), viúva de Manuel Francisco de Castilho.[8] Maria Francisca de Jesus, ama de leite de Dom Pedro II, havia recebido uma enorme sesmaria na região e migrou para lá com seu filho. Dado que o território da sesmaria ganha era demasiadamente grande e que Maria Francisca não possuía condições de ocupá-lo, ela então passou a arrendar ou vender fragmentos desta sesmaria, ao mesmo tempo em que sobrevivia da criação de porcos às margens de um ribeirão – que posteriormente viria a ser denominado de Ribeirão dos Porcos – vendendo esses animais nas feiras na cidade de Araraquara[9]
A família do sargento Amaro José do Vale (conhecido como o Velho Amaro e o pai do fundador do município), saindo da Província de Minas Gerais – cuja economia se encontrava em crise com a decadência da mineração – se estabelece na região em fins da década de 1830 e começo da década de 1840.[8] Consta no Registro Paroquial de Terras da cidade de Araraquara a compra de uma fazenda, no ano de 1843, por Amaro José do Vale.[6] Alguns anos depois, em 1856, após longo período trabalhando como arrendatário, Pedro Alves de Oliveira compra a fazenda da Boa Vista de São Lourenço (11 mil alqueires), de José Antônio de Castilho, antigo sesmeiro da região.
A cidade seria fundada somente em 1862, com data oficial de 20 de outubro de 1862, ano em que o alferes Pedro Alves de Oliveira doou ao patrimônio do Divino Espírito Santo alguns alqueires de sua fazenda Boa Vista, fazendo surgir a capela do Espírito Santo do Córrego das Pedras. A cidade está localizada na região leste da antiga Fazenda Boa Vista do São Lourenço, que tinha área de 11.105 alqueires.
Em 1871 Itápolis tinha a denominação de "Espírito Santo do Córrego das Pedras". Em 1891 tornou-se "Boa Vista das Pedras" e ganhou o status de cidade no dia 24 de abril, ao emancipar-se de Ibitinga. Em 1906 passou a ser chamada de "Pedras" ou "Cidade das Pedras" e, finalmente, Itápolis em 1910 (Lei 1.234, de 22 de dezembro de 1910).
A palavra Itápolis foi idealizada por José Belarmino Fernandes e Salvador Del Guércio, que simplificaram o nome, mantendo, no entanto, o seu significado. Itápolis é uma palavra híbrida formada por: itá – "pedra", traduzida da língua tupi[10] – e pólis – "cidade", traduzido do grego –, cuja tradução seria "Cidades das Pedras".
Na segunda metade do século 19, as principais atividades econômicas desenvolvidas no município foram a pecuária, a produção de cana-de-açúcar e a produção de cereais (arroz), todos em pequena escala. Na última década de 1890 se inicia a plantação de café.
No período de 1900 a 1950, a principal atividade econômica do município foi a cafeicultura, e em menor vulto a pecuária. Na década de 1930, Itápolis chegou a ter mais de 15 milhões de cafeeiros. O gráfico abaixo representa a evolução do número de cafeeiros produtivos no município no período de 1900 a 1935, conforme dados de Faleiros (2010)[11] e Santos (2019).[12]
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À chegada do café correspondem também mudanças na estrutura urbana da cidade. Assim, no momento em que se firmava a denominação última da cidade (1910), inaugurava-se o serviço de iluminação elétrica. De 1910 a 1928, desenvolve-se também a instrução pública, chega o telefone e o saneamento básico e constrói-se a cadeia pública. O ramal da ferrovia, a Douradense (Companhia Estrada de Ferro Douradense – CEFD), é inaugurado em 1915. Em 18 de setembro de 1910, circulou a primeira edição de um dos mais importantes jornais da história do município, o jornal O Progresso, de propriedade de Salvador Del Guércio.
Mas a chegada do café representa também a chegada dos imigrantes (nacionais e estrangeiros), fazendo inchar a pequena cidade. Desta forma, na década de 1920, Itápolis possuía aproximadamente 30 mil habitantes (total que decaiu, posteriormente, com a crise do café na década de 1930).[12]
Atualmente, Itápolis possui dois distritos: Nova América (criado em 14 de dezembro de 1910) e Tapinas (criado em 28 de novembro de 1927).
Para segurança pública o município conta com um destacamento da polícia militar, um destacamento do corpo de bombeiros militar, uma base da guarda municipal com 48 GCM's em atividade, uma delegacia de polícia civil, uma delegacia da mulher, uma Vara do Trabalho e um fórum judiciário.
Cor/Raça | Percentagem |
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Branca | 86,4% |
Negra | 3,0% |
Parda | 9,8% |
Amarela | 0,3% |
Indigena | 0,1% |
Fonte: Censo 2000
A cidade foi atendida pela Companhia Telefônica Brasileira (CTB) até 1973[13], quando passou a ser atendida pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP), que inaugurou a central telefônica utilizada até os dias atuais. Em 1998 esta empresa foi privatizada e vendida para a Telefônica[14], sendo que em 2012 a empresa adotou a marca Vivo[15] para suas operações de telefonia fixa.
A maior parte da população é Católica Romana. O município possui as Paróquias do Divino Espírito Santo (paróquia principal), Paróquia de São Benedito e Paróquia de Santo Antônio de Pádua e São Vicente de Paulo; Paróquia do Senhor Bom Jesus no distrito de Tapinas e Paróquia de Nossa Senhora Aparecida no distrito de Nova América. Todas eles pertencem à Diocese de Jaú.
Itápolis possui a Comunidade Divinista - Luz Divina, fundado por Osvaldo Polidoro, grande propulsor do Divinismo.
O Oeste Futebol Clube foi a equipe de futebol da cidade, tendo destaque estadual e nacional pelo seu retrospecto, principalmente um dos mais importantes, onde foi integrante da primeira divisão do Campeonato Paulista e por seus títulos nas divisões de acesso do campeonato. Foi Campeão Brasileiro da Série C 2012, vencendo o Icasa de Juazeiro do Norte em Itápolis.
Mandou seus jogos no Estádio Municipal dos Amaros, que por ser pequeno e simples, é de costume transferir os jogos mais importantes em cidades maiores com estádios de maior infra-estrutura e capacidade. Atualmente joga na cidade de Barueri.
Principais culturas agrícolas:
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