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torneio de futebol do estado de São Paulo Da Wikipédia, a enciclopédia livre
O Campeonato Paulista de Futebol, mais conhecido como Campeonato Paulista ou ainda Paulistão, é a competição profissional desse esporte no estado de São Paulo. Organizada pela Federação Paulista de Futebol, desde 1941, é a liga de futebol mais antiga do Brasil, sendo realizada ininterruptamente desde 1902.[1][2] Teve como primeiro campeão o São Paulo Athletic.[3] Seu atual campeão é o Palmeiras, vencedor da edição de 2024, quando conquistou seu vigésimo sexto título na competição.[4]
Campeonato Paulista de Futebol - Série A1 | |||||||||
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Campeonato Paulista | |||||||||
Dados gerais | |||||||||
Organização | FPF | ||||||||
Patrocinador actual | Sicredi | ||||||||
Edições | 134 desde 1902 (122 anos) | ||||||||
Outros nomes | Paulista, Paulistão | ||||||||
Local de disputa | São Paulo, Brasil | ||||||||
Número de equipes | 16 | ||||||||
Sistema | Temporada, Misto (turno classificatório) | ||||||||
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Divisões | |||||||||
Série A1 • Série A2 • Série A3 • Série A4 • Segunda Divisão | |||||||||
Edição atual | |||||||||
De acordo com a contagem da Federação Paulista de Futebol, os maiores campeões da competição são: o Corinthians, com 30 conquistas; o Palmeiras, com 26 títulos; e São Paulo e Santos, tendo conquistado 22 vezes cada. [5] Além dos títulos contabilizados pela Federação Paulista, o Palmeiras tem mais dois títulos extras do Campeonato Paulista e o São Paulo mais um do Supercampeonato Paulista.[6][7][8] A rivalidade entre estes quatro times, que figuram no grupo das maiores equipes do Brasil, está marcada na história desta competição. Outros doze clubes já venceram a principal divisão do futebol paulista ao longo de sua história, que contou com a participação de 102 clubes diferentes.
Atualmente, o torneio da Primeira Divisão é disputado por dezesseis equipes e normalmente realizado entre janeiro e meados de abril da temporada do futebol brasileiro. A nova fórmula de disputa (com dezesseis clubes divididos em quatro grupos) entrou em vigor em 2017.[9]
Charles Miller foi o responsável pela criação do primeiro torneio de futebol no Brasil, no estado de São Paulo.[10] Charles introduziu as regras do futebol em seu país após seu retorno da Inglaterra, onde ele realizada seus estudos e descobrira o esporte.[10] Em 14 de dezembro de 1901 é fundada a Liga Paulista de Foot-Ball, acrônimo LPF, sendo composta inicialmente por cinco equipes: São Paulo Athletic, Internacional, Mackenzie, Germânia e Paulistano.[11] Entre abril e outubro de 1902 estas equipes competiram na primeira edição do torneio, que teve o São Paulo Athletic Club como campeão e o próprio Charles como artilheiro.[3] Diferente da Argentina e do Uruguai, o futebol era restrito às elites em seus primeiros momentos no Brasil.[12]
Nos anos seguintes a popularidade do futebol foi crescendo. O Paulistano, uma equipe composta pelos filhos das famílias mais ricas de São Paulo,[13] tornou-se a equipe mais forte do estado.[14] Contudo, a base da popularidade do esporte começou a mudar após o Corinthian, uma equipe amadora de Londres, realizar uma brilhante turnê em São Paulo e no Rio de Janeiro.[15] Eles venceram facilmente os melhores times brasileiros da época e causaram uma impressão bastante favorável nos fãs mais jovens do esporte.[15] Pouquíssimo tempo depois, um grupo de trabalhadores inspirou-se neles e fundou o primeiro time popular da cidade: o Corinthians.[15][16]
O crescimento da popularidade do futebol entre as classes mais baixas gerou um racha na LPF. Seus diretores defendiam que o futebol deveria continuar sendo um esporte das elites. Esta diferença de opinião levou a criação de outra liga, a Associação Paulista de Esportes Atléticos, acrônimo APEA, que promoveu o esporte dentre de todas as classes sociais. Corinthians, Palestra Itália (atual Palmeiras), uma nova equipe composta por imigrantes italianos, e Paulistano ajudaram a compor a nova liga.[17]
A LPF encerrou suas atividades em 1917. Até 1926, a APEA permaneceu sendo a única liga em São Paulo. Equipes fortes, grandes multidões e jogadores como Neco do Corinthians e Arthur Friedenreich do Paulistano contribuíram para a febre futebolística que converteu o futebol, de "diversão de estrangeiro", para o esporte mais popular no Brasil.[17] Debates cercaram a questão de que se o futebol deveria ser profissionalizado ou se deveria permanecer um simples empreendimento amador. O Paulistano, recordista de títulos na época, recusou-se a tornar-se profissional e criou em 1925 a Liga dos Amadores de Futebol, acrônimo LAF. A competição entre as duas ligas alimentou a expansão do número de times e clubes do interior do estado começaram então a aderi-las.[17]
A partir de 1930, com a queda da LAF e o encerramento das atividades do departamento de futebol do Paulistano, uma nova era no futebol paulista começou. Os jogadores tornaram-se profissionais em 1933, quando a Liga Bandeirante de Futebol foi criada.[17] Corinthians e Palestra Itália assumiram suas posições como os times mais fortes e populares do estado. Então um novo clube surge para competir pelos corações dos torcedores. Alguns dissidentes do Paulistano, favoráveis à profissionalização, juntamente com os diretores da A.A. das Palmeiras se unem para formar o São Paulo Futebol Clube, a terceira força da cidade.[18][19]
O Paulistão de 1933 entrou para a história do futebol brasileiro por ter sido o primeiro campeonato estadual profissional e a segunda competição da era do profissionalismo do futebol no Brasil, sendo a primeira o Torneio Rio-São Paulo de 1933. [20] O primeiro jogo de futebol profissional do Brasil foi um amistoso realizado na Vila Belmiro, em 12 de março, com vitória do São Paulo por 5 a 1 sobre o Santos. E Arthur Friedenreich, ironicamente um contrário à profissionalização, fez o primeiro gol "remunerado" da história do futebol do País.[21]
A APEA cessou suas atividades em 1936, e após algumas mudanças de nome, a original Liga Bandeirante de Futebol criada em 10 de dezembro de 1934, foi o embrião da atual Federação Paulista de Futebol, acrônimo FPF, fundada em 22 de abril de 1941. São Paulo assinou com Leônidas da Silva no ano seguinte e venceu cinco das oito edições seguintes do campeonato. O Palestra Itália mudou seu nome para Palmeiras em 1942 devido à Segunda Guerra Mundial e à lei que baniu referências no esporte às potências do Eixo, e foi o campeão daquele ano. O futebol cresceu dentro do estado e a segunda divisão foi criada em 1948, permitindo que equipes do interior participassem da competição principal. O XV de Novembro da cidade de Piracicaba foi a primeira equipe promovida à elite.
São Paulo, Palmeiras e Corinthians dominaram os títulos no começo dos anos 1950. O Santos, mesmo competindo em alto nível, teria que esperar mais alguns anos para alcançar o status dos três da capital.
O Campeonato Paulista de 1954 entrou para a história da cidade de São Paulo e da competição, já que também fez parte das comemorações do quarto centenário da capital paulista, que foi fundada em 1554. O jogo que definiu o campeonato foi disputado no dia 6 de fevereiro de 1955, no Estádio do Pacaembu, onde Corinthians e Palmeiras tiveram um importante jogo da história do derby. O empate bastava para o Corinthians conquistar o título. Para o Palmeiras, era preciso derrotar o rival e torcer por um novo revés alvinegro na última rodada, contra o São Paulo. O alvinegro fez o que precisava, saindo na frente, com um gol de Luizinho logo no primeiro tempo, aos dez minutos. Depois de o Palmeiras, vestido com camisas azuis, igualar o placar com um gol de Nei, aos sete minutos do segundo tempo, o alvinegro segurou o empate por 1 a 1 e comemorou a importante conquista. Após esse título, o Corinthians somente viria a sagrar-se campeão paulista novamente 22 anos depois, em 1977.[6]
No ano de 1957 o futebol viu o nascimento de seu maior jogador em todos os tempos: Pelé.[22] Seus gols fantásticos levaram o Santos a vencer nove dos próximos doze campeonatos.[3]
Pelé foi o artilheiro do campeonato em todos os anos entre 1957 e 1965, incluindo o recorde de tentos em uma única edição, 58 gols no ano de 1958, que não foi superado até os dias de hoje[23]. Naquele tempo, o Santos venceu uma série de competições, em nível estadual, nacional, continental e intercontinental.
O Palmeiras, com a Academia comandada por Ademir da Guia, foi o único na época que conseguiu frear tal domínio dos Anos 60 no Campeonato Paulista, impedindo, com as conquistas de 1963 e de 1966, que a equipe do litoral ganhasse todos os campeonatos daquela década[24]. Ainda assim, o Santos conquistou os campeonatos de 1960, 1961, 1962, 1964, 1965, 1967, 1968 e 1969.[3]
As duas equipes, por sinal, antes do amplo domínio santista nos Anos 60, fizeram, em 1959, a decisão do Supercampeonato Paulista de 1959, chamado desta forma porque a competição chegou ao seu final com os dois clubes empatados em número de pontos, sendo necessária a realização de três jogos históricos de desempate no Estádio do Pacaembu[25]. A decisão se deu em melhor de quatro pontos, com o Palmeiras se sagrando campeão depois de dois empates e uma vitória por 2 a 1 sobre o Santos no último jogo, com o gol decisivo marcado pelo ponta-esquerda Romeiro cobrando falta.[26]
Justamente desde os Anos 60, o Brasil passou a desenvolver competições nacionais mais maduras, que passaram a competir com os torneios estaduais pela atenção dos torcedores. Demoraria, porém, um certo tempo para que a competição paulista perdesse seu espaço e muitos campeonatos ainda entrariam para a história do futebol brasileiro.
Na decisão do Campeonato Paulista de 1973, um erro de arbitragem fez com que dois campeões fossem proclamados: o Santos e a Portuguesa. O jogo entre o campeão do primeiro turno (Santos) e o campeão do segundo turno (Portuguesa), terminou empatado por 0 a 0. Com o empate também na prorrogação, a decisão foi para os pênaltis. O árbitro Armando Marques errou na contagem e encerrou as cobranças, quando o placar marcava 2 a 0 para o Santos, embora a Portuguesa ainda tivesse duas cobranças por efetuar. Depois de terminar a disputa, Marques se deu conta do erro, mas já era tarde, pois a equipe paulistana já havia deixado os vestiários. A solução da FPF foi dividir o título.
Em 1977, o Corinthians encerrou a amarga espera de quase 23 anos sem títulos ao bater a Ponte Preta na final do campeonato. Na decisão, que levou recorde histórico de público ao Estádio do Morumbi, cerca de 150 mil pessoas viram o volante Basílio fazer o gol do título, que encerrou o jejum de 22 anos, 8 meses e 7 dias sem conquista de um Campeonato Paulista, fazendo desse título um dos mais inesquecíveis do Corinthians.[27]
Depois disso, o começo dos anos 80 ficou marcado pelas batalhas entre Corinthians, de Sócrates, e São Paulo, de Serginho Chulapa.
A Democracia Corintiana venceu em 1982 e 1983 enquanto introduziu uma nova filosofia de gestão da equipe, na qual os jogadores participavam de todas as decisões. O São Paulo tornou-se a equipe mais bem sucedida da década, vencendo as edições de 1980, 1981, 1985, 1987 e 1989, sendo estes últimos anos marcados pelo surgimento de jogadores como Müller e Silas, conhecidos na época como os "Menudos do Morumbi", em alusão ao nome de uma banda porto-riquenha chamada Menudo, que se tornou um fenômeno nacional nessa época.
Em 1986, a Inter de Limeira protagonizou uma grande zebra, ao derrotar o Palmeiras na final do campeonato, em pleno Estádio do Morumbi. Em 1990, o Bragantino e o Novorizontino fizeram a primeira final só com equipes do interior, marcando a maior zebra da história do Paulistão.
Os campeonatos de 1991 e 1992 foram garantidos pelo São Paulo, comandado por Raí, Muller e Zetti no gol. em 1991 Raí também ficou com a artilharia do campeonato.
Em 1993, com estrelas como Evair, César Sampaio, Roberto Carlos, Zinho e Edmundo, o Palmeiras foi outro time grande que encerrou um longo jejum de títulos, de 16 anos, interrompendo o tabu com vitória por 4 a 0 sobre o arquirrival Corinthians.[28] Os torcedores do alviverde ainda viram a equipe vencer em 1994 e 1996. Neste último, o título representou a melhor campanha de uma equipe na era profissional do Campeonato Paulista.[29] Cafu, Rivaldo, Djalminha e Müller são alguns dos jogadores da "Máquina verde", que marcou 102 gols no campeonato de 1996.
O Corinthians conquistou o troféu cinco vezes no período de 1995 a 2003, tornando-se assim a equipe mais bem sucedida nos primeiros 100 anos do Campeonato Paulista, com 25 títulos.[3]
Desde 2000, o Campeonato Paulista tem perdido a sua popularidade. As principais equipes do estado de São Paulo tratam o torneio como "preparação" para torneios mais cobiçados, como a Copa Libertadores da América e o Campeonato Brasileiro. Contudo, o Paulistão ainda mantém sua importância, ao promover a revelação de novos talentos e sustentar as bases futebolísticas do interior do estado, além de cultivar a rivalidade, especialmente entre os grandes clubes.
Em 2000 e 2001, o campeão ganhou vaga na Copa dos Campeões. Em 2002, foi disputado apenas entre clubes "pequenos" não participantes do Torneio Rio–São Paulo daquele ano; os 3 melhores paulistas no interestadual (que foram os 3 melhores da competição) se classificaram para o Supercampeonato Paulista, que também tinha a presença do vencedor do Paulistão de 2002.
No Século XXI, Corinthians e Santos são os maiores vencedores de títulos. Desde 2001, as duas equipes venceram sete campeonatos cada. Ambas as equipes também conquistaram o tricampeonato nesse século, o Santos em 2010, 2011 e 2012 e o Corinthians em 2017, 2018 e 2019.
O Santos também tem uma grande marca, chegando a oito finais consecutivas, de 2009 a 2016. Neste período conquistou os títulos de 2010, 2011, 2012, 2015 e 2016.[3]
Em 2020, o Palmeiras quebrou um jejum de 12 anos sem conquistar o Campeonato Paulista, ao vencer o Corinthians e evitando o tetracampeonato do arquirrival. As finais de 2020 também entraram para a história porque foram as primeiras disputadas sem presença de público, em virtude da pandemia de COVID-19.[30]
No ano seguinte, foi a vez do São Paulo encerrar um tabu de 16 anos sem título estadual, ao derrotar o Palmeiras por 2 a 0 no Morumbi, também sem a presença de torcedores por conta da pandemia[31]. Já em 2022 o Palmeiras teve sua revanche, ao vencer o São Paulo por 5 a 3 no placar agregado, no Allianz Parque, em uma virada histórica.[32].
O primeiro Campeonato Paulista foi organizado em 1902 pela Liga Paulista de Foot-Ball (LPF), entidade fundada em 1901, e contou com 10 equipes da capital.[33] Na década de 1910, aconteceu a primeira cisão no futebol paulista, que resultou na fundação da Associação Paulista de Esportes Atléticos (APEA). A nova entidade, que organizou seu primeiro campeonato paralelo ao torneio da LPF em 1913, defendia uma competição menos elitista. Após quatro temporadas com duas edições paralelas, a APEA prevaleceu sobre a LPF, que acabou extinta. A maior parte dos seus clubes da LPF disputaria o torneio que se considera atualmente a Segunda Divisão.[34]
Em 1926, o Paulistano liderou uma nova cisão, por ser contrário à profissionalização do futebol paulista. Ferrenho defensor do amadorismo, o clube rompeu com a APEA e decidiu criar uma nova liga, denominada Liga de Amadores de Futebol (LAF). Por três temporadas, o futebol paulista teve dois campeonatos estaduais paralelos, até a desintegração da LAF em 1930.[34] Em meados da década de 1930, ocorreu a última cisão no futebol local, novamente por conta de disputas acerca do profissionalismo. Fundou-se a Liga Paulista de Futebol, com a participação de Corinthians e Palestra Itália, os dois principais times paulistas da época.
Enfraquecida, a APEA não resistiu e acabou extinta após a temporada de 1936.[34] Entre 1937 e 1941, a nova entidade se consolidaria — foi rebatizada para Liga de Futebol Paulista (em 1937), Liga de Futebol do Estado de São Paulo (de 1938 a 1940) e, por fim, Federação Paulista de Futebol (desde 1941).[34]
Resumidamente, a ordem cronológica das entidades responsáveis pela organização do campeonato segue como:[33][34]
Com o calendário mais enxuto devido o rebaixamento de seis equipes em 2017 - Água Santa, Mogi Mirim, Oeste, XV de Piracicaba, Rio Claro e Capivariano -, a competição ficou com 16 equipes, sendo que elas foram divididas em quatro grupos de quatro clubes cada. Na primeira fase do campeonato, as equipes apenas os clubes de outros grupos, somando um total de 12 rodadas. Os dois com maior pontuação de cada grupo avançam para as quartas de final. A partir daí uma nova mudança. O mata-mata voltaria a ser disputado em turno e returno, até que o campeão seja definido, diferente dos últimos anos, quando o time com a melhor campanha decidiu em casa. Porém em 2020 o regulamento foi alterado, onde todos os jogos de todo o campeonato serão em jogo único, com exceção da final, com jogo de ida e volta. Na fase final, o mandante será aquele com a melhor companha no campeonato[35]
A Federação Paulista de Futebol definiu com o aval de representantes dos 16 clubes do Estado, a fórmula de disputa do Campeonato Paulista 2017. A grande novidade fica por conta do retorno do Troféu do Interior, que ganhou uma importância maior, ao dar para o time vencedor uma vaga na Copa do Brasil, e duas vagas a Série D para os dois melhores colocados dos quais não participam do campeonato brasileiro. Serão classificados os clubes entre 9º e 14º lugar na tabela de classificação do Campeonato Paulista, além de que os clubes da capital e de Santos não poderão participar do torneio. [36]
Em 2023, o torneio passou a se chamar "Taça Independência", pois deixava de ser disputada apenas por clubes do Interior Paulista, onde não participam do campeonato os clubes que jogam a Série A do Campeonato Brasileiro – Bragantino, Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos. No formato anterior, a Portuguesa não podia participar do Taça do Interior, por ser sediada na capital e estar rebaixada no Paulista A2 há 7 anos; em contrapartida o RB Bragantino conseguia se classificar facilmente. Com a ascensão da Portuguesa ao Paulista A1, fez-se necessária essa mudança, assim, a Portuguesa está liberada em participar, e o Bragantino não, mesmo sendo sediado no Interior. Além de, no mesmo ano, o campeão, vice, e 3º colocado da Taça Independência ganharem uma vaga cada a Copa do Brasil; e os três melhores colocados que não possuem vaga na Série A, B e C do Campeonato Brasileiro de 2023, possam a ocupar vaga na Série D do Campeonato em 2024.[37]
Até o ano de 2021, o Grupo Globo deteve os direitos de transmissão do Campeonato Paulista da Série A. O último contrato, assinado em 2015, abrangeu dois triênios (2016-2018 e 2019-2021),[38] para transmissão na TV aberta (TV Globo), TV fechada (SporTV) e pay-per-view (Premiere FC).
A partir da temporada 2022, os direitos de transmissão serão divididos pela primeira vez. A RecordTV e o YouTube transmitirão um jogo por rodada, na TV Aberta e por streaming gratuito, respectivamente (Posteriormente o Youtube por meio da CazéTV passou a transmititir até seis jogos por rodada).[39][40] Já o streaming pago HBO Max irá transmitir 28 partidas (inicialmente somente pelo streaming, a TNT passou a levar ao ar os jogos de direito da Max para a TV paga). Pelo pay-per-view, foi introduzido o streaming Paulistão Play, além de dividir pelos anos de 2022 e 23 com o Premiere. [41][42]
Enquanto a TV Cultura conseguiu os direitos de transmissões da série A2, e a Rede Família da série A3, estas juntamente do Youtube.[43] Todos os contratos são válidos até a temporada de 2025.
No Campeonato Paulista de 2023, a Federação Paulista de Futebol pagou ao campeão daquela edição R$ 5 milhões, enquanto o vice-campeão embolsou R$ 1,6 milhões.[44]
Durante os anos, o primeiro nível do futebol paulista contou com diversas denominações:
Abaixo, a lista dos campeões:[45]
Ano | Organizador | Campeão | Vice-campeão | Terceiro colocado | Quarto colocado |
---|---|---|---|---|---|
1926 | APEA | Palestra Itália[7] | Sírio | Santos | A.A. São Bento |
1938 | LFESP | Palestra Itália[8] | Corinthians | São Paulo Railway | Santos |
Clube | Campeão | Anos dos Títulos | Vice | Anos dos Vices |
---|---|---|---|---|
Corinthians (São Paulo) | 30 | 1914, 1916, 1922, 1923, 1924, 1928, 1929, 1930, 1937, 1938, 1939, 1941, 1951, 1952, 1954, 1977, 1979, 1982, 1983, 1988, 1995, 1997, 1999, 2001, 2003, 2009, 2013, 2017, 2018, 2019 | 21 | 1918, 1925, 1936, 1942, 1943, 1945, 1946, 1947, 1955, 1962, 1966, 1968, 1974, 1984, 1987, 1991, 1993, 1998, 2005, 2011, 2020 |
Palmeiras (São Paulo) | 26 | 1920, 1926, 1927, 1932, 1933, 1934, 1936, 1940, 1942, 1944, 1947, 1950, 1959, 1963, 1966, 1972, 1974, 1976, 1993, 1994, 1996, 2008, 2020, 2022, 2023, 2024 | 27 | 1917, 1919, 1921, 1922, 1923, 1931, 1935, 1937, 1939, 1949, 1951, 1953, 1954, 1961, 1964, 1965, 1969, 1970, 1971, 1973, 1986, 1992, 1995, 1999, 2015, 2018, 2021. |
São Paulo (São Paulo) | 22 | 1931, 1943, 1945, 1946, 1948, 1949, 1953, 1957, 1970, 1971, 1975, 1980, 1981, 1985, 1987, 1989, 1991, 1992, 1998, 2000, 2005, 2021 | 25 | 1930, 1932, 1933, 1934, 1938, 1941, 1944, 1950, 1952, 1956, 1958, 1962, 1963, 1967, 1972, 1978, 1982, 1983, 1994, 1996, 1997, 2003, 2006, 2019, 2022. |
Santos (Santos) | 22 | 1935, 1955, 1956, 1958, 1960, 1961, 1962, 1964, 1965, 1967, 1968, 1969, 1973, 1978, 1984, 2006, 2007, 2010, 2011, 2012, 2015, 2016 | 13 | 1927, 1928, 1929, 1948, 1950, 1957, 1959, 1980, 2000, 2009, 2013, 2014, 2024 |
Paulistano (São Paulo) | 11 | 1905, 1908, 1913, 1916, 1917, 1918, 1919, 1921, 1926, 1927, 1929 | 10 | 1902, 1903, 1904, 1907, 1909, 1912, 1914, 1920, 1924, 1928 |
São Paulo Athletic (São Paulo) | 4 | 1902, 1903, 1904, 1911 | 0 | |
Portuguesa (São Paulo) | 3 | 1935, 1936, 1973 | 4 | 1940, 1960, 1975, 1985 |
AA das Palmeiras (São Paulo) | 3 | 1909, 1910, 1915 | 0 | |
S.C. Americano [nota 5] (Santos/São Paulo) | 2 | 1912, 1913 | 3 | 1907, 1910, 1911 |
Germânia (São Paulo) | 2 | 1906, 1915 | 3 | 1905, 1908, 1926 |
Internacional (São Paulo) | 2 | 1907, 1928 | 1 | 1906 |
AA São Bento (São Paulo) | 2 | 1914, 1925 | 1 | 1916 |
Ituano (Itu) | 2 | 2002, 2014 | 0 | |
São Caetano (São Caetano do Sul) | 1 | 2004 | 1 | 2007 |
Albion (São Paulo) | 1 | 1933 | 0 | |
Juventus (São Paulo) | 1 | 1934 | 0 | |
Inter de Limeira (Limeira) | 1 | 1986 | 0 | |
Bragantino (Bragança Paulista) | 1 | 1990 | 0 | |
Ponte Preta (Campinas) | 0 | 7 | 1929, 1970, 1977, 1979, 1981, 2008, 2017 | |
Ypiranga (São Paulo) | 0 | 3 | 1913, 1935, 1936 | |
Mackenzie (São Paulo) | 0 | 2 | 1913, 1915 | |
Campos Elíseos (São Paulo) | 0 | 2 | 1914, 1915 | |
Jabaquara (Santos) | 0 | 2 | 1927, 1934 | |
Guarani (Campinas) | 0 | 2 | 1988, 2012 | |
União Lapa (São Paulo) | 0 | 1 | 1916 | |
Auto Sport (São Paulo) | 0 | 1 | 1926 | |
União Guarany | 0 | 1 | 1933 | |
XV de Piracicaba (Piracicaba) | 0 | 1 | 1976 | |
São José-SP (São José dos Campos) | 0 | 1 | 1989 | |
Novorizontino (Novo Horizonte) | 0 | 1 | 1990 | |
Botafogo-SP (Ribeirão Preto) | 0 | 1 | 2001 | |
União São João (Araras) | 0 | 1 | 2002 | |
Paulista (Jundiaí) | 0 | 1 | 2004 | |
Santo André (Santo André) | 0 | 1 | 2010 | |
Audax (Osasco) | 0 | 1 | 2016 | |
Água Santa (Diadema) | 0 | 1 | 2023 |
Cidade | Títulos | Vices |
---|---|---|
São Paulo[nota 5] | 108 (13) | 101 (13) |
Santos[nota 5] | 22 (01) | 14 (03) |
Itu | 02 (01) | 0 |
São Caetano do Sul | 01 (01) | 01 (01) |
Bragança Paulista | 01 (01) | 0 |
Limeira | 01 (01) | 0 |
Campinas | 0 | 09 (02) |
Osasco | 0 | 01 (01) |
Santo André | 0 | 01 (01) |
Jundiaí | 0 | 01 (01) |
Araras | 0 | 01 (01) |
Ribeirão Preto | 0 | 01 (01) |
Novo Horizonte | 0 | 01 (01) |
São José dos Campos | 0 | 01 (01) |
Piracicaba | 0 | 01 (01) |
Diadema | 0 | 01 (01) |
São Paulo Athletic, com 3 títulos (1902-03-04)
Paulistano, com 5 títulos (1913-16-17-18-19)
Corinthians, com 6 títulos (1922-23-24-28-29-30)
Palestra Itália, com 5 títulos (1932-33-34-36-40)
São Paulo, com 5 títulos (1943-45-46-48-49)
Santos, com 4 títulos (1955-56-58-60)
Santos, com 7 títulos (1961-62-64-65-67-68-69)
Palmeiras e São Paulo, com 3 títulos (1972-74-76 e 1971-75-80, respectivamente)
São Paulo, com 4 títulos (1981-85-87-89)
São Paulo, com 4 títulos (1991-92-98-00)
Corinthians e Santos, com 3 títulos (2001-03-09 e 2006-07-10, respectivamente)
Santos e Corinthians, com 4 títulos (2011-12-15-16 e 2013-17-18-19, respectivamente)
Palmeiras, com 3 títulos (2022-23-24)
A maior goleada da história do Campeonato Paulista foi um 12 a 0 imposto pelo Paulistano sobre a Associação Atlética das Palmeiras em 1902.[59] As 10 maiores goleadas da história da competição são as seguintes:[60]
Nº | Data | Mandante | Placar | Visitante | Estádio |
---|---|---|---|---|---|
1 | 16 de maio de 1920 | Paulistano | 12–0 | A.A. das Palmeiras | Chácara da Floresta |
2 | 28 de agosto de 1921 | Paulistano | 12–1 | Ypiranga | Chácara da Floresta |
2 | 3 de maio de 1927 | Santos | 12–1 | Ypiranga | Vila Belmiro |
2 | 27 de agosto de 1933 | São Paulo | 12–1 | Sírio | Chácara da Floresta |
2 | 8 de julho de 1945 | São Paulo | 12–1 | Jabaquara | Estádio do Pacaembu |
2 | 19 de novembro de 1959 | Santos | 12–1 | Ponte Preta | Vila Belmiro |
7 | 23 de outubro de 1921 | Corinthians | 12–2 | S.C. Internacional | Estádio da Ponte Grande |
8 | 11 de julho de 1920 | Corinthians | 11–0 | Santos | Vila Belmiro |
8 | 8 de agosto de 1920 | Palestra Itália | 11–0 | S.C. Internacional | Parque Antártica |
8 | 3 de julho de 1932 | São Paulo | 11–0 | S.C. Internacional | Chácara da Floresta |
As finais do Campeonato Paulista historicamente são marcadas por jogos com placar apertado. Com isso, são poucas as finais com grande diferença de gols entre as equipes. A maior goleada da história do Campeonato Paulista numa final foi um 5 a 0 imposto pelo Palmeiras sobre a Ponte Preta, na decisão da competição de 2008.[61][62] Os demais três jogos com goleadas em finais, todas por 4 a 0, também tiveram o Palmeiras como time vencedor, em 1993, contra o Corinthians,[63] em 2022, contra o São Paulo,[64] e em 2023, contra o Água Santa.[65] As maiores goleadas da história da competição em finalíssimas são as seguintes:
Nº | Data | Mandante | Placar | Visitante | Estádio |
---|---|---|---|---|---|
1 | 4 de maio de 2008 | Palmeiras | 5–0 | Ponte Preta | Estádio Palestra Itália |
2 | 12 de junho de 1993 | Palmeiras | 4–0 | Corinthians | Estádio do Morumbi |
2 | 3 de abril de 2022 | Palmeiras | 4–0 | São Paulo | Allianz Parque |
2 | 9 de abril de 2023 | Palmeiras | 4–0 | Água Santa | Allianz Parque |
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