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futebolista brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Crizam César de Oliveira Filho (Nova Iguaçu, 17 de junho de 1967), mais conhecido como Zinho, é um comentarista esportivo, dirigente, ex-treinador e ex-futebolista brasileiro que atuava como meio-campista. Atualmente é comentarista da ESPN Brasil.
Zinho em 2009 | |||||||||||
Informações pessoais | |||||||||||
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Nome completo | Crizam César de Oliveira Filho | ||||||||||
Data de nasc. | 17 de junho de 1967 (57 anos) | ||||||||||
Local de nasc. | Nova Iguaçu, Guanabara, Brasil | ||||||||||
Nacionalidade | brasileiro | ||||||||||
Altura | 1,72 m | ||||||||||
Pé | canhoto | ||||||||||
Informações profissionais | |||||||||||
Clube atual | aposentado | ||||||||||
Posição | meio-campista | ||||||||||
Clubes de juventude | |||||||||||
Flamengo | |||||||||||
Clubes profissionais | |||||||||||
Anos | Clubes | Jogos (golos) | |||||||||
1986–1992 1992–1994 1995–1997 1997–1999 2000–2002 2002–2003 2003 2004–2005 2005 2006–2007 |
Flamengo Palmeiras Yokohama Flügels Palmeiras Grêmio Palmeiras Cruzeiro Flamengo Nova Iguaçu Miami |
140 (30) 107 (31) 162 (21) 149 (43) 30 (4) 32 (3) 62 (8) 4 (2) 49 (7) | 395 (57)|||||||||
Seleção nacional | |||||||||||
1989–1998 | Brasil | 57 (7) | |||||||||
Times/clubes que treinou | |||||||||||
2007–2010 2011 2015–2017 |
Miami Nova Iguaçu Vasco da Gama (auxiliar técnico) |
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Atuou em clubes como Flamengo, Grêmio, Cruzeiro e Palmeiras, ganhando inúmeros títulos. Já pela Seleção Brasileira, esteve presente na conquista do tetracampeonato na Copa do Mundo de 1994.
Revelado no Flamengo, Zinho iniciou sua carreira, em 1986, quando teve a oportunidade de atuar ao lado de Zico, Andrade e Leandro, alguns dos maiores craques da história rubro-negra.
Mas além dessas feras, novos talentos como Jorginho, Ailton e Bebeto, também acompanharam-no, em suas primeiras conquistas, que incluíram os títulos do Campeonato Carioca de 1986.
Entretanto, no final dos anos 1980, o Flamengo passou por uma grande fase de transição, de modo que, deste grupo campeão carioca de 1986, Zinho foi, praticamente, o único remanescente.
Então, no comando da equipe, junto com Júnior, outro grande ídolo rubro-negro, que acabara de retornar à Gávea, Zinho sagrou-se campeão da Copa do Brasil de 1990, do Campeonato Carioca de 1991 e do Campeonato Brasileiro de 1992.
Deixando o Flamengo em 1992, após seis anos de casa, Zinho foi jogar no Palmeiras, onde tornou-se o maestro da avassaladora equipe palmeirense que foi bicampeã paulista e brasileira, em 1993 e 1994.[1] Nesta primeira passagem, destaca-se o memorável primeiro gol do segundo jogo da final do Paulistão de 1993, marcado por Zinho.[2] O elenco alviverde, que contava com grandes nomes como Roberto Carlos, César Sampaio, Rivaldo, Edmundo, Edílson e Evair, conquistou ainda o Torneio Rio-São Paulo daquele ano.
Após a Copa do Mundo, Zinho foi jogar no Yokohama Flügels, do Japão. Três anos mais tarde, porém, o jogador voltaria ao Palmeiras.
Nesta sua segunda passagem pelo Palestra Itália, conquistou a Libertadores da América de 1999, seu principal título da carreira, fora a Copa do Mundo.
No Palmeiras, segundo o Almanaque do Palmeiras de Celso Unzelte e Mário Sérgio Venditti, somando-se suas duas passagens, jogou 333 jogos com 184 vitórias, 74 empates, 75 derrotas e 56 gols marcados.[3]
Zinho também jogou no Grêmio e no Cruzeiro, sendo que, pelo primeiro, foi um dos cinco jogadores mais bem pagos do país e conquistou a Copa do Brasil de 2001, ao passo que pelo outro, conseguiu seu quarto título brasileiro, igualando-se ao recorde de Andrade.
O jogador está eternizado na calçada da fama do tricolor gaúcho.[4]
Em janeiro de 2004, aos 36 anos de idade, Zinho acertou seu retorno ao Flamengo, pensando em encerrar a carreira no seu clube de origem.[5] No primeiro semestre, o jogador conquistou o Campeonato Carioca pela equipe rubro-negra. No entanto, no ano seguinte, teve problemas com o então técnico Cuca, o que ocasionou a sua saída do Flamengo, fato que levou o pai de Zinho a chamar Cuca de "incompetente".
Segundo o Almanaque do Flamengo de Roberto Assaf e Clóvis Martins, somando-se as duas passagens de Zinho pelo rubro-negro carioca, ele jogou 401 jogos com 216 vitórias, 104 empates, 81 derrotas e 54 gols marcados.[3]
Após sair do Flamengo, Zinho assinou contrato com o Nova Iguaçu, time de sua cidade natal.[6] O meio-campista estava prestes a encerrar a carreira no final de 2005, quando surgiu a proposta de ir jogar no Miami, dos Estados Unidos.
Jogou duas temporadas no Miami antes de encerrar sua carreira em 2007, aos 40 anos. Logo após se aposentar, assumiu o cargo de treinador da equipe.
A relação de Zinho com a Seleção Brasileira se deu de uma maneira curiosa. Em 1970, quando o menino Crizam tinha apenas 3 anos, ele se perdeu da família durante a comemoração do tri. Ali a mãe do atleta, Moyseslita, rezou e disse que, se o encontrasse, o menino atuaria pelo Brasil.[7]
O jogador recebeu sua primeira convocação para a Seleção em 1989, aos 21 anos.[7]
Zinho foi campeão mundial em 1994, jogando com a camisa 9 e sendo o responsável por fazer o jogo girar — toda bola de ligação ao ataque passava por ele. O meia não balançou as redes na Copa do Mundo, mas foi importante para a conquista.[8] Contudo, obrigado a ajudar na marcação, Zinho viu-se preso ao meio-campo e, sem poder avançar ao ataque, seu futebol não esteve à altura de suas atuações pelo Palmeiras. Logo vieram as críticas, e a imprensa esportiva da época foi extremamente dura com o jogador, que passou a ser ironizado com o apelido de Zinho Enceradeira, que foi dado pelos humoristas do grupo Casseta & Planeta.[9] O apelido foi bastante utilizado por Galvão Bueno nas transmissões dos jogos do Brasil na Copa do Mundo. Anos depois, em julho de 2020, o locutor pediria desculpas publicamente.[10]
Pela Seleção Brasileira, Zinho marcou seis gols em 57 jogos, segundo o livro "Seleção Brasileira 90 Anos", de Antônio Carlos Napoleão e Roberto Assaf.[3]
falta infos sobre os gols marcados
# | Data | Partida | Competição | Gols |
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01 | 15/03/1989 | Brasil 1–0 Equador | Amistoso | 0 |
02 | 29/03/1989 | Brasil 3–1 Al-Ahly | Amistoso | 0 |
03 | 12/04/1989 | Brasil 2–0 Paraguai | Amistoso | 0 |
04 | 10/05/1989 | Brasil 4–1 Peru | Amistoso | 0 |
05 | 24/05/1989 | Brasil 1–1 Peru | Amistoso | 0 |
06 | 30/04/1992 | Brasil 0–1 Uruguai | Amistoso | 0 |
07 | 31/07/1992 | Brasil 5–0 México | Copa da Amizade | 1 |
08 | 02/08/1992 | Brasil 1–0 Estados Unidos | Copa da Amizade | 0 |
09 | 26/08/1992 | Brasil 2–0 França | Amistoso | 0 |
10 | 23/09/1992 | Brasil 4–2 Costa Rica | Amistoso | 0 |
11 | 26/11/1992 | Brasil 1–2 Uruguai | Amistoso | |
12 | 16/12/1992 | Brasil 3–1 Alemanha | Amistoso | |
13 | 17/03/1993 | Brasil 2–2 Polônia | Amistoso | |
14 | 18/06/1993 | Brasil 0–0 Peru | Copa America - Grupo B | |
15 | 21/06/1993 | Brasil 2–3 Chile | Copa America - Grupo B | |
16 | 24/06/1993 | Brasil 3–0 Paraguai | Copa America - Grupo B | |
17 | 27/06/1993 | Brasil 1–1 (5–6) Argentina | Copa America - 4as de final | |
18 | 14/07/1993 | Brasil 2–0 Paraguai | Amistoso | |
19 | 18/07/1993 | Equador 0–0 Brasil | Eliminatórias Copa do Mundo | |
20 | 25/07/1993 | Bolívia 2–0 Brasil | Eliminatórias Copa do Mundo | |
21 | 15/08/1993 | Uruguai 1–1 Brasil | Eliminatórias Copa do Mundo | |
22 | 22/08/1993 | Brasil 2–0 Equador | Eliminatórias Copa do Mundo | |
23 | 29/08/1993 | Brasil 6–0 Bolívia | Eliminatórias Copa do Mundo | |
24 | 05/09/1993 | Brasil 4–0 Venezuela | Eliminatórias Copa do Mundo | |
25 | 19/09/1993 | Brasil 2–0 Uruguai | Eliminatórias Copa do Mundo | |
26 | 17/11/1993 | Alemanha 2–1 Brasil | Amistoso | |
27 | 24/03/1994 | Brasil 2–0 Argentina | Amistoso | |
28 | 04/05/1994 | Brasil 3–0 Islândia | Amistoso | |
29 | 05/06/1994 | Canadá 1–1 Brasil | Amistoso | |
30 | 08/06/1994 | Brasil 8–2 Honduras | Amistoso | |
31 | 13/06/1994 | Brasil 4–0 El Salvador | Amistoso | |
32 | 20/06/1994 | Brasil 2–0 Rússia | Copa do Mundo FIFA - Grupo B | 0 |
33 | 24/06/1994 | Brasil 3–0 Camarões | Copa do Mundo FIFA - Grupo B | 0 |
34 | 28/06/1994 | Brasil 1–1 Suécia | Copa do Mundo FIFA - Grupo B | 0 |
35 | 04/07/1994 | Estados Unidos 0–1 Brasil | Copa do Mundo FIFA - 8as de final | 0 |
36 | 09/07/1994 | Brasil 3–2 Países Baixos | Copa do Mundo FIFA - 4as de final | 0 |
37 | 13/07/1994 | Brasil 1–0 Suécia | Copa do Mundo FIFA - Semifinal | 0 |
38 | 17/07/1994 | Brasil 0–0 (3–2) Itália | Copa do Mundo FIFA - Final | 0 |
39 | 23/12/1994 | Brasil 2–0 Iugoslávia | Amistoso | |
40 | 04/06/1995 | Brasil 1–0 Suécia | Copa Umbro | |
41 | 06/06/1995 | Japão 0–3 Brasil | Copa Umbro | |
42 | 11/06/1995 | Inglaterra 1–3 Brasil | Copa Umbro | |
43 | 29/06/1995 | Brasil 2–1 Polônia | Amistoso | |
44 | 07/07/1995 | Brasil 1–0 Equador | Copa America - Grupo B | |
45 | 10/07/1995 | Brasil 2–0 Peru | Copa America - Grupo B | |
46 | 20/07/1995 | Estados Unidos 0–1 Brasil | Copa America - Semifinal | |
47 | 23/07/1995 | Uruguai 1–1 (3–5) Brasil | Copa America - Final | |
48 | 09/08/1995 | Japão 1–5 Brasil | Amistoso | |
49 | 12/08/1995 | Coreia do Sul 0–1 Brasil | Amistoso | |
50 | 10/09/1997 | Brasil 4–2 Equador | Amistoso | |
51 | 12/11/1997 | Brasil 3–0 País de Gales | Amistoso | |
52 | 03/02/1998 | Brasil 0–0 Jamaica | CONCACAF Gold Cup - Grupo A | |
53 | 05/02/1998 | Brasil 1–1 Guatemala | CONCACAF Gold Cup - Grupo A | |
54 | 08/02/1998 | Brasil 4–0 El Salvador | CONCACAF Gold Cup - Grupo A | |
55 | 10/02/1998 | Estados Unidos 1–0 Brasil | CONCACAF Gold Cup - Semifinal | |
56 | 15/02/1998 | Brasil 1–0 Jamaica | CONCACAF Gold Cup - 3o Lugar |
Zinho sempre foi o jogador que iniciava as jogadas de sua equipe.[11] O próprio chegou a dizer em entrevista que seu estilo de jogo é semelhante ao do espanhol Xavi.[12] Mesmo assim, o trabalho de Zinho não era sempre apreciado, e o atleta chegou a receber o apelido de "enceradeira" por conta de seu estilo de jogo.[13]
Porém, para Leonardo Miranda, do blog Painel Tático, do ge, Zinho foi um jogador a frente de seu tempo, justamente por ter este estilo. Segundo o jornalista, "entre 2008 e 2014, só se falava no “tiki-taka” de Espanha e Barcelona, tidos como exemplo de futebol moderno. Mas 20 anos antes, Zinho fazia o mesmo que Xavi e Iniesta e era chamado de enceradeira."[14]
Nos clubes por onde passou, Zinho era um meia mais ofensivo. Na Seleção de 94, porém, o encaixe no esquema tático do técnico da Seleção, Carlos Alberto Parreira, fez com que ele jogasse de forma diferente, dando mais apoio à defesa.[7]
Em 2010, voltou ao Brasil para se aprimorar na carreira de treinador. Zinho é um dos jogadores recordistas de jogos pelo Brasileirão, sendo superado por Fábio e Rogério Ceni. De 1986 a 2004, acumulou 370 jogos pela competição.
Por volta do final de 2006, o Miami propôs a Zinho que se tornasse o treinador do time. Aceitando a proposta, Zinho deu início a uma nova fase em sua vida, a de técnico. Mas em meados de 2010, retornou ao Brasil para dar continuidade à sua carreira acertando com o Nova Iguaçu, por onde esteve como diretor executivo. Em 2012 foi contratado pelo recém lançado canal Fox Sports, para trabalhar como comentarista. Porém, em maio foi convidado para assumir o cargo de diretor executivo de futebol do Flamengo,[15] deixando a Fox Sports e assumindo o Flamengo. Em 2013, foi convidado para se tornar o diretor executivo de futebol do Santos.[16] No final de 2014, com um novo presidente eleito, Zinho deixou a gerencia do Santos para voltar ao Rio de Janeiro e resolver questões pessoais.[17]
No primeiro semestre de 2015, o ex-jogador esteve no canal ESPN Brasil e participou do programa Resenha ESPN.[18] Em agosto do mesmo ano, aceitou ser auxiliar técnico de Jorginho no Vasco da Gama.
Durante o período como auxiliar-técnico no Vasco, teve a primeira oportunidade de comandar a equipe como treinador numa vitória por 2 a 0 contra o Brasil de Pelotas. Na ocasião, Zinho contou com o apoio de Jorginho, que havia sido expulso numa partida contra o Avaí, válida pelo Série B, e estava cumprindo suspensão.[19]
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