A Estação Ferroviária de Malveira é uma interface da Linha do Oeste, que serve a vila da Malveira, no município de Mafra, em Portugal.
Malveira | ||||||||||||||||||||
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a estação de Malveira, em 2020 | ||||||||||||||||||||
Identificação: | 62224 MAL (Malveira)[1] | |||||||||||||||||||
Denominação: | Estação de Malveira | |||||||||||||||||||
Administração: | Infraestruturas de Portugal (até 2020: centro;[2] após 2020: sul)[3] | |||||||||||||||||||
Classificação: | E (estação)[1] | |||||||||||||||||||
Linha(s): | Linha do Oeste (PK 38+367) | |||||||||||||||||||
Altitude: | 230 m (a.n.m) | |||||||||||||||||||
Coordenadas: | 38°55′43.52″N × 9°15′26.34″W (=+38.92876;−9.25732) | |||||||||||||||||||
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Município: | Mafra | |||||||||||||||||||
Serviços: | ||||||||||||||||||||
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Coroa: | Navegante | |||||||||||||||||||
Conexões: | ||||||||||||||||||||
Equipamentos: | ||||||||||||||||||||
Inauguração: | [quando?] | |||||||||||||||||||
Website: |
Descrição
Localização e acessos
Situa-se na localidade de Malveira, com acesso pela Avenida José Franco Canas;[4] esta é um arruamento parcialmente pedonal, devendo os passageiros em correspondência aceder às paragens de transporte público rodoviário via Rua do Celeiro, num percurso de cerca de duzentos metros.[5]
Infraestrutura
Esta interface apresenta duas vias de circulação, identificadas como I e II, com 387 e 380 m de extensão e acessíveis por plataforma de 150 m de comprimento e 90 cm de altura; existem ainda três vias secundárias, identificadas como III e IV, com comprimentos de 180 e 210 m,[6] numa configuração algo reduzida em comparação com a de décadas anteriores.[7] O edifício de passageiros situa-se do lado norte da via (lado esquerdo do sentido ascendente, para Figueira da Foz).[8][9]
Serviços
Em dados de 2023, esta interface é servida por comboios de passageiros da C.P. tipicamente com oito circulações diárias em cada sentido, entre Caldas da Rainha ou Coimbra-B ou Figueira da Foz e Lisboa - Santa Apolónia ou Mira Sintra - Meleças; estes serviços são maioritariamente de tipo regional, havendo uma circulação diária em cada sentido de tipo inter-regional (Lisboa-Caldas).[10]
História
Antecedentes
Entre 1873 e 1877 existiu nesta localidade uma estação do sistema monocarril larmanjat; apesar da respetiva linha entre Lisboa e Torres Vedras se configurar como um percursor da Linha do Oeste (a construir na década seguinte)[11] o trajeto escolhido era porém marcadamente diferente, orientando-se o larmanjat grosseiramente sudeste-noroeste enquanto que a Linha do Oeste se orienta sudoeste-nordeste — ficando a Malveira, sensivelmente a meio do caminho, como a única localidade intermédia contemplada por ambos os sistemas.[12]
Construção
Esta interface situa-se no troço entre Agualva-Cacém e Torres Vedras, que foi aberto à exploração pela Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses em 21 de Maio de 1887.[13]
Em 11 de Maio de 1889, foi pedida a concessão de uma linha no sistema americano a partir da Estação de Malveira, que seria parte do projectado Caminho de Ferro de Lisboa a Tôrres, a Mafra e à Ericeira,[14] nunca construído.[carece de fontes]
Século XX
Em 1913, existiam carreiras de diligências entre a estação de Malveira e as povoações de Vila Franca do Rosário, Gradil, Barras, Turcifal, Freixoeira e Carrascal.[15]
Nas décadas de 1980 e 1990, foi planeado um grande programa de expansão e modernização da rede ferroviária suburbana de Lisboa, tendo um dos objectivos sido a construção de corredores nos sentidos de Loures e da Malveira.[16]
Século XXI
Em Janeiro de 2011, contava com duas vias de circulação, com 387 e 380 m de comprimento; as plataformas tinham 154 e 127 m de extensão, apresentando ambas 70 cm de altura[17] — valores mais tarde[quando?] alterados para os atuais.[6]
Esta seção trata de uma construção atualmente em andamento. |
Nos finais da década de 2010 foi finalmente aprovada a modernização e eletrificação da Linha do Oeste; no âmbito do projeto de 2018 para o troço a sul das Caldas da Rainha, a Estação da Malveira irá ser alvo de remodelação a nível das plataformas e respetivo equipamento, sendo parte de um dos dois segmentos de a duplicar (Desvio Ativo 2: PK 38+076 a 44+302); serão igualmente construídas duas passagens desniveladas nas imediações de estação: a passagem superior de Malveira Norte (ao PK 38+874), que substituirá a existente (ao PK 38+896, na EN116/EN8), e a passagem inferior de Malveira Norte (sic!, ao PK 39+811), que permitirá eliminar uma passagem de nível (ao PK 40+060, num gaveto à Rua da Cerâmica, na Venda do Pinheiro); manter-se-á porém uma outra passagem de nível próxima (ao PK 37+645), servindo a Rua do Apeadeiro, apesar desta obra visar, i.a., a quase eliminação deste tipo de atravessamento.[18]
Documentação oficial publicada em finais de 2022 indicava já esta estação como tendo as vias de circulação eletrificadas em toda a sua extensão.[6]
Ver também
Referências
- Diretório da Rede 2021. IP: 2019.12.09
- Diretório da Rede 2025. I.P.: 2023.11.29
- «Malveira - Linha do Oeste». Infraestruturas de Portugal. Consultado em 30 de Novembro de 2016
- OpenStreetMaps / GraphHopper. «Cálculo de distância pedonal (38,92895; −9,25741 → 38,92980; −9,25631)». Consultado em 17 de junho de 2023: 192 m: desnível acumulado de +7−1 m
- Diretório da Rede 2024. I.P.: 2022.12.09
- “Sinalização da estação de Malveira” (diagrama anexo à I.T. n.º 28)
- (anónimo): Mapa 20 : Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1985), CP: Departamento de Transportes: Serviço de Estudos: Sala de Desenho / Fergráfica — Artes Gráficas L.da: Lisboa, 1985
- Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1988), C.P.: Direcção de Transportes: Serviço de Regulamentação e Segurança, 1988
- Comboios Regionais : Linha do Oeste : Lisboa / Mira Sintra-Meleças ⇄ Caldas da Rainha / Coimbra («horário em vigor desde 2023.06.05»). Esta informação refere-se aos dias úteis.
- SETTAS, Alexandre (1 de Janeiro de 1939). «Evocando o passado: Notas sôbre uma época longíqua» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 51 (1225). p. 17-18. Consultado em 16 de Janeiro de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- Mapa sincrónico das duas ferrovias in «Uma estação de comboios em Vila Franca do Rosário?». Junta de Freguesia de Vila Franca do Rosário. 9 de Dezembro de 2002. Consultado em 8 de Novembro de 2015. Arquivado do original em 7 de Fevereiro de 2016
- TORRES, Carlos Manitto (16 de Janeiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 70 (1682). p. 61-64. Consultado em 11 de Maio de 2014
- «Efemérides» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 51 (1225). 1 de Janeiro de 1939. p. 43-48. Consultado em 11 de Maio de 2014
- «Serviço de Diligencias». Guia official dos caminhos de ferro de Portugal. 39 (168). Outubro de 1913. p. 152-155. Consultado em 27 de Fevereiro de 2018
- MARTINS et al, 1996:214
- «Linhas de Circulação e Plataformas de Embarque». Directório da Rede 2012. Rede Ferroviária Nacional. 6 de Janeiro de 2011. p. 71-85
- ELABORAÇÃO DO PROJETO DE MODERNIZAÇÃO DA LINHA DO OESTE – TROÇO MIRA SINTRA / MELEÇAS – CALDAS DA RAINHA, ENTRE OS KM 20+320 E 107+740 (PDF). Volume 00 – Projeto Geral. [S.l.: s.n.]
Bibliografia
Ligações externas
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