Estação Ferroviária de Nine
estação ferroviária em Portugal Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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A estação ferroviária de Nine é uma infra-estrutura da Linha do Minho e do Ramal de Braga, que serve a localidade de Nine, no concelho de Vila Nova de Famalicão, em Portugal.
Nine | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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a estação de Nine, em 2016 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Identificação: | 06007 NIN (Nine)[1] | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Denominação: | Estação de Concentração de Nine | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Administração: | Infraestruturas de Portugal (norte)[2] | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Classificação: | EC (estação de concentração)[1] | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Tipologia: | B [2] | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Linha(s): |
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Altitude: | 77 m (a.n.m) | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Coordenadas: | 41°27′17.85″N × 8°32′39.85″W (=+41.45496;−8.5444) | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Município: | Vila Nova de Famalicão | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Serviços: | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Conexões: | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Equipamentos: | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Inauguração: | 21 de maio de 1875 (há 149 anos) | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Website: |
Situa-se no sudoeste da freguesia de Nine, no lugar da Estação; liga-se à EN304, a sudoeste, via Avenida da Estação, situada mormente no vizinho município de Barcelos; este arruamento tem a sua extremidade proximal no Largo da Estação, onde também desemboca a Rua da Estação, que segue para sudeste, bem como a Rua Padre Francisco Lima Novais (=EM562), que segue para noroeste; no lado oposto da via, a nascente, esta interface tem acesso pela Rua da Veiga e pela Rua Nova da Estação, por onde também se acede ao centro da freguesia (J.F.), distante pouco mais de um quilómetro.[3]
Esta interface apresenta sete vias de circulação, eletrificadas em toda a sua extensão, identificadas como I, II, IIA, II+IIA, III, IV, e V, com comprimento variando entre 162 e 595 m; as cinco vias de circulação com designações não incluindo "A" são acessíveis por plataformas de comprimentos entre 230 e 257 m, todas com alturas de 90 cm; existem ainda duas vias secundárias, identificadas como G1, G2, e G4, com comprimentos entre 60 e 272 m, das quais a última não se encontra eletrificada.[2][4] Esta configuração apresenta-se algo reduzida em comparação com a de décadas anteriores.[5][6]
Nesta estação o Ramal de Braga entronca na Linha do Minho no lado direito do seu enfiamento descendente, bifurcando-se a via para nordeste e possibilitando percusos diretos Porto-Braga e Porto-Viana, enquanto que o percurso Viana-Braga (desde a demolição da via de concordância) tem de infletir aqui. Fruto desse entroncamento, esta estação é um ponto de câmbio nas características da via férrea e do seu uso:
Situa-se a norte desta interface, ao PK 41+460 da Linha do Minho, a zona neutra de Nine que isola os troços da rede alimentados respetivamente pelas subestações de tração de Vila Fria e do Ramal de Braga.[2] Imediatamente a sul da estação, a Linha do Minho transpõe o Rio Este em ponte ferroviária de via quíntupla.[3]
Em 2016, esta estação era utilizada por serviços regionais, InterRegionais, internacionais, e urbanos.[7][8]
Os primeiros planos para a construção de uma linha férrea ao longo do Minho surgiram na década de 1840, tendo o empresário britânico Hardy Hislop proposto a construção de uma linha do Porto a Valença.[9] Porém, estes planos foram suspensos, e só em 1857, um ano após a inauguração do primeiro lanço ferroviário em Portugal, é que foi renovada a ideia de construir um caminho de ferro ao longo do rio Minho, quando o Conde de Réus sugeriu uma linha entre o Porto e a cidade espanhola de Vigo.[9] O governo foi autorizado a construir a Linha do Minho em 1867, tendo o Conde de Réus contratado um engenheiro português de fazer o traçado da linha, que percorria o interior desde o Porto até Travagem, seguindo depois pela orla costeira.[9] Porém, o governo encarregou um outro engenheiro para fazer um novo traçado, mas incluindo desde logo um ramal para Braga; este novo traçado também passava por Travagem, seguindo depois por Balazar e Necessidades até Esposende, onde continuaria ao longo do oceano, enquanto que o Ramal de Braga acompanharia o Rio Este.[9] No entanto, este percurso passava demasiado longe de Famalicão e Barcelos, pelo que o governo ordenou a realização de um novo traçado, onde já se demarcava Nine como o princípio do ramal para Braga.[9]
O troço entre Nine e Porto-Campanhã da Linha do Minho abriu à exploração em 21 de Maio de 1875, em conjunto com o ramal entre Nine e Braga.[10][11] A estação de Nine teria um duplo propósito, sendo não só o ponto de entroncamento com o Ramal de Braga, mas também um importante entreposto de mercadorias, para a redistribuição dos diversos produtos do Minho.[12]
O segundo troço da Linha do Minho, até Midões, entrou ao serviço em 1 de Janeiro de 1877.[13]
Em 1936, a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses realizou grandes obras de reparação na gare de Nine.[14] Em 1968, aquela empresa estava a planear um programa nacional para a renovação da via férrea, incluindo a remodelação integral do eixo entre Braga e Faro, e renovação parcial no troço entre Nine e Valença, a ser executado por um consórcio das empresas SOMAFEL, Somapre, A. Borie e A. Dehé.[15]
Na década de 1990, o Gabinete do Nó Ferroviário do Porto executou um plano para a instalação de sinalização electrónica em todas as estações e na plena via entre Porto - São Bento e Nine, e no Ramal de Braga.[16] Em 1996, previa-se que a sinalização também iria ser modernizada no troço seguinte da Linha do Minho, de Nine a Valença.[17] Em Janeiro desse ano, foi concluído o estudo prévio para a remodelação do troço entre Lousado e Nine.[18] Um dos principais fins deste programa de modernização era possibilitar a instalação de um serviço suburbano semi-rápido cadenciado entre São Bento e Braga, com paragem em várias estações pelo percurso, incluindo Nine.[18] O troço da Linha do Minho a Norte de Nine foi um dos alvos do Programa Operacional de Desenvolvimento das Acessibilidades (PRODAC), um fundo comunitário que esteve activo de 1989 a 1993, e que tinha como propósito melhorar as vias de comunicações no território português.[19]
Em 2004, foi concluída a modernização e electrificação do troço entre Nine e Lousado, em conjunto com o Ramal de Braga, projecto que incluiu a ampliação e remodelação de todas as estações,[20] incluindo Nine,[carece de fontes] onde foi eliminada a Concordância de Nine (via IX), que possibilitava circulações diretas entre Braga e Viana do Castelo.[5][6][4] Antes destas obras, o edifício de passageiros situava-se do lado poente da via (lado esquerdo do sentido ascendente, a Monção).[21][22]
Em 2010, esta interface possuía cinco vias de circulação, que apresentavam entre 165 a 595 m de comprimento; as plataformas tinham 250, 240, 230 e 165 m de extensão, e uma altura de 90 cm[23] — valores mais tarde[quando?] ligeiramente alterados para os atuais.[2]
Ver também
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