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ex-governador do Estado do Piauí Da Wikipédia, a enciclopédia livre
José Wellington Barroso de Araújo Dias GOMM (Oeiras, 5 de março de 1962) é um bancário, escritor e político brasileiro, filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT) e atual ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil. Foi governador do Piauí por quatro mandatos, eleito em 2014 e reeleito em 2018, depois de ter exercido o cargo entre 2003 e 2010. No ano de 2010, foi o senador mais votado totalizando quase 1 milhão de votos.[2] Foi eleito pela segunda vez senador nas eleições de 2022. Ao assumir o cargo de ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome em 1º de janeiro de 2023, a socióloga Jussara Lima (PSD) assumiu sua vaga no Senado Federal como suplente.[3]
Wellington Dias | |
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Wellington em 2024 | |
Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil | |
No cargo | |
Período | 1º de janeiro de 2023 a atualidade |
Presidente | Luiz Inácio Lula da Silva |
Antecessor(a) | Ronaldo Vieira Bento (como Ministro da Cidadania) |
Senador pelo Piauí | |
No cargo | |
Período | 1º de fevereiro de 2023 a atualidade [nota 1] |
Período | 1º de fevereiro de 2011 a 1º de janeiro de 2015 |
52.º Governador do Piauí | |
Período | 1º de janeiro de 2015 a 31 de março de 2022 |
Vice-governadora | Margarete Coelho (2015–2019) Regina Sousa (2019–2022) |
Antecessor(a) | Moraes Souza Filho |
Sucessor(a) | Regina Sousa |
49.º Governador do Piauí | |
Período | 1º de janeiro de 2003 a 1º de abril de 2010 |
Vice-governador | Osmar Júnior (2003–2007) Wilson Martins (2007–2010) |
Antecessor(a) | Hugo Napoleão |
Sucessor(a) | Wilson Martins |
Deputado Federal pelo Piauí | |
Período | 1º de fevereiro de 1999 a 29 de novembro de 2002 |
Deputado Estadual do Piauí | |
Período | 1º de fevereiro de 1995 a 1º de fevereiro de 1999 |
Vereador de Teresina | |
Período | 1º de janeiro de 1993 a 1º de fevereiro de 1995 |
Dados pessoais | |
Nome completo | José Wellington Barroso de Araújo Dias |
Nascimento | 5 de março de 1962 (62 anos) Oeiras, PI |
Alma mater | Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
Prêmio(s) | Ordem do Mérito Militar[1] |
Cônjuge | Rejane Dias |
Filhos(as) | Iasmin Vinícius Daniely |
Partido | PT (1985–presente) |
Profissão | Bancário, escritor e político |
Assinatura |
Filho de Joaquim Antônio Neto, eleito prefeito de Paes Landim pela ARENA em 1972, e Teresinha de Araújo Dias, eleita vice-prefeita do mesmo município pelo PFL em 1988, Wellington Dias nasceu no município de Oeiras, no Piauí, mas foi criado em Paes Landim no mesmo estado.[4]
Durante a mocidade, ingressou no curso de graduação em letras portuguesas da Universidade Federal do Piauí (1982) e especializou-se em políticas públicas e governo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Começou a trabalhar aos 19 anos de idade, atuando como radialista na Rádio Difusora de Teresina, Piauí. Como bancário, trabalhou como gerente do Banco do Nordeste,[5] como caixa e gerente substituto do Banco do Estado do Piauí, em São João do Piauí e, aos 22 anos, foi aprovado no concurso para a Caixa Econômica Federal (CEF) da qual é funcionário de carreira, ocupando o cargo de gerente em 1984.[4]
Wellington Dias iniciou na militância política ainda jovem, atuando no movimento estudantil da universidade, envolvendo-se com as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e também no movimento sindical.[4] Em 1985, filiou-se ao Partido dos Trabalhadores (PT) e participou como integrante da Central Única dos Trabalhadores, tornando-se presidente da APCEF (Associação de Pessoal da Caixa Econômica Federal) entre os anos de 1986 e 1989 e presidente do Sindicato dos Bancários do Estado do Piauí entre 1989 e 1992.[4] Também entre os anos de 1987 e 1988, Dias presidiu o conselho deliberativo da Fenae Corretora de Seguros e, entre 1988 e 1989, foi secretário do conselho fiscal da mesma instituição.[4]
Como escritor, é autor de cinco obras literárias e chegou a receber menção honrosa pelo "Concurso de Contos João Pinheiro", da Secretaria de Cultura do Piauí.[5]
Além disso, Wellington Dias é casado com a deputada federal Rejane Dias com quem tem três filhos: Iasmin, Vinícius e Daniely.[5]
Filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT) desde os 23 anos de idade, Wellington Dias iniciou sua trajetória política em 1992 quando foi eleito vereador de Teresina.[4] Em 1994, optou por renunciar ao mandato municipal para concorrer a um cargo na Assembleia Legislativa do Piauí, conseguindo eleger-se deputado estadual e tornando-se o primeiro presidente da Comissão de Direitos Humanos no legislativo do estado.[4] Na mesma época, também foi presidente regional do PT entre 1995 e 1997,[5] e chegou a se candidatar ao cargo de vice-prefeito do município Teresina na chapa de Nazareno Fonteles, mas não conseguiu chegar ao segundo turno.[4]
Nas eleições estaduais de 1998, foi eleito deputado federal pelo PT sendo o primeiro parlamentar do estado eleito pelo partido.[4] Durante o mandato, presidiu a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) e foi titular da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO).[4] Já nas eleições de outubro de 2000, foi candidato à prefeitura de Teresina mas foi derrotado no primeiro turno com a reeleição de Firmino da Silveira Soares Filho, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).[4]
Às vésperas das eleições de 2002, Wellington Dias foi anunciado pelo PT como candidato ao Senado, mas uma articulação comandada pelo diretório nacional do partido o fez candidato ao Governo do Estado.[4] Iniciou a campanha com baixos índices nas pesquisas de intenção de voto, porém, com o decorrer da campanha, sua performance melhorava à medida que seu nome firmava-se como alternativa à sucessão estadual, principalmente graças ao apoio de lideranças do PMDB, a exemplo do ex-governador Mão Santa.[5] Eleito em primeiro turno para o cargo de governador do Piauí pela coligação A Vitória que o Povo Quer, derrotou o então governador Hugo Napoleão que disputava a reeleição.[4] Em 2005, como governador do Piauí, foi admitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Ordem do Mérito Militar no grau de Grande-Oficial especial.[1]
Em 2006, Wellington Dias foi candidato à reeleição ao Governo do Estado e conseguiu vencer o pleito ainda no primeiro turno contra seu principal adversário e ex-aliado, o então senador Mão Santa.[6] Foi durante o seu governo que aconteceu a grande tragédia da Barragem de Algodões em maio de 2009.[7] Dias renunciou ao cargo em 1º de abril de 2010, com a intenção de se candidatar ao Senado, sendo substituído pelo vice Wilson Martins.[4]
Nas eleições de 2010, Wellington Dias foi eleito senador do estado do Piauí ao lado de Ciro Nogueira do Progressistas (PP) com a soma de 997.513 votos.[5] Em 2014, foi eleito para o seu terceiro mandato como governador do Piauí, reelegendo-se em 2018 para o 4º mandato como governador do estado com 55,6% dos votos válidos (966 mil), vencendo seu principal adversário, o médico Dr. Pessoa (Solidariedade) que obteve 20,4% dos votos (355 mil).[8]
Ano | Eleição | Cargo Disputado | Partido | Coligação | Suplente/Chapa | Votos | Porcentagem | Resultado |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1992 | Municipais de Teresina | Vereador | PT | — | — | 1.520 | Eleito [9] | |
1994 | Estaduais do Piauí | Deputado estadual | — | — | 13.140 | 1,47% | Eleito [9] | |
1996 | Municipais de Teresina | Vice-prefeito | — | Nazareno Fonteles
(PT) |
44.262 | 18,69% | Não eleito [9]
3º lugar | |
1998 | Estaduais do Piauí | Deputado federal | — | — | 77.067 | 8,22% | Eleito [10] | |
2000 | Municipais de Teresina | Prefeito | (PT/PSTU) | Francisca Trindade
(PT) |
99.874 | 32,43% | Não eleito
2º lugar | |
2002 | Estaduais do Piauí | Governador | A vitória que o povo quer
(PT,PCdoB,PL,PMN,PCB,PAN,PTN,PTdoB) |
Osmar Júnior
(PCdoB) |
688.278 | 50,96% | Eleito
1º turno | |
2006 | A Vitória da Força do Povo
(PT,PSB,PTB,PCdoB,PL,PRB) |
Wilson Martins
(PSB) |
954.857 | 61,68% | Eleito [9]
1º turno | |||
2010 | Senador | Para o Piauí Seguir Mudando
(PSB,PMDB,PT,PRB,PTN,PR,PRP,PCdoB) |
Regina Sousa
(PT) |
997.513 | 32,52% | Eleito [11] | ||
2012 | Municipais de Teresina | Prefeito | (PT) | Cícero Magalhães
(PT) |
59.470 | 14,18% | Não eleito
3º lugar | |
2014 | Estaduais do Piauí | Governador | A vitória com a força do povo
(PT,PP,PTB,PR,PRP,PROS,PHS,SD) |
Margarete Coelho
(PP) |
1.053.342 | 63,08% | Eleito [11]
1º turno | |
2018 | A Vitória com a Força do Povo
(PT,MDB,PP,PR,PTB,PCdoB,PRTB,PDT,PSD) |
Regina Sousa
(PT) |
966.469 | 55,65% | Eleito [12]
1º turno | |||
2022 | Estaduais do Piauí | Senador | A Força do Povo
(PT, PCdoB, PV, MDB, AGIR, PSB, PSD, SOLIDARIEDADE, PROS) |
Jussara Lima
(PSD) |
962.194 | 51,34% | Eleito [13] |
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