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The Artist (bra/prt: O Artista)[2][3][4] é um filme mudo com produção francesa de 2011, uma comédia romântica[2] que se passa em Hollywood entre os anos 1927 e 1932. O filme foi dirigido por Michel Hazanavicius, com um elenco composto por Jean Dujardin, Bérénice Bejo, James Cromwell, Missi Pyle, Penelope Ann Miller e John Goodman. Este filme mudo e em preto e branco conta a história de George Valentin, um ator de cinema mudo no auge do sucesso na época dos primórdios do cinema falado.[5] O Artista venceu 5 Óscares.[6]
O Artista | |
---|---|
The Artist | |
Pôster promocional | |
França · Estados Unidos 2011 • p&b • 100 min | |
Gênero | comédia drama romance |
Direção | Michel Hazanavicius |
Produção | Thomas Langmann |
Roteiro | Michel Hazanavicius |
Elenco | Jean Dujardin Bérénice Bejo Uggie James Cromwell John Goodman |
Música | Ludovic Bource |
Cinematografia | Guillaume Schiffman |
Edição | Anne-Sophie Bion Michel Hazanavicius |
Companhia(s) produtora(s) | La Petite Reine ARP Sélection |
Distribuição | Warner Bros. France The Weinstein Company |
Lançamento | 12 de outubro de 2011 2 de fevereiro de 2012 10 de fevereiro de 2012 |
Idioma | mudo, intertítulos em francês ou inglês |
Orçamento | US$ 15 milhões[1] |
Receita | US$ 133 432 856[1] |
George Valentin é um astro do cinema mudo em Hollywood entre os anos 1927 e 1932. O advento dos filmes falados soará o toque de finados para sua carreira e o fará cair no esquecimento. Para a jovem figurante Peppy Miller, parece que o céu é o limite — o estrelato do cinema aguarda.[7]
Segue abaixo a tabela de elenco.[8]
Ator | Personagem | Detalhes |
---|---|---|
Jean Dujardin | George Valentin | |
Bérénice Bejo | Peppy Miller | |
Uggie | Jack | O cachorro |
John Goodman | Al Zimmer | |
James Cromwell | Clifton | |
Penelope Ann Miller | Doris | |
Missi Pyle | Constance | |
Beth Grant | A empregada de Peppy | |
Malcolm McDowell | O mordomo | |
Joel Murray | O policial | |
Bitsie Tulloch | Norma | |
Ed Lauter | O mordomo de Peppy | |
Jen Lilley | Espectador | |
Nina Siemaszko | Admiradora | |
Basil Hoffman | Leiloeiro | |
Ben Kurland | Assistente de elenco | |
Ken Davitian | Dono da loja de penhores |
“O cinema mudo é um cinema emocional, é sensorial; o fato de você não passar por um texto te traz de volta a uma maneira básica de contar uma história que só funciona com os sentimentos que você criou. É uma maneira fascinante de trabalhar.”
— Michel Hazanavicius, diretor.
O diretor Michel Hazanavicius sempre fantasiou em fazer um filme mudo durante muitos anos porque muitos dos cineastas que ele admira vieram dessa era, e por causa da natureza predominante da imagem no formato.[9] Segundo Michel, o filme mudo coloca a responsabilidade de contar a história sobre os ombros do diretor de forma muito especial. Não cabendo ao roteirista ou aos atores contá-la, mas ao diretor.[9] Ao ter o controle da organização das imagens, o diretor controla os sentimentos da audiência de modo sensorial; o que Michel chamou de muito gratificante.[9] De acordo com o diretor, seu desejo de fazer um filme mudo não foi recebido de forma séria inicialmente, porém depois do sucesso de OSS 117 : Le Caire, nid d'espions e OSS 117 : Rio ne répond plus, produtores começaram a expressar interesse. Thomas Langmann não apenas levou Michel a sério mas realmente acreditou no projeto.[9]
A formação da narrativa do filme começou com o desejo de Hazanavicius de trabalhar novamente com os atores Jean Dujardin e Bérénice Bejo, que estrelaram OSS 117 : Le Caire, nid d'espions.[9] A ideia do filme partiu de duas possibilidades: ou puro entretenimento, ou um filme mais sério. Na primeira possibilidade, seria um filme de espionagem no estilo do filme Espiões, de Fritz Lang em 1928; e na segunda, algo que envolveria mais trabalho. A segunda opção era mais atraente para Michel Hazanavicius porque o afastaria do agente OSS 117, e o permitiria trabalhar novamente com Jean Dujardin em algo novo.[9] O roteiro levou apenas quatro meses para ser escrito, sendo o roteiro mais rápido que Michel escreveu.[9] Segundo o diretor, os filmes mudos que resistiram melhor ao teste do tempo foram os melodramas, pois o gênero é ideal para histórias de amor simples. Esse formato combinava com a história do ator celebridade e a jovem estrela, com os destinos cruzados e os temas de orgulho, fama e vaidade juntos com uma visão antiga de amor, a qual era muito pura; tudo sendo mais leve, mais otimista e mais alegre apesar de tudo.[10] Havia também o interesse de estimular a audiência a revisitar os clássicos do período.[10] Michel fez uma extensa pesquisa sobre Hollywood dos anos 1920 e estudou filmes mudos para encontrar as técnicas certas para tornar a história compreensível sem ter que usar muitos intertítulos.[10]
A filmagem principal começou em novembro de 2010, ocorrendo ao longo de trinta e cinco dias, e foi feita na proporção de tela 1,33:1 comumente usada na era do cinema mudo.[11] Embora apresentado em preto e branco, foi filmado em cores pelo diretor de fotografia Guillaume Schiffman.[12] O elenco foi um misto de atores franceses e americanos. As filmagens duraram sete semanas, com locação na cidade de Los Angeles. Durante as gravações, Hazanavicius tocou músicas de filmes clássicos da época enquanto os atores realizavam suas cenas.
O filme estreou no dia 15 de maio de 2011 em competição no Festival de Cannes.[13] The Artist foi inicialmente anunciado como um filme fora da competição, porém isso foi alterado uma semana antes do início do festival.[14] O lançamento na França ocorreu em 12 de outubro de 2011 por meio da Warner Bros. France. A The Weinstein Company comprou os direitos de distribuição para os Estados Unidos, Reino Unido e Austrália.[15] No Brasil o filme teve lançamento no dia 10 de fevereiro de 2012, distribuído pela Paris Filmes, sendo exibido apenas nas grandes cidades.[2]
País | Bilheteria (dólares) |
---|---|
Estados Unidos | $ 44.000.000 |
França | $ 26.200.000 |
Brasil | $ 2.200.000 |
Portugal | $ 420.000 |
Outros Países | $ 52.180.000 |
Total | $ 133.432.856 |
The Artist foi aclamado pela crítica mundial, e venceu o prêmio de Melhor Ator no Festival de Cannes, onde o filme estreou. Recebeu seis indicações ao Globo de Ouro, e venceu em três categorias, Melhor Filme - Comédia ou Musical, Melhor Trilha Sonora e Melhor Ator - Comédia ou Musical (Jean Dujardin). Em janeiro de 2012, o filme foi nomeado para doze BAFTA[16] e dez Oscar[17] tendo ganho cinco, incluindo Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Ator para Jean Dujardin.[18] Foi o primeiro filme mudo a ganhar o Oscar de Melhor Filme desde Asas em 1929 (na primeira edição do prêmio)[19] e o primeiro filme apresentado na proporção de 4:3 para ganhar o Oscar de Melhor Filme desde de Marty, em 1955.[20]
Ano | Categoria | Notas | Resultado |
---|---|---|---|
2012 | Melhor filme | Thomas Langmann | Venceu |
Melhor diretor | Michel Hazanavicius | Venceu | |
Melhor ator | Jean Dujardin | Venceu | |
Melhor atriz coadjuvante | Bérénice Bejo | Indicado | |
Melhor roteiro original | Michel Hazanavicius | Indicado | |
Melhor trilha sonora | Ludovic Bource | Venceu | |
Melhor direção de arte | Laurence Bennett e Robert Gould | Indicado | |
Melhor fotografia | Guillaume Schiffman | Indicado | |
Melhor figurino | Mark Bridges | Venceu | |
Melhor edição | Anne-Sophie Bion e Michel Hazanavicius | Indicado |
Ano | Categoria | Notas | Resultado |
---|---|---|---|
2012 | Melhor filme - comédia ou musical | The Artist | Venceu |
Melhor direção | Michel Hazanavicius | Indicado | |
Melhor ator - comédia ou musical | Jean Dujardin | Venceu | |
Melhor atriz coadjuvante | Bérénice Bejo | Indicado | |
Melhor roteiro | Michel Hazanavicius | Indicado | |
Melhor trilha sonora | Ludovic Bource | Venceu |
Ano | Categoria | Notas | Resultado |
---|---|---|---|
2012 | Melhor filme | The Artist | Venceu |
Melhor diretor | Michel Hazanavicius | Venceu | |
Melhor ator principal | Jean Dujardin | Venceu | |
Melhor atriz principal | Bérénice Bejo | Indicado | |
Melhor roteiro original | Michel Hazanavicius | Venceu | |
Melhor trilha sonora | Ludovic Bource | Venceu | |
Melhor cinematografia | Guillaume Schiffman | Venceu | |
Melhor edição | Anne-Sophie Bion, Michel Hazanavicius | Indicado | |
Melhor design de produção | Indicado | ||
Melhor figurino | Venceu | ||
Melhor som | Indicado | ||
Melhor maquiagem e cabelo | Indicado |
Ano | Categoria | Notas | Resultado |
---|---|---|---|
2012 | Melhor ator (principal) | Jean Dujardin | Venceu |
Melhor atriz coadjuvante | Bérénice Bejo | Indicado | |
Melhor elenco | Bérénice Bejo, James Cromwell, Jean Dujardin, John Goodman e Penelope Ann Miller | Indicado |
Ano | Categoria | Notas | Resultado |
---|---|---|---|
2012 | Melhor filme[21] | Venceu | |
Melhor diretor | Michel Hazanavicius | Venceu | |
Melhor ator | Jean Dujardin | Indicado | |
Melhor atriz | Bérénice Béjo | Venceu | |
Melhor roteiro original | Michel Hazanavicius | Indicado | |
Melhor fotografia | Guillaume Schiffman | Venceu | |
Melhor montagem | Anne-Sophie Bion, Michel Hazanavicius | Indicado | |
Melhor direção de arte | Laurence Bennett | Venceu | |
Melhor figurino | Mark Bridges | Indicado | |
Melhor canção original | Ludovic Bource | Venceu |
Ano | Categoria | Notas | Resultado |
---|---|---|---|
2012 | Melhor filme | The Artist | Venceu |
Melhor ator | Jean Dujardin | Venceu | |
Melhor diretor | Michel Hazanavicius | Venceu | |
Melhor roteiro | Indicado | ||
Melhor fotografia | Guillaume Schiffman | Venceu |
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