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poeta e cordelista brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
José Gentil Girão, também conhecido como Seu Ventura (Morada Nova, 3 de novembro de 1903 – Rio de Janeiro, 23 de junho de 1986), foi um poeta e cordelista brasileiro.[1][2]
José Gentil Girão | |
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Nome completo | José Gentil Girão |
Pseudônimo(s) | Seu Ventura |
Nascimento | 03 de novembro de 1903 Morada Nova, Ceará |
Morte | 23 de junho de 1986 (82 anos) Rio de Janeiro |
Nacionalidade | brasileiro |
Filho(a)(s) | 13 |
Ocupação | cordelista e poeta |
Gênero literário | literatura de cordel |
Magnum opus | Meu Ceará Distante |
Seu Ventura era um poeta autobiográfico, pois também contava a trajetória de sua vida em seus cordéis.[1] Publicou títulos entre as temáticas de política social, acontecimentos, sobre amor e fidelidade.[3]
José Gentil Girão nasceu em 3 de novembro de 1903 no município de Morada Nova, interior do estado do Ceará.[1] Filho de Boaventura Conrado Girão e sua sobrinha Francisca Alice Girão (Chiquinha).[4] Foi agricultor e vaqueiro na juventude, ofício do qual se orgulhava tanto quanto da poesia na qual narrava suas recordações.[1] Casou-se pela primeira vez com Jovina Lopes Cabral, que faleceu em 1939,[4] deixando cinco filhos.[2] O segundo casamento se deu com Maria Alves Maia (Lili), do qual nasceram mais oito filhos.[2]
Costumava vender seus cordéis na Praça José de Alencar, no centro de Fortaleza[3] antes de migrar para o Rio de Janeiro. Entre as décadas de 1970 e 1980, frequentava a feira de artesanato da Praça XV,[1] a feira de São Cristóvão — atual Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas,[5] a Cinelândia, em frente à Biblioteca Nacional e a Quinta da Boa Vista, locais onde abrigava sua banca de folhetos.
No final de 1980, Seu Ventura foi um dos poetas convidados para participar de uma feira de cordel na antiga Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que ficava na Avenida República do Chile. O evento contou com exposições de xilogravuras e cerâmica, apresentações musicais de repente e embolada, além do lançamento do livro O que é Literatura de Cordel? de Franklin Maxado e também mesas-redondas sobre literatura de cordel — entre os debatedores participantes estavam Orígenes Lessa, Sebastião Nunes, Orlando Senna e Ildásio Tavares.[6]
Morreu na cidade do Rio de Janeiro, em 23 de junho de 1986, aos 82 anos de idade.[2]
Os cordelistas Raimundo Santa Helena, Apôlonio Alves dos Santos, Cícero Vieira (Mocó), Gonçalo Ferreira da Silva, Expedito F. Silva, José João dos Santos (Mestre Azulão), Manoel Messias e José Duda Neto, prestaram-lhe homenagens através do cordel A Morte de um Poeta: José Gentil Girão (Seu Ventura) 1903/1986, publicado no Rio de Janeiro em virtude de seu falecimento.[2][3]
O então presidente da Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC), Gonçalo Ferreira da Silva, publicou uma glosa sobre o falecimento do poeta cearense no primeiro volume da Antologia Brasileira de Literatura de Cordel:[7]
- Mote
- O corpo foi dado ao chão,
- entre nós não vive mais.
- Glosa
- José Gentil Girão,
- Seu Ventura, que partiu,
- alma para o céu subiu,
- o corpo foi dado ao chão,
- eu também com emoção
- registro para os anais
- as homenagens finais
- de irmão da poesia
- àquele que hoje em dia
- entre nós não vive mais.
— Gonçalo Ferreira da Silva
Foi nomeada a rua José Gentil Girão, localizada no bairro Vila dos Sales, no município de Ibicuitinga no estado do Ceará em sua homenagem.[8]
Lista resumida:[1][3][9][10][11]
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