Praça XV (Rio de Janeiro)
praça no Rio de Janeiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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A Praça XV, também conhecida como Praça XV de Novembro, Praça 15 de Novembro, Praça Quinze de Novembro, Praça 15 ou Praça Quinze, é uma praça situada no bairro do Centro, na Zona Central da cidade do Rio de Janeiro. Além de estar localizada na Rua Primeiro de Março, a praça integra a Orla Conde, um passeio público que margeia a Baía de Guanabara.
A praça, que existe desde o século XVI, foi reinaugurada no dia 29 de maio de 2016 após ser revitalizada.[1] A revitalização da praça foi feita durante a gestão do prefeito Eduardo Paes no âmbito do Porto Maravilha, uma operação urbana que visa revitalizar a Zona Portuária do Rio de Janeiro.
No interior do logradouro, situam-se a Parada Praça XV do VLT Carioca e a Estação Praça XV do sistema de barcas operado pela CCR Barcas. Já nas imediações, situam-se diversos pontos de interesse de importância histórica e política, como o Paço Imperial e o Palácio Tiradentes. A praça também possui quatro monumentos históricos: o Chafariz do Mestre Valentim; a Estátua Equestre de Dom João VI; a Estátua Equestre do General Osório; e a Estátua do Almirante Negro.
Hoje, a Praça XV é considerada o coração do skateboarding no Rio de Janeiro. Embora o Decreto Municipal nº 17.746, de 22 de julho de 1999, tenha proibido a prática do esporte em praças, parques e jardins da cidade, o movimento de skatistas I Love XV conseguiu, em 2011, uma permissão da prefeitura para o uso da Praça XV como local de tráfego de skates em horários estipulados.[2] No dia 8 de novembro de 2016, por meio de uma portaria, o presidente da Fundação Parques e Jardins concedeu autorização para o uso do skate na Praça XV e na Praça Marechal Âncora em qualquer horário.[3]
A praça recebeu esse nome por homenagear o dia 15 de novembro de 1889, marcado pela Proclamação da República do Brasil. Nesse dia, foi instaurada a república federativa presidencialista no Brasil, em substituição à monarquia constitucional parlamentarista em vigor desde 1822.
A Praça XV hoje está localizada na região conhecida, nos primórdios da ocupação das terras da cidade, como Praia da Piaçaba. O local já teve diversas denominações: Largo do Terreiro da Polé;[4] Largo do Carmo;[5] Praça do Carmo; Terreiro do Paço; e Largo do Paço. Do século XVI até meados da década de 1770, com a construção do Cais do Valongo, o logradouro foi o principal ponto de desembarque de escravizados africanos na cidade.[6]
No local, foi erguido o prédio do Palácio dos Governadores e da Casa da Moeda, futuras instalações do Paço Real e, depois, do Paço Imperial. O prédio, projeto do engenheiro militar português José Fernandes Pinto Alpoim, teve suas obras iniciadas em 1738 e ficou pronto em 1743.[7] Foi o primeiro imóvel da cidade a ter vidros nas janelas.[8]
No governo do vice-rei dom Luís de Vasconcelos, foi construído o Chafariz do Mestre Valentim, inaugurado em 1789 e que é até hoje um dos símbolos da praça.[8] Sua função era abastecer com água, além da população, as embarcações que ancoravam perto da praça.[9]
Até o início do regime republicano, situavam-se nas imediações da Praça XV: a Capela Imperial (atual Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé); a Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo; e o Convento do Carmo (prédio da antiga Academia de Comércio, hoje parte de uma das unidades da Universidade Candido Mendes). Por essa razão, a região foi palco de acontecimentos e de solenidades significativos para a história do Brasil Imperial, como casamentos, batizados, aclamações, coroações e enterros.
Quando a rainha dona Maria I faleceu, em 1816, o então Largo do Paço foi o local onde ocorreu o funeral real. Com os cariocas vestidos de preto, o corpo saiu solenemente do paço em direção ao Convento da Ajuda, local onde foi depositado. Dias depois, aconteceram, na praça e em outros pontos da cidade, as cerimônias protocolares da morte de um reinante, a única vez que foram executadas em todo o continente americano.
No dia 18 de março de 1870, a câmara da cidade deu ao logradouro a denominação Praça de Dom Pedro II. Porém, com a Proclamação da República do Brasil, ocorrida em 15 de novembro de 1889, o nome foi trocado para a denominação atual em homenagem à data da proclamação. No final do século XIX, os contornos e limites da Praça XV eram, oficialmente descritos, "pela Rua Dom Manoel, Praça das Marinhas, ruas do Mercado, 1º de Março, 7 de Setembro e da Misericórdia".
Quando foi feita, em 1878, a nova numeração dos prédios da cidade por ordem da Câmara Municipal, o serviço começou justamente no logradouro, sendo que o Paço Imperial recebeu o número sete.[10] No mesmo ano, os prédios da Secretaria de Agricultura, da Agência Nacional de Colonização e da Estação Praça XV já existiam nas imediações da praça.
Em 1888, foi em frente ao Paço Imperial onde ocorreram as maiores comemorações pela assinatura da Lei Áurea.[11] No entanto, em 1889, o paço foi o local de onde partiu a família imperial para o exílio após a Proclamação da República do Brasil.[12] O prédio foi transformado posteriormente em repartição dos Correios e Telégrafos após passar por uma série de reformas que o descaracterizaram. Hoje, inteiramente restaurado, o Paço Imperial é um centro cultural, contando com livrarias, restaurantes e espaços para exposições.
No dia 12 de novembro de 1894, foi solenemente inaugurado o panteão do General Osório. Encimado por sua estátua equestre, fundida com o bronze dos canhões apreendidos durante a Guerra do Paraguai, Manuel Luís Osório foi um dos líderes do conflito bélico ocorrido na década de 1860 e, hoje, é o patrono da Arma de Cavalaria do Exército Brasileiro.[13] No entanto, no final do século XX, os restos mortais do herói foram levados do panteão para o município de Osório, localizado no Rio Grande do Sul, estado onde nasceu.
Na praça, até o fim do século XIX, atracavam a maior parte dos navios de passageiros que chegavam ao Rio de Janeiro. Segundo o historiador Milton Teixeira, a região era considerada o cartão de visitas da cidade.[14]
Em 1908, foi inaugurado pelo prefeito Pereira Passos o Mercado Municipal da Praça XV, uma das obras de remodelação urbana ocorridas no início do século XX na cidade. No ano de 1912, a Estação hidroviária da Praça XV, que hoje atende o sistema de barcas operado pela CCR Barcas, foi inaugurada após oito anos de construção. Na década de 1950, foi construído a Elevado da Perimetral, que inicialmente ligava a Avenida Presidente Vargas ao Aterro do Flamengo. Em virtude da construção do viaduto, todo o mercado teve que ser demolido, exceto o pavilhão onde hoje funciona o Ancoramar.[15]
No dia 10 de junho de 1965, foi inaugurada a Estátua Equestre de Dom João VI, presenteada à cidade pelo povo de Portugal por ocasião dos festejos do quarto centenário da fundação do Rio de Janeiro. De autoria de Salvador Barata Feyo, escultor português natural de Moçâmedes, Angola, a estátua foi colocada no local onde o rei dom João VI teria desembarcado no Brasil em 1808. Uma cópia idêntica do monumento encontra-se na rotunda do Forte de São Francisco Xavier do Queijo, situado na Praça de Gonçalves Zarco, na cidade portuguesa do Porto.[16] De acordo com as instruções de Salvador Feyo, ambas as estátuas deveriam estar voltadas uma para outra, como simbolismo e ligação entre a mesma pessoa (dom João VI) e os dois países (Portugal e Brasil). Esta mesma ligação profunda e indesmentível foi ressaltada pela presença de um globo terrestre, contendo a cruz de Jesus Cristo por cima, levada na mão direita da figura de dom João VI. Segundo João Barata Feyo:
“ | ... o globo terrestre com a Cruz de Cristo é um símbolo da história de Portugal, que é a descoberta, a conquista, a navegação. Ele leva a sua tradição de rei português. Digamos que Portugal se caracteriza pela aventura que realizou, pela descoberta dos caminhos para a Índia, Brasil. (...) Foi uma forma de congregar, na figura de dom João VI, toda a história de Portugal.[16] | ” |
Sob o Elevado da Perimetral, começou a ser realizada em 1976 a tradicional Feira de Antiguidades da Praça XV, realizada até os dias de hoje. No ano de 1996, o Túnel Engenheiro Carlos Marques Pamplona, que passava sob a praça e que era popularmente conhecido como Mergulhão da Praça XV, foi aberto para tráfego. A avenida Alfred Agache passou a ser, nessa época, uma via subterrânea, numa iniciativa polêmica, porque o aspecto pouco iluminado e sujo de seu entorno causava desconforto nas pessoas que lá iam para pegar as linhas de ônibus para diversos bairros da cidade.
A estátua mais recente da praça é a de João Cândido, inaugurada em 2007. O monumento faz parte da história do negro no Brasil, não apenas porque João Cândido era negro, mas também porque a Revolta da Chibata fora protagonizada por uma maioria de marinheiros negros. As classes mais baixas da Marinha, por serem compostas por rapazes muito pobres, estavam ainda sujeitas a castigos físicos de açoitamento no início do século XX. O monumento foi doado à cidade pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial.
Em 2014, o Museu de Arte do Rio (MAR) recebeu uma doação do Fundo Fátima Zorzato e Ruy Souza e Silva, constituída por um importante conjunto de gravuras e fotografias que testemunham a história iconográfica, urbanística, social e política da Praça XV desde 1599 até o início do século XX. A doação foi acompanhada de um catálogo escrito pelo fotógrafo Pedro Vasquez.
Durante o ano de 2014, o trecho do Elevado da Perimetral que passava sobre a praça fora demolido, viabilizando uma revitalização significativa da região. O mergulhão da Av. Alfred Agache foi reconstruído e passou a integrar uma via expressa com ligação com a Av. Rodrigues Alves e o entorno do Aeroporto Santos Dumont, transformando o trânsito do local e deslocando várias linhas de ônibus da Praça XV para o entorno da Avenida Presidente Antônio Carlos e da Rua Primeiro de Março.
No dia 29 de maio de 2016, a Praça XV, a Praça Marechal Âncora e o Largo da Misericórdia foram reinauguradas pelo prefeito Eduardo Paes após intervenções no âmbito do Porto Maravilha. Tanto as praças quanto o largo passaram a incorporar a Orla Conde, um passeio público que margeia a Baía de Guanabara.[17]
Em 6 de fevereiro de 2017, foi inaugurada no interior da praça a Parada Praça XV do VLT Carioca, que atende a Linha 2 do sistema.[18] A Linha 2 atualmente estende-se desde a parada da Praça XV até a Parada Praia Formosa, situada no bairro de Santo Cristo.
O Chafariz do Mestre Valentim, também conhecido como Chafariz do Carmo, Chafariz Colonial ou Chafariz da Pirâmide, foi construído durante o governo do vice-rei Luís de Vasconcelos e Sousa, que foi o 4.º Conde de Figueiró e o 12.º vice-rei do Brasil. Projetado por Valentim da Fonseca e Silva, o Mestre Valentim, foi inaugurado em 1789 em substituição a outro chafariz que também situava-se na Praça XV e que fora construído em 1747.[19] O chafariz tinha a função de abastecer a população e, principalmente, os navios que atracavam nas proximidades, visto que o monumento localizava-se à beira do cais.
O chafariz, feito a partir da cantaria, é basicamente uma pequena torre de quatro faces com uma pirâmide quadrangular assentada em seu teto. A junção das fachadas é arrematada com pilastras circulares, pilastras estas que são arrematadas com coruchéus, havendo uma espécie de balaustrada entre os coruchéus. Na fachada voltada para o mar, há uma porta e uma placa comemorativa relativa à inauguração do monumento. Nas demais faces, existem grandes conchoides sob as janelas centrais que recebiam a água de repuxos, coletada por tanques que ficavam no subsolo do chafariz. A face oposta à fachada voltada para o mar também possui um medalhão ovalado em mármore com alguns inscritos.[20]
Em 1857, em decorrência da construção do Cais Pharoux, o antigo piso da Praça XV foi aterrado, elevando o nível da praça em um metro e, por consequência, três degraus do chafariz foram aterrados. O Chafariz do Mestre Valentim forneceu água até a década de 1880, quando foi desativado. Na segunda metade do século XX, um pequeno lago foi construído no entorno do chafariz.
No ano de 1988, a Prefeitura do Rio de Janeiro realizou uma pesquisa arqueológica, envolvendo escavações, em busca do cais que existia no local na época da inauguração do chafariz. Por consequência disto, o chafariz passou a ter um novo lago, restrito à área frontal, de modo que fosse possível a visualização dos degraus de cantaria originais. O trecho restante da área escavada foi gramado e uma cerca foi colocada em volta do monumento a fim de garantir a segurança dos transeuntes.
Em virtude da implementação do Mergulhão da Praça XV, uma escadaria e uma área de ventilação foram construídos em frente ao chafariz. Com a transformação do mergulhão em trecho do Túnel Prefeito Marcello Alencar durante a gestão do prefeito Eduardo Paes, tanto a escadaria quanto a área de ventilação desapareceram. Já a cerca que envolvia o monumento fora trocada por uma mureta.
Inaugurada em 10 de junho de 1965, a Estátua Equestre de Dom João VI foi um presente do povo de Portugal à cidade do Rio de Janeiro por ocasião do 400º aniversário de fundação da cidade. A estátua, de autoria do escultor Salvador Barata Feyo e do arquiteto Carlos Ramos, foi colocada no local onde teria desembarcado, em 1808, Dom João VI, que era o então regente de Portugal. João VI veio ao Brasil em virtude de um plano de invasão ao seu país orquestrado por Napoleão Bonaparte.[21]
O monumento possui uma base retangular de 2,3 metros de altura, formato piramidal e em granito. A estátua, feita em bronze, encontra-se sobreposta ao pedestal. Existe um monumento idêntico na Praça de Gonçalves Zarco, localizada na cidade portuguesa do Porto e que, assim como o monumento da Praça XV, também está posicionada de frente para o mar. No dia 11 de junho de 2013, foi colocado em frente ao monumento um QR code cultural feito com 400 kg de pedras portuguesas oriundas de Portugal. O código foi confeccionado por calceteiros lisboetas e cariocas. Ao fotografar a imagem, os visitantes têm a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a história da estátua.[22]
A Estátua Equestre do General Osório localiza-se no centro da praça, em frente ao Paço Imperial. Obra do escultor mexicano radicado no Brasil Rodolfo Bernardelli, foi fundida em 1892 nas oficinas Thibaut, situadas em Paris, com o bronze dos canhões tomados durante a Guerra do Paraguai para homenagear Manuel Luís Osório, mais conhecido como General Osório, considerado o herói do referido conflito bélico. A estátua, que possui 8 metros e 5,7 toneladas, foi inaugurada em 1894, sete anos após Bernardelli receber a encomenda da estátua, tendo sido o primeiro monumento inaugurado no Rio de Janeiro após a Proclamação da República do Brasil.[23] Bernardelli, contratado por 160 contos de réis, montou seu ateliê no antigo Beco da Pouca Vergonha, hoje Rua Vinte de Abril, e levou cerca de dois anos para fazer apenas o cavalo.[24] Na coluna do pedestal, localizada na parte dianteira, lê-se a inscrição A Osório o Povo 1884. Na obra, destacam-se dois relevos nas laterais, feitos em bronze e que representam cenas de batalhas.
Em 21 de julho de 1892, os restos mortais do General Osório foram transferidos da Igreja de Santa Cruz dos Militares para a cripta construída sob a estátua equestre. Os restos permaneceram na cripta até o dia 1º de dezembro de 1993, quando deu-se início ao solene translado do corpo do marechal para um jazigo situado no interior do Parque Histórico Marechal Manuel Luis Osório, localizado no município gaúcho de Tramandaí.
Próximo à parada Praça XV do VLT Carioca, situa-se o Monumento à João Cândido, popularmente conhecido como Estátua do Almirante Negro, de autoria do artista plástico Walter de Brito. O monumento é composto por um pedestal de 1,2 metro de altura, reforçado com granito preto, e pela estátua, que possui dois metros de altura e é feita de bronze. A estátua é uma homenagem a João Cândido Felisberto, que foi o comandante da Revolta da Chibata, ocorrida em novembro de 1910 e que trouxe o fim dos castigos corporais nos ambientes da Marinha do Brasil.[25] Nascido no município gaúcho de Encruzilhada do Sul, João Cândido morreu aos 89 anos, no dia 6 de dezembro de 1969.
No dia 22 de novembro de 2007, aniversário de 97 anos do início Revolta da Chibata, a estátua foi inaugurada nos jardins do Palácio do Catete, que havia sido bombardeado durante a revolta. A estátua, que mostra João Cândido de corpo inteiro com um leme em uma das mãos, tinha sido afixada de frente para o mar e de costas para o palácio.[26] Como parte da solenidade, que teve a presença de autoridades, de familiares e de representantes de movimentos sociais, foi exibido o filme Memórias da Chibata, de Marcos Manhães Marins e que se trata de uma reconstituição história da Revolta da Chibata, e feita uma exposição fotográfica da revolta sob a curadoria do cientista político e juiz de direito João Batista Damasceno.
Em 20 de novembro de 2008, a estátua foi transferida dos jardins do Palácio do Catete para a Praça XV, em evento que contou com a presença do então Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, da família de João Cândido e de dezenas de pessoas. Nenhum oficial da Marinha do Brasil fora enviado ao evento.[27]
Em comemoração ao Dia Mundial do Skate, no dia 21 de junho de 2015 foi inserido na Praça XV o "Piskate", uma escultura produzida pelo design gráfico e skatista Jorge Cupim que representa um skate gigante. A peça, de cinco metros de comprimento, foi feita com chapas de ferro prensadas e com rodas de pneu de carro encontradas em um ferro-velho.[28]
A praça conta com um terminal de barcas, denominado Estação Praça XV, de onde saem linhas para os bairros cariocas de Cocotá e de Paquetá e para os bairros niteroienses do Centro e de Charitas. A estação, construída entre 1904 e 1912, possui uma área útil de 13.774 m² e é dotada de diversas lojas, tanto na parte interna quanto na parte externa.[29][30] Próximo ao Monumento à João Cândido, situa-se a Parada Praça XV do VLT Carioca, inaugurada em fevereiro de 2017 e que é uma das estações terminais da Linha 2 do sistema.[31]
A estação do Metrô do Rio de Janeiro mais próxima da Praça XV é a Estação Carioca, situada a cerca de 500 metros de distância. O acesso à praça também pode ser feito por linhas de ônibus que trafegam em ruas das imediações ou por táxi.
Em 1960, durante o governo Juscelino Kubitschek, foi inaugurado o primeiro trecho do Elevado da Perimetral, que ligava a Avenida General Justo e a Avenida Presidente Vargas e que passava sobre a Praça XV. O outro trecho da via foi inaugurado 18 anos depois, em 1978, conectando o primeiro trecho ao Viaduto do Gasômetro. O Elevado da Perimetral possibilitava ligação direta entre a Zona Norte e a Zona Sul do Rio de Janeiro. Em 2013, foi iniciada a demolição do elevado no âmbito do Porto Maravilha, sendo que o trecho sobre a praça fora demolido durante o ano de 2014, após o fechamento do Mergulhão da Praça XV.
No final de 1996, foi inaugurado o Túnel Engenheiro Carlos Marques Pamplona, popularmente conhecido como Mergulhão da Praça XV, no subsolo da praça. Sua construção permitiu a circulação de pedestres na superfície. Entretanto, no dia 14 de fevereiro de 2014, foi definitivamente fechado ao tráfego.[32] O mergulhão passou a incorporar o Túnel Prefeito Marcello Alencar, inaugurado em 2016 e que substituiu o Elevado da Perimetral.
Os seguintes pontos de interesse situam-se nas redondezas da Praça XV:
Todos os sábados, em frente ao Paço Imperial, é organizada a tradicional Feira de Antiguidades ao redor da Estátua Equestre do General Osório. O evento reúne cerca de 366 barracas e mais de 600 vendedores cadastrados pela prefeitura. São vendidos na feira diversos objetos, móveis, roupas, brinquedos e livros, dentre outros artigos e relíquias.[33] É considerada pelos colecionadores a maior feira de antiguidades da América Latina.
A feira começou a ser realizada em 1976 sob o Elevado da Perimetral. No entanto, com a demolição do viaduto, passou a ser realizada no atual ponto. Inicialmente a feira era caracterizada como um evento de troca de objetos.[34] Desde 2015, a Secretaria Municipal de Ordem Pública (SEOP) fiscaliza o comércio da feira com o objetivo de impedir a venda de comida e de artigos que não configurem antiguidades.[35]
Nas quintas-feiras e nas sextas-feiras, é organizado na Praça XV uma das Feiras Especiais de Artes, conhecidas como Feirartes, que ocorrem no município do Rio de Janeiro. As Feirartes destinam-se à exposição e à venda de trabalhos de artistas plásticos e artesãos em logradouros públicos. As feiras, regulamentadas pela Lei Municipal nº 1.533 de 10 de janeiro de 1990, também são feitas na Praça General Osório, na Praça Sáenz Peña e na Praça do Lido.[36]
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