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categoria de uma obra literária Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Género literário (português europeu) ou gênero literário (português brasileiro) é uma categoria de composição literária. A classificação das obras literárias que podem ser feitas de acordo com critérios semânticos, sintáticos, fonológicos, formais, contextuais e outros. As distinções entre os gêneros e categorias são flexíveis, muitas vezes com subgrupos.
Na história, houve várias classificações de gêneros literários, de modo que não se pode determinar uma categorização de todas as obras seguindo uma abordagem comum. A divisão clássica é, desde a Antiguidade, em três grupos: narrativo ou épico, lírico e dramático. Essa divisão partiu dos filósofos da Grécia antiga, Platão e Aristóteles, quando iniciaram estudos para o questionamento daquilo que representaria o literário e como essa representação seria produzida.[1] Essas três classificações básicas, fixadas pela tradição, abrangem inúmeras categorias menores, comumente denominadas subgêneros.
Todas as modalidades literárias são influenciadas pelas personagens, pelo espaço e pelo tempo. Todos os gêneros podem ser não-ficcionais ou ficcionais. Os não-ficcionais baseiam-se na realidade, e os ficcionais inventam um mundo, onde os acontecimentos ocorrem coerentemente com o que se passa no enredo da história.[1]
O texto épico relata fatos históricos realizados pelos seres humanos no passado. É relatar um enredo, sendo ele imaginário ou não, situado em tempo e lugar determinados, envolvendo uma ou mais personagens, e assim o faz de diversas formas.
As narrativas utilizam-se de diferentes linguagens: a verbal (oral ou escrita), a visual (por meio da imagem), a gestual (por meio de gestos), além de outras.
Quanto à estrutura, ao conteúdo e à extensão, podem-se classificar as obras narrativas em romances, contos, novelas, poesias épicas, crônicas, fábulas e ensaios. Quanto à temática, às narrativas podem ser histórias policiais, de amor, de ficção, etc.
Todo texto que traz foco narrativo, enredo, personagens, tempo e espaço, conflito, clímax e desfecho é classificado como narrativo.[2]
De acordo com as teorias de Platão (A república) e Aristóteles (Poética), podem ser definidos três gêneros (ou categorias, arquétipos) literários principais: o lírico, o épico (ou narrativo) e o dramático. Apesar dessa esquematização ser uma aproximação – cada gênero é um tipo ideal, no sentido de Weber, isto é, não existe empiricamente na forma pura ou absoluta –, e apesar de ter sido combatida, em especial por Croce, continua útil. Segundo alguns autores, esses três gêneros correspondem, em termos gerais, às faculdades psíquicas da antiga tripartição da alma humana de Platão: sentimento, pensamento e vontade.[3]
O gênero lírico se faz, na maioria das vezes, em versos (poesia, poema) e explora a musicalidade das palavras, embora elementos líricos sejam encontrados em outras formas, como no melodrama ou em narrativas românticas. É importante ressaltar que o gênero lírico trabalha bastante com as emoções, explorando os sentimentos. Embora atualmente "poesia" se identifique principalmente com poesia lírica, historicamente, existem também a poesia épica (epopeia) e a poesia dramática. Os gêneros épico-narrativo e o dramático também podem ser escritos na forma de versos, embora modernamente prefira-se a prosa.
O gênero épico, em sentido amplo, ou narrativo, pode ser expresso na forma de prosa (em especial, contos, novelas e romances), de poesia (epopeias), ou mesmo como peça (teatro épico).
Seguem, abaixo, modalidades textuais pertencentes ao gênero narrativo, de acordo com a forma, especialmente:[2]
De acordo com o conteúdo, especialmente:[2]
Em geral, é composto de textos que foram escritos para serem encenados em forma de peça de teatro, ou como roteiro para cinema (filme) ou televisão (teledramaturgia). Para o texto dramático se tornar uma peça, ele deve primeiro ser transformado em um roteiro, para depois poder ser transformado então no gênero espetáculo. Entretanto, elementos dramáticos podem ser encontrados em outras formas, como na poesia dramática ou em narrativas dramáticas.
É muito difícil ter definição de texto dramático que o diferencie dos demais gêneros textuais, já que existe uma tendência atual muito grande em teatralizar qualquer tipo de texto. No entanto, a principal característica do texto dramático é a presença do chamado texto principal, composto pela parte do texto que deve ser dito pelos atores na peça e que, muitas vezes, é induzido pelas indicações cênicas, rubricas ou didascálias, texto também chamado de secundário, que informa os atores e o leitor sobre a dinâmica do texto principal. Por exemplo, antes da fala de um personagem é colocada a expressão «com voz baixa», indicando como o texto deve ser falado.
Já que não existe narrador nesse tipo de texto, o drama é dividido entre as duas personagens locutoras, que entram em cena pela citação de seus nomes.
"Classifica-se de drama toda peça teatral caracterizada sem seriedade, ou solenidade, em semelhança à comédia propriamente dita".
Apresenta qualquer tema, estrutura-se em dois tipos de textos: rubrica e o discurso direto. Há ausência de narrador e é formado por atos, quadros e cenas porém o gênero dramático se encontra numa classe gramatical muito grande e alta o que dificulta o entendimento desse assunto.
Alguns subtipos:
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