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Resultados do Grande Prêmio da Hungria de Fórmula 1 realizado em Hungaroring em 11 de agosto de 1996. Décima segunda etapa da temporada, teve como vencedor o canadense Jacques Villeneuve, que subiu ao pódio junto a Damon Hill numa dobradinha que fez da Williams-Renault campeã mundial de construtores, com Jean Alesi em terceiro pela Benetton-Renault.[1][2][nota 1]
Grande Prêmio da Hungria de Fórmula 1 de 1996 | |||
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11º GP da Hungria realizado em Hungaroring | |||
Detalhes da corrida | |||
Categoria | Fórmula 1 | ||
Data | 11 de agosto de 1996 | ||
Nome oficial | XII Marlboro Magyar Nagydij | ||
Local | Hungaroring, Mogyoród, Condado de Peste, Hungria | ||
Total | 77 voltas / 305.536 km | ||
Condições do tempo | Ensolarado (27ºC) | ||
Pole | |||
Piloto |
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Tempo | 1:17.129 | ||
Volta mais rápida | |||
Piloto |
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Tempo | 1:20.093 (na volta 67) | ||
Pódio | |||
Primeiro |
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Segundo |
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Terceiro |
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Após uma estreia impactante na Austrália e vencedor de duas corridas nesta temporada, Jacques Villeneuve enfrenta duas situações distintas: lidar com a diferença de vinte e um pontos em favor de Damon Hill na tabela do campeonato mundial e demonstrar à Williams que ele não chegou à Fórmula 1 apenas por ser filho de Gilles Villeneuve e nem que sua vitória nas 500 Milhas de Indianápolis ano passado e o subsequente título na Fórmula Indy foram obra do acaso.
Rumores quanto à adaptação do canadense ao circo da Fórmula 1 dão conta que os mecânicos de sua equipe esperavam mais de Villeneuve quanto a informá-los sobre a condição de sua Williams expondo os pontos fortes e a vulnerabilidade da máquina a cada etapa do campeonato, mas para cada êxito conseguido, o piloto sempre esbarra na falta de familiaridade com as pistas como no caso de sua corrida discreta na Alemanha logo após vencer na Grã-Bretanha há um mês.[3] Frente à realidade, até mesmo o discurso de Bernie Ecclestone sobre um favorecimento da Williams a Damon Hill perde a coerência.
Quando indagado a respeito de seu desempenho no campeonato, Jacques Villeneuve pondera que ainda têm chances de título, tal como disse em Magny-Cours ao final do mês passado durante uma sessão particular de treinos com a Williams.[4]
Ainda na sexta-feira o bom rendimento da Ferrari animou Michael Schumacher a falar em pole position e de fato o alemão fez o melhor tempo no sábado[5] ao superar por estreita margem as Williams de Damon Hill e Jacques Villeneuve enquanto Eddie Irvine marcou o quarto tempo e deu ao time de Maranello seu melhor fim de semana na temporada.[6] A seguir vieram Jean Alesi e Gerhard Berger, a dupla da Benetton.
Num grid onde Ferrari e Williams dominaram as primeiras filas, Schumacher manteve a ponta enquanto Villeneuve saltou à vice-liderança trazendo consigo a Benetton de Alesi. Cauteloso e com o carro mais pesado, Hill caiu para o quarto lugar à frente de Irvine e Berger. Tais posições se mantiveram por dezoito voltas quando Schumacher foi para os boxes, mas antes disso o alemão esteve todo o tempo na alça de mira de Villeneuve enquanto Alesi estava a quase vinte segundos de distância bloqueando o avanço de Hill.[7]
Conforme os líderes da prova recorriam aos boxes a liderança foi entregue a Villeneuve que estava sete segundos adiante de Schumacher enquanto Alesi permaneceu à frente de Hill até que uma manobra sobre Ricardo Rosset, um retardatário, permitiu que o britânico subisse à terceira posição. Sem ninguém a impedi-lo, Hill acelerou a ponto de marcar sucessivamente a melhor volta da prova e quando estava a apenas treze segundos de Schumacher foi premiado com a vice-liderança graças à nova passagem do germânico no pit lane na metade da corrida. A essa altura a Williams chamou seus pilotos aos boxes e nisso Villeneuve e conservou-se adiante de Schumacher por cerca de quinze segundos com Hill em terceiro, mas antes que o filho de Graham Hill ultrapassasse o alemão ao descontar quase dez segundos de diferença, a Ferrari chamou seu piloto para os boxes.[7] A liderança permaneceu com Villeneuve até o momento de seu último pit stop quando a equipe demorou a trocar o pneu traseiro direito de seu carro e assim favoreceu Hill, todavia quando este voltou dos boxes o comando da prova retornou para o canadense. A esta altura a questão era saber se Villeneuve manteria os seis segundos e meio de vantagem que dispunha.
O ritmo imposto por Hill expôs claramente sua intenção de vencer, pois a sete voltas do final sua desvantagem era inferior a um segundo para desassossego de Villeneuve, que temia a ultrapassagem, e da equipe, cujo temor era um toque que eliminasse seus carros da prova. Menos sorte teve Michael Schumacher, vítima de uma nova falha mecânica, e antes dele o austríaco Gerhard Berger, novamente traído pelo motor.
Sem cometer nenhum erro, Jacques Villeneuve cruzou a linha de chegada sete décimos adiante de Damon Hill garantindo o oitavo título de construtores para a Williams na quinta dobradinha da equipe esse ano, sendo a primeira com o canadense à frente.[8] Com esta vitória a disputa pelo mundial de pilotos ficou restrita ao time de Grove e nesse ínterim a vantagem de Hill recuou para dezessete pontos, e embora Villeneuve mantenha acesa a disputa, o inglês só precisa chegar em segundo lugar nas quatro provas restantes ainda que seu companheiro de time vença todas as corridas daqui em diante.[9] No pódio o semblante do canadense era moldado por sorrisos e pela alegria de ter vencido seu primeiro confronto direto com Hill. O terceiro lugar ficou com Jean Alesi enquanto Mika Häkkinen, Olivier Panis e Rubens Barrichello completaram os pontos.
Pos. | Nº | Piloto | Construtor | Voltas | Tempo/Diferença | Grid | Pontos |
---|---|---|---|---|---|---|---|
1 | 6 | Jacques Villeneuve | Williams-Renault | 77 | 1:46:21.134 | 3 | 10 |
2 | 5 | Damon Hill | Williams-Renault | 77 | + 0.771 | 2 | 6 |
3 | 3 | Jean Alesi | Benetton-Renault | 77 | + 1:24.212 | 5 | 4 |
4 | 7 | Mika Häkkinen | McLaren-Mercedes | 76 | + 1 volta | 7 | 3 |
5 | 9 | Olivier Panis | Ligier-Mugen/Honda | 76 | + 1 volta | 11 | 2 |
6 | 11 | Rubens Barrichello | Jordan-Peugeot | 75 | + 2 voltas | 13 | 1 |
7 | 18 | Ukyo Katayama | Tyrrell-Yamaha | 74 | + 3 voltas | 14 | |
8 | 16 | Ricardo Rosset | Footwork-Hart | 74 | + 3 voltas | 18 | |
9 | 1 | Michael Schumacher | Ferrari | 70 | Acelerador | 1 | |
10 | 21 | Giovanni Lavaggi | Minardi-Ford | 69 | Spun off | 20 | |
Ret | 4 | Gerhard Berger | Benetton-Renault | 64 | Motor | 6 | |
Ret | 15 | Heinz-Harald Frentzen | Sauber-Ford | 50 | Pane elétrica | 10 | |
Ret | 14 | Johnny Herbert | Sauber-Ford | 35 | Motor | 8 | |
Ret | 2 | Eddie Irvine | Ferrari | 31 | Câmbio | 4 | |
Ret | 20 | Pedro Lamy | Minardi-Ford | 24 | Suspensão | 19 | |
Ret | 8 | David Coulthard | McLaren-Mercedes | 23 | Motor | 9 | |
Ret | 17 | Jos Verstappen | Footwork-Hart | 10 | Spun off | 17 | |
Ret | 12 | Martin Brundle | Jordan-Peugeot | 5 | Spun off | 12 | |
Ret | 10 | Pedro Paulo Diniz | Ligier-Mugen/Honda | 1 | Colisão | 15 | |
Ret | 19 | Mika Salo | Tyrrell-Yamaha | 0 | Colisão | 16 | |
Fonte:[1] |
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