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estação ferroviária em Portugal Da Wikipédia, a enciclopédia livre
A estação ferroviária da Moita, igualmente conhecida como de Moita do Ribatejo,[3] é uma interface da Linha do Alentejo, que serve a localidade da Moita, no Distrito de Setúbal, em Portugal.
Moita | |||||||||||
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antigo dístico azulejar da Moita, em 2006 | |||||||||||
Identificação: | 95109 MOI (Moita)[1] | ||||||||||
Denominação: | Estação Satélite de Moita | ||||||||||
Administração: | Infraestruturas de Portugal (sul)[2] | ||||||||||
Classificação: | ES (estação satélite)[1] | ||||||||||
Tipologia: | C [2] | ||||||||||
Linha(s): | Linha do Alentejo PK 8+137 | ||||||||||
Altitude: | 5 m (a.n.m) | ||||||||||
Coordenadas: | 38°38′41.57″N × 8°59′47.51″W (=+38.64488;−8.99653) | ||||||||||
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Município: | Moita | ||||||||||
Serviços: | |||||||||||
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Coroa: | Coroa 1 Navegante | ||||||||||
Conexões: | |||||||||||
Equipamentos: | |||||||||||
Inauguração: | 31 de maio de 1858 (há 166 anos) | ||||||||||
Website: |
Esta interface situa-se junto ao Largo da Estação, na localidade da Moita.[4][5]
A Carris Metropolitana opera, desde 2022, onze carreiras de autocarro que servem esta estação.[6]
Esta interface apresenta duas três de circulação, eletrificadas em toda a sua extensão, identificadas como I, II, e III, a primeira com 531 m de extensão e as restantes com 304 m, todas acessíveis por plataformas que têm entre 169 e 166 m de comprimento e 90 cm de altura; existe ainda uma via secundária, identificada como IV, não eletrificada e com comprimento de 225 m.[2]
Esta estação é utilizada por serviços urbanos da Linha do Sado, assegurados pela operadora Comboios de Portugal.[7]
A gare ferroviária da Moita foi instalada como parte do programa para a construção de uma ligação ferroviária desde o Barreiro até Setúbal e Vendas Novas, iniciado na década de 1850 pela Companhia Nacional de Caminhos de Ferro ao Sul do Tejo.[8] As obras começaram em 1855, utilizando via férrea em Bitola Internacional (1,44 m), e em Maio desse ano o Jornal do Comércio noticiou que as terraplanagens já tinham sido feitas até à gare da Moita.[8] Em 25 de Julho, o Conselho Superior de Obras Públicas e Minas emitiu um parecer onde aprovou a planta do traçado que iria ter a linha até Vendas Novas e o ramal até Setúbal, tendo descrito que a via férrea iria deixar «a Moita e os Pegões apenas a 1.500 metros de distância.[8] O lanço entre o Barreiro e Bombel entrou ao serviço no dia 31 de Maio de 1858.[8] Porém, a inauguração oficial da linha férrea só se deu em 1 de Fevereiro de 1861, quando foi totalmente construída a via até Vendas Novas e Setúbal.[9] De acordo com uma reportagem publicada no periódico Arquivo Pitoresco, em 1863, a linha férrea até Vendas Novas tinha sido «pouco lucrativa», sendo um dos motivos a circunstância de servir «apenas as três pequenas povoações do Lavradio, Alhos-Vedros e Moita.».[9]
Em 1913, a estação era servida por carreiras de diligências até às povoações da Moita, Aldeia Galega do Ribatejo, Samouco e Alcochete.[10]
Em 1927, a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses passou a explorar a rede ferroviária dos Caminhos de Ferro do Estado, que incluíam a Linha do Alentejo, tendo em seguida iniciado um grande programa para o desenvolvimento das antigas linhas estatais, incluindo na estação da Moita.[11] Assim, nos princípios da Década de 1930 foi duplicada a linha férrea entre o Barreiro e o Pinhal Novo, tendo gare ferroviária da Moita sido provavelmente remodelada como parte das obras.[12] Em 1933, a Comissão Administrativa do Fundo Especial aprovou a instalação de uma linha de saco,[13] e em 1934, foram modificadas as vias e a estação foi alvo de grandes obras de reparação.[14] Em 1939, a Companhia construiu abrigos de cimento armado em várias estações e apeadeiros suburbanos na margem Sul do Tejo, incluindo na estação da Moita.[15]
Num edital publicado no Diário do Governo n.º 31, III Série, de 7 de Fevereiro de 1955, a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses anunciou que tinha pedido autorização para estabelecer uma carreira de autocarros entre Évora e a estação do Barreiro, servindo várias localidades pelo percurso, incluindo a Moita.[16]
Em 1960 for arborizada a «rua da estação dos Caminhos de ferro».[17]
Em 1968, estava planeada a instalação de uma linha férrea na ponte sobre o Tejo ligando Lisboa à margem sul, que, oriunda de Campolide-A, entroncaria na então Linha do Sul junto à gare ferroviária da Moita, tendo intermediamente ligações à Siderurgia Nacional no Seixal e aos estaleiros da Lisnave em Almada.[18] (Esta ligação iria concretizar-se só em 1999, com o novo segmento a entroncar em Pinhal Novo, e não na Moita.)[19]
Em 13 de Outubro de 2008, entrou em consulta pública o estudo de impacte ambiental sobre a Terceira Travessia do Tejo, que correspondia ao lanço entre as estações de Moscavide e da Moita, da planeada ligação ferroviária de alta velocidade.[20] Na estação da Moita, a via férrea iria continuar até Montemor-o-Novo.[20]
Também em 2008, o edifício da estação da Moita foi demolido pela Rede Ferroviária Nacional, no âmbito do programa de modernização deste lanço da Linha do Alentejo.[12] Esta decisão foi criticada pela Câmara Municipal da Moita numa carta aberta em Maio de 2010, tendo a autarquia considerado que a empresa não teve um comportamento adequado ao não dialogar no sentido da preservação do edifício para outros usos, e de não aproveitar a cedência prevista dos terrenos das oficinas e do antigo mercado municipal para construir a nova estação.[21] O edifício original da estação, O edifício de passageiros, situado do lado norte da via (lado esquerdo do sentido ascendente, para Funcheira),[22][23] apresentava uma configuração semelhante à de outras gares da península de Setúbal que foram alvo de um processo de remodelação na década de 1930.[12] Um dos elementos mais destacados do edifício original eram os seus painéis de azulejos, formando, em mosaico, desenhos geométricos em branco e azul, representando a letra "M", correspondente à inicial do nome da estação.[12]
Em Janeiro de 2010, um suicídio na estação do Lavradio levou a perturbações na circulação dos comboios entre as estações da Moita e do Barreiro.[24] Em 17 de Dezembro de 2017, um homem morreu atropelado por um comboio perto da estação, levando a uma interrupção temporária na circulação ferroviária.[3]
Em Janeiro de 2011, esta estação apresentava três vias de circulação, com 534 e 301 m de comprimento; as plataformas tinham todas 165 m de extensão, e 90 cm de altura[25] — valores mais tarde[quando?] alterados para os atuais.[2]
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