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compositor, escritor, artista plástico e geômetra brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Denis Mandarino (São Paulo, 7 de maio de 1964) é um compositor, escritor, artista plástico e geômetra brasileiro.[5]
Denis Mandarino | |
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Autorretrato do artista (2006), acrílico sobre tela, 70 x 50 cm. | |
Informação geral | |
Nome completo | Denis Garcia Mandarino |
Nascimento | 7 de maio de 1964 (60 anos) |
Origem | São Paulo, SP |
País | Brasil |
Gênero(s) | Música brasileira, Clássico, World music, Experimental, Blues-rock, Instrumental |
Ocupação(ões) | Artista plástico,[1] compositor,[2] escritor |
Instrumento(s) | violão, guitarra, baixolão, mandolin[2] |
Modelos de instrumentos | Variax, Sugiyama, Yamaha, Godin, Tagima de 12 cordas, iGuitar Brian Moore, Fender e Ibanez. |
Extensão vocal | Baritenor |
Período em atividade | 1983 - presente |
Outras ocupações | Professor universitário, arranjador[3] e Produtor multimídia[4] |
Gravadora(s) | Independente[5] |
Afiliação(ões) | Versatilismo, figurativismo[6] arte contemporânea[7] |
Página oficial | http://www.denismandarino.com |
Escreveu em 1995 a Teoria da Percepção Quadridimensional,[8] na qual afirma que os conceitos por trás da perspectiva renascentista envolvem quatro dimensões, em vez da tridimensionalidade que comumente lhe é atribuída.[9]
Desenvolveu, em 1997, a perspectiva quadridimensional,[1] na qual representa-se a visão panorâmica de um observador em movimento.
Em 2007, propôs o versatilismo[10] por meio de um manifesto literário.[4]
Descendente de espanhóis por parte de mãe '(Diva Garcia)' e de italianos por parte de pai '(Dino Mandarino)',[11] estudou violão clássico no Conservatório Musical Maraiza (1978-1983).[2][12] Cursou o Bacharelado em Pintura e Licenciatura em Artes Plásticas na Belas Artes de São Paulo (1984-1989).[6] Estudou regência coral e estética com o maestro e compositor Hans-Joachim Koellreutter.[2] Concluiu o mestrado e o doutorado na Universidade Mackenzie (1995)[6] na área de Comunicação e artes.[13] Leciona desde 1987.[14]
Em 2007, propôs o versatilismo, um movimento artístico, por meio de um manifesto literário, com a intenção de libertar o artista das análises especializadas e promover a prática da arte como forma de autoconhecimento e aprimoramento espiritual.[15][16][17]
Escreveu a trilogia de contos versatilistas,[18] composta por:
E o romance:
No segundo livro da trilogia, Encontro Com o Destino, estão presentes princípios estéticos que se mostram consonantes com o conjunto de ideias do versatilismo. Como os conceitos são proferidos por um dos personagens (Harton), não é possível afirmar categoricamente que sejam ditames morais compartilhados pelo autor. Tais princípios podem ser entrevistos na cena 55 do citado:[19]
Em análise estrita, as poesias do autor são voltadas às suas músicas. Há a preeminência da prosa sobre o verso. Parte da produção, como livros, pinturas e composições musicais, é homônima, evidenciando correlação intencional entre as linguagens. [23][24]
Nas artes plásticas, a produção abrange: o desenho, a pintura e a arte digital (pintura digital,[25] modelagem 3D,[26] ilustração vetorial[27] e digigravura). O figurativismo é uma característica que pode ser encontrada com frequência nos retratos, naturezas mortas, paisagens e nús artísticos. Segundo a Modern Art Community, depois de passar quatro anos escrevendo a Teoria da Percepção Quadridimensional, Mandarino desenvolveu um processo de perspectiva de quatro dimensões, onde o observador não é um elemento estático.[1][28]
A teoria da percepção quadridimensional, escrita em 1995, sob o título de O Tempo na Arte Pictórica, desenvolve-se no capítulo Crítica da Teoria das Projeções. Ela afirma[30] que o observador pontual fixo, postulado na perspectiva renascentista, sugeria ser possível representar algo próximo da visão humana (figura 1), mas que, na realidade, tais processos deveriam ter gerado desenhos curvilíneos, parecidos com as imagens produzidas por uma máquina fotográfica (figura 2).[31]
Em Novas Interfaces em Comunicação e Audiovisual lê-se: "Vale acrescentar, como um exemplo que sempre afetou os nossos álbuns de família, que uma imagem fotográfica, por se aproximar do ponto fixo, arredonda o que está sendo retratado, fazendo com que uma pessoa pareça maior do que realmente o é."[32]
O fato de que tudo diminui, ao se afastar do observador, implica que as perspectivas centrais não poderiam ter as verticais e horizontais como retas paralelas entre si.[33] Junto com outros fatores fisiológicos e psicofisiológicos, somente a observação no espaço-tempo é capaz de produzir imagens naturalistas. Em se considerando uma distância focal constante, o quadro de projeção deixaria de ser plano e se tornaria curvo (figura 3). Na última página do referido capítulo[30] encontra-se a seguinte afirmação: "A intenção da representação gráfica dos períodos compreendidos entre o Renascimento e o final do século XIX era tridimensional, porém, inconscientemente, eles (os artistas) trabalharam com o tempo em suas representações".
Em resumo: "Conclui-se que o sistema de perspectiva surgido no Renascimento foi uma manifestação inconsciente da quadridimensão e que a representação tridimensional teria um caráter curvilíneo e, portanto, totalmente diferente do que comumente se lhe atribui".[34]
O processo de perspectiva quadridimensional, criado com base na teoria da Percepção quadridimensional, foi usado pela primeira vez no quadríptico "Observação no Tempo", de 1997,[35] que é a representação plana do tipo de perspectiva que se vê na realidade aumentada, ou seja, uma cena com diferentes pontos de vista, que são "capturados" por um observador móvel (o desenhista) e que pode ser feita em superfície plana ou curvilínea.[1]
A terminologia foi dada pelo próprio autor:
“ | Em tempo: Inspirado pela teoria da percepção quadridimensional, desenvolvi um processo de perspectiva que nomeei de perspectiva quadridimensional. | ” |
[36] Apesar da semelhança entre os nomes, os textos tratam de assuntos diferentes.[37]
Ao ser analisada, com o auxílio do computador, a pintura Observação no Tempo exibiu as seguintes particularidades:[37]
Ainda segundo o autor, todos os processos de perspectiva, desde o Renascimento, são artificiais e não passam de diferentes formas de representação. A perspectiva 4D é tão somente mais um sistema com vantagens em algumas situações e desvantagens em outras.
Em O Processo no Desenho Projetivo, de (1995), lê-se:
“ | O Processo (de perspectiva) é um produto criativo que estabelece o limite de suas próprias leis (regras). | ” |
Em 2011, fora do âmbito do desenho projetivo e da perspectiva, classificou a superfície capazoide como um elemento da geometria espacial, a qual, à época, ainda não havia sido catalogada. Trata-se de um lugar geométrico tridimensional, cujos pontos são capazes de "enxergar" um segmento de reta num determinado ângulo. Esse segmento é o eixo de revolução de um arco capaz, origem da nomenclatura. Num caso extremo, quando o capazoide é de 90º, ele assume a forma de uma superfície esférica, excetuando-se os pontos extremos do segmento observado, que não pertencem ao capazoide.[39]
Multi-instrumentista de cordas,[2] compositor e arranjador, venceu por duas vezes o Concurso Nacional de Violão Isaías Sávio.[40] Estudou estética e regência coral com o maestro Hans-Joachim Koellreutter[41] e especializou-se no instrumento com Toninho Ciardulo, no Centro Livre de Aprendizagem Musical - CLAM, depois de se formar em violão clássico no Conservatório Musical Maraiza.[5]
É autor de 13 álbuns com a participação dos músicos:
Álbuns autorais e de arranjos:
Produtor na área de multimeios,[4] desenvolveu projetos de Internet art[7] e trilhas sonoras.[57] Como professor,[58] foi divulgador[59] de métodos de comunicação não-verbal,[60] técnicas para o desenvolvimento da criatividade,[61] psicologia da percepção, fundamentos matemáticos do belo[62] e formas de manipulação subliminar.[63] Através de oficinas de computação gráfica[64][65] e edição audiovisual destacava a importância da interdisciplinaridade entre as linguagens.[61]
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