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político brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Roberto Saturnino Braga GOMM • GOIH • GOOCN • GCOMB (Rio de Janeiro, 13 de setembro de 1931) é um engenheiro e político brasileiro filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB). Foi deputado federal, prefeito, vereador da cidade do Rio de Janeiro e Senador da República.
Saturnino Braga | |
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Saturnino Braga | |
Senador pelo Rio de Janeiro | |
Período | 1º de fevereiro de 1975 a 1º de janeiro de 1986 (2 mandatos consecutivos)[lower-alpha 1] |
Antecessor(a) | Paulo Francisco Torres |
Sucessor(a) | Jamil Haddad |
Período | 1º de fevereiro de 1999 a 1º de fevereiro de 2007 |
Antecessor(a) | Abdias do Nascimento |
Sucessor(a) | Francisco Dornelles |
6.º Prefeito do Rio de Janeiro | |
Período | 1º de janeiro de 1986 a 1º de janeiro de 1989[1] |
Antecessor(a) | Marcello Alencar |
Sucessor(a) | Marcello Alencar |
Deputado federal pelo Rio de Janeiro | |
Período | 1º de fevereiro de 1963 a 1º de fevereiro de 1967 |
Período | 22 de abril de 1968 a 21 de agosto de 1968 |
Vereador do Rio de Janeiro | |
Período | 1º de janeiro de 1997 a 1º de fevereiro de 1999 |
Dados pessoais | |
Nome completo | Roberto Saturnino Braga |
Nascimento | 13 de setembro de 1931 (93 anos) Rio de Janeiro, DF, Brasil |
Nacionalidade | brasileiro |
Progenitores | Mãe: Rachel Saturnino Braga Pai: Francisco Saturnino Braga |
Alma mater | Universidade do Brasil |
Prêmio(s) | |
Cônjuge | Eliana Schreiner Saturnino Braga |
Filhos(as) | Bruno Saturnino Braga Antonio Frederico Saturnino Braga |
Partido | PSB (1960–1965) MDB (1966–1979) PMDB (1980-1981) PDT (1981–1987) PSB (1987–2002) PT (2002–2019) PSB (2019–presente) |
Profissão | engenheiro, político |
Website | www.saturninobraga.com.br |
Filho do engenheiro Francisco Saturnino Braga, diretor do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), e neto de Ramiro Saturnino Braga, provinha de uma tradicional família de Campos dos Goytacazes, no norte do estado do Rio de Janeiro. Tanto seu pai quanto o avô foram deputados federais do Rio de Janeiro, o primeiro ligado a Nilo Peçanha, e o segundo aliado político do ex-interventor Ernâni do Amaral Peixoto, líder regional do Partido Social Democrático (PSD). Primo de Saturnino de Brito Filho.
Formado em engenharia[qual?] pela Universidade do Brasil (atual UFRJ) em 1954, passou a trabalhar dois anos depois no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE), onde se especializou em engenharia econômica.
Também estudou na Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), onde foi aluno de Celso Furtado, e no Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB).
Roberto Saturnino Braga ingressou na vida política em 1960, quando se filiou ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), pelo qual elegeu-se deputado federal dois anos depois, a frente da coligação Renovação Federal, liderada pelo PSB.
Inclinado às posições nacionalistas e de esquerda, não foi cassado após o golpe militar de 1964, mas dois anos depois sua recandidatura a deputado federal foi impugnada por pressão do governo Castello Branco, o que o obrigou a retornar ao BNDE.
Retornou à política apenas em 1974, quando foi convidado às pressas por Amaral Peixoto para ser candidato ao Senado pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB; do qual fora fundador em 1966), substituindo Affonso Celso Ribeiro de Castro, que tivera um derrame. Com uma campanha improvisada, Roberto Saturnino venceu o favoritismo do marechal Paulo Torres (que buscava a reeleição pela Arena), e foi eleito senador do estado do Rio de Janeiro.
Em 1979, com o fim do bipartidarismo, Roberto Saturnino tornou-se a principal liderança do PMDB no estado, após a saída do governador Chagas Freitas (para o PP) e do senador Amaral Peixoto (para o PDS). No entanto, a incorporação do PP ao PMDB (trazendo de volta o grupo de Chagas Freitas ao partido), obrigou Saturnino Braga a romper, filiando-se ao Partido Democrático Trabalhista (PDT), de Leonel Brizola, pelo qual reelegeu-se senador em 1982.
Em 1985, com o restabelecimento das eleições diretas para prefeitos das capitais, Saturnino Braga foi lançado pelo PDT para disputar a prefeitura do Rio de Janeiro, sendo eleito com quase 40% dos votos. A cadeira no Senado passou para o suplente, Jamil Haddad.
A 26 de novembro de 1987, foi agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, de Portugal.[3]
Mas sua gestão à frente da prefeitura foi marcada por greves e rupturas. Em 1988, no último ano de seu mandato, decretou a falência do município do Rio de Janeiro. Hostilizado pelo vice-prefeito, Jó Antônio Rezende, Saturnino Braga rompeu com Brizola e saiu do PDT, filiando-se mais tarde ao PSB. O anúncio da falência abalou a candidatura do PSB a sucessão de Saturnino, que planejava lançar o vice, Jó, que acabou por renunciar à candidatura.[4]
O anúncio da falência do município abalou fortemente a imagem pública de Saturnino Braga, voltou à política somente em 1994, quando concorreu ao Senado e ficou em quinto lugar com 774 mil votos. Em 1996, se elegeu vereador da cidade do Rio de Janeiro. Dois anos depois, concorreu ao Senado mais uma vez e foi eleito, com 38,10% dos votos válidos, por uma aliança de esquerda (reunindo PDT, PT, PSB, PCdoB e PCB), que também elegeu o governador Anthony Garotinho (PDT) e a vice-governadora Benedita da Silva (PT).
No ano 2000, quando Garotinho rompeu com Brizola e trocou o PDT pelo PSB, Saturnino Braga novamente ficou isolado. Por discordar, em 2002, do lançamento de candidatura própria pelo PSB à presidência com Garotinho, deixou o partido e filiou-se ao PT. Por sua vez, o PDT cobrou o cumprimento de um acordo político em que Saturnino cumpriria apenas a metade do mandato de senador eleito em 1998, cabendo o restante ao suplente do PDT, Carlos Lupi. Saturnino Braga assumiu o erro pelo acordo eleitoral, mas não aceitou entregar o cargo, permanecendo como senador pelo Rio de Janeiro.
Em 2004, como senador, Saturnino foi admitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao grau de Grande-Oficial especial da Ordem do Mérito Militar.[2]
No início de 2006, foi impedido de disputar a reeleição pelo PT, que optou por apoiar Jandira Feghali, do PCdoB.[5] Recusou a proposta de se candidatar à Câmara e, no fim de julho anunciou o fim da carreira política em entrevista ao jornal O Globo: "É melhor sair numa boa do que derrotado", justificou.
Após quase duas décadas no PT, em 2019 Saturnino voltou a se filiar ao PSB, em ato com o então presidente da sigla Carlos Siqueira.[6]
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