Igor Girkin
veterano do exército russo e antigo funcionário do FSB / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Igor Vsevolodovich Girkin (russo: И́горь Все́володович Ги́ркин; IPA: [ˈiɡərʲ ˈfsʲɛvələdəvʲɪtɕ ˈɡʲirkʲɪn],; nascido em 17 de Dezembro de 1970),[3] também conhecido pelo pseudônimo Igor Ivanovich Strelkov (russo: И́горь Ива́нович Стрелко́в; IPA: [ˈiɡərʲ ɪˈvanəvʲɪtɕ strʲɪlˈkof]), é um veterano do exército russo e antigo funcionário do Serviço Federal de Segurança (FSB) que teve um papel central na Anexação da Crimeia pela Federação Russa, e mais tarde na Guerra em Donbas, como um organizador de grupos militantes na República Popular de Donetsk.[4][5][6] Girkin liderou um grupo de militantes na Ucrânia, onde ele participou do Cerco a Sloviansk. Durante a batalha ele aumentou sua influência e se tornou o comandante militar de facto de todas forças separatistas na região do Donbas, situação confirmada pelo Primeiro-Ministro da República Popular de Donetsk Alexander Borodai, o qual o nomeou oficialmente Ministro da Defesa.[6][7][8]
Igor Vsevolodovich Girkin | |
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Ministro da defesa da República Popular de Donetsk | |
Período | 16 de maio de 2014 a 14 de agosto de 2014 Presidência de Pavel Gubarev Primeiro ministro: Alexander Borodai Alexander Zakharchenko |
Sucessor | Vladimir Kononov |
Comando militar de Donetsk | |
Período | 6 de junho de 2014 a 14 de agosto de 2014 |
Antecessor | Alexander Zakharchenko |
Dados pessoais | |
Nascimento | 17 de dezembro de 1970 (53 anos) Moscou, União Soviética |
Nacionalidade | russo |
Partido | Movimento Russo Nacional |
Assinatura | ![]() |
Serviço militar | |
Apelido(s) | Igor Ivanovich Strelkov |
Lealdade | ![]() ![]() ![]() ![]() |
Serviço/ramo | ![]() ![]() |
Anos de serviço | ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() |
Graduação | ![]() |
Conflitos | Guerra da Transnístria Guerra da Bósnia Primeira Guerra da Chechênia Segunda Guerra da Chechênia Crise da Crimeia de 2014 Guerra em Donbas Invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022 |
Girkin, que se descreve como um nacionalista russo, foi acusado pelas autoridades ucranianas de terrorismo.[9] Ele foi sancionado pela União Européia pelo seu papel de liderança no conflito armado no leste ucraniano.[10] Autoridades ucranianas o acusaram de ser um coronel aposentado do GRU, a organização russa de inteligência militar externa.[10][11][12]
Em 2014, ele defendeu que os "clãs liberais" (as frações liberais das elites russas) deveriam ser destruídos em favor dos "clãs da segurança pública".[13][14] Em 2016, ele formou o Movimento Nacional Russo, um grupo político favorável à "união da Federação Russa, Ucrânia, Bielorrússia e outras terras russas em um único estado pan-russo e à transformação de todo o território da antiga URSS em uma zona incondicional de influência russa".[15]
Girkin é suspeito de crimes de guerra, tendo admitido o uso de escudos humanos e execuções sumárias.[16] Em 19 de junho de 2019, promotores holandeses acusaram Girkin de assassinato na queda do Voo Malaysia Airlines 17,[17][18][19] e emitiram um mandado de prisão internacional contra ele.[20] Girkin admite "responsabilidade moral", mas nega ter dado a ordem de derrubar o avião.[21]
Com a invasão russa da Ucrânia em 2022, Girkin reganhou a atenção como um "blogueiro de guerra". Notável por sua postura ferozmente pró-guerra e ultranacionalista, mas ao mesmo tempo sendo um crítico ferrenho das Forças Armadas da Rússia, acusando-os de incompetência e "insuficiência".[22] Seis meses após a invasão russa da Ucrânia em 2022, após a grande contra- ofensiva ucraniana de Kharkiv em setembro, ele previu uma derrota completa para as tropas russas na Ucrânia.[23] Em outubro de 2022, Girkin se juntou a uma unidade de voluntários lutando contra as forças ucranianas.[24] Em abril de 2023, Girkin, ao lado de outros nacionalistas russos, formou o "Clube dos Patriotas Irritados", um movimento social linha-dura que defende medidas mais contundentes a serem tomadas pelo governo russo na guerra.[25]
Em 21 de julho de 2023, Igor Girkin foi detido pelas autoridades russas sob a acusação de "extremismo",[26] usada pelo governo russo contra oponentes políticos.[27]