Forças separatistas de Donbas
Forças armadas da República Separatista de Donetsk e Lugansk / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Forças separatistas pró-Rússia em Donbas são milícias e forças militares armadas afiliada às região separatistas de Donbas, no leste da Ucrânia, conhecidas como República Popular de Donetsk (RPD) e República Popular de Lugansk (RPL), que lutam contra as Forças Armadas Ucranianas na Guerra em Donbas e na Guerra Russo-Ucraniana. É designado como uma organização terrorista pelo governo ucraniano.[2] Em setembro de 2022, a Rússia oficialmente anexou o RPD e RPL, e as milícias populares separatistas estão sendo integrados às Forças Armadas da Rússia.[3]
Forças separatistas de Donbas Сепаратистские силы на Донбассе | |
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País | República Popular de Donetsk República Popular de Lugansk |
Fundação | 3 de março de 2014 (como a Milícia Popular de Donbas) |
Lideranças | |
Comandantes-em-Chefe Supremos | Denis Pushilin Leonid Pasechnik |
Comandantes do Diretório da Milícia Popular | Major-general Denis Sinenkov Coronel Yan Leshchenko |
Pessoal ativo | ~ 44 000 combatentes (2021)[1] |
Indústria | |
Fornecedores estrangeiros | Rússia |
Artigos relacionados | |
História | Guerra Russo-Ucraniana |
Bandeira de guerra da milícia da Nova Rússia. |
Os paramilitares separatistas foram formados durante a agitação pró-Rússia de 2014 na Ucrânia. A "Milícia Popular de Donbas" (posteriormente a Milícia Popular de Donetsk) foi criada em março de 2014 por Pavel Gubarev, que se proclamou "Governador do Povo" do Oblast de Donetsk.[4] Já o "Exército do Sudeste" (posteriormente a Milícia Popular de Luhansk) foi formada em abril de 2014 no Oblast de Luhansk. A Guerra em Donbas começou em abril de 2014 depois que esses grupos tomaram prédios do governo ucraniano no Donbass, equanto o governo ucraniano respondeu lançando uma "Operação Anti-Terrorista" para destruir os grupos separatistas.
Em setembro de 2014, as milícias armadas das repúblicas autoproclamadas em Donetsk e Luhansk se mesclaram para formar as Forças Armadas Unidas da Nova Rússia (em russo: Объединённые Вооруженные Силы Новороссии),[5][6] que deveria ser filiada à não reconhecida união política da Novorossiya (Nova Rússia). As duas milícias se tornaram o 1º Corpo de Exército (Donetsk)[7] e o 2º Corpo de Exército (Lugansk).[8] No entanto, o projeto da Novorossiya foi suspenso em maio de 2015 devido às lutas internas,[9] entretanto, os dois exércitos separatistas ainda operariam de maneira unificada.[10]
Os separatistas são apoiados pelas Forças Armadas da Rússia.[11] A Ucrânia, os Estados Unidos e analistas consideram que os dois principais corpos de exército dos separatistas estão sob comando do 8º Exército de Armas Combinadas russo,[12][13] que foi formado em 2017 em Novocherkassk, no oblast de Rostov. Embora o Governo da Rússia negasse envolvimento militar direto na guerra civil ucraniana, muitos russos com identificação foram capturados por soldados ucranianos.[14] De Abril até Agosto de 2014, foram liderados pelo "Coronel Igor Strelok", pseudônimo de Igor Girkin, ex-agente do Serviço Federal de Segurança (FSB) e cidadão russo.[15] Os Estados Unidos acreditavam que, entre 2014 e 2018, cerca de 30 000 russos serviram no leste da Ucrânia na região de Donbas.[16] Os separatistas admitiram que recebem suprimentos da Rússia e muitos dos seus milicianos e oficiais chegaram a receber treinamento militar em solo russo. A BBC reportou que vários oficiais das tropas separatistas eram de fato cidadãos russos.[14][17] Em agosto de 2014, Alexander Zakharchenko, então chefe da República de Donetsk, chegou a afirmar que entre 3 000 e 4 000 voluntários russos lutavam por sua milícia, o que incluía soldados ativos e aposentados do exército russo.[18] Alega-se que desde setembro de 2015, as unidades separatistas, no nível de batalhão e acima, estão agindo sob o comando direto de oficiais das forças armadas russas, com ex-comandantes locais às vezes servindo como seus adjuntos.[19]
Com a invasão russa da Ucrânia em 2022, as forças separatistas de Donbas iniciaram um processo de mobilização em massa que viu grandes partes da população de homens de Donbas conscritos para lutar pela Rússia.[20][21] O papel dos conscritos do Donbas pelas forças russas foi descrito como "bucha de canhão"[22][23] e por novembro, a taxa de baixas relatada das forças separatistas era de quase 50%, de acordo com fontes separatistas oficiais, e presume-se que é possivelmente maior de acordo por observadores externos.[23]