Guerra bizantino-sassânida de 602–628
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A guerra bizantino-sassânida de 602-628 foi a última e mais devastadora de uma série de guerras travadas entre o Império Bizantino e o Império Sassânida. A guerra anterior entre estas potências havia terminado em 591 após o imperador Maurício (r. 582–602) ajudar o xá sassânida Cosroes II (r. 590–628) a recuperar seu trono. Em 602, Maurício foi assassinado por seu rival político Focas (r. 602–610), e Cosroes II, como consequência, declarou guerra, aparentemente para vingar sua morte. Isto tornou-se um conflito de décadas, o mais logo de uma série, e foi travado em todo o Oriente Médio e partes da Europa Oriental: no Egito, Levante, Mesopotâmia, Cáucaso, Anatólia, e mesmo diante das próprias muralhas de Constantinopla.
Guerra bizantino-sassânida de 602-628 | |||
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Guerras bizantino-sassânidas | |||
Batalha entre exército de Heráclio e persas sob Cosroes II. Afresco de Piero della Francesca, c. 1452 | |||
Data | 602 – 628[a] | ||
Local | Cáucaso, Anatólia, Egito, Levante, Mesopotâmia | ||
Desfecho | Vitória pírrica bizantina | ||
Mudanças territoriais | Status quo ante bellum | ||
Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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Enquanto os persas mostraram considerável sucesso durante o primeiro estágio da guerra, de 602 a 622, conquistando muito do Levante, Egito e partes da Anatólia, a ascensão do imperador Heráclio (r. 610–641) em 610 levou, apesar dos contratempos iniciais, à derrota persa. A campanha de Heráclio em territórios inimigos entre 622 e 626 forçou-os a manter-se na defensiva permitindo que suas forças recuperassem o momentum. Aliados com os ávaros, os persas fizeram uma tentativa final de tomar Constantinopla em 626, mas foram derrotados. Em 627, Heráclio invadiu o coração da Pérsia o que os levou a pedir paz no ano seguinte.
Até o final do conflito ambos os lados tinham esgotado seus recursos humanos e materiais. Consequentemente, estavam vulneráveis ao surgimento repentino do Califado Ortodoxo, cujas forças invadiram-os poucos anos após a guerra, em 632. As forças muçulmanas rapidamente conquistaram o Império Sassânida por completo e privaram o Império Bizantino de seus territórios no Levante, Cáucaso, Egito e Magrebe. Ao longo dos séculos seguintes, metade do Império Bizantino e o Império Sassânida ficaram sob domínio muçulmano.