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Flavio Briatore (Verzuolo, 12 de abril de 1950) é um empresário italiano. Reconhecido internacionalmente por sua carreira na Fórmula 1, trabalhou como chefe de equipe das escuderias Benetton e Renault. Atualmente, ele ocupa o cargo de conselheiro executivo da equipe Alpine.[1]
Flavio Briatore | |
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Nascimento | 12 de abril de 1950 (74 anos) Verzuolo |
Cidadania | Itália |
Cônjuge | Elisabetta Gregoraci |
Filho(a)(s) | Leni Klum |
Ocupação | empreendedor, agente desportivo, gerente |
Empregador(a) | Benetton |
Página oficial | |
https://www.flaviobriatore.it/ | |
Além de ter sido chefe da Renault, Briatore também é um empresário de sucesso no meio da Fórmula 1 como um grande caça talentos, sendo empresário de vários pilotos renomados como o bicampeão mundial Fernando Alonso, Heikki Kovalainen, Mark Webber e Nelsinho Piquet, que viria a ser demitido pelo próprio Briatore quando correu pela Renault (ver seção "Caso Nelsinho Piquet"). Há algumas décadas, trabalhou também com o heptacampeão Michael Schumacher no começo de sua carreira, quando era diretor técnico da Benetton, equipe onde Schumacher conseguiu seus dois primeiros títulos mundiais da carreira.
Briatore era diretor comercial da multinacional de vestuário Benetton e foi convidado por Luciano Benetton para assistir pela primeira vez a um GP de Fórmula 1 — o acidentado Grande Prêmio da Austrália de 1989. Integrando o paddock da equipe Benetton Formula a partir de então, aprendeu tecnologia da com Ross Brawn, um dos maiores e mais vencedores diretores da história da Fórmula 1, gerência com Tom Walkinshaw, e angariação de pilotos como Michael Schumacher. Cinco anos depois, em 1994, conseguia levar a Benetton, até então uma equipe de meio da tabela ao título do Mundial de Pilotos, apesar da exclusão de Schumacher em quatro Grandes Prêmios. Nenhum outro piloto na história da Fórmula 1 havia sido campeão com aquele carro somado a tantas penalizações.
Os métodos duvidosos de Flavio Briatore começaram a se manifestar em sua segunda temporada comandando a Benetton na Fórmula 1. Em 1991, o dirigente demitiu Roberto Pupo Moreno e colocou o então novato Michael Schumacher em seu lugar, durante a temporada, no GP da Itália. O veterano brasileiro sequer foi avisado da decisão da equipe. Nesta época, ele corria ao lado do tricampeão Nelson Piquet.
Três anos depois, em 1994, uma série de denúncias contra a Benetton manchou o primeiro título de Schumacher na F-1. A categoria reestreava o reabastecimento, que viria a ser decisivo na estratégia das equipes. Briatore mandou tirar o filtro das máquinas de sua equipe, o que acelerava o processo, mas o tornava muito inseguro. A falcatrua foi descoberta após o incêndio no carro de Jos Verstappen no GP da Alemanha, em Hockenheim.[2]
No mesmo ano, a Benetton foi acusada de usar dispositivos eletrônicos (proibidos) disfarçados em seu carro, como o controle de tração e de largada. Schumacher ainda colocou a cereja no bolo, ao conquistar o campeonato jogando o carro sobre Damon Hill, da Williams, no GP da Austrália, última corrida do ano.[2]
No fim da temporada de 1994, Briatore comprou a francesa Ligier para adquirir o direito de uso dos motores Renault, os melhores da época. O regulamento da FIA não permitia que ele fosse o dono da equipe e ele repassou o time a Tom Walkinshaw, dono da Tom Walkinshaw Racing (TWR), também conhecido por manobras duvidosas em outras categorias, com Briatore assumindo a gestão completa da Benetton. Os propulsores acabaram nos carros da Benetton.[carece de fontes]
O título de Schumacher em 1995 foi o último brilho desta época da Benetton. A saída do alemão, junto com vários membros da equipe técnica, colocou o time na metade do grid. Em 1996, Briatore comprou uma parte da Minardi, mas não conseguiu vendê-la como o esperado. No ano seguinte, ele foi demitido da Benetton. Em 1997, a Benetton substituiu Briatore por David Richards.[3]
De 1998 a 2000, ele liderou a empresa Supertec, fornecendo motores Renault fabricados pela Mecachrome para a Williams e a British American Racing (BAR) em 1999, para a Arrows em 2000, e sob a marca "Playlife" para a Benetton em 1999 e 2000.[4]
Em 2000, a Renault anunciou seus planos de retornar à Fórmula 1 com a compra da equipe Benetton Formula. Briatore retornou como diretor administrativo e chefe de equipe, substituindo Rocco Benetton. A equipe correu como Benetton utilizando motores Renault em 2001 antes de se tornar a equipe Renault em 2002.
Briatore tem reputação de caçador de talentos e provavelmente sua maior 'descoberta' foi Fernando Alonso. Ele se encontrou com o adolescente espanhol em 1999. Como seu empresário, Briatore garantiu-lhe uma corrida com a Minardi em 2001 e o promoveu a piloto de testes da Renault em 2002.[4]
Em 2003, Briatore demitiu Jenson Button e colocou Alonso, seu piloto, na vaga na Renault. Além do espanhol, o dirigente foi empresário de pilotos como Mark Webber, Heikki Kovalainen, Jarno Trulli e Nelsinho Piquet.
Com Alonso, a Renault venceu os campeonatos de pilotos e construtores em 2005 e 2006. No entanto, Alonso deu as costas a Briatore para assinar com a rival McLaren em 2007.[5]
Em 2009, Briatore protagonizou a grande polêmica de sua carreira junto ao brasileiro Nelsinho Piquet. Insatisfeito com o desempenho do piloto, o dirigente chegou a ameaçar demití-lo pouco antes da largada das corridas. Após o Grande Prêmio da Hungria, ele foi desligado do time e acusou o empresário de ser seu carrasco, apesar de tomar 20% de seu salário.[6]
Em entrevista ao jornal inglês "Daily Mirror", Nelson Piquet disse que avisou a Federação Internacional de Automobilismo, ainda em 2008, durante o Grande Prêmio do Brasil, sobre a manobra da Renault para manipular o resultado no Grande Prêmio de Singapura de 2008. Piquet disse que relatou o caso ao diretor de prova, Charlie Whiting, mas não entrou em contato com o presidente da FIA, Max Mosley, por medo de prejudicar a carreira de seu filho, Nelsinho.[7] Foi um dos episódios mais escabrosos da história do esporte: Briatore e o engenheiro chefe da Renault, Pat Symonds, teriam premeditado o acidente de Nelsinho no GP de Cingapura, para favorecer Fernando Alonso. A equipe havia chamado Alonso mais cedo aos boxes. Duas voltas depois, na curva 17, Nelsinho perdeu a traseira do carro, bateu no muro e escapou para o outro lado da pista, onde não havia como retirar o carro sem a entrada do safety car. Como somente Alonso havia feito a parada para reabastecer e trocar pneus, o acidente lhe foi favorável: voltou à competição em primeiro lugar e ganhou a corrida.
No dia 10 de setembro, foi divulgada a reprodução do documento contendo as declarações de Nelsinho Piquet em seu depoimento à FIA e aos investigadores da Quest — empresa contratada pela entidade para investigar o acidente.[8]
No dia 16 de setembro de 2009 a Renault anunciou a demissão de Flavio Briatore e Pat Symonds, embora o caso ainda não tivesse sido julgado pela FIA.[9][10]
No dia 21 de setembro, a FIA anunciou o banimento de Flavio Briatore da Fórmula 1 e do automobilismo mundial, perdendo inclusive o direito de empresariar pilotos. O ex-chefe de equipe, Pat Symonds, recebeu suspensão de cinco anos. Nelsinho Piquet foi absolvido, por colaborar com as investigações, e Fernando Alonso foi inocentado.[11]
No dia 5 de janeiro de 2010, o Tribunal de Grande Instância de Paris anulou o banimento imposto à Briatore pela FIA, permitindo que ele volte a trabalhar novamente na Fórmula 1. Briatore ainda deve receber uma indenização no valor de quinze mil euros.[12]
Briatore retornou à antiga equipe Renault, que atualmente compete sob o nome Alpine, em maio de 2024.[13] A nova função de Briatore foi oficializa, em 21 de junho, como a de conselheiro executivo.[1]
Sendo comercial de moda, Briatore acabou por se envolver social e amorosamente com as mediáticas modelos: Adriana Volpe, Elle MacPherson, Heidi Klum (com quem tem uma filha chamada Leni), Linda Santaguida, Naomi Campbell, Vanessa Kelly, Valentina Micchetti e Elisabetta Gregoraci.
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