Fajã do Salto Verde
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A Fajã do Salto Verde é uma das fajãs da ilha de São Jorge, sempre foi conhecida pelo seu difícil acesso. Situa-se na costa Norte da ilha, freguesia de Calheta (Açores), Concelho da Calheta. Tem como vizinhas mais próximas a Fajã do Castelhano e a Fajã do Norte das Fajãs.[1]
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Para se descer a esta fajã é preciso enveredar-se pela Serra do Topo e seguir-se por um atalho estreito cavado na rocha que leva há volta duas horas a descer e três a subir.
Nesta fajã existiam antigamente doze casas onde viviam famílias durante todo o ano. Tratavam o gado e como a terra é muito fértil sempre se cultivou o milho, a batata, a vinha, a abóbora, o inhame, a cebola, a couve, o mogango, o tomate, o feijão, a melancia, o vime para cestos, a ervilha.
Também se fazia o cultivo de árvores de fruto como a figueira, a macieira, o pessegueiro, a bananeira, a groselheira, a laranjeira e outras cujos frutos eram conservados para o ano inteiro sob diversas formas.
Devido aos difíceis acessos os habitantes desta fajã eram praticamente auto suficientes. Alimentavam-se do que a terra lhes dava e viviam uma vida frugal, profundamente ligada à terra. As refeições mais comuns eram sopas de leite com pão de milho, caldos de hortaliças com enchidos e carne de porco, ovos frescos das galinhas e patos que andavam à solta, queijo e manteiga feitos em casa. Além disse, o mar, ali sempre presente fornecia parte importante da subsistência, fornecendo peixe variado e um dos mais importantes produtos da costa, a lapa.[1]
Nesta fajã existiam alguns moinhos de água destruídos pelo terramoto de 1980.
Apesar de a fajã do Salto Verde ficar numa zona de encostas altíssimas, o acesso ao mar foi sempre uma necessidade, ao contrário do que acontecia na vizinha Fajã de Entre Ribeiras. Ao longo dos anos o pescado mas frequente e foi a (Sparisoma cretense), o sargo, a Moreia o Moreão preto, entre todas as outras espécies que é possível apanhar na costa Norte de São Jorge. Também se apanhava muita lapa, caranguejo e outros crustáceos e moluscos.
Depois do relativo abandono a que esta fajã foi votada a natureza tem gradualmente ocupado o seu lugar, tornando-se variada levando a que a luxuriante Floresta Laurissilva típica da Macaronésia se tenha praticamente espalhado por toda a parte.
Uma curiosidade desta fajã é o facto de a partir do mês de dezembro e até meados do mês de fevereiro não haver sol direto nesta fajã, devido a ficar no sopé de um monte com a altitude de 750 metros que o encobre.[1]
Nesta fajã correm algumas ribeiras e também jorram várias nascentes.