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As eleições gerais no Brasil em 2018 foram realizadas no dia 7 de outubro. Nesse pleito, foram eleitos os membros do Congresso, sendo 513 deputados federais[1][2] e 54 senadores (dois terços do total),[3][4] além de governadores de treze Estados.[5]
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Eleições Gerais de 2018 513 Deputados Federais 1059 Deputados Estaduais 54 Senadores 27 Governadores 1 Presidente da República | |||||||||||
7 de outubro de 2018 | |||||||||||
PT - Gleisi Hoffmann (PR) | |||||||||||
Representantes obtidos: | 54 21.7% | ||||||||||
Senadores obtidos: | 4 100% | ||||||||||
10.5% | |||||||||||
PSL - Gustavo Bebianno (SP) | |||||||||||
Representantes obtidos: | 52 5100% | ||||||||||
Senadores obtidos: | 4 | ||||||||||
10.1% | |||||||||||
PP - Ciro Nogueira (PI) | |||||||||||
Representantes obtidos: | 38 0% | ||||||||||
Senadores obtidos: | 5 400% | ||||||||||
7.4% | |||||||||||
PSD - Gilberto Kassab (SP) | |||||||||||
Representantes obtidos: | 35 7.9% | ||||||||||
Senadores obtidos: | 4 300% | ||||||||||
6.8% | |||||||||||
MDB - Romero Jucá (RR) | |||||||||||
Representantes obtidos: | 34 48.5% | ||||||||||
Senadores obtidos: | 7 40% | ||||||||||
6.6% | |||||||||||
PR - Valdemar Costa Neto (SP) | |||||||||||
Representantes obtidos: | 33 2.9% | ||||||||||
Senadores obtidos: | 1 0% | ||||||||||
6.4% | |||||||||||
Governadores eleitos por partido | |||||||||||
Câmara dos Deputados | |||||||||||
Senado Federal | |||||||||||
Tribunal Superior Eleitoral |
A disputa para Presidente e vice-presidente, assim como para governador em outros treze estados: Amazonas, Amapá, Roraima, Rondônia, Pará, Rio Grande do Norte, Sergipe, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal, foi para o segundo turno,[6] que ocorreu no dia 28 de outubro. Jair Bolsonaro (PSL), que competia com Fernando Haddad (PT), saiu-se vencedor.[7]
Na disputa parlamentar, foi notória a grande renovação tanto para a Câmara dos Deputados quanto para o Senado. Neste, apenas oito das 54 vagas serão ocupadas por candidatos que se candidataram à reeleição; naquela, mais de 50 por cento das cadeiras deverão ser ocupadas por novos deputados. Também foi notável o vertiginoso crescimento do partido do presidente eleito, o Partido Social Liberal (PSL), que, de um partido nanico, do qual apenas um deputado fora eleito em 2014, tornou-se a segunda maior bancada da Câmara, com 52 deputados eleitos.[8]
Treze candidatos foram confirmados para disputar a Presidência da República, o maior número desde a eleição de 1989, a primeira após a redemocratização, que teve 22 candidatos. O Movimento Democrático Brasileiro (MDB, antigo PMDB) apresentou o primeiro candidato ao governo desde 1994, que foi o Henrique Meirelles, que exercia a função de Ministro da Fazenda no governo Michel Temer.[9] O Partido dos Trabalhadores oficializou a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.[10][11] No entanto, Lula encontrava-se preso por corrupção e lavagem de dinheiro, e portanto teve a candidatura indeferida pelo TSE em virtude de sua condenação em segunda instância. A decisão teve como base a Lei da Ficha Limpa.[12] Fernando Haddad assumiu a condição de candidato a presidente em seu lugar.[13]
Tendo obtido uma grande quantidade de votos que iriam para Lula, Haddad logrou chegar ao segundo turno, que ocorreu no dia 28 de outubro, disputando-o com Jair Bolsonaro, do Partido Social Liberal.
Candidato | Vice | Resultado (2° turno) | |
---|---|---|---|
Total de votos | Percentagem | ||
Jair Bolsonaro (PSL) | Hamilton Mourão (PRTB) | 57 797 847 | 55,13% |
Fernando Haddad (PT) | Manuela d'Ávila (PCdoB) | 47 040 906 | 44,87% |
Todos os 513 membros da Câmara dos Deputados foram eleitos, com candidatos eleitos pelas unidades federativas, variando, por cada uma, de oito a 70 assentos. As eleições para a Câmara dos Deputados ocorrem usando-se o sistema proporcional de lista aberta, com assentos distribuídos usando-se o quociente eleitoral.[14] Neste ano houve uma novidade com a instituição de uma cláusula de barreira. Os partidos tiveram de obter 1,5% dos votos totais ou eleger 9 deputados em 9 diferentes unidades da federação (um terço das 27 unidades da federação) para continuar tendo acesso ao fundo partidário e ao tempo de televisão durante a próxima legislatura.[15] Dois terços dos 81 membros do Senado Federal (54 senadores) foram eleitos, tendo o outro terço sido eleito em 2014. Dois candidatos foram eleitos por cada uma das unidades federativas usando-se o sistema majoritário, com cada eleitor podendo votar em até dois candidatos.[16]
Os eleitores aptos a votar elegeram em cada Estado um governador, um vice-governador e deputados estaduais. O número de deputados eleitos varia conforme o Estado.
Os governadores e vice-governadores das unidades federativas são eleitos usando-se o mesmo sistema de eleição para presidente do Brasil.
As eleições para as Assembleias Legislativas estaduais e a Câmara Legislativa do Distrito Federal ocorrem usando-se o sistema proporcional de lista aberta, com assentos distribuídos usando-se o quociente eleitoral.[17]
O Congresso sofreu uma renovação, tendo sido considerada a maior renovação de parlamentares das últimas décadas.[18][19][20] Segundo levantamento da BBC, no Senado Federal, apenas oito das 54 vagas em disputa foram ocupadas por candidatos que disputaram reeleição. Na Câmara dos Deputados, a renovação de 50% das cadeiras. O número é superior ao das últimas eleições, quando a taxa ficou em 47 por cento. A última vez em que a Câmara teve uma renovação tão grande foi em 1994, quando 54,2 por cento dos deputados eleitos eram novos.[19]
O partido que mais elegeu na Câmara foi o Partido Social Liberal (PSL) tornando-se o segundo maior partido na casa, ficando atrás somente do PT.[21] Dentre os eleitos pelo PSL estão Eduardo Bolsonaro, o candidato mais votado da história do país[22]; o ator Alexandre Frota; a jornalista Joice Hasselmann; o cientista político e príncipe Luiz Philippe de Orléans e Bragança; e a ativista Carla Zambelli,[23] pautados no liberalismo econômico e de perfil conservador nos costumes.[24] Já por outros partidos, dentre os que apoiaram o impeachment de Dilma, elegeram-se Kim Kataguiri e Arthur Moledo do Val do Movimento Brasil Livre, pelo Democratas (DEM).[25] Pelo Partido Novo, foram eleitos oito deputados federais na Câmara,[26] dentre eles Vinicius Poit[27] e Adriana Ventura.[28]
No Distrito Federal, apenas uma de oito cadeiras ficou com uma deputada federal reeleita. A deputada Erika Kokay (PT) conquistou seu terceiro mandato na Câmara. Todos os outros sete eleitos pelo DF eram novos.[19] No Paraná, dos 25 deputados que tentaram a reeleição, dez não conseguiram um novo mandato. O deputado federal mais votado foi o Sargento Fahur, do PSD, com mais de 300 mil votos, elegendo-se para seu primeiro mandato.[29][30] Em Minas Gerais, foram eleitos 24 estreantes,[31] sendo Mauro Tramonte o deputado federal mais votado, pelo PRB.[32] No Rio de Janeiro, o deputado mais votado foi Hélio Negão, pelo PSL. Em São Paulo, foram eleitos 30 novos deputados federais.[31]
Dentre os senadores, elegeram-se pelo PSL a advogada Soraya Thronicke e a juíza Selma Arruda, também com foco no combate à corrupção.[33]
Dos senadores considerados da velha política que tentaram reeleição,[34] o atual presidente, Eunício Oliveira, ficou em terceiro lugar no Ceará,[35] os senadores Edison Lobão,[35] Garibaldi Alves,[35] Romero Jucá,[36] e Roberto Requião,[37] todos do MDB, não se reelegeram.[38] Pelo PSDB, Cássio Cunha Lima[37] não conseguiu a reeleição após 32 anos de mandatos.[37]
A jurista Janaína Paschoal foi a deputada estadual mais votada da história com mais de dois milhões de votos (o que seria também recorde de votos para deputada federal).[39][40][41][42]
Estado | Antes das eleições de 2018[43] | Depois das eleições de 2018 | ||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Estado | Governador | Ass. Legislativa | Câmara Federal | Senadores
(2/3 eleitos em 2010) |
Governador | Ass. Legislativa | Câmara Federal | Senadores
(2/3 renovados) | ||
Acre | PT | PSD | PP | PT | MDB | PSD[44] | MDB | |||
Alagoas | MDB | PSDB | SEM MAIORIA | PP | MDB | PSB | PSDB | |||
Amapá | PDT | PRB | PSB | REDE | PDT | PR | SEM MAIORIA | REDE | PTB | |
Amazonas | PSD | PCdoB | MDB | PSC | PV / PP | PSDB | MDB | |||
Bahia | PT | PSB | PP | PT | PT / PSD | PT | PSD | |||
Ceará | PT | PROS | PT | MDB | PT | PDT | PROS | |||
Distrito Federal | PSB | PT | SEM MAIORIA | PPS | PROS | MDB | SEM MAIORIA | SEM MAIORIA | PSB | PSDB |
Espírito Santo | MDB | PR | PSDB | PSB | PSL | REDE | PPS | |||
Goiás | PSDB | PSB | DEM | PSDB | PP | PRP | ||||
Maranhão | PCdoB | MDB / PV | MDB | PCdoB | PDT | PPS | ||||
Mato Grosso | PSDB | PR | PSB | PR | PODE | DEM | SEM MAIORIA | PSL | DEM | |
Mato Grosso do Sul | MDB | SEM MAIORIA | MDB | PT | PSDB | PSDB | SEM MAIORIA | PTB | PSL | |
Minas Gerais | PT | PSDB | MDB | NOVO | PT | DEM | PHS | |||
Pará | PSDB | MDB | SEM MAIORIA | MDB | MDB/PSDB | SEM MAIORIA | MDB | PSC | ||
Paraíba | PSB | PSD | PSB | PSB | PSB | PP | ||||
Paraná | PP | PSC | PT | MDB | PSD | PSL | PSD | PODE | REDE | |
Pernambuco | PSB | PTB | PT | PSB | PT | MDB | ||||
Piauí | PT | MDB | SEM MAIORIA | PODE | PT | MDB | SEM MAIORIA | PP | ||
Rio de Janeiro | MDB | PR | PRB | PSC | PSL | PSD | ||||
Rio Grande do Norte | PSD | PSDB | SEM MAIORIA | MDB | DEM | PT | PSDB | SEM MAIORIA | REDE | PHS |
Rio Grande do Sul | MDB | PT | PP | PT | PSDB | SEM MAIORIA | PT | PP | PT | |
Rondônia | PSB | MDB / PP | MDB | MDB | PSL | SEM MAIORIA | DEM | MDB | ||
Roraima | PP | PRB / MDB | SEM MAIORIA | PDT | PRB | |||||
Santa Catarina | MDB | PSDB | MDB | PP | PR | |||||
São Paulo | PSB | PSDB | SEM PARTIDO [nota 1] |
PSDB | PSL | PSDB | ||||
Sergipe | PSD | MDB | SEM MAIORIA | PSDB | PSB | PSD | SEM MAIORIA | REDE | PT | |
Tocantins | PHS | SOLIDAR. | PR | PHS | MDB | SOLIDAR. | PSD | |||
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