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As eleições estaduais em Minas Gerais em 1990 ocorreram em 3 de outubro como parte das eleições gerais no Distrito Federal e em 26 estados. Foram eleitos o governador Hélio Garcia, o vice-governador Arlindo Porto, a senadora Júnia Marise, 53 deputados federais e 77 estaduais.[1] Como nenhum candidato a governador atingiu metade mais um dos votos válidos, houve um segundo turno em 25 de novembro e conforme a Constituição, o governador tomaria posse em 15 de março de 1991 para um mandato de quatro anos sem direito a reeleição.[2][nota 1]
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Eleições estaduais em Minas Gerais em 1990 | ||||
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3 de outubro de 1990 (Primeiro turno) 25 de novembro de 1990 (Segundo turno) | ||||
Candidato | Hélio Garcia | Hélio Costa | ||
Partido | PRS | PRN | ||
Natural de | Santo Antônio do Amparo, MG | Barbacena, MG | ||
Vice | Arlindo Porto | José Aparecido | ||
Votos | 3.164.019 | 3.006.219 | ||
Porcentagem | 51,28% | 48,72% | ||
Candidato mais votado por município no 2º turno (723):
Hélio Garcia (470)
Hélio Costa (253) | ||||
Titular Eleito | ||||
Agropecuarista nascido em Santo Antônio do Amparo, o advogado Hélio Garcia diplomou-se na Universidade Federal de Minas Gerais em 1957 e dividiu-se entre seu ofício jurídico e o cargo de secretário-geral da Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais. Eleito deputado estadual pela UDN em 1962, foi líder do governo Magalhães Pinto e a seguir foi escolhido seu secretário de Justiça. Imposto o bipartidarismo, elegeu-se deputado federal pela ARENA em 1966, mas ao fim do mandato afastou-se da vida pública até que em 1975 o governador Aureliano Chaves o escolheu presidente da Caixa Econômica em Minas Gerais, cargo que antecedeu sua eleição para deputado federal em 1978.[3] Durante a legislatura, achegou-se a Tancredo Neves e ingressou no Partido Popular, agremiação a qual foi presidiu em Minas Gerais e acabaria incorporada ao PMDB no fim de 1981 num lance confirmado pelo Tribunal Superior Eleitoral meses depois.[4] Eleito vice-governador na chapa de Tancredo Neves em 1982, foi nomeado prefeito de Belo Horizonte pelo governador no ano seguinte e exonerado para assumir o Palácio da Liberdade quando Tancredo Neves renunciou a fim de disputar a presidência da República.[5][nota 2] Após deixar o governo mineiro, voltou as suas atenções à agropecuária. Gradativamente afastado do PMDB, disputou um novo mandato à frente do executivo estadual sob o inexpressivo Partido das Reformas Sociais, criado para abrigar sua candidatura.[6][7] O resultado do segundo turno mostrou uma disputa equilibrada entre Hélio Garcia e Hélio Costa sendo que o primeiro foi derrotado no interior do estado por menos de oito mil votos, mas graças à votação obtida em Belo Horizonte foi eleito governador pela segunda vez em 1990.[8][9]
Nascido em Patos de Minas, o empresário Arlindo Porto é formado em Contabilidade e Administração de Empresas na Universidade Federal de Uberlândia. Presidente do Lions Club de sua cidade natal, elegeu-se prefeito de Patos de Minas via PMDB em 1982 e conquistou o mandato de vice-governador de Minas Gerais pelo PTB em 1990.[10]
Jornalista nascida em Belo Horizonte, Júnia Marise iniciou a carreira no Correio de Minas em 1962 e trabalhou ainda no Diário de Minas, Rádio Itatiaia e na atual TV Bandeirantes Minas.[nota 3] Chefiou a assessoria de imprensa do governo Magalhães Pinto até 1967 quando formou-se advogada pela Universidade Federal de Uberlândia. Formada em Cinema na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, concluiu o curso de Literatura Brasileira na Academia Mineira de Letras e o curso intensivo de Ciência Política na Universidade de Brasília.[11] Parente do General Dale Coutinho e de Renato Azeredo, ingressou no MDB e foi eleita vereadora em Belo Horizonte em 1970 e 1972, deputada estadual em 1974 e deputada federal em 1978.[12] Outrora militante do PP, reelegeu-se pelo PMDB em 1982. Durante a legislatura votou a favor da Emenda Dante de Oliveira em 1984 e em Tancredo Neves no Colégio Eleitoral em 1985.[13][14] Eleita vice-governadora de Minas Gerais na chapa de Newton Cardoso em 1986, apoiou a candidatura vitoriosa de Fernando Collor à presidência da República em 1989 e elegeu-se senadora pelo PRN em 1990.[15]
Conforme o Tribunal Superior Eleitoral foram apurados 5.482.840 votos nominais (67,20%), 1.508.189 votos em branco (18,49%) e 1.167.773 votos nulos (14,31%), resultando no comparecimento de 8.158.802 eleitores.[1]
Candidatos a governador do estado | Candidatos a vice-governador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
---|---|---|---|---|---|
Hélio Garcia PRS | Arlindo Porto PTB | (PRS, PTB, PL) | |||
Hélio Costa PRN | José Aparecido PRN | (PRN, PSC) | |||
Pimenta da Veiga PSDB | Dorothea Werneck PSDB | (PSDB, PDT) | |||
Virgílio Guimarães PT | Roberto Assis Ferreira PCdoB | (PT, PCdoB, PSB, PCB) | |||
Ronan Tito PMDB | Luís Gambogi PMDB | (PMDB, PDS, PDC, PTR) | |||
Oscar Correia Júnior PFL | Jésus Trindade PFL | (PFL, PSL, PST, PTdoB, PAS) | |||
Conforme o Tribunal Superior Eleitoral foram apurados 6.170.455 votos nominais (79,48%), 169.176 votos em branco (2,18%) e 1.424.006 votos nulos (18,34%), resultando no comparecimento de 7.763.637 eleitores.[1]
Candidatos a governador do estado | Candidatos a vice-governador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
---|---|---|---|---|---|
Hélio Garcia PRS | Arlindo Porto PTB | (PRS, PTB, PL) | |||
Hélio Costa PRN | José Aparecido PRN | (PRN, PSC) | |||
Conforme o Tribunal Superior Eleitoral foram apurados 4.186.403 votos nominais (51,31%), 2.883.743 votos em branco (35,35%) e 1.088.656 votos nulos (13,34%), resultando no comparecimento de 7.763.405 eleitores.[1]
Candidatos a senador da República | Candidatos a suplente de senador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
---|---|---|---|---|---|
Júnia Marise PRN | Roberto Faria de Medeiros PRN Afrânio Augusto Figueiredo PRN |
(PRN, PSC) | |||
Patrus Ananias PT | Fernando Pimentel PT | (PT, PCdoB, PSB, PCB) | |||
Alysson Paulinelli PFL | Flávio Ragagnin PFL | (PFL, PSL, PST, PTdoB, PAS) | |||
Melo Freire PMDB | Dolores Tomaselli PMDB | (PMDB, PDS, PDC, PTR) | |||
Hugo Gontijo PTdoB | Josefa Dias PTdoB | ||||
Carlos Mosconi PSDB | Walter Jobim PSDB | (PSDB, PDT) | |||
Geraldo Diniz Couto PTB | Fernanda Oliveira PTB | (PRS, PTB, PL) | |||
Guido Luiz Mendonça Bilharinho PST | Ednei Silva PST | ||||
São relacionados os candidatos eleitos com informações complementares da Câmara dos Deputados.[16][17]
Foram escolhidos 77 deputados estaduais para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais.[1][17]
Representação eleita
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