Capelinha
município brasileiro do estado de Minas Gerais Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Capelinha é um município brasileiro no interior do estado de Minas Gerais, Região Sudeste do país. Localiza-se no Vale do Jequitinhonha e sua população em 2022 foi recenseada em 39 626 habitantes.[1] Exerce uma polarização econômica, educacional, cultural, empresarial e esportiva sobre os municípios próximos, constituindo a área mais ocupada demograficamente do Vale do Jequitinhonha. A povoação se iniciou em 1812, a partir da construção da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Graça por Feliciano Luiz Pego.[7]
As referências deste artigo necessitam de formatação. (Dezembro de 2016) |
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Município do Brasil | |||
Vista do Mirante do Vila Operária | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | capelinhense[1] | ||
Localização | |||
Localização de Capelinha em Minas Gerais | |||
Localização de Capelinha no Brasil | |||
Mapa de Capelinha | |||
Coordenadas | 17° 41′ 27″ S, 42° 30′ 57″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Minas Gerais | ||
Municípios limítrofes | Água Boa, Angelândia, Aricanduva, Itamarandiba, Minas Novas, Setubinha, Turmalina, São Sebastião do Maranhão e Veredinha | ||
Distância até a capital | 427 km[2] | ||
História | |||
Fundação | 24 de fevereiro de 1913 (111 anos)[3] | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Tadeu Filipe Fernandes de Abreu (PSC, 2021–2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [1] | 965,377 km² | ||
População total (censo IBGE/2022[1]) | 39 626 hab. | ||
Densidade | 41 hab./km² | ||
Clima | tropical de altitude (Cfa) | ||
Altitude | 1100 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
CEP | 39680-000 a 39684-999[4] | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[5]) | 0,653 — médio | ||
PIB (IBGE/2021[6]) | R$ 888 063,358 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2021[1]) | R$ 23 174,33 | ||
Sítio | www.pmcapelinha.mg.gov.br (Prefeitura) www.capelinha.mg.leg.br (Câmara) |
Possui um microclima frio em relação ao resto do Vale do Jequitinhonha, seu ponto mais alto atinge os 1200 metros de altitude na Serra da Noruega e a sede urbana se localiza a 900 metros de altitude, fato que contribui para as constantes geadas e dias gélidos no inverno. No Século XX, um historiador suíço que esteve na cidade, denominou-a em um relato como a "Suíça Brasileira", em plena referência ao seu clima.[carece de fontes]
Capelinha sempre evidenciou-se pela produção agrícola. A partir da década de 1970 começou a receber investimentos em plantio de eucalipto pela Acesita Energética, atual Aperam South America que hoje mantém no município a maior floresta artificial do Planeta, produzindo bioenergia à base do eucalipto. Na área de cafeicultura, se consolidou nas últimas décadas como um auspicioso parque cafeeiro nacional, polarizando eventos, seminários e encontros nacionais de cafeicultores. Cerca de 90% do café originário de Capelinha é exportado para os Estados Unidos e Europa. O setor porém, já representou mais à economia da cidade.
A cidade vem alçando vertiginoso destaque no estado de Minas Gerais. Verifica-se na cidade um amplo crescimento econômico, justificado especialmente pelo crescimento demográfico e extensas complementações econômicas, como o aeroporto de Capelinha[8], um campus da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)[9] o IFNMG,[10] o Distrito Industrial e a expansão urbanística caracterizada pela criação de novos bairros planejados.
A história de Capelinha remonta-nos ao ano de 1808, quando Manoel Luís Pego, um descendente de portugueses, instalou-se às margens do Córrego Areão, que corta o centro da cidade, Manoel Luís Pego fora designado pelo Rei de Portugal D. João VI a desapropriar e expulsar os índios da região do Vale do Jequitinhonha a fim de criar para o Governo Imperial fazendas agropecuárias. Manoel Luís Pego começou a ser perseguido pelos índios da Tribo Aranãs, pertencente aos índios Aranã, por tentar expulsá-los de suas terras. Em 1808, fugido dos índios, se instalou às margens do córrego.
Após a morte de Manoel Luís Pego, seu filho, Feliciano Luís Pego construiu uma pequena capela dedicada à Nossa Senhora da Graça. Em torno da capela formou-se gradualmente um vilarejo, composto por pessoas de vilas vizinhas que migravam à cidade em busca de terras férteis e lavradias.[7]
A origem do nome provem do início do povoamento do vilarejo. Descendente de europeus e dono de fortes crenças católicas, Manoel Luís Pego, após a sua morte deixou a seu filho a tarefa de construir uma capela de Nossa Senhora da Graça, assim edificada, a pequena capela de Nossa Senhora da Graça, passou a ser denominada pelas povoações próximas pelo nome "Capelinha de Nossa Senhora da Graça".
Ao longo dos anos, na data de emancipação político-administrativa, em 1913, o povoamento já era popularmente conhecido como "Capelinha".[7]
O município pertence à Região Geográfica Imediata de Capelinha e à Região Geográfica Intermediária de Teófilo Otoni. Está localizado na microrregião de Capelinha que, por sua vez, faz parte da mesorregião do Jequitinhonha.[1]
Localizada a mais de 900 metros de altitude, é famosa pelo intenso frio no inverno, o que atrai relativo número de turistas em sua principal festa, o Capelinhense Ausente.[carece de fontes]
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) coletados na estação meteorológica automática da cidade, instalada em 31 de agosto de 2007, a menor temperatura registrada em Capelinha foi de 4 °C em 20 de maio de 2022, e a maior atingiu 37,6 °C em 18 de novembro de 2023, durante uma onda de calor intensa. O maior acumulado de precipitação em 24 horas, por sua vez, foi de 180,4 milímetros (mm) em 17 de dezembro de 2013.[11][12] Esse mesmo mês, dezembro de 2013, foi o mês de maior precipitação, com 930 mm acumulados.[13]
No dia 16 de março de 2012, foi estabelecida a instalação de um campus da UFVJM. Capelinha pleiteava o campus que seria destinado ao Alto Jequitinhonha. A escolha foi feita após a elaboração de um parecer técnico feito por uma comissão indicada pelo CONSU (Conselho Universitário) e pelo MEC (Ministério da Educação). O local onde o campus será construído é um terreno disponibilizado pela Aperam BioEnergia, tem 20 hectares e é bem próximo ao centro da cidade. A construção do Campus da UFVJM foi adiada porque o Ministro da Educação, José Mendonça Filho, congelou nos próximos dois anos a ampliação de vagas no ensino superior em universidades federais. Inclusive hoje os campus de Unaí e Janaúba, pertencentes àquela universidade e já existentes, estão ameaçados por esta medida.[14]
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