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ordem presidencial de Portugal Da Wikipédia, a enciclopédia livre
A Banda das Três Ordens é a insígnia privativa da magistratura presidencial portuguesa, que não pode ser usada fora do exercício do cargo de Presidente da República Portuguesa. É uma condecoração que distingue o Presidente como grão-mestre de todas as ordens honoríficas de Portugal.
Banda das Três Ordens | |
---|---|
Descrição | |
Criação | 17 de junho de 1789 |
Motto | Praeclara Clarissimi |
Elegibilidade | Insígnia privativa do Presidente da República Portuguesa. |
Estado | Activa |
Organização | |
Grão-Mestre | Presidente Marcelo Rebelo de Sousa |
Graus | Banda (BTO) |
Hierarquia | |
Inferior a | Nenhuma |
Superior a | Antiga e Muito Nobre Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito |
Fita |
A Banda das Três Ordens reúne, numa só insígnia, as Grã-Cruzes das Antigas Ordens Militares de Cristo, de Avis e de Sant’Iago da Espada, as antigas ordens monástico-militares portuguesas fundadas na Idade Média. Esta singular condecoração tem a sua génese no facto do Papa Júlio III ter concedido in perpetuum à Coroa Portuguesa o Grão-Mestrado das três antigas Ordens Monástico-Militares, pela Bula Praeclara Clarissimi de 30 de Novembro de 1551.
A Banda é constituída por três faixas, uma de cada cor: a púrpura representa a Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, uma das Ordens das quais são Grão-Mestres; o verde representa a Ordem Militar de Avis e o vermelho representa a Ordem Militar de Cristo. A Banda das Três Ordens Portuguesas, como prerrogativa do Chefe do Estado, começou a ser utilizada no reinado de D. Maria I, reunindo assim numa só insígnia as três ordens (Cristo, Avis e Sant'Iago da Espada), das quais os monarcas eram Grão-Mestres. Depois de 1910 essa mesma prerrogativa transitou para os Presidentes da República, como atrás se explica.
Criada em 1789 pela Rainha D. Maria I, a Banda das Três Ordens foi extinta em 1910. Foi restaurada a 6 de Dezembro de 1918 no mandato do Presidente Sidónio Pais.[1] Até à actualidade 24 Chefes de Estado de Portugal usaram a Banda das Três Ordens.
Nos quadros oficiais de muitos dos Chefes de Estado portugueses dos séculos XIX, XX e XXI, estes surgem representados envergando a Banda das Três Ordens:
A Banda das Três Ordens foi igualmente concedida a outros membros da Família Real. Estava reservada ao Herdeiro da Coroa, designado Príncipe do Brasil até 1815 e, posteriormente, Príncipe Real. Aos Infantes de Portugal estava antes reservada a Banda das Duas Ordens, embora também exista registo da concessão da Banda das Três Ordens a Infantes.
Vários retratos dos séculos XIX e XX mostram o uso da Banda das Três Ordens por membros da Família Real.
Durante a monarquia constitucional foi concedida a Monarcas e Chefes de Estado estrangeiros. Após o restabelecimento da Banda das Três Ordens em 1918, depois de ter sido extinta em 1910 conjuntamente com as Antigas Ordens Militares, foi concedida a onze Chefes de Estado estrangeiros.[2][3]
Em 1962 a Banda das Três Ordens passou a ser exclusiva do Presidente da República Portuguesa, deixando assim de poder ser atribuída a Chefes de Estado estrangeiros.[2]
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