Universidade de Brasília

Universidade pública federal em Brasilia, Distrito Federal Da Wikipédia, a enciclopédia livre

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A Universidade de Brasília (UnB) é uma instituição de ensino superior pública brasileira localizada em Brasília, no Distrito Federal, sendo uma das maiores instituições de ensino superior da região Centro-Oeste e uma das mais importantes do país. Possui quatro campi, sendo estes no Plano Piloto (Campus Darcy Ribeiro), em Planaltina (Faculdade UnB Planaltina), em Gama (Faculdade UnB Gama) e em Ceilândia (Faculdade UnB Ceilândia). Sua área total é de 4.787.449,13 ,[3] sendo que o seu principal Campus é o Campus Darcy Ribeiro, que tem 3.950.569, 07 . Das 67 universidades federais do Brasil, mantidas pela União através de recursos do Ministério da Educação, a UnB era em 2019 a universidade com o quinto maior orçamento, ficando atrás da UFRJ, UFMG, UFF e UFRGS.[4]

Factos rápidos UnB ...
Universidade de Brasília
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Universidade de Brasília
O Campus Darcy Ribeiro, o principal da UnB
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Universidade de Brasília
UnB
Lema Autonomia
Fundação 21 de abril de 1962 (62 anos)
Tipo de instituição Pública
Mantenedora Ministério da Educação
Localização Brasília, DF
Funcionários técnico-administrativos 3.171 (2018)[1]
Reitor(a) Márcia Abrahão (2016-atualmente)
Vice-reitor(a) Enrique Huelva Unternbäumen (2016-atualmente)
Docentes 2.818 (2018)[1]
Total de estudantes 48.045 (2018)[1]
Graduação 39.610 (2018)[1]
Pós-graduação 8.435 (2018)[1]
Campi Brasília (reitoria)
Ceilândia
Gama
Planaltina
Cores      Azul
     Verde
Afiliações CRUB, RENEX
Orçamento anual R$ 1,851 bilhão (2020)[2]
Página oficial unb.br
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Desde a sua criação, em 1962, a UnB tem um papel extremamente importante tanto nacionalmente quanto regionalmente no que diz respeito à excelência do ensino e da pesquisa. É referência no Brasil e no exterior nos cursos de Relações Internacionais, Ciência Política, Economia, Direito e Antropologia. Os cursos disponíveis em Planaltina, Gama e Ceilândia são distintos dos disponíveis no campus principal Campus Darcy Ribeiro. A Biblioteca Central da UnB tem o maior acervo de livros do Centro-Oeste e o terceiro maior do Brasil, atrás da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro e da Biblioteca Mário de Andrade, de São Paulo. O vestibular tradicional da UnB e o Programa de Avaliação Seriada (PAS) são elaborados pelo Cebraspe, uma das maiores instituições organizadoras de concursos públicos do país, conhecida pelo alto nível de complexidade dos exames.[carece de fontes?]

Foi avaliada pelo Ministério da Educação, através do Índice Geral de Cursos, como a melhor universidade da região Centro-Oeste.[5] Em avaliações nacionais e internacionais que analisam categorias como ensino, pesquisa, internacionalização e relação com o mercado, figura como a 8ª melhor universidade do Brasil e como a 15ª da América Latina segundo a Times Higher Education, a 9ª melhor universidade do país no Ranking Universitário da Folha de S.Paulo, a 12ª de acordo com o QS World University Rankings.[6] Segundo a avaliação feita pela CAPES no período 2014-2017, dezesseis programas de pós-graduação da UnB atingiram conceito 5, avaliados como excelentes, outros dez receberam conceito 6, sendo assim considerados de referência nacional, enquanto cinco alcançaram conceito 7, sendo considerado de excelência internacional.[7]

História

Origem

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Darcy Ribeiro discursando na inauguração da UnB, em 21 de abril de 1962

Em 1960, foi inaugurada a nova capital federal do país, Brasília, localizada na Região Centro-Oeste. A ideia de estabelecer uma universidade na região surgiu ainda durante a construção de Brasília. Incumbido pelo presidente Juscelino Kubitschek, o escritor e político Darcy Ribeiro reuniu cientistas, artistas e filósofos para debater o formato que a futura instituição teria.[8][9] Em 21 de abril de 1960, JK enviou ao Congresso Nacional uma mensagem solicitando a criação da universidade. O projeto de lei foi aprovado pelo parlamento em agosto de 1961, sendo sancionado como a Lei nº 3.998 pelo presidente João Goulart em 15 de dezembro de 1961.[9]

Em 5 de janeiro de 1962, os integrantes do primeiro conselho diretor da Fundação Universidade de Brasília (FUB) foram empossados. Em sua primeira reunião, Ribeiro foi eleito presidente do conselho e reitor. Em 15 de janeiro do mesmo ano, o primeiro-ministro Tancredo Neves assinou o Decreto nº 500, que aprovou o estatuto da FUB e a estrutura da UnB.[10] As primeiras aulas foram realizadas em um prédio localizado na Esplanada dos Ministérios.[11] Em 21 de abril de 1962, a universidade foi inaugurada, inicialmente com 13 mil metros quadrados de área construída, distribuídos em nove prédios.[8]

De acordo com a UnB, a instituição foi fundada inspirada nas seguintes premissas:[12]

Os inventores desejavam criar uma experiência educadora que unisse o que havia de mais moderno em pesquisas tecnológicas com uma produção acadêmica capaz de melhorar a realidade brasileira.

As regras, a estrutura e concepção da Universidade foram definidas pelo Plano Orientador, uma espécie de Carta Magna, datada de 1962, e ainda hoje em vigor. O Plano foi a primeira publicação da Editora UnB e mostra o espírito inovador da instituição.

[...]

A estrutura administrativa e financeira era amparada por um conceito novo nos anos 60 e até hoje "menina dos olhos" dos gestores universitários: a autonomia.

Primeiros anos e ditadura militar

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Vista aérea do Instituto Central de Ciências da UnB, em 1972

A construção do campus contou com a participação de Darcy Ribeiro e do educador Anísio Teixeira. O arquiteto Oscar Niemeyer foi incumbido de transformar as ideias em prédios.[12] De 1962 a 1964, manteve suas atividades em uma estrutura provisória. Em 1964, contava com 872 alunos e 87 professores.[9] Naquele ano, com o golpe de Estado, a UnB foi considerada um "foco do pensamento esquerdista", sendo escolhida como um dos alvos do regime imposto. Poucos dias após o golpe, a instituição foi ocupada por tropas da Polícia Militar de Minas Gerais, que prendeu professores e alunos, além de instaurar um inquérito militar, mais tarde arquivado, para apurar a "subversão" no campus. Ademais, como consequência das dificuldades financeiras, o ritmo de sua construção foi afetado.[9][8]

A ditadura militar destituiu as autoridades da universidade e designou o professor Zeferino Vaz como interventor.[9] Anísio Teixeira e Almir de Castro foram demitidos. Nos anos seguintes, alunos e professores voltaram a ser detidos por terem se "manifestado de forma subversiva." Após a demissão do professor Sepúlveda Pertence, 223 dos 305 docentes também se exoneraram em protesto. Em 1968, durante protesto pela morte de Edson Luís de Lima Souto que contou com a participação de 3.000 alunos, mais de 500 discentes foram presos pelas autoridades do regime.[13] Um deles, Waldemar Alves, foi baleado na cabeça e, embora sobreviveu, manteve sequelas ao longo da vida.[14][15]

Em 1971, o professor e pesquisador Amadeu Cury assumiu a reitoria. Durante seu mandato, até 1976, empreendeu uma reestruturação da universidade, dando início ao período de consolidação acadêmica e física.[13][16] De 1976 a 1985, o professor e militar José Carlos de Almeida Azevedo desempenhou a função. Sua gestão foi marcada com forte repressão a manifestações estudantis. O Senado Federal decidiu estabelecer uma comissão para cuidar do conflito. Em 1977, a UnB foi novamente invadida por tropas militares, que prenderam estudantes e intimaram funcionários e professores. A universidade só deixou de sofrer intervenções com a abertura política, em 1984.[13][9]

Redemocratização

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Cristovam Buarque foi o primeiro reitor da UnB eleito de forma direta

Em 1984, Cristovam Buarque foi escolhido para a reitoria pela comunidade universitária, mas seu nome foi vetado pelo presidente João Figueiredo, que optou por nomear Geraldo Ávila para o cargo. Ávila enfrentou paralisação e acabou renunciando poucos dias após assumir. No ano seguinte, novamente eleito, Buarque foi designado reitor pelo presidente José Sarney, sendo o primeiro eleito pelo voto direto.[9][17] A UnB então buscou "se libertar do conservadorismo e retomar o status de instituição de vanguarda." O semestre letivo foi estendido e foram construídas novas salas de aula. O número de estudantes cresceu de 210 para 1.035 em um período de cinco anos. O número de professores aumentou em 50% e, de forma simbólica, Buarque reincorporou os docentes que renunciaram em protesto à demissão de Sepúlveda Pertence, duas décadas antes.[18]

Em 1989, a universidade estabeleceu seu primeiro curso noturno, de administração. Segundo a UnB, "a instituição preparava-se para atender um novo perfil de estudantes. A necessidade de trabalhar durante o dia deixava vários cientistas e pesquisadores fora da única universidade pública de Brasília."[18] Posteriormente, foram criados outros 26 cursos noturnos e, em 2010, a modalidade contava com 5.052 estudantes.[19][18]

Em 2003, a UnB tornou-se pioneira na política de ação afirmativa ao adotar o sistema de cotas raciais em seu processo de ingresso. Em 2020, quase metade de seus alunos, ou 48,7%, eram autodeclarados pretos ou pardos. Também ampliou o número de docentes negros; 21% se identificam como pretos, pardos, indígenas ou amarelos.[20] No mesmo ano, foi considerada pela QS World University Rankings como a décima melhor universidade do Brasil.[21] No Ranking Universitário da Folha de S.Paulo, de 2018, era a nona melhor universidade do país, com nota final de 91,02 (de 100 possíveis).[22]

Campi

A UnB possui quatro campi, todos situados no Distrito Federal.[23] Tornou-se multicampi em 2006, ao inaugurar a Faculdade UnB Planaltina (FUP).[24] Em 2008, as faculdades de Ceilândia (FCE)[25] e do Gama (FGA) foram inauguradas.[26]

Darcy Ribeiro (Brasília)

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O Instituto de Ciências Biológicas, localizado no Campus Darcy Ribeiro
Ver artigo principal: Campus UnB Darcy Ribeiro

O Campus Darcy Ribeiro é o maior e mais tradicional da universidade. Localiza-se na Asa Norte e abriga a maioria dos cursos além dos órgãos administrativos e de apoio da instituição como a Reitoria, a Casa do Estudante Universitário, a Instituto Central de Ciências (ICC), a Biblioteca Central (BCE) e a Faculdade de Educação (FE). Possui cerca de 400 hectares, mais de 500 mil m² de área construída e quase 700 laboratórios.[27]

O campus foi previsto no projeto da cidade feito por Lúcio Costa.[28] O próprio Lúcio Costa planejou a cidade universitária, cujo plano inicial foi parcialmente feito, com algumas intervenções posteriores de Oscar Niemeyer, que passou a dirigir a divisão responsável pelo projeto do campus em 1962. Entre as intervenções de Niemeyer se destaca a criação do Instituto Central de Ciências (ICC), que se torna o prédio central do campus. Após a saída de Niemeyer e o início da ditadura, o planejamento do campus se perdeu, com prédios sendo distribuídos de forma menos organizada.[29][30]

Planaltina

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Campus de Planaltina

O Campus UnB Planaltina foi o segundo a entrar em funcionamento dentro do plano de expansão da instituição. Construído em Planaltina, situa-se no extremo norte do Distrito Federal, distante 45 km de Brasília, e abriga os cursos da área de ciências agrárias. Possui uma área total de 301.847,06 m², e uma área construída de 2.860, 26 m². Teve seu primeiro vestibular em 2006.[31][32]

Gama

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Campus de Gama
Ver artigo principal: Campus UnB Gama

O Campus UnB Gama é focado em cursos da área de Engenharia. Situa-se em Gama, no extremo sul do Distrito Federal, distante 35 km de Brasília. Teve seu primeiro vestibular em 2008.[33] Possui uma área total de 335.534 m² e uma área construída de 6.723,45 m².[34]

Ceilândia

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Campus de Ceilândia

O Campus UnB Ceilândia foi fundado juntamente ao campus do Gama, com recursos do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI).[35] Abriga cursos na área de saúde e fica entre Ceilândia e Samambaia.[36]

Paranoá

Em março de 2012, o reitor José Geraldo de Souza anunciou que o quinto campus da instituição estava em fase de projeto. Não há, todavia, data para começar a funcionar.[37]

Ingresso

O ingresso na Universidade de Brasília pode ocorrer das seguintes formas:[38]

Vestibular

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Prova de vestibular da Universidade de Brasília em 1962, na época de sua inauguração

O vestibular tradicional da UnB ocorre uma vez por ano, geralmente no mês de junho, para ingresso no segundo semestre letivo do ano.[39] É promovido pelo Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe).[40] As provas podem ser feitas em outras cidades, pré-selecionadas pela instituição e informadas no edital do processo seletivo.[41]

Em 2019, o vestibular era realizado em dois dias de prova, sábado e domingo. Consistia em quatro partes: língua estrangeira (inglês, espanhol ou francês); língua portuguesa e literaturas de língua portuguesa, geografia e história, artes, filosofia e sociologia; redação em língua portuguesa; e biologia, física, química e matemática.[42]

Usualmente, um mês após as realização das provas são divulgados os resultados no site do Cespe. Ao verificar aprovação, o calouro deve seguir as instruções fornecidas no site para efetuar seu registro: comparecer à SAA (Secretaria de Administração Acadêmica) responsável pelo curso em que foi aprovado, munido dos documentos exigidos.[carece de fontes?]

Programa de Avaliação Seriada (PAS)

O Programa de Avaliação Seriada (PAS) é uma modalidade alternativa de acesso ao ensino superior, proposta para amenizar o impacto do vestibular. É aplicado mediante três provas, realizadas ao término de cada um dos três anos do ensino médio, com o conteúdo cobrado de forma diluída. Ao PAS são reservadas metade das vagas do primeiro processo seletivo de cada ano, não havendo impedimento para a concorrência também pelo SISU ou vestibular tradicional (que, a partir de 2014, só será realizado no meio do ano, com a adoção do SISU pela UnB).[43][44]

Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM)

Ver artigo principal: Exame Nacional do Ensino Médio

A universidade utiliza o ENEM para preenchimento de 25% das vagas disponíveis para o primeiro semestre. Em 2020, deixou de utilizar o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e desenvolveu um processo seletivo específico.[45] Em 2019, esta modalidade era responsável por preencher 2.112 vagas para ingresso em cursos presenciais no primeiro semestre letivo de 2020.[46]

Transferências

Alunos de outras instituições de ensino superior, sendo públicas ou particulares, nacionais ou estrangeiras, podem buscar o prosseguimento dos estudos no mesmo curso ou em curso equivalente. A seleção é feita em duas etapas: a primeira, eliminatória, consiste na análise do histórico escolar; a segunda, eliminatória e classificatória, é baseada na nota do ENEM. O edital para transferências é publicado anualmente, geralmente no segundo semestre. É realizado através de ampla concorrência.[47][48]

Intercâmbio e convênios

Estudantes de outras universidades federais brasileiras podem concorrer ao processo de seleção para mobilidade estudantil via convênio Andifes.[49] Alunos de outros países podem ingressar na UnB através de contratos e acordos promovidos com embaixadas internacionais, sendo estes alunos transferidos de universidades de seu país de origem ou não.[50][51]

Cursos

Presenciais

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Instituto de Química

É composta por 25 unidades de ensino, pesquisa e extensão, oferecendo atualmente (2023) 86 cursos em diversas áreas do conhecimento.[52] Possui um dos vestibulares mais concorridos do país, organizado pelo Cespe - Centro de Seleção e de Promoção de Eventos. Esta entidade de promoção de eventos também é responsável pela elaboração e organização de diversos concursos públicos no Brasil, tais como provas do Enem e da ESCS. A UnB foi a primeira universidade pública federal a implantar, em 2003, uma política de ações afirmativas para inclusão racial, o sistema de cotas para negros, que reserva 20% das vagas do vestibular tradicional para estudantes negros classificados nas provas do certame.[carece de fontes?]

Os cursos de graduação são classificados pela universidade em três grandes áreas: Saúde, Ciências e Humanidades.[53]

Além dos cursos de graduação, a UnB oferece cursos de pós-graduação stricto sensu e lato sensu. Atualmente existem 76 cursos de mestrado, 63 de doutorado e 11 de mestrado profissional. O programa de pós-graduação (mestrado e doutorado) em Antropologia, sociologia e em Matemática da UnB possuem conceito CAPES 7, a mais alta nota concedida pela CAPES na Avaliação Trienal. Já os programas de mestrado e doutorado em Biologia Molecular, Geologia, Geotecnia, Relações Internacionais, Desenvolvimento Sustentável, Direito, Ecologia, Economia e Política Social possuem conceito CAPES 6. Ao Programa de pós-graduação em Literatura, área de concentração em Literatura e Práticas Sociais, que possui conceito CAPES 5, estão vinculados os cursos de pós­-graduação stricto sensu, com os cursos de mestrado acadêmico em literatura e de doutorado em literatura; e também os cursos de pós-­graduação lato sensu, incluindo os cursos de especialização em literatura e mestrado profissional na área de Letras.[carece de fontes?]

Distanciais

A Universidade de Brasília possui atualmente (2023) dez cursos de graduação a distância, integrantes dos programas UAB, Projeto Pro Licenciatura e Projeto LIPED.[54] O curso de Licenciatura em Música à distância foi criado pela UAB no ano de 2007, visando atender estudantes que moram em lugares distantes e que procuram fazer um curso superior em música. Nessa modalidade é ofertado o curso de licenciatura, o curso oferecesse ao estudante um diploma de nível superior. O curso tem duração mínima de 4 anos, divididos em pelo menos 8 semestres/16 bimestres. Em média, são ofertadas aproximadamente 100 vagas por semestre. Para ingressar no curso é necessário ter o ensino médio completo. As vagas são preenchidas através do vestibular e as provas são ofertadas em polos de apoio presencial. O curso de licenciatura em música funciona em modelo semipresencial, sendo 11 polos de apoio em diferentes estados, com abrangência em mais de cinco estados. [55][56]

Pesquisas

A Universidade de Brasília tem professores de mestrado e doutorado com dedicação a pesquisas científicas e pesquisas acadêmicas, que são financiadas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF) e Fundação Alexander von Humboldt, da Alemanha.[57][58]

A universidade mantém pesquisas de desenvolvimento de quimioterapia com nanotecnologia em colaboração com a Universidade Livre de Berlim.[59] Em janeiro de 2018, uma pesquisa feita na UnB afirmou que o ômega 3 matava células de câncer de mama, sendo publicada na renomada revista Nature pela professora Kelly Grace Magalhães.[60]

Em maio de 2019, pesquisadores da UnB apresentaram estudos avançados contra a dengue. A pesquisa envolveu três subprojetos: estudo da interação dos vírus com vetores e hospedeiros; estudo das respostas imunológicas e inflamatórias e o desenvolvimento de drogas antivirais.[61]

Em março de 2020, a universidade fechou uma parceria com governo do Distrito Federal para fazer até 700 testes de coronavírus COVID-19 diariamente.[62]

Reitores[63]

Mais informação Nome, Mandato ...
NomeMandatoFiliaçãoForma de eleiçãoReferências
Darcy Ribeiro4 de janeiro de 1962
19 de setembro de 1962
Instituto de Ciências SociaisIndicação presidencial[64]
Frei Mateus Rocha19 de setembro de 1962
24 de janeiro de 1963
Instituto Teológico (extinto)Indicação presidencial[65]
Darcy Ribeiro24 de janeiro de 1963
19 de junho de 1963
Instituto de Ciências SociaisIndicação presidencial[64]
Anísio Teixeira19 de junho de 1963
13 de abril de 1964
Faculdade de DireitoIndicação presidencial[65]
Zeferino Vaz9 de abril de 1964
25 de agosto de 1965
Faculdade de MedicinaPró-tempore, após a saída de Anísio Teixeira em função do Golpe Militar[65]
Laerte Ramos25 de agosto de 1965
3 de novembro de 1967
Instituto de FilosofiaIndicação militar[65]
Caio Benjamin Dias3 de novembro de 1967
25 de março de 1971
Faculdade de MedicinaIndicação militar[65]
Amadeu Cury25 de março de 1971
24 de maio de 1976
Faculdade de MedicinaIndicação militar[65]
José Carlos de Almeida Azevedo25 de maio de 1976
12 de março de 1985
Faculdade de TecnologiaIndicação militar[65]
Geraldo Severo Ávila13 de março de 1985
19 de março de 1985
Instituto de Ciências ExatasPró-tempore, após a saída de Azevedo em função do Redemocratização[65]
Luiz Otávio Carmo20 de março de 1985
26 de julho de 1985
Instituto de Letras Pró-tempore, após a saída de Azevedo em função do Redemocratização[65]
Cristovam Buarque25 de julho de 1985
15 de agosto de 1989
Faculdade de Administração, Contabilidade e EconomiaEleições diretas paritárias[65]
João Claudio Todorov25 de julho de 1985
15 de agosto de 1989
Instituto de PsicologiaPró-tempore em função da saída de Cristovam Buarque[65]
Antônio Ibañez Ruiz14 de novembro de 1989
10 de novembro de 1993
Faculdade de TecnologiaEleições diretas não paritárias[65]
João Claudio Todorov10 de novembro de 1993
13 de novembro de 1997
Instituto de PsicologiaEleições diretas não paritárias[65]
Lauro Morhy14 de novembro de 1997
14 de novembro de 2005
Instituto de BiologiaEleições diretas não paritárias[65]
Timothy Mulholland15 de novembro de 2005
12 de abril de 2008
Instituto de PsicologiaEleições diretas não paritárias[65]
Roberto Ramos de Aguiar13 de abril de 2008
20 de novembro de 2008
Faculdade de DireitoPro-tempore em função da renúncia de Timothy Mulholland, suspeito de desviar recursos[65][66][67]
José Geraldo de Sousa Junior20 de novembro de 2008
23 de novembro de 2012
Faculdade de DireitoEleições diretas paritárias[65]
Ivan Camargo23 de novembro de 2012
19 de novembro de 2016
Faculdade de TecnologiaEleições diretas paritárias[65]
Márcia Abrahão 24 de novembro de 2016
21 de novembro de 2020
(reeleita)
22 de novembro de 2020
atualmente
Instituto de Geociências Eleições diretas paritárias [68][69][70][71]
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Esportes

Estrutura

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Parque Aquático do Centro Olímpico

O Centro Olímpico da Universidade de Brasília (CO) é um complexo esportivo localizado do Setor de Clubes Norte, dentro do Campus Darcy Ribeiro. É muito utilizada pelos alunos da UnB para a prática de esportes.[72]

Seria totalmente reformado para a Universíada de Verão de 2019, porém Brasília desistiu de sediar a competição.[73]

Entre 2017 e 2019 serviu como Centro de Treinamento para o Capital Clube de Futebol Ltda.[74]

A universidade ainda possui uma quadra dentro do Campus Darcy Ribeiro apelidada de Arena Santander. É o principal local para a prática de futsal no Campus, visto que o Centro Olímpico é distante do ICC.[75][76]

Futebol

Por duas vezes, a Universidade foi representada no Campeonato Brasiliense de Futebol. O Clube dos Servidores da Universidade foi vice-campeão do Campeonato Brasiliense de 1975, perdendo a decisão para o Campineira Futebol Clube.[carece de fontes?]

O clube disputou ainda a Copa Arizona de Futebol Amador e foi campeão da Taça Eficiência em 1966.[77]

Sob uma parceira com o Capital, o Clube Desportivo Futebol Universidade de Brasília foi campeão invicto da Segunda Divisão do Campeonato Brasiliense de 2018.[74][78][79][80]

Basquete

A Universidade de Brasília possui uma equipe de basquete que disputa a Braba, a liga de basquete masculino adulto do Distrito Federal e Entorno. Disputou todas as 6 edições do torneio desde 2012, sendo o melhor resultado (6ª colocação) obtido em 2017.

Jogos Universitários

Os Jogos Universitários da Universidade de Brasília (JIUnBs) são organizado pela Diretoria de Esporte, Arte e Cultura (DEA/DAC), Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UnB e por clubes esportivos do DF. Em 2017 foi realizada a 32ª edição, que contou com a presença estimada de 5 mil atletas de 55 entidades acadêmicas disputando 23 modalidades esportivas.[81]

Ver também

Referências

  1. «Tabela 1.07 - Evolução da população universitária da UnB, 2014 a 2018». Universidade de Brasília. 2018. Consultado em 1 de setembro de 2020
  2. «Conselho Universitário aprova orçamento para 2020». Universidade de Brasília. 26 de abril de 2020. Consultado em 1 de setembro de 2020
  3. «Os Campi». UnB. Arquivado do original em 1 de julho de 2014
  4. «O peso das universidades federais no orçamento federal». Poder 360. 17 de julho de 2019. Consultado em 1 de setembro de 2020
  5. Eu,Estudante. «UnB é a única instituição do DF que atingiu nota 5 no MEC». Eu,Estudante. Consultado em 4 de outubro de 2019
  6. «Rankings». Avaliação UnB. Consultado em 23 de abril de 2020
  7. Rabelo, Nair (21 de fevereiro de 2020). «Pós-graduação se mobiliza para melhorar avaliação dos programas pela Capes». Universidade de Brasília
  8. Alves, Elioenai Dornelles (18 de agosto de 2017). «A Fundação Universidade de Brasília e o nascimento da revista Gestão e Saúde». 5. Revista Eletrônica Gestão & Saúde. Consultado em 1 de setembro de 2020
  9. Ribeiro, Darcy (Abril de 1995). «1961 - 1995: a invenção da Universidade de Brasília» (PDF). 14. Senado Federal. Consultado em 1 de setembro de 2020
  10. «DECRETO No 500, DE 15 DE JANEIRO DE 1962». Planalto. 15 de janeiro de 1962. Consultado em 1 de setembro de 2020
  11. Helena Bomeny (2020). «O Brasil de JK > A Universidade de Brasília». Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Fundação Getúlio Vargas. Consultado em 1 de setembro de 2020
  12. «História». Universidade de Brasília. 2016. Consultado em 1 de setembro de 2020
  13. «Invasões históricas». Universidade de Brasília. 2016. Consultado em 1 de setembro de 2020
  14. Renato Alves (11 de abril de 2012). «Estudante da UnB baleado na cabeça durante a ditadura ainda se recupera». Correio Braziliense. Consultado em 1 de setembro de 2020
  15. Cristiano Paixão e Claudia Paiva Carvalho (29 de agosto de 2018). «50 anos da invasão da Universidade de Brasília». Jota. Consultado em 1 de setembro de 2020
  16. «CURY, Amadeu». Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Fundação Getúlio Vargas. Consultado em 1 de setembro de 2020
  17. Márcia Quarti, Maria Letícia Correia e Elizabeth Dezouzart (2018). «BUARQUE, Cristovam». Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Fundação Getúlio Vargas. Consultado em 1 de setembro de 2020
  18. «Redemocratização». Universidade de Brasília. Consultado em 1 de setembro de 2020
  19. «Alunos dos cursos noturnos da UnB sofrem com a falta de estrutura». Jornal de Brasília. 3 de fevereiro de 2011. Consultado em 1 de setembro de 2020
  20. Luíza Garonce e Carolina Cruz (16 de agosto de 2020). «Cotas raciais: 17 anos depois, UnB tem quase metade dos alunos negros; professores ainda são minoria». G1. Consultado em 2 de setembro de 2020
  21. «Universidade de Brasília (UNB)». Ranking Universitário da Folha de S.Paulo. Folha de S.Paulo. 2018. Consultado em 2 de setembro de 2020
  22. «Campi». Universidade de Brasília. 2018. Consultado em 2 de setembro de 2020
  23. Serena Veloso (17 de maio de 2018). «Faculdade UnB Planaltina comemora 12 anos». Universidade de Brasília. Consultado em 2 de setembro de 2020
  24. «Câmpus da UnB em Ceilândia garante ensino de qualidade e gratuito». Correio Braziliense. 27 de março de 2018. Consultado em 2 de setembro de 2020
  25. «História». Universidade de Brasília - Faculdade do Gama. 5 de fevereiro de 2014. Consultado em 2 de setembro de 2020
  26. «Brasília - Darcy Ribeiro». Universidade de Brasília. 2016. Consultado em 2 de setembro de 2020
  27. Lúcio Costa, Relatório para o Plano Piloto, Doc Brazilia, 26 de junho de 2020
  28. «Planejamento do Campus (1972)». Ceplan/UnB. Consultado em 8 de agosto de 2020
  29. «Plano UnB (1962)». Ceplan/UnB. 1962. Consultado em 8 de agosto de 2020
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Ligações externas

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