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distrito do município de São Carlos Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Santa Eudóxia é um distrito do município brasileiro de São Carlos, no interior do estado de São Paulo[1][2].
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Distrito do Brasil | ||
Sede da Fazenda Santa Eudóxia | ||
Localização | ||
Mapa de Santa Eudóxia | ||
Coordenadas | 21° 46′ 22″ S, 47° 47′ 37″ O | |
Estado | São Paulo | |
Município | São Carlos | |
História | ||
Criado em | 22 de novembro de 1912 (111 anos) | |
Características geográficas | ||
Área total | 401,012 km² | |
População total (2010) | 2 570 hab. |
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O povoado que deu origem ao distrito surgiu às margens do córrego Itararé, local onde se estabeleceram indígenas e posseiros que vinham tentar a sorte no interior do país.
No centro do povoado surgiu a capela de São Sebastião, que acabou dando o nome de São Sebastião do Itararé ao local, depois alterado para São Sebastião do Quilombo, por conta da Sesmaria do Quilombo, da qual as terras do atual distrito faziam parte[3][4].
Nestas terras é formada uma fazenda que foi adquirida por Francisco da Cunha Bueno por volta de 1869, que recebeu o nome de Fazenda Santa Eudóxia[4].
A fazenda recebeu o nome em homenagem à finada esposa de Cunha Bueno, Dona Eudóxia Henriquetta de Oliveira[5], da família do homem mais rico da região, o Visconde do Rio Claro, que casou-se com Francisco em 1851 e morreu anos antes dele se estabelecer na fazenda por envenenamento[4][6].
Em parceria com seu sobrinho e genro Alfredo Ellis[5], Cunha Bueno se estabeleceu nesta nova fazenda e trouxe para a região mais de uma centena de escravos, vindos de outras fazendas suas em Itaqueri da Serra[6]. Em alguns anos, despontou como maior produtora de café da região[4].
Cunha Bueno também morou em São Carlos, local em que hospedou Dom Pedro II três anos antes da queda do Império.
O Imperador surpreendeu-se com lavoura de café na região, e dizia com orgulho: "Custa crer que os paulistas tenham erguido esse monumento agrícola, como não há outro. Isso é extraordinário". Cunha Bueno retrucava com ênfase: "Aliás, é bom que Vossa Majestade saiba, e tenha sempre em mente, que tudo na evolução histórica paulista é fruto da pura iniciativa privada".
Impressionado com a personalidade de Cunha Bueno, Dom Pedro II informou a Rodrigo Augusto da Silva[5], personalidade do Partido Conservador e parente do velho senhor paulista, que pretendia nomeá-lo Visconde de Tietê.
Mas Rodrigo Silva pediu-lhe que reservasse esse título para um outro familiar, razão pela qual o Imperador assinou em 07/05/1887 decreto nomeando-o como Barão de Itaqueri. Em 06/06/1887 ele passou a denominar-se Barão de Cunha Bueno, e em 02/01/1889 foi elevado para Visconde de Cunha Bueno.
Outra figura da história de Santa Eudóxia foi Roque José Florêncio, o Pata Seca, homem negro escravizado, da propriedade do Visconde de Cunha Bueno. Segundo relatos, Pata Seca teria vivido 131 anos e tido mais de 200 filhos[7].
Dentro da fazenda, próximo ao antigo povoado, foi inaugurada a estação ferroviária Santa Eudóxia pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro em 20/09/1893[8].
Na última década do século XIX o povoado ganhou um novo impulso com a chegada de famílias de São Carlos que fugiam de uma epidemia de febre amarela que acometeu a cidade. Com essa migração foi construída a Igreja de Santa Eudóxia, financiada por vários fazendeiros de São Carlos[3][4].
A população do distrito foi formada principalmente por descendentes de imigrantes europeus, que vieram trabalhar nas fazendas de café da região e servindo também como mão-de-obra na construção das obras nas fazendas[3].
O distrito tentou a emancipação político-administrativa e ser elevado à município, através de processo que deu entrada na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo no ano de 1995, mas o processo encontra-se com a tramitação suspensa[11].
Pelo Censo 2010 (IBGE) a população total do distrito era de 2 570 habitantes[12].
A área territorial do distrito é de 401,012 km²[13].
O distrito está localizado 28 km ao norte de São Carlos por estrada vicinal, sendo o acesso no km 245,5 da Rodovia Eng. Thales de Lorena Peixoto Júnior (SP-318)[14].
Atualmente é feito no distrito de Água Vermelha, pois o Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais do distrito foi extinto pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e seu acervo foi recolhido ao cartório deste distrito[15][16][17]. Os primeiros registros dos eventos vitais realizados neste cartório são:[18]
O serviço de abastecimento de água é feito pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE)[19].
A responsável pelo abastecimento de energia elétrica é a CPFL Paulista, distribuidora do Grupo CPFL Energia[20][21].
O distrito era atendido pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP), que inaugurou a central telefônica utilizada até os dias atuais. Em 1998 esta empresa foi vendida para a Telefônica, que em 2012 adotou a marca Vivo para suas operações[22].
Inaugurado em 2008 o Museu de Pedra, que conta a história do distrito, leva o nome “Tinho Leopoldino”, homenagem à Ayrton Salvador Leopoldino Júnior, agropecuarista, proprietário de uma das fazendas localizadas nas proximidades, e que passou grande parte de sua infância no distrito[23][24].
O objetivo na criação do museu foi o de retratar a história do distrito por meio de objetos, documentos e fotos, entre outros, sendo que seu acervo provém de doações de famílias do distrito, tendo um papel importante na preservação da memória de Santa Eudóxia[23][25].
O museu foi construído em pedra ferro, material abundante no local, que traz características das construções antigas. Também os materiais usados na sua construção foram doados por família e fazendas da região[23].
O local é um patrimônio histórico tombado pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo) no ano de 1985[26].
A Fazenda Santa Eudóxia pertenceu ao Coronel Francisco da Cunha Bueno e a seu genro e sobrinho Alfredo Ellis. Por volta do ano de 1874, com a ajuda de escravos, eles abriram o mato e iniciaram a plantação de café, transformando-se em grandes latifundiários e pioneiros da cafeicultura no sertão do Mogi-Guaçu[26].
A sede da fazenda foi construída na segunda metade do século XIX, e está localizada na encosta de um morro. A construção possui fundações de pedra e estrutura de pau-a-pique. Pela irregularidade do terreno, é assobradada na elevação frontal e térrea na posterior, sobre arrimo de pedra[26].
O Cristianismo se faz presente no distrito da seguinte forma:[27]
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