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Salão do Automóvel em São Paulo Da Wikipédia, a enciclopédia livre
O Salão do Automóvel de São Paulo é a maior exposição da indústria automobilística do Brasil e uma das maiores da América Latina. O evento ocorre a cada dois anos na cidade de São Paulo,[a] com o objetivo de mostrar as novidades do mundo automobilístico, expondo carros, equipamentos e acessórios.[4]
Salão do Automóvel de São Paulo | |
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Salão do Automóvel de São Paulo, em 2014. | |
Local |
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Período | 11 dias |
Primeira edição | 1960 (64 anos) |
Página oficial | «Sítio oficial» |
2018 |
Entre sua 1.ª edição do salão, em 1960,[5] até 1969, o evento acontecia no Parque Ibirapuera. Foi a partir de 1970 que Anhembi Parque passou a recebê-lo, sendo que a edição de 2016 e 2018[a] aconteceu no São Paulo Expo.[6] Cada edição, cerca de 600 mil pessoas comparecem para prestigiar o evento.[7]
A trajetória do Salão do Automóvel mostra a evolução na indústria e no mercado automobilístico brasileiro. O principal foco do evento, no início, era apagar a imagem negativa que o país tinha sobre o descrédito e desconfiança dos veículos nacionais, já que o mercado sempre dera mais importância aos modelos importados.[8]
Além disso, a história da indústria automobilística no Brasil e do Salão do Automóvel, se misturam facilmente.[9] Depois de quatro anos após a implantação da indústria automobilística no Brasil, Caio de Alcântara Machado percebeu que uma realidade irreversível para o brasileiro havia chegado: o automóvel! O evento foi idealizado em 1959 e montado oficialmente pela primeira vez em 1960 no parque do Ibirapuera, em São Paulo. Com 16 dias de duração, o Salão do Automóvel contou com 11 expositores e recebeu cerca de 400 mil visitantes que viram os diversos modelos de veículos entre caminhões, automóveis, jipes, peruas, ônibus e até mesmo tratores e para apreciar as grandes vedetes do momento: Fusca, Dauphine, Simca Chambord, Aero Willys, FNM 2000 JK, e o pioneiro e minúsculo Romi-Isetta, primeiro automóvel de passeio produzido no país.[10] Organizado pela empresa Alcântara Machado Feiras e Promoções,[11] com patrocínio da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a realização do evento é considerada como uma manifestação da primeira fase de grande expansão da indústria automobilística no Brasil. Também, respondeu à necessidade de promoção efetiva dos produtos de um setor ainda incipiente e carente da confiança do país.[12][13]
Já a 2.ª edição do salão (novembro/dezembro de 1961) passou a incluir tratores e equipamentos agrícolas. O primeiro esportivo de série foi uma das atrações, o Willys Interlagos, o primeiro modelo de concepção totalmente brasileira, o Centaurus, o DKW Belcar, o utilitário DKW Candango e o Fusca VW 1200 adaptado para táxi.
Na 3.ª edição do salão (novembro/dezembro de 1962) celebrou a marca de 97% de nacionalização da fabricação de veículos, registrando o lançamento do Aero Willys 2600, a perua Simca Jangada, o esportivo Karmann Ghia e o DKW Fissore. A Toyota mostrou o jipe Bandeirante e a Mercedes, seu primeiro ônibus de turismo.
O Parque Anhembi, inaugurado em 1970, foi palco da realização da 7.ª edição do Salão do Automóvel do mesmo ano. As novidades desta vez ficaram por conta do Landau, Chevrolet Opala SS, Dodge Charger e Charger RT, VW 1500 Fuscão, VW Variant e Karmann-Ghia TC, além do carro especial Puma GTS conversível, que foi lançado em 1973.
Um dos fatos mais marcantes na história do Salão do Automóvel aconteceu em 1978, quando da sua 11.ª edição, celebrou dois milhões de veículos fabricados no Brasil e uma presença maciça de fabricantes de autopeças.[14]
Foi no ano de 1990 que o evento tornou-se internacional, mostrando que a produção e indústria automobilística nacional estava apta para a concorrência do resto do mundo.[14]
Já no ano de 1992, o evento levou o nome de "Salão da Abertura" e foi quando a indústria automobilística brasileira colocou seus produtos lado a lado dos produtos importados.[15]
O 4.º salão (novembro/dezembro de 1964) saudou o lançamento do milionésimo veículo fabricado no Brasil e o início da fase de realização bienal da feira. A indústria começava a mostrar melhoramentos mecânicos, como a caixa de câmbio com quatro marchas sincronizadas do Aero Willys 2600, o sistema Lubrimat (que realiza a mistura automática óleo-gasolina para motor 2 tempos) do DKW-Vemag e a suspensão pneumática para ônibus da linha FNM. A Brasinca fazia sucesso com seu GT-4200 e o Uirapuru e a GM exibia seu novo conceito de utilitário, a perua Veraneio.
O 6.º salão (novembro/dezembro de 1968) marcou o lançamento de produtos em uma nova faixa de mercado até então ignorada: o carro médio. A Ford (que já absorvera a Willys) lança o Corcel, a Volkswagen o Sedan 1600 4 portas e a General Motors seu primeiro automóvel, o Opala. Nos carros de luxo, o destaque é para o Ford Galaxie LTD de câmbio automático. Há a estreia da Alfa Romeo (após comprar a FNM) com a linha FNM 2150 JK e da Chrysler, que havia adquirido a Simca, lançando o Simca Esplanada GTX e anunciando o Dodge Dart. Entre os modelos especiais, destacam-se o Puma AC e o FEI X-1 (misto de automóvel, lancha e avião), projetado na Faculdade de Engenharia Industrial, de São Bernardo do Campo.
O 7.º salão do automóvel (novembro/dezembro de 1970) foi um evento que inaugurou o Anhembi Parque, o primeiro espaço construído em São Paulo especialmente para abrigar mostras industriais. Dentre todos os automóveis, destacam-se o Ford Landau, o Chevrolet Opala, o Charger e Charger RT, o VW Fuscão, a Variant e o Karmann-Ghia TC. Já entre os carros especiais, tiveram sucesso o Puma conversível com carburação dupla (primeiro esportivo exportado, o Meta 20 de Chico Landi, o FEI X-3 (com motor Chrysler de 300 HP) e o primeiro carro elétrico brasileiro (fabricado pela Icovel), além de numerosos modelos de buggies).
Pelo 10.º salão foi comemorado o 20.º aniversário da indústria automobilística (novembro de 1976) dois aspectos importantes ganharam ênfase no momento de crise do petróleo: a exportação e o transporte coletivo. O Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), tornou-se um copatrocinador do salão adquirindo a denominação de Salão do Automóvel e Autopeças. A estrela foi a Fiat Automóveis, recém-instalada em Betim-MG, lançando seu Fiat 147. Esse carro dominou todo o salão, sendo utilizado para mostrar a participação dos componentes nacionais em quase todos os estandes desse setor (pneus, tintas, rodas, tapetes, equipamentos, etc.). Os demais fabricantes mostraram apenas modificações nos modelos de linha. Só a Alfa Romeo mostrou novos modelos para substituir os antigos FNM: Alfa 2300 B e Alfa 2300 TI.
Em 1983, empenhados em apoiar o esforço governamental de implantação do uso do álcool automotivo e em alavancar o comércio de veículos, a Copersucar e a Abrave (Associação Brasileira dos Revendedores de Veículos Automotivos) patrocinaram uma edição especial do salão (12.ª B), denominada Salão do Automóvel a Álcool (novembro de 1983) - com a característica inédita e específica de ter as grandes montadoras substituídas pelos seus revendedores autorizados realizando vendas diretas ao público no recinto da exposição.
Em 2016, na 29.ª edição do evento inovou ao trocar o pavilhão de realização que anteriormente era no Anhembi, e de 10 novembro a 20 de novembro, o evento aconteceu pela primeira vez no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center,[3] localizado na Rodovia dos Imigrantes, Zona Sul de São Paulo. Essa mudança do local do evento proporcionou melhores condições de acesso aos expositores e aos visitantes.
Em 2018, na 30.ª edição do Salão realizado novamente no São Paulo Expo, com 29 marcas participantes, o salão recebeu 742 mil visitantes..[16]
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