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indústria envolvida com o projeto, fabricação e a venda de veículos automóveis. Da Wikipédia, a enciclopédia livre
A indústria automobilística, indústria automotiva ou indústria de automóveis, é a indústria envolvida com o projeto, desenvolvimento, fabricação, publicidade e a venda de veículos automóveis. Em 2006, mais de 69 milhões de veículos, incluindo automóveis e veículos comerciais, foram produzidos no mundo.[1] Em 2006, mais de 16 milhões de automóveis foram vendidos nos Estados Unidos, mais de 15 milhões na Europa Ocidental e cerca de 7 milhões na China.[2] Em 2007 vem sendo observada uma estagnação nos mercados da América do Norte, da Europa e do Japão, enquanto ocorre um crescimento nos mercados da América do Sul, especialmente do Brasil, e da Ásia, na Coreia do Sul e na Índia.
Indústria automobilística | |
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Ficheiro:Final assembly 2.jpg, Auto Mechanic.jpg Linha de montagem da Lotus Cars. | |
Características | |
Classificação | Empresa (indústria manufatureira) |
Fonte | Grande Enciclopédia Soviética (1926—1947), Armenian Soviet Encyclopedia, vol. 1 |
Commons | Automotive industry |
Composto de | Manufacture of parts and accessories for motor vehicles manufacture of bodies (coachwork) for motor vehicles; manufacture of trailers and semi-trailers manufacture of motor vehicles |
Resulta em | automóvel, veículo automóvel, camião, motocicleta |
Parte de | division in classification of productive activities |
Diferente de | car industry vehicle construction vehicle construction vehicle industry |
Faceta | indústria de transporte |
Localização | |
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A indústria automóvel produz automóveis para auxiliar no deslocamento e/ou transporte da população, de bens ou serviços. Atualmente os automóveis estão entre os bens de maior necessidade, expandindo sua relevância a diversos campos da natureza humana. O automóvel, hoje, representa para muitos um símbolo. Em teoria, as pessoas optam por veículos por necessidade. Porém, a industria automóvel já percebeu que os veículos poderiam ter maior ou menor procura em função de sua aparência. Um automóvel pode transmitir uma "ideia" de como o seu dono é, ou de como ele gostaria de ser.
Com o aumento da população mundial, a redução de custos de produção, a revolução dos materiais, e com técnicas de fabricação inovadoras, a frota de automóveis cresce a cada ano, um conjunto de problemas inimagináveis na época da criação do automóvel. A poluição, o barulho, os acidentes, os congestionamentos, são alguns dos problemas oriundos do número excessivo de automóveis nos centros urbanos.
Algumas cidades do mundo tentam controlar, ou simplesmente proíbem, o uso de veículos. Há diversas maneiras de limitar o uso dos automóveis nas grandes cidades. O fato é que as indústrias de automóveis não parecem se importar muito com o grande número de carros na Terra. Ao contrário, a disputa entre os fabricantes é acirrada. Os grandes fabricantes de automóveis, gastam milhões de dólares por ano, na tentativa de convencer o usuário final, isto é, a população, de que o seu "produto" é melhor.
A indústria automóvel, em geral, pesquisa e investe cada vez mais, elevando o nível a um custo somente suportado por grandes empresas e por nações realmente desenvolvidas e com um alto poder de compra.
Alguns fabricantes de veículos acabam por tornar-se uma espécie de representantes nacionais, como por exemplo a Ford é para os Estados Unidos, ou a Ferrari é para os italianos, entre outros. Há casos de grandes nações produtoras e consumidoras de veículos mas que não possuem um "representante". Este é o caso do Brasil, possui fabricantes diversos, exportam para todo o globo, contudo não tem uma marca internacionalmente expressiva.
A indústria automóvel brasileira contou com uma produção de quase 3 milhões de veículos em 2007. No Brasil encontram-se instalados os maiores fabricantes mundiais, como Toyota, Ford, GM (Chevrolet), Volkswagen, Fiat, Mitsubishi, Peugeot, Citroën, Mercedes-Benz, Renault, Honda, etc., e também alguns fabricantes nacionais emergentes, como a Marcopolo, Agrale, Randon, dentre outros.
Em 1942, durante a Era Vargas, foi criada a FNM (Fábrica Nacional de Motores) popularmente conhecida como "Fenemê".[3] Focada inicialmente na produção de motores aeronáuticos, a partir de 1949 a FNM passou a fabricar também caminhões e automóveis.[4]
De volta ao Governo em 1951, Getúlio Vargas encomenda ao Capitão Lúcio Meira, sub-chefe da Casa Militar, um estudo sobre a viabilidade de implantar um indústria automobilística nacional.
A então Comissão de Desenvolvimento Industrial (CDI) criada em 1951 decide partir para o exterior em busca de apoio de fabricantes estrangeiros. Em troca de isenções fiscais e garantia de remessas de lucro às matrizes, Lúcio Meira, Luís Dumont Villares, Humberto Monteiro, Jorge Resende, Alberto Pereira de Castro e Eros Orosco tem a missão de convencer os grandes fabricantes a investirem no Brasil.
Em 1952 o governo cria dentro da CDI a "Subcomissão de Jipes, Tratores, Caminhões e Automóveis", presidida por Lúcio Meira. De seus estudos resultam o Aviso 288 (agosto de 1952) da Carteira de Exportação e Importação do Banco do Brasil (CEXIM), que limita a concessão de licenças para a importação de auto-peças que já produzidas no país e o Aviso 311 (abril de 1953) vetando a importação de veículos completos e montados.
Para mostrar aos empresários do setor automotivo as diversas auto-peças nacionais, é lançada no Aeroporto Santos Dumont, RJ em 20 de janeiro de 1953 a I Mostra da Indústria Nacional de Auto-Peças. São 145 estandes - 103 de São Paulo, 24 do Rio de Janeiro, 17 do Rio Grande do Sul e 1 de Minas Gerais - que expõe 106 componentes como baterias, pneus, bancos, anéis de pistão, entre outros.
Quem chega primeiro é a Volkswagen, em abril de 1953, inaugurando sua fábrica no bairro do Ipiranga, em São Paulo/SP. Em Julho de 1955 transforma-se em Sociedade Anônima (Volkswagen do Brasil S.A.) com 80% de capital alemão e 20% do grupo Monteiro Aranha. No final do ano muda-se para um prédio próprio no km 23,5 da Via Anchieta em São Bernardo do Campo/SP.
A segunda empresa a vir para o Brasil é a alemã Mercedes Benz, que na verdade foi a primeira a assinar um contrato com a CDI, mas só iniciou a construção da sua fábrica em outubro de 1953, no km 15 da Via Anchieta.
No mesmo mês o Congresso aprova a Lei 2004, criando a Petrobras, empresa responsável pela pesquisa, lavra, refinação, comércio e transporte de petróleo pelo país (ver: O petróleo é nosso).
Em 1954 Vargas cria a Comissão Executiva da Indústria de Material Automobilístico (CEIMA) para disciplinar e promover a fabricação de automóveis segundo um plano de nacionalização progressiva. A comissão não chega a ser instalada por força da trágica morte de Vargas. Enquanto o Brasil se engaja nas eleições, vinte projetos alemães, franceses e americanos aguardam nas gavetas. Os futuros fabricantes de veículos desligam-se do Sindicato da Indústria de Construção e Montagem do Estado de São Paulo para fundar uma entidade própria, a Associação Profissional dos Fabricantes de Tratores, Caminhões, Automóveis e Veículos Similares do Estado de São Paulo. A fase de montagem está superada, agora é ultimar os planos de fabricação.
Em 21 de dezembro de 1955, o novo presidente eleito Juscelino Kubitschek inaugura a fundição de motores diesel da Mercedes Benz (Sofunge).
Os anos de 1953 a 1956 tiveram poucos veículos montados, a maioria veículos comerciais, como caminhões e ônibus. Quando JK toma posse em 1956 a General Motors estava produzindo 140 veículos por mês embora sua linha de montagem permitisse 200 veículos por dia, num único turno! A Ford estava preparada para fabricar 125 veículos por dia e produzia apenas 10 por mês. Algumas montadoras interromperam sua produção, como a Varam Motors (carros e caminhões Fiat e Nash) e a Brasmotor/Brastemp [5] que desistira dos automóveis Chrysler do Brasil e dos caminhões Dodge, DeSoto e Fargo, a espera de dias melhores.
Em 15 de maio de 1956, é criada a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que absorve o sindicato específico da categoria.
Em 16 de junho de 1956 é criado o GEIA (Grupo Executivo da Indústria Automobilística) reúne empresas fabricantes de autoveículos (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus/autocarros) e máquinas agrícolas automotrizes (tratores de rodas e de lagartas, cultivadores motorizados, colheitadeiras e retroescavadeiras) com instalações industriais no Brasil ou em vias de iniciar a produção.
Em 2018 a FNM ressurgiu, agora com sua sigla significando Fábrica Nacional de Mobilidade, dedicada a fabricação de veículos elétricos (caminhões).[3]
Atualmente, 89,7 milhões de veículos são produzidos no mundo, sendo 3,1 milhões destes fabricados no Brasil. São calculadas em média 5 533 concessionárias e 31 fabricantes automotivos entre estados brasileiros, que, em seu todo, posicionam o Brasil como o 8º maior produtor de veículos no mundo.[carece de fontes]
Em 2018 foram registados 2 566 433[6] veículos 2 099 611 no Brasil, dos quais [6] foram de passageiros, 375 754[6] comerciais ligeiros, 75 987[6] caminhões e 15 081[6] ônibus/autocarros. As exportações foram de 629 175[6] veículos e a produção de 2 880 724[6] veículos.
Trabalhadores da Ford em 1913. | Inspeção de um Fusca da Volkswagen. | Automóvel no processo de montagem. |
Líderes das principais empresas de construção automóvel com a chanceler alemã Angela Merkel na Nationale Plattform Elektromobilität 2013 em Berlim. Da direita para a esquerda: Neumann (Opel), Varin (ex-PSA), Zetsche (Daimler), Wan Gang (China) |
1. | China | 25,72 |
2. | Estados Unidos | 10,88 |
3. | Japão | 9,68 |
4. | Alemanha | 4,66 |
5. | Índia | 4,51 |
6. | México | 3,98 |
7. | Coreia do Sul | 3,95 |
8. | Brasil | 2,94 |
9. | Espanha | 2,82 |
10. | França | 2,20 |
11. | Tailândia | 2,01 |
12. | Canadá | 1,91 |
13. | Rússia | 1,71 |
14. | Turquia | 1,46 |
15. | Chéquia | 1,43 |
16. | Reino Unido | 1,38 |
17. | Indonésia | 1,28 |
18. | Eslováquia | 1,10 |
19. | Itália | 0,91 |
20. | Irão | 0,82 |
Fontes: OICA .
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