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Empresa Transnacional Brasileira Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Marcopolo (B3: POMO3, POMO4) é uma empresa multinacional brasileira fabricante de carrocerias de ônibus, com sede em Caxias do Sul, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil.[4][5]
Este artigo ou seção pode conter informações desatualizadas. (Março de 2023) |
Marcopolo | |
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Marcopolo Attivi, o 1º modelo 100% elétrico da empresa na frente do Palácio da Alvorada. | |
Razão social | Marcopolo S.A. |
Empresa de capital aberto | |
Slogan | Aproximando pessoas |
Cotação | B3: POMO3, POMO4 |
Atividade | Automotiva |
Fundação | 6 de agosto de 1949 (75 anos) |
Fundador(es) | Paulo Bellini[1] Irmãos Nicola |
Sede | Caxias do Sul, RS, Brasil |
Área(s) servida(s) | Mundo |
Pessoas-chave |
|
Empregados | 12 682 (2022)[4] |
Produtos | Carrocerias de ônibus |
Divisões | Lista
|
Subsidiárias | |
Valor de mercado | R$ 2.67 bilhões (2022)[4] |
Ativos | R$ 7.39 bilhões (2022)[4] |
Lucro | R$ 439 milhões (2022)[4] |
LAJIR | R$ 385 milhões (2022)[4] |
Faturamento | R$ 5.41 bilhões (2022)[4] |
Website oficial | www.marcopolo.com.br |
Responsável por quase metade da produção nacional, é a maior encarroçadora da América Latina e terceira maior do planeta.[6][7][8][9][10]
Possui mais de 10 fábricas espalhadas em todo mundo e seus ônibus estão presentes em mais de 140 países.[11][12] Conta com fábricas nos continentes americano, africano e asiático.
Em 6 de agosto de 1949, os irmãos Nicola - Dorval Antônio, Nelson, João e Doracy Luiz - abriram as portas da Nicola & Cia,[13] uma pequena oficina de chapeação e pintura de cabines de caminhões. Ainda em 1949, a empresa produziu seu primeiro ônibus. A carroceria era feita de madeira, sobre uma estrutura de alumínio, que levou três meses para ficar pronta, já que foi toda montada de forma manual. O veículo deu origem a uma série, produzida a pedido da Transporte Pérola. Em 1952, foi produzida a primeira carroceria metálica e, em seguida, os primeiros chassis fabricados no Brasil.[10]
Poucos anos depois, o pavilhão de dois andares e 290 m² já não suportava mais o aumento da demanda de produção. Na primeira década de vida, foram produzidos cerca de 600 unidades. Em 1957, os irmãos Nicola começaram a erguer a segunda sede, com 3.100 m², no recém loteado bairro Planalto. O terreno foi cedido pelo dono da área com o objetivo de incentivar a ocupação da região. Próximo do fim da construção, a liquidez da empresa acabou. Para não paralisar a linha de produção, a Nicola & Cia abriu o capital e formou uma sociedade anônima.[10]
A década de 1960 foi muito importante para a empresa. Nos primeiros anos iniciaram as exportações para o Uruguai. Em 1968, a Nicola apresentou o primeiro ônibus monobloco do país, montado sobre a plataforma do Mercedes Benz O.326. O possante ônibus - o motor possuía 200 HP - marcaria para sempre a história da fábrica. Nas versões rodoviário, rodoviário com toalete e carro leito, o ônibus foi batizado de Marcopolo, em homenagem ao famoso viajante veneziano. O sucesso foi tão grande que o nome virou razão social da companhia. Em 1969, a empresa adquiriu a Carrocerias Eliziário, de Porto Alegre.[10] Em 1971, passou a denominar-se Marcopolo S.A. Carrocerias e Ônibus. Em 1992, mudou sua denominação para Marcopolo S.A.[14]
Os anos 70 foram de forte crescimento. Com a crise do petróleo, o governo fez apelo para que as pessoas usassem mais ônibus. A grande demanda turbinou a empresa. Os novos ônibus vieram com novidades, como o motor dianteiro, o teto reto, as janelas maiores (linha Veneza), além do micro-ônibus e do chassi tubular. Veio também a necessidade de ampliação da fábrica. Em 1978 a Marcopolo apresentava um dos primeiros articulados rodoviários brasileiros (modelo III com motor dianteiro de eixo avançado e central), que ficou em produção por quatro anos. Em 20 de fevereiro de 1981, foi inaugurada a atual unidade fabril, construída em Ana Rech, distrito de Caxias do Sul, em uma área de 223.832 m².[10]
Em março de 1983, com o slogan de lançamento Sistema Tecnológico de Transportes, as novas carrocerias de ônibus, tanto para o segmento rodoviário quanto para o urbano, foram apresentadas. É lançada a nova linha de produtos, que inclui os modelos Torino, Viaggio e, no inicio do ano seguinte, o Paradiso. O primeiro foi lançado para substituir a linha Veneza II (de 1974) e era quase idêntico ao modelo Sanremo II, sendo um dos modelos inspirados no Projeto Padron, iniciado em 1978 e que incluia também o modelo Sanremo. O Viaggio era basicamente o aperfeiçoamento do modelo III, mantendo portanto as mesmas características, pois até os sistemas dos faróis dianteiros tinha a mesma disposição, posicionado no para-choque, com dois bojos de faróis de cada lado. Já o último era uma novidade por ser o primeiro Hi-Deck (HD) da empresa, provavelmente inspirado no Nielson Diplomata 380, que tinha altura e design similares. O modelo foi e é produzido em diferentes versões (alturas) e teve reformulações ao longo do tempo.[15]
Em maio de 1988, foi criada a Fundação Marcopolo, objetivando a melhora na qualidade de vida dos funcionários da empresa e seus familiares, como também para colaborar no desenvolvimento social de crianças e adolescentes, nas regiões onde a companhia atua.[16]
Em 1992, foi lançada a geração 5 ou V (GV), em 1994 o modelo Low driver (LD), que consiste em um habitáculo do motorista abaixo do salão dos passageiros. Em 1995, o modelo Double decker (DD), que tem um salão maior no segundo andar e menor no primeiro, integrado com o habitáculo do motorista. Com propostas quase inéditas no mercado nacional.[17]
Em julho de 1994, adquiriu 49% da Ciferal. Com isso a Marcopolo passou a fabricar seus produtos também no Rio de Janeiro,[18] no mesmo ano a empresa completa 50 anos e cria a sua subsidiária no México, a Polomex.[19] Em março de 2001, a Marcopolo passa a deter 100% da Ciferal e transforma a fábrica de Xerém numa segunda unidade de produção de ônibus da Marcopolo.[20]
Em 1996 e 1997, a empresa recebe o certificado ISO 9002 e ISO 9001, respectivamente. Em 1998 é criada a Volare, empresa especializada na produção de micro-ônibus.[21] No mesmo ano é lançada o modelo de ônibus urbano pesado, denominado Viale, que se tornou um dos maiores sucessos de vendas da empresa.[22]
Em julho de 2007, a Marcopolo se associa com a maior fabricante de espumas de Poliuretanos moldados do mundo, a Woodbridge Foam Corporation, fundando assim a WSul Espumas. Iniciou-se então a fabricação das próprias espumas de Poliuretano para 100% dos assentos de seus carros. Em 2010 lança a Geração 7, G7, que passou a ser um marco mundial na qualidade e conforto de seus assentos.
Em dezembro de 2011, a Marcopolo adquiriu 75% da australiana Volgren por US$ 53 milhões.[23] Em 2017, passou a deter 100% do controle da empresa.[24]
Em novembro de 2015, a Marcopolo assumiu o controle da concorrente Neobus, que detinha 12% de participação no mercado.[25]
Em 2019, o Grupo Marcopolo anunciou a criação da Marcopolo Rail, fabricante de trens, apresentando projetos para people mover, VLT e teleférico.
Segundo a Fundação Dom Cabral, a Marcopolo é a 10ª empresa mais internacionalizada do Brasil.[26] Possui unidades fabris na América do Sul, América do Norte, África e Ásia:[27]
A linha da Marcopolo, que atua no mercado com marcas próprias como Marcopolo e Neobus além da marca Volare, em parceria com a Agrale com a qual atua na produção de ônibus de pequeno porte, está atualmente na oitava geração lançada em 2021.
A linha New G7, lançada em 2018, seguirá em produção pois tem um bom índice de vendas. E o Viaggio G7 segue sendo vendido tendo 14 anos de mercado. Produzido desde 2009, é um dos modelos mais longevos da história da encarroçadora.
A empresa Marcopolo patrocina os clubes de futebol da cidade de Caxias do Sul.[carece de fontes]
Em 21 de julho de 2021, a Marcopolo lançou a oitava geração dos modelos Viaggio e Paradiso. A primeira empresa de ônibus a comprar unidades da linha G8, segundo o portal Diário dos Transportes, foi a Viação Águia Branca.[30]
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