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antiga companhia ferroviária sul-brasileira Da Wikipédia, a enciclopédia livre
A Rede de Viação Paraná-Santa Catarina foi uma autarquia federal instituída oficialmente em 1942 pelo presidente Getúlio Vargas através do Decreto-Lei nº 4.746 de 25 de setembro[1], cuja era "destinada à exploração de transportes ferroviários e rodoviários e ao exercício de atividades industriais e comerciais conexas", segundo Art. 1º do decreto supracitado.
Rede de Viação Paraná-Santa Catarina | |||||||
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Emblema da RVPSC | |||||||
Informações principais | |||||||
Sigla ou acrônimo | RVPSC | ||||||
Área de operação | Paraná, São Paulo e Santa Catarina | ||||||
Tempo de operação | 1942–1957 transição RFFSA (1969) | ||||||
Interconexão Ferroviária | SPP, VFRGS e EFS | ||||||
Portos Atendidos | Portos Antonina, Paranaguá e São Francisco do Sul | ||||||
Sede | Curitiba – Paraná | ||||||
Ferrovia(s) antecessora(s) Ferrovia(s) sucessora(s)
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Especificações da ferrovia | |||||||
Bitola | 1000 mm | ||||||
A Estrada de Ferro Paraná foi o primeiro trecho ferroviário a surgir no estado do Paraná. Com o passar dos anos foram surgindo vários outros, nos estados do Paraná, de São Paulo e de Santa Catarina, porém como ferrovias autônomas. Os primeiros estudos para a construção de uma estrada ligando o litoral paranaense a capital datam de 1875.
O trecho entre Curitiba e Paranaguá é uma das mais famosas no Brasil e mesmo no mundo, pois como a São Paulo Railway em São Paulo, foi uma obra sobre a Serra do Mar que teve de vencer os óbvios obstáculos da serra, que pareciam intransponíveis nos anos 1880. Aberta pela então Estrada de Ferro Paraná, e sendo de simples aderência, ao contrário da linha da SPR, a obra por isto acabou sendo mais difícil. O primeiro trecho foi inaugurado em 19 de dezembro de 1883, na baixada, e no início de 1885 alcançava Curitiba, tendo sido esta a primeira ferrovia do Estado do Paraná. Foi prolongada apenas em 1891 a partir de Curitiba até Ponta Grossa e foram construídos os ramais de Rio Negro e de Mafra Serrinha. Em 1892, um ramal partindo de Morretes levou o trem até o porto de Antonina, no então Ramal de Antonina.
Historicamente teve início com o desembarque em torno do ano de 1879 no Porto de Paranaguá de diversos imigrantes Italianos. Instalaram-se na localidade de PORTO DE CIMA e ali desenvolveram as atividades de construção da Linha Paranaguá-Curitiba. No ano de 1890, se mudaram para a localidade de Banhado Grande, onde existe uma estação com esse nome e ali permaneceram até 1885/1886 quando então, foram para a localidade de Restinga Seca, próxima a Cidade de Palmeira, para dar continuidade ao trecho Curitiba-Ponta Grossa.
A linha foi incorporada pela RVPSC, depois passou ao controle federal da RFFSA em 1957. Em 1997, foi incorporada na concessão da Malha Sul, vencida pela FSA - Ferrovia Sul Atlântico, que em 1999 tornou-se a América Latina Logística (ALL). Em abril de 2015, a ALL foi incorporada pela Rumo Logística.
A linha ainda é hoje praticamente a original, tendo deixado de partir da estação velha de Curitiba, em 1972, para partir da nova, a cerca de apenas um quilômetro da antiga. Até hoje correm trens de passageiros por ela.
O engenheiro João Teixeira Soares projetou, em 1887, o traçado de uma estrada-de-ferro entre Itararé (SP) e Santa Maria (RS), com 1.403 km de extensão, para ligar a então Província de São Paulo, Província do Paraná, Província de Santa Catarina e Província do Rio Grande do Sul pelo interior, o que permitiria a conexão, por ferrovia, do Rio de Janeiro à Argentina e ao Uruguai.
Em 9 de novembro de 1889, poucos dias antes da proclamação da república brasileira, o Imperador D. Pedro II outorgou a concessão dessa estrada-de-ferro a Teixeira Soares.[2] Sua construção teve início em 1897, no sentido norte-sul, tendo o trecho de 264 km entre Itararé e Rio Iguaçu (em Porto União) sido concluído em 1905. Em 1908 Percival Farquhar, através de sua holding Brazil Railway Company, adquiriu o controle da Companhia de Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande.
Considerando que as ferrovias nos estados do Paraná e Santa Catarina vinham operando em condições precárias, especialmente àquelas que haviam sido administradas pela Brazil Railway Co., o Governo Federal através do Decreto-Lei nº 4.746 de 25 de setembro[1] encampou as mesmas, instituindo oficialmente a Rede de Viação Paraná-Santa Catarina com personalidade jurídica própria de natureza autárquica.
Assim a RVPSC[3] nasceu da fusão das seguintes ferrovias:
No ano de 1944 a SPP foi incorporada à Rede Viação Paraná-Santa Catarina[4] através do Decreto-Lei nº 6.412 de 10 de abril:
A malha também foi ampliada com a interligação dos trechos Engenheiro Gutierrez-Guarapuava (1949-1958); Mafra-Lages que faz parte da ligação ferroviária Brasília-Porto Alegre e foi entregue em 1965; Uvaranas-Pinhalzinho (1974) e Apucarana-Ponta Grossa (Central do Paraná) construída entre 1949 e 1975.
Na década de 40 foram realizadas obras de reforço das pontes entre Morretes e Curitiba, executadas pelo eng. Machado da Costa[5], permitindo posteriormente a circulação de locomotivas diesel-elétricas.
Com a encampação da RVPSC pela RFFSA a malha pertencente a primeira começou como RFFSA 11ª divisão, com as inscrições RFFSA e sob ela Paraná-Santa Catarina, a 11ª divisão respondia pela RVPSC e pela Estrada de Ferro Donna Thereza Christina (EFDTC) que futuramente seria desmembrada em regional própria devido a seu isolamento do sistema nacional. A 11ª divisão por vários anos respondeu a 13ª divisão, originária da antiga VFRGS.
Nos anos 90 com o projeto sigo e as Superintendências Regionais a 11ª divisão da RVPSC foi renomeada como RFFSA Superintendência Regional-5 com sede em Curitiba, ou abreviadamente RFFSA SR-5, tendo como letra de identificação pelo SIGO o "L".
Em 1997 a RFFSA foi leiloada e concessionada para a empresa Ferrovia Sul Atlântico, que em 1999 se tornaria com a fusão com 2 concessionárias Argentinas a ALL-América Latina Logistica.
Atualmente as linhas remanescentes da RVPSC são controladas pela Rumo Logística.
A beleza da concepção da mensagem que se pretendia (e se conseguiu) com o emblema da RVPSC transmitir, uma roda de locomotiva, base do moderno transporte ferroviário, atravessada por uma faixa de fazenda, flamejante, que representa a bandeira Nacional, que levada por esta locomotiva, vai propagando a união e o amor pelo trabalho em nosso país.
A roda da engrenagem, com vinte e dois dentes, representa os estados da Federação Brasileira, e ainda, o equilíbrio do funcionamento da Rede com relação a vida nacional, pela simetria de seus dentes.
Sobre o centro da engrenagem, um escudo redondo e convexo, servindo de base as iniciais da RVPSC, representando a defesa e garantia de seu excelente serviço.
E, completando a parte inferior, um garfo, a simbolizar o material mecânico, e, também, colocado como necessidade a harmonia estética do escudo.
A oficialização do escudo ocorreu em 9 de Outubro de 1944, através da portaria número 49-D, assinada pelo então diretor da RVPSC, Coronel Durival de Brito e Silva, na qual se convencionava um módulo "P" para serem mantidas as dimensões do escudo.
O emblema teve 3 fases distintas: a primeira, quando sua criação e oficialização, para o uso após o surgimento da RVPSC. A segunda quando da oficialização de suas dimensões, e a terceira quando o estabelecimento de suas cores.
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