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Estrada de Ferro Donna Thereza Christina
Antiga ferrovia em Santa Catarina, no Brasil Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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A Estrada de Ferro Donna Thereza Christina[1], também chamada de EFDTC, foi uma ferrovia construída por ingleses no sul de Santa Catarina, entre os anos de 1880 e 1884, especialmente para transportar carvão mineral para o porto de Imbituba, extraído inicialmente da região de Lauro Müller.


Entretanto, a empresa não prosperou, e a concessão foi encampada pelo governo federal em 1902. Sua concessão a partir de 1997 pertence à Ferrovia Tereza Cristina por um período de 30 anos.


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História
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Perspectiva
A história da ferrovia remonta à descoberta do carvão mineral em solo catarinense. Em meados da década de 1830, tropeiros que faziam o transporte de mantimentos entre Laguna e o planalto serrano, margeando o Rio Tubarão, descobriram acidentalmente algumas pedras que se incendiavam. Não tardou para que a notícia se espalhasse pela região. Em 1832 iniciou-se o primeiro processo de lavra nas cabeceiras do Rio Tubarão. A mineração seguiu fracamente nas primeiras décadas, até que em 1861 o segundo visconde de Barbacena, Felisberto Caldeira Brant Pontes, adquire terras devolutas no lugar denominado Passa Dois, próximo às nascentes do Rio Tubarão, fundando, em conjunto de investidores ingleses, uma companhia de mineração, a The Tubarão Coal Mining Company Limited e uma companhia de transporte férreo, a Donna Thereza Christina Railway Co. Ltd.
O visconde de Barbacena, fazendo valer seu trânsito pela Corte Imperial, consegue em 1874 a concessão para a construção da ferrovia, com seus estudos concluídos em 1878. Pela intervenção do imperador, a ferrovia recebeu o nome de sua esposa, a imperatriz dona Teresa Cristina de Bourbon-Duas Sicílias.
A construção se inicia em 1880, pela empresa James Perry Co., com engenheiros próprios e também trazidos do Rio de Janeiro, então capital do país, como o teuto-brasileiro Roberto Schiefler. A mão de obra empregada era em sua maioria de imigrantes italianos, que aportaram na região alguns anos antes. A estrada de ferro foi inaugurada em 1 de setembro de 1884, ao som da banda musical de Imaruí. No ano de 1887, a ferrovia teve grande parte de sua malha destruída por forte enchente do Rio Tubarão. As águas arrancaram a ponte da Passagem, paralisando a ferrovia por três meses.
O prejuízo decorrente iniciou o desinteresse dos investidores ingleses na região, aliado à baixa qualidade do carvão catarinense. Estes fatos culminaram com a desistência dos ingleses e a consequente encampação da ferrovia pelo governo brasileiro, em 1902. A sede da ferrovia, estabelecida em Imbituba, foi transferida para Tubarão, no ano de 1906, onde se mantém até os dias de hoje.
Após novas descobertas de carvão na região de Criciúma, a ferrovia foi arrendada pela Companhia Brasileira Carbonífera Araranguá (CBCA). Um novo ramal foi construído, interligando as novas minas, em Criciúma, ao trecho já existente em 1919. Seis anos mais tarde outro trecho foi construído, desta vez ligando até Urussanga, passando pela estação de Esplanada. A cidade de Araranguá recebeu os trilhos da ferrovia em 1927.
O arrendamento da CBCA terminou em 1940. Nestes anos, com a Segunda Guerra Mundial em andamento, o governo brasileiro de Getúlio Vargas celebra com o governo americano os Acordos de Washington, criando o parque siderúrgico nacional e impulsionando novamente a extração de carvão no sul de Santa Catarina. A ferrovia Dona Teresa Cristina tem papel fundamental neste quadro, realizando o transporte do carvão das minas aos portos de Imbituba e ao Porto de Laguna.
Em 1957, é incorporada ao patrimônio da estatal RFFSA – Rede Ferroviária Federal SA. O estabelecimento da Indústria Carboquímica Catarinense (ICC) em Imbituba, no ano de 1978, com o objetivo de aproveitar os rejeitos piritosos do carvão como fonte de enxofre, aumenta significantemente a demanda de transporte ferroviário.
A segunda crise do Petróleo aumentou o interesse pelo uso do carvão nacional, levando a um novo período áureo da ferrovia, entre os anos de 1983 e 1986, quando o transporte alcançou o nível de sete milhões de toneladas/ano. Com a superação da crise do petróleo e o fim da obrigação, em 1990, das siderúrgicas de utilizarem o mínimo de 20% do carvão nacional, e também com a paralisação da ICC em 1992, a demanda de transporte reduziu-se às necessidades de suprimento do Complexo Termoelétrico Jorge Lacerda, situada no município de Capivari de Baixo, cuja primeira unidade iniciou a operação em 1965.
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Estações, paradas e postos telefônicos
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Perspectiva
Denominação, imagem, data da inauguração, altitude (m), posição (m) do marco inicial em Imbituba e classificação. Situação na década de 1960.[2]
As estações entre Lauro Müller e Imbituba eram, de acordo com o jornal "A Gazeta Orleanense", de 1918:[3]
- Lauro Müller
- Oratório
- Km 99
- Orleans km 90
- Santa Clara
- Palmeiras
- Pedras Grandes
- Zabotti
- Braço do Norte
- Pedrinhas
- Km 68
- Guarda
- Km 63
- Pinheiros
- São João
- Oficinas Tubarão
- Km 50
- Km 48
- Capivari
- Estiva
- Km 37
- Km 34
- Cabeçuda
- Bifurcação
- Laguna
- Roça Grande
- Vila Nova
- Imbituba
O trem partia às 7,14 horas e chegava às 17,13 horas.
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Locomotivas
As duas primeiras locomotivas foram utilizadas nas obras de construção da ferrovia:[4]
As terras cortadas pela ferrovia
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Perspectiva
Walter Zumblick apresenta em seu livro sobre a ferrovia a lista das terras cortadas pela EFDTC.[5]
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Tabela de preços, 1941
Tabela de preços publicada no "Guia do Estado de S. Catharina, 2º Volume: Parte Commercial, 1941":


Na página 371 do mesmo guia consta, referente ao município de Orleans, em informações para viajantes, meios de transporte: cavalos - aluguel 5$000 (cinco mil-reis) por dia.
Referências
- De acordo com a ortografia atualmente vigente, esta página deveria ser grafada como Estrada de Ferro Dona Teresa Cristina.
- Walter Zumblick, Teresa Cristina. A Ferrovia do Carvão. Florianópolis: Editora da UFSC, 1987. p. 132
- João Leonir Dall'Alba, Colonos e Mineiros no Grande Orleans, 1986. Página 75.
- José Warmuth Teixeira: Ferrovia Tereza Cristina, uma viagem ao desenvolvimento. Tubarão : Ed. do Autor, 2004
- Walter Zumblick: Teresa Cristina. A Ferrovia do Carvão. Florianópolis : Editora da UFSC, 1987. Páginas 39 a 51.
- Vila Nova.
- Roça Grande
- Há aqui uma descontinuidade na quilometragem!
- Volta aqui a ordem sequencial!
- Nova quebra!
- Retorno da sequência!
- Diferença de 2 metros!
- Quilometragem repetida!
- 1 conto e duzentos mil réis por 85 metros!
- 2 contos por 110 metros!
- Filho de João Teixeira Nunes
- Pai de Otto Feuerschuette
- Sepultada no Cemitério Municipal de Tubarão, mulher de Antônio José de Bessa
- Mudança de página (44 para 45) que não se encaixa no fluxo!
- Mesma quilometragem que a anterior, porém outra localidade!
- Campo em branco (adivinhado por lógica espacial!)
- Os próximos cinco trechos são repetidos!
- Trecho repetido!
- Quebra sequencial!
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Ver também
Bibliografia
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